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Antologia A Magia do Natal: 3x05 - Perseguindo a Felicidade... Natal e Renascimento!

Conto escrito por K. Oliveira
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Sinopse: Um encontro inusitado, uma perseguição e troca de olhares na semana do Natal acabam revelando a história dramática de Marcelo e o coração encantador de Bruna. Só que  tudo tem início em meios às orações em visita a um cemitério e essa narrativa percorre um trajeto onde o amor e o espírito natalino contribuem para o nascimento de uma paixão inexplicável e o renascimento de uma vida.


3x05 - Perseguindo a Felicidade... Natal e Renascimento!
de K. Oliveira

Bruna adorava as festas de fim de ano... ficava animada com as luzes, os enfeites, aquela correria, o trânsito agitado, cidade enfeitada e as pessoas naquele ritmo frenético. Clima de Natal!

No entanto, apesar dessa agitação toda, ela sempre reservava um tempo para ir ao cemitério. Lá, visitava o túmulo dos avós maternos que ajudaram na sua criação. Limpava, ornamentava, fazia as orações e acendia as velas. Todo ano seguia esse ritual.

Nesse dia, tinha poucas pessoas no cemitério e dava para ver quem circulava por ali. Muitas pessoas também prestavam as suas homenagens aos entes queridos, no entanto, percebeu que estava sendo observada por um rapaz muito bonito que estava em um túmulo bem em frente.

Entreolharam-se e permaneceram em silêncio. Mas, o rapaz não “tirava os olhos”  da Bruna.

Ao terminar o que foi fazer ali, a moça saiu e o rapaz foi atrás. Ficou preocupada e com medo, porém foi para o ponto de ônibus e, logo veio o coletivo.

No dia seguinte, já era a véspera do Natal e Bruna ainda tinha muitos presentes para comprar, inclusive o presente do amigo oculto... brincadeira que a família realizava todos os anos. Ela era uma moça que gostava de vestir-se bem e o dia estava lindo, por isso colocou um vestido florido e um saltinho bem confortável para poder “bater pernas” sem transtornos.

Foi para o Centro da cidade sozinha e começou a peregrinação! Um entra e sai em várias lojas para completar a lista de presentes.

Só que Bruna não havia comprado nada pra ela... esqueceu de si própria. Não tinha comprado nenhuma roupa vermelha para passar a noite de Natal... como fazia habitualmente. Foi um tal de procura daqui e dali e, finalmente, avistou um vestido vermelho lindo, sensual, encantador... tudo de bom! Entrou na loja, colocou um monte de sacolas no cantinho e pediu à vendedora para experimentar a peça. A vendedora ficou vigiando as sacolas, enquanto Bruna foi para o provador.

A moça mal sabia que, novamente, havia sido seguida. O tal rapaz do cemitério tinha visto a moça andando pra lá e pra cá e resolveu ir atrás. Entrou na loja e disfarçou, fingindo que também estava escolhendo algo. Pegou algumas peças e dirigiu-se ao provador ao lado de onde Bruna estava.

O rapaz não tinha ido experimentar nada, pois a sua intenção era dar um jeitinho de olhar a moça por cima do provador. E conseguiu! Marcelo viu tudo... literalmente!

Bruna estava tão feliz e satisfeita com o vestido vermelho... imaginando-o  com um salto dourado, um penteado e maquiagem combinando... que nem notou que estava sendo observada.

O rapaz percebeu que a moça levaria o vestido e, rapidamente, foi ao caixa da loja e pagou a peça. Quando Bruna foi pagar, recebeu a notícia de que o vestido já estava pago e era só embrulhá-lo.

A moça logo perguntou quem havia feito aquilo  e a mulher do caixa apontou para o homem que estava saindo da loja. Bruna pegou as suas sacolas e enfiou o vestido dentro de uma delas. Foi atrás dele.

Já eram quase oito horas da noite e poucas lojas ainda estavam abertas, a maioria era de estabelecimentos que vendiam gêneros alimentícios para atender os clientes que ainda comprariam algo para a ceia e farmácias que estavam fazendo plantão.

Bruna foi atrás do rapaz e reconheceu-o do cemitério. Ficou encucada com aquela situação e decidiu manter uma certa distância.

O homem entrou em uma casa e ela resolveu entrar também porque precisava saber o que estava acontecendo. A porta estava entreaberta e Bruna entrou.

Marcelo estava em uma sala e não transpareceu estar surpreso com a aparição da moça, porque já havia percebido que ela tinha vindo atrás dele e a intenção era aquela.

Quando Bruna ia indagar o motivo dele ter lhe seguido e comprado o vestido pra ela... Marcelo deu-lhe um beijo nas mãos. Como Bruna não demonstrou resistência... ele continuou beijando as suas mãos, subiu pelos braços e chegou aos lábios, sendo correspondido.

Foi uma situação estranha... inusitada! Um homem desconhecido que ela só tinha visto uma vez e no cemitério! O clima foi esquentando, mas a moça resolveu dar um basta naquilo. Marcelo disse que havia se  apaixonado por ela. Se apaixonado pelo carinho dela com os falecidos avós, o momento de oração, o cuidado com o túmulo. Inacreditável!

Já eram quase dez horas da noite e Bruna estava ali... tentando  entender aquilo tudo.

Ele contou que morava sozinho. Tinha ido visitar o túmulo dos pais e do irmão que morreram em um acidente de carro. Contou que escapou por um milagre porque ficou dias em coma e sobreviveu, mas preferia ter morrido. Seu sentimento de perda e solidão era intenso. Não tinha parentes no estado onde moravam e, mais um ano... pelo terceiro ano seguido, passaria o Natal sozinho. Não tinha ido embora porque o emprego era bom e tinha até alguns colegas, mas nenhum que tivesse tanta intimidade ou se sentisse à vontade para passar a noite de Natal.

Enfim, ficaram conversando e Marcelo contou que tinha feito algo que ela não ia gostar de saber. Assumiu que havia ficado observado-a enquanto experimentava o vestido vermelho.

Mais uma vez, Bruna ficou indignada. Porém, estava tão impressionada com a história e as fotos da família espalhadas pela sala, que acabou não tendo uma reação agressiva.

Caminharam até a cozinha para beber algo e Bruna observou uma pequena ceia posta sobre a mesa.

Novamente, Marcelo olhou-a e trocaram beijos consentidos. O rapaz pediu-lhe que ficasse e Bruna  argumentava que não podia, já que a família estava lhe esperando.

Então, Marcelo pediu-lhe que colocasse o tal vestido vermelho.

A moça achou que não custava nada e atendeu-o. Perguntou onde era o quarto e colocou-o, enquanto ele a esperava na sala.

Bruna surgiu deslumbrante... retocou até o batom! O rapaz ficou paralisado com tanta beleza. Era um misto de sensualidade e doçura!

Já eram onze e meia e a moça não tinha dado conta da hora e muito menos lembrou-se de olhar o celular. A família estava preocupada e várias ligações e mensagens não tinham sido vistas por Bruna, pois o aparelho estava no modo silencioso.

As trocas de carinho foram inevitáveis... os beijos foram intensos. Parecia que já se conheciam de outras vidas. O gosto, o cheiro, o toque e a respiração inundaram aquele momento e o silêncio só foi quebrado quando os vizinhos de Marcelo começaram a gritar: “Feliz Natal!” nas sacadas dos apartamentos e quintais das casas.

Marcelo passou a mão pelos cabelos de Bruna, acariciou o seu rosto e, olhando fixamente em seus olhos lhe disse: “Você é o melhor presente que eu poderia ganhar... neste dia tão especial, você fez renascer o cara aqui havia morrido junto com a minha família! Seja a minha inspiração e a luz da minha vida!”

Bruna ligou para casa e disse à família que estava tudo bem! Foi uma noite inesquecível.


Conto escrito por
K. Oliveira

Produção
Bruno Olsen
Cristina Ravela


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


REALIZAÇÃO



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Sinopse: A dor pela perda de uma filha às vésperas de um Natal, transformou a vida de seus pais em angústia, sentimento de culpa e perda de rumo...Um ano se passou e um novo Natal chegou, mas a vida não foi refeita, e as relações foram deterioradas. No entanto, algo de sobrenatural acontece, a transformar a existência dessas pessoas magoadas; em especial, a vida da mãe da menina Raquel, que se foi...Após a angustiante ceia de Natal, regada a choro e distanciamento, por ser a data que ninguém mais queria se lembrar, algo inimaginável acontece... de forma surpreendente e inacreditável. Comovente e transformadora. Um pingente de ouro em formato de borboleta, faz todo o pano de fundo da história e pode, inclusive, ser considerado ''personagem'' indireta, mas com primordial importância. O texto trata de esperança, de fé, e de amor profundo: tudo que deve, de fato, existir numa verdadeira noite de Natal.


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