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A Deusa Bandida: Capítulo 04

Novela de Carlos Mota
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A DEUSA BANDIDA - CAPÍTULO 04

O carro trazendo os comparsas adentra a luxuosa mansão em estilo modernista, situada à Quadra 10, conjunto C, no Lago Sul. Deixando o veículo, eles correm os olhos admirados pela casa, que reluz feito diamantes, em meio ao sol de quarenta graus, de uma Brasília retumbante, restrita às famílias mais abastadas do país.

A casa possui acabamento de alto padrão, com cinco quartos, todos com closet e espaçosos banheiros; ampla sala com dois ambientes e pé direito duplo, o que permite melhor ventilação, deixando o lugar mais aconchegante. Conta também com um moderno projeto de iluminação, com todas as luzes em led, piso em porcelanato, cozinha com armários planejados e bancada em mármore, além de lavanderia bem distribuída e garagem coberta para diversos veículos.

Aparentemente escolhida com muito cuidado, a mansão, cuja grandeza causava assombro, encontra-se a alguns metros da propriedade da família de Luara.

O que estão fazendo aí? Entrem, rapazes, o chefe aguarda vocês — chama o jardineiro, sujo de terra, após trabalhar o enorme terreno que há nos fundos. — Entrem logo!

Ressabiados, caminham a passos lentos até a porta, quando esta se abre.

— Sejam bem-vindos, senhores!!! — cumprimenta a balzaquiana¹, com os cabelos encaracolados, descoloridos e longos, amarrados por um lenço, em uma blusa de cor berrante, que mostrava os ombros, e uma saia forrada, que cobria as pernas, deixando visível apenas um fino cordão amarrado ao dedinho do pé. Nos braços, muitas pulseiras, todas com pingentes representando os astros; nos dedos, muitos anéis e, contornando o pescoço, um único colar, vultoso na forma e de grande valia, que atraía a atenção pela beleza. — Venham!!!

Os dois entreolham-se, encantados pela presença da mulher, cujo perfume, de uma essência adocicada, feito com flores, ervas naturais e fluidos oriundos da espiritualidade superior, os desorientava, a ponto de, por alguns instantes, esquecerem-se de onde estavam.

Venham!!! — exige a mulher, vendo-os inertes, com os olhos agigantados presos à sua figura. — O patrão os aguarda. O que há? Parecem múmias enfeitiçadas.

Desculpe a gente, dona, é que… a senhora, bem… — Egídio tenta se justificar enquanto Álvaro, em silêncio e ainda atônito, percorre a mulher dos pés à cabeça.

Nunca viram uma cigana, senhores? — gargalha o patrão, se aproximando. — Esta é Aurora, a deusa de todas as minhas manhãs, não é querida? — dá-lhe um selinho. — Não bastasse, é também a minha “cão de guarda”, aquela que me antecipa o futuro e me oculta daqueles que desejam meu império. Aurora não veio para minhas mãos como do nada, ela foi uma joia encontrada em Sousa, após uma investida de nosso grupo às terras da Paraíba. Foi ela que me escondeu da polícia e me deu abrigo por dias, mesmo correndo risco de ser presa por me acobertar. A partir desse dia, passamos a nos conhecer e eu a trouxe comigo… É o meu cão de guarda — reforça o homem, de pele parda, olhos pretos e grandes, cabelos curtos e lisos, ainda na flor da idade, em uma vestimenta elegante, em medida exata, que demonstrava que ali era ele o centro do poder. Somente ele. E se alguém, tomado por uma coragem repentina, alimentada pela inveja e pela ganância, resolvesse desafiá-lo, certamente, seria encontrado em pouco tempo, numa dessas valas, com a boca cheia de formiga.

Cão de guarda? Que expressão tão fora de moda, meu querido! Prefiro dizer que sou seu amuleto.

Taí, gostei, “meu AMULETO”… — sorri, dando-lhe outro beijo. — Agora deixemos de conversa fiada e vamos ao que me interessa.

A casa exala um forte aroma de incenso, o que faz Álvaro tossir por algumas vezes, para a inquietação da mulher, que o observa como uma águia à sua presa.

Deixem-me ver as fotos — pede o homem, ajeitando-se no sofá, enquanto os dois permanecem ao lado dele, em pé.

Egídio ameaça sentar-se, mas é advertido pela cigana, que lhe

diz:

Eu não faria isso, meu caro; o patrão não gosta que

subordinados seus, exceto eu, se apropriem de seus bens. Daqui, nem da água você e seu amigo desfrutarão.

Ele encara o amigo, engole a saliva, permanecendo como está.

Por que esta máquina está toda arranhada? Foi assim que a dei a vocês? — pergunta, numa voz controlada, enquanto os olhos crescem, admirados com a beleza da primogênita de Martim, à medida que as imagens correm. — Que bela! — comenta consigo mesmo, sem atrair a atenção dos presentes.

Não senhor… — Egídio não encontra palavras para se explicar, até pensa em entregar o comparsa, mas não encontra coragem.

… então??? Estou esperando a resposta.

Eu a derrubei enquanto tentava me esconder de alguns agentes policiais no saguão do aeroporto — adianta-se Álvaro, mentindo —, não é, Egídio? — conta com a ajuda do amigo, que se limita a confirmar a história com o balançar da cabeça.

Então a polícia quase o agarrou?

Não… não, senhor, eu fui mais esperto…

… quase danificando minha máquina? — entrecorta-o, o homem. — Hum! Sei! Alguém está mentindo aqui, não está, cigana?

Sentada a uma mesinha lateral, adornada por cristais de todas as cores, com destaque às pretas e violetas, a mulher embaralha as cartas com uma agilidade que assusta, depois as corta em três montes, junta-as de novo e as separa em apenas dois, de onde retira uma carta de cada um deles, anunciando-as bem devagar, com o suspense de sempre, para o arrepio dos amigos, que se veem entre a cruz e a espada, principalmente Álvaro, que mal poderia explicar o que de fato houve ao encontrar os olhos daquela garota. Ao virar a primeira carta, há as nuvens e, na segunda, o rato. Quando pretendia ler o significado da combinação, o homem a impede, às gargalhadas.

Vocês acreditam mesmo nisso??? É só para divertimento nosso, não é, Aurora?

A mulher, fixa aos olhares intimidados de Álvaro, não responde. Já Egídio, tenta conter o tremor das mãos e o suor que lhe desce afoito pela face.

Saibam, prezamos pelos bens adquiridos por nossa “família” e essa câmera sairá do bolso de vocês, entenderam? — determina o homem, alterando a voz, ao lhes devolver o equipamento.

Sim, senhor! — concordam.

Melhor assim, agora se preparem, logo o plano estará concluído e cada um ganhará sua parte, se não falharem, é óbvio, até porque, em nossa família, as falhas são corrigidas com sangue, se é que me entendem. Agora caiam fora! Vão, estou enjoado da cara de vocês.

Os dois descem as escadarias desorientados, abrem a porta, entram no carro, que ao ligar, dá dois ou três soquinhos, até ganhar força e cruzar o portão de saída.

O que você viu nas cartas? — pergunta o homem, com a face fechada, vendo-os sumirem entre os casarões da região. — Eles estavam mentindo, não estavam?

Certamente, meu querido! As forças oraculares foram claras, eles estavam confusos, estressados por alguma coisa; não sei ao certo o motivo, que se não for combatido já, poderá pôr em risco os planos de nossa família.

Acha melhor apagá-los?

Ainda não! Vamos dar tempo ao tempo.

Os criminosos passam em frente à casa da família de Luara, quando são avistados novamente por Matilde, que estranha a presença deles.

Senhor, posso lhe falar? — pergunta a governanta ao general, deixando o veículo que havia chegado do cemitério.

Claro! O que foi, Matilde? — Martim percebe a preocupação dela.

Eu não sei direito, é apenas uma intuição, mas algo deve estar acontecendo…

Como assim?

Aquele carro que acabou de passar por nós estava também no cemitério.

Que carro? — olha para os todos os cantos e não encontra nada. — Não vejo nada!

É preto, de um modelo que não sei precisar, com dois homens estranhos.

O general se inquieta com a face ressabiada da mulher, mas tenta, mesmo assim, tranquilizá-la:

Devem ser moradores daqui, só pode, nossa família é muito conhecida.

Não, senhor, eles são de fora; eu os vi de relance lá no cemitério e pude escutar um pouco da conversa, mas não entendi direito, falavam sobre dar um bote, sei lá…

Ô, minha filha, não vê que a morte da velha, digo, de minha queriiida sogra a deixou com os parafusos frouxos? Vocês eram como unha e carne… — interrompe Leonor, puxando o marido. — Vamos, Martim, estou exausta, quero logo tomar um bom banho e tirar do corpo a poeira daquele lugar… Aff!

Acalme-se, mulher, estou conversando com a Matilde! — pede o homem.

Que horrooorrrrrr!!! E desde quando uma serviçal é mais importante que sua mulher? Só me faltava essa, agora disputar sua atenção com uma… uma… — Matilde a fulmina com os olhos, o que a obriga ter cuidado com as palavras… — … uma funcionária tão gente boa quanto a Matilde. Olha, queriiida, desculpe aí, mas preciso do meu marido, sabe, toda vez que saio do banho, ele aplica aquela bela massagem nos meus pés e, confesso, hoje estou precisando, o evento me deixou muito estressada.

O general, contrariado, se despede da governanta, que corre os olhos novamente pelo lugar e, como nada encontra, dirige-se à garota.

Vamos, minha menina, acabamos de chegar.

Luara se apoia à mulher, que a conduz até o quarto dela, no segundo andar da casa.

Hoje perdi o chão, Matilde!

Vamos superar essa perda juntas, tá bom? Eu prometo!

Outra promessa? Minha vó me fez diversas, inclusive a de que não me deixaria.

E quem disse que ela a deixou? A garota não compreende.

Ela está dentro de você, como o coração que bombeia e o ar que respira; olhe, está nos seus modos, no seu sorriso, nos traços que definem sua alma…

Verdade??? — indaga, com os olhos lacrimejando. — Verdade mesmo?

Luara, minha querida, sente-se aqui — aponta a cama — , as pessoas morrem apenas fisicamente, porque permanecem em quem as amam, seja por meio de um gesto de carinho, de um olhar mais apurado, de um sorriso grande e luminoso… Na engrenagem da vida, um descende do outro, como se cada um continuasse de certo ponto, uma História que jamais terá fim. E chegou sua hora de dar continuidade à trama, portanto, como protagonista de seus próprios atos, não chore mais; quando a saudade de dona Beatriz estiver a ponto de explodir o coração – como agora –, pare onde estiver, feche os olhos e se lembre das coisas boas que fizeram juntas em vida; saiba, as lembranças são eternas e nos seguirão por toda a existência, segurando nossas mãos e apoiando nossos pés, enquanto as últimas lâmpadas do tempo não se apagam — consola a mulher, colhendo uma das lágrimas da garota. — Agora descanse, a vida não acabou para você, sua História está apenas no prólogo.

Abraçam-se.

Você é um anjo, Matilde, por isso minha avó a queria tão bem.

Ela confiava em você!

A governanta, comovida, lembra-se de uma das últimas conversas que teve com Dona Beatriz, dois dias antes do AVC:

A senhora não quer a taça de vinho? — pergunta, com uma bandeja de prata às mãos. — Preparei-a com todo o carinho.

Não, minha querida amiga, agora não, mas venha, deixe tudo aí, quero ter contigo por alguns momentos.

A senhora conduz a empregada até o quarto, fechando a porta em seguida.

Matilde, sabe quantos anos eu tenho?

Senhora, para quê falar de idade, também tenho os cabelos brancos — dá um sorriso.

Me responda, quantos anos eu tenho?

Se eu não estiver enganada, a senhora completou 87 em fevereiro, não é isso?

Exato! E sabe quantas tempestades eu já enfrentei nesta vida? Todas que puder imaginar… umas mais fortes, outras mais fracas, mas todas deixaram marcas, algumas mais profundas, outras imperceptíveis…

Por que me diz isso, senhora? — não entende a empregada.

Para que saiba que sua hora chegou; agora está pronta para enfrentar as maiores tempestades da vida.

COMO ASSIM??? — amedronta-se.

Tome — dá-lhe uma fotografia de quando Luara tinha uns dois anos —, olhe a pequerrucha desta foto com os olhares do coração e perceba o quanto ela precisará de você.

Do que a senhora está falando?

Essa menina já sofreu demais, tem uma mãe que não a “vê”, um pai que não a compreende, e ainda não se perdeu porque estamos por perto… Você e eu, nós duas, somos o esteio de Luara, cada uma ao seu modo. E ela vai precisar muito de você quando minha hora chegar…

A senhora está me assustando… — relata a mulher, recolhendo-se.

Eu sinto, minha hora está próxima, minha querida Matilde; logo estarei no céu, com meu marido, minha mãe e meu… meu… — respira fundo enquanto os olhos alumiam feito vaga-lumes na escuridão

… meu PAI, que jamais esqueci. Jamais!

Não diga isso, senhora.

Não posso evitar o inevitável, ainda que tenha feito uma promessa à minha neta; por isso, quando eu partir, tenha-a por perto, seja a sua consciência, antes que o mundo a roube de nós. Luara não é uma criatura capaz de se defender; frágil como é, ruirá à primeira tempestade e isso não poderemos permitir.

Eu… eu a amo como uma filha, senhora…

E eu não sei? É o seu anjo protetor, mas lembre-se, os desafios que virão não serão páreos apenas para um anjo, é necessário que você vá além dos próprios limites, vista-se de fera e ruja, ruja, ruja o mais alto que puder, afastando dela todos aqueles que insistirem em lhe fazer o mal. E serão muitos. EU SINTO!

Matilde se emociona.

Posso confiar em você? Posso, minha eterna amiga? Há de cuidar de minha neta como os lobos de suas crias?

A governanta confirma com a cabeça.

Eu não ouvi — diz a mulher. — Jura???

SI-SIM!!! Eu juro!!! E como juro!!! — confirma Matilde, abandonando as lembranças daquele dia, enquanto cobre Luara, que acabara de cair no sono, com uma fina colcha de tricô. — Eu serei sua sombra, menina! Nenhum mal há de levá-la! — diz, beijando-a na face. Descendo as escadarias, ela se dirige à cozinha, onde encontra Cleide, a cozinheira mais festiva do mundo, de olho em um canal da

Internet.

O que está fazendo, menina?

Assistindo ao “Ferdinando de saia”.

Quem?

O Ferdinando de saia…

E quem é esse, posso saber?

Esse não, essa… estou falando da dona Leonor… veja, veja, ela é não é igualzinha ao Ferdinando? Pelo menos nos bordões, é claro, porque tudo tem limite.

A Senhora não entendeu, não é? — indaga Eufrásio, pegando uma xícara de café. — Explique para ela, Cleide!

Como gostam de mandar em mim, aff! — reclama. — Ferdinando é um dos personagens do programa “Vai que Cola”, interpretado por, acho que é Marcus Majella o nome dele, que adora viver de sombra e água fresca e sempre que o provocam, diz “que horrooor”, assim como a talzinha…

De que “talzinha” estão falando? — questiona a mãe de Luara, adentrando o recinto, com os cabelos enrolados em uma toalha. — Pois olhem… — interrompe os pensamentos assim que avista o celular de Cleide. — … o que é isso???

Fique calma, dona, eu estava assistindo…

… e você não vai fazer nada, Matilde? Uma empregada, em pleno expediente, usando o celular? Isso é o fim. Se pudesse, não pensaria duas vezes, e mandava essa cambada de folgados para a guilhotina, mas hoje, se disser ou fizer algo contra essa gentalha, ainda é capaz de sofrer um processo por assédio ou acabar na cadeia. Mas eu vou dar um jeito nisso já, dá aqui este celular, sua folgada dos infernos…

para, reconhecendo-se na tela do celular. — O que é isso?

Do-dona Leonor, desculpe, mas eu estava assistindo uma de suas lives quando…

MI-MINHAS LIVES??? Que maraviiilha!!! Olhe, olhe, Cleide, este vídeo já tem mais de cinquenta mil curtidas.

A senhora não viu nada, este outro — passa o dedo pela tela

tem um milhão e duzentas.

Verdaaade!!! Meu Deus, tô mais conhecida que a Jade Picon

pula de alegria a mulher. — Veja, Matilde, estão elogiando minha interpretação, minhas roupas, meu modo de falar…

A senhora está mais é para a Xuxa da Internet — debocha a governanta.

XUXA??? Que demaaaaais!!! Nunca pensei em ser a rainha dos “likinhos” — diz, voltando-se para Cleide — e quanto a você, não vou mandar mais embora; vou é lhe dar um aumento, porque sabe reconhecer uma estrela de longe, não é?

Claro! Claro! — gaba-se. — A senhora é minha diva…

DIIIIIIIIIVA??? Que menina espeeerta, pois só não a promovo à governanta, porque essa daí — aponta para Matilde — chegou antes, mas agora que a mocreia bateu as botas, digo, minha queriiida sogra se foi para os braços de Deus… ou do diabo — sussurra o último trecho, para que não ouçam —, as coisas podem mudar, né, não Matildão???

A governanta se limita ao silêncio, visivelmente constrangida.

Vixe! Que porra-louca — confidencia-se Eufrásio.

Pois venha, Cleeeide, vamos fazer uma live, mostrando todo o sofrimento de minha filhiiinha… Venha, venha, vamos ao quarto dela — chama, efusiva, a cozinheira, que acostumada à fofoca, deixa a concha de lado, ajeita o avental, retirando a touca da cabeça.

A SENHORA NÃO VAI A LUGAR ALGUM! — determina Matilde.

O que diiisse, CRIADA? — irrita-se Leonor com a petulância da governanta. — Quem pensa que é para dizer o que devo ou não fazer??? Enxergue-se!

A senhora me respeite, eu não sou cri-a-da…

… E governanta é o quê? Patrooooa??? — humilha, com os olhos a saltarem da face.

Matilde se segura.

Olha isso, Cleide, a bicha é xucra de pai e mãe — gargalha, voltando-se para a governanta. — Vá se apropriar de conhecimentos se quiser mesmo me afrontar.

Os que tenho são suficientes para apertar todos os seus parafusos. — rebate a mulher, enfrentando-a, com os olhos faiscando de cólera; bastava mais alguma ofensa, para que ela partisse para cima dela, não medindo as consequências. — Vai pagar para ver?

_____________


1. Balzaquiana é um adjetivo que qualifica a mulher de trinta anos de idade. A expressão “mulher balzaquiana” teve origem após a publicação do romance “A Mulher de Trinta Anos”, do escritor francês Honoré de Balzac.

autor
Carlos Mota

com ilustrações de
Andrea Mota
 
elenco
Luara
Álvaro
Aurora
Diana
Martim Vaz
Leonor Moreira Vaz
Beatriz Vaz
Matilde
Cleide
Eufrásio
Sofia
Luizinho como Patrão e Camaleão
Egídio
Enrico
Português

trilha sonora
Immortal - Thomas Bergensen
 
produção
Bruno Olsen


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


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