(SEXTA-FEIRA, 26 DE DEZEMBRO DE 2025)
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A estreia está prevista para o comecinho de janeiro, no dia 2, e o portal já conta com um elenco de peso, prometendo conteúdo atualizado, bastidores e muita informação. Hoje saíram dois posts na rede social. Anota aí, Gigi: o perfil é o @oficialportalmv no Instagram. Arrasou, Bety e já segue aí e fique por dentro de tudo. Não fique de fora sua gracinha.

FIM DE ANO II
BATE-REBATE
RITINHA: Menina, se tem uma coisa que é aliada do autor é a escaleta, ela existe pra te mostrar o que acontece na história, não como isso vai ser escrito depois.
Você começa pelo básico, sem glamour nenhum. Nome da obra, capítulo ou episódio. Parece detalhe bobo, mas é isso que evita você se perder no meio do caos criativo depois.
Aí vem a parte principal. Você divide tudo em cenas. Cena não é textão, não é literatura, não é diálogo trabalhado. Cena é acontecimento. É tipo “isso acontece, depois isso, depois aquilo”. Direto, objetivo e sem drama ainda. O drama vem depois, calma.
Depois, você divide tudo em cenas. Cena não é parágrafo bonito, nem explicação longa. Cena é acontecimento. Algo acontece, algo muda, algo dá errado. Cada cena precisa existir por um motivo. Se você não consegue explicar o que acontece nela em poucas linhas, provavelmente ela está confusa até na sua cabeça.
Em cada cena, você responde três perguntas essenciais, aquelas fofocas básicas que todo leitor quer saber. Quem está na cena. Onde essa cena acontece. E, principalmente, o que entra em conflito ali. Porque cena sem conflito é só gente existindo, e pra isso a gente já tem a vida real.
E não precisa ser conflito gigante, não. Às vezes é um olhar estranho, uma informação escondida, uma decisão errada tomada no impulso. O importante é que algo se desequilibre. Se todo mundo concorda, está feliz e nada muda, essa cena pode ser cortada sem dó, sem culpa e sem drama.
Depois disso, você olha pra cena com carinho crítico e pensa. Pra que ela serve? Ela apresenta um personagem? Aumenta a tensão? Revela algo importante? Planta uma dúvida? Se a resposta for “não sei”, menina, acende o alerta. Cena que não serve pra nada só ocupa espaço e cansa quem escreve e quem lê.
E agora vem o detalhe que faz toda a diferença. Toda cena precisa terminar deixando alguma coisa no ar. Uma pergunta, um medo, uma decisão mal tomada, um segredo que quase escapou. É isso que cria ritmo e vontade de continuar. A famosa sensação de “só mais uma cena”, que quando a gente vê já virou madrugada.
Pra ficar bem claro, vamos de exemplo simples e sem frescura.
Cena 1. A protagonista chega à cidade e percebe um clima estranho.
Função. Apresentar o ambiente e o mistério.
Gancho. Alguém a observa de longe.
Pronto. Não precisa escrever bonito. Precisa entender o que está acontecendo.
A escaleta é poderosa porque ela te mostra os problemas da história antes de você se apegar emocionalmente a eles. Ela revela buracos de trama, personagens apagados, conflitos fracos. E sim, ela pode ser meio cruel. Mas é aquela crueldade necessária, igual amiga sincera que avisa que a roupa não valorizou.
E deixa eu te contar um segredo. A escaleta não mata a criatividade. Ela protege. Ela organiza o surto. Depois que ela está pronta, aí sim você pode se jogar. Escrever com emoção, exagerar, cortar, reescrever, sofrer e amar cada cena. Só que agora com um mapa na mão, não andando em círculos.
No fim das contas, mona, a escaleta é isso. Um apoio, não uma prisão. Um guia, não uma regra dura. Ela existe pra te ajudar a chegar até o fim da história sem desistir no meio do caminho achando que perdeu o talento.
Beijinhos de planejamento e até a próxima, meus amores.
FOI UM DOS PASSOS MAIS IMPORTANTES DA MINHA VIDA NO MUNDO VIRTUAL. GANHEI CONFIANÇA, AMADURECI COMO AUTOR E PASSEI A ENXERGAR MINHAS HISTÓRIAS COM MAIS SERIEDADE, diz WESLEY FRANCO
Um hobby favorito era assistir às novelas na televisão, e a curiosidade em saber como eram produzidos os roteiros fez com que Wesley Franco conhecesse o mundo virtual. Por meio de uma pesquisa, ele encontrou o site “Séries de Web”, e foi lá que ele se apaixonou por esse universo e publicou suas primeiras histórias. A relação com a escrita começou ainda no Habbo, um jogo online onde os usuários criam avatares para socializar, jogar e montar salas personalizadas. Lá, Wesley criou e produziu histórias dentro do jogo. Escrever é o seu hobby preferido, porque foge totalmente da sua profissão, e muita gente nem imagina que ele escreve.
No Séries de Web, o autor publicou as obras Feridas do Passado, Eduardo e Mônica e Mamonas Assassinas. Já na Ranable Webs escreveu Sagrada Família e Esperança. Wesley, seja bem-vindo ao Diário do Autor.
WESLEY: Muito obrigado pelo convite! É uma alegria enorme estar aqui no Diário do Autor. Sempre fico surpreso quando percebo que a escrita, que começou com uma simples curiosidade lá atrás, virou algo tão presente na minha vida.
GABO: Wesley, antes de conhecer o mundo virtual, você teve contato com o Habbo, onde criou e produziu histórias dentro do jogo. Como foi essa experiência? Como surgiram as histórias e como o público recebia os projetos?
WESLEY: Foi uma experiência incrível, Gabo. O Habbo foi minha primeira oportunidade de criação. Muita gente não sabe, mas no Habbo tinham emissoras, não ligadas a administração do jogo, mas feitas por pessoas como eu que gostavam de está ali diariamente jogando, que levavam isso a muito a sério e produziam bastante conteúdo para suas emissoras e eu um dos que ajudava na produção do conteúdo. Eu me inspirava muito nas novelas que assistia e tentava levar essa mesma energia para dentro do jogo. Criava salas temáticas, os cenários das histórias dentro do jogo e desenvolvia as histórias, e a gente gravava isso e publicava no YouTube, ainda é possível acessar esse conteúdo.
O público recebia tudo com muito entusiasmo. As pessoas participavam, comentavam, queriam saber o que ia acontecer. Muita gente queria participar das gravações, queriam fazer parte de alguma forma daquele mundo que criamos. Isso me motivava demais. E por conta das publicações no YouTube, a gente tinha interação de pessoas que nem jogavam Habbo, mas gostavam de acompanhar as histórias. Fiz muitas amizades dentro do jogo. Era um ambiente leve, criativo, divertido, que nos conectava pela paixão de produzir.
GABO: O Habbo foi seu primeiro espaço de criação de histórias. Que aprendizados aquele ambiente trouxe para sua escrita no mundo virtual atual?
WESLEY: O Habbo me ensinou muito do que levo até hoje. Lá, eu aprendi em como a história precisa fluir. Isso me fez entender o melhor ritmo narrativo, o que precisava entrar, o que precisava ser cortado, e como manter o público preso à trama. Porque aquilo não era uma produção real, era uma produção virtual, é diferente de uma novela que passa na TV e as pessoas ficam lá sentadas assistindo independente da enrolação. Em uma produção virtual não, se a coisa não flui, ela troca o que está assistindo muito mais fácil do que faria na TV.
Então eu tentava reproduzir o que tinha de melhor na TV que é aquela sensação de capítulo, de gancho, de emoção. E o retorno do público foi incrível. As pessoas realmente acompanhavam, comentavam e esperavam o próximo episódio.
GABO: Durante uma pesquisa sobre roteiros, você conheceu o “Séries de Web”, o que mudou completamente sua trajetória aqui no mundo virtual. Como foram os bastidores desse início?
WESLEY: Gabo, entrar no Séries de Web foi como atravessar uma porta para um nível totalmente diferente. No Habbo eu já criava, produzia e me divertia, mas a partir do Séries de Web tudo ganhou um ar muito mais profissional. Para ter uma produção exibida no site, não bastava ter uma boa ideia, era preciso apresentar uma sinopse sólida, entregar uma leva de capítulos iniciais escritos e passar por uma comissão avaliadora que decidia se o projeto iria ao ar ou não. E eles olhavam tudo que você escrevia, de verdade.
Isso trouxe algo que eu não tinha no Habbo, uma burocracia que eu não tinha enfrentado antes. No Habbo, era tudo mais espontâneo e colaborativo, no Séries de Web, eu estava por minha conta. Eu não conhecia ninguém lá dentro para me orientar, então tive que aprender cada etapa sozinho aos 15-16 anos de idade, desde estruturar melhor meus roteiros até lidar com prazos e revisões. E isso foi transformador! Foi um dos passos mais importantes da minha vida no mundo virtual. Ganhei confiança, amadureci como autor e passei a enxergar minhas histórias com mais seriedade.
GABO: Você tem algum hábito, método ou ambiente específico que te ajuda na hora de escrever?
WESLEY: Uma das coisas que mais me ajudam na hora de escrever é ouvir as músicas que eu mesmo escolhia para participar da trama. Elas me colocam no clima certo, ajudam a construir a emoção de cada cena e, muitas vezes, até influenciam o rumo da história. Às vezes basta uma melodia para eu visualizar um capítulo inteiro.
Isso fica muito evidente em “Eduardo e Mônica” uma minissérie que escrevi em 2016 para o Série de Webs. A obra inteira nasceu diretamente da canção do Renato Russo. Eu escrevi cada cena com a música tocando ao fundo, quase como um roteiro já pronto me guiando. A letra acabou se transformando na espinha dorsal da história, cada diálogo, cada situação e cada movimento dos personagens surgiu a partir dos versos. Era como se a canção estivesse ditando o ritmo, me mostrando exatamente como aquele universo deveria acontecer.
GABO: Feridas do Passado marcou a sua estreia no MV. Como surgiu a história? Quais foram as inspirações para desenvolver a trama? Você teve alguma dificuldade com o roteiro?
WESLEY: Feridas do Passado foi minha estreia no Séries de Web. Eu já tinha produzido bastante no Habbo, mas ali era diferente, eu queria criar algo mais profundo, mais emocional, algo que mostrasse que eu tinha condições de construir uma trama consistente. A história nasceu dessa vontade de explorar traumas, segredos e relações familiares complexas, temas que as pessoas gostam de ver nas novelas.
Você tinha tudo que uma boa trama possui, você tinha um filho buscando vingança contra o pai que havia enganado e abandonado a mãe no passado, uma relação de amor interrompida entre os mocinhos porque se achavam que eles eram irmãos, você tinha também uma trama política, o irmão que tinha inveja do outro, a mãe que tratava melhor um dos filhos criando um ciúmes doentio de um irmão contra o outro. Então se tinha todas as pitadas de uma boa história.
A maior dificuldade, sem dúvidas, era a estrutura do roteiro. A estrutura era completamente diferente do Habbo, onde você tinha capítulos curtos de 5-10 minutos. Agora eu precisava ter capítulos mais firmes, sem perder o ritmo que prendesse o leitor. Foi trabalhoso, mas extremamente importante para o meu crescimento.
GABO: O que mudou na sua forma de criar personagens desde a sua estreia com Feridas do Passado?
WESLEY: Quando escrevi Feridas do Passado, eu ainda estava descobrindo meu jeito de criar personagens. Naquela época, eu pensava primeiro na trama principal e depois encaixava os personagens dentro dela, e ia encaixando as histórias secundárias. Hoje, o processo é diferente, eu penso nos personagens, nas histórias de vidas deles e vou criando a trama, isso me gera uma interconexão de tramas muito melhor do que eu tinha antes.
Além disso quando eu penso no personagem, eu já penso em toda a história dele, do início ao fim dele, isso é muito mais fácil de desenvolver a história. Claro que eu posso mudar de ideia sobre o rumo do personagem ao longo da trama, mas você ter uma ideia de como aquele personagem vai acabar, é muito melhor para desenvolver a história.
GABO: Entre suas obras, qual você sente que melhor representa sua evolução como autor e por quê?
WESLEY: Esperança. Ela foi a última que escrevi, e eu sempre carrego comigo a ideia de que a cada nova história precisa ser melhor do que a anterior. É um compromisso pessoal mesmo, de amadurecer, de aprender com os erros e me desafiar como autor.
Apesar de eu nunca ter recebido uma dessas críticas formais dentro desses programas do mundo virtual, nem negativa, nem positiva, eu acompanho o feedback dos colegas e dos leitores. Leio os comentários, observo como as pessoas reagem às cenas, presto atenção nas discussões sobre obras de outros autores e tento absorver tudo isso. Essas percepções são valiosas e me ajudam a lapidar meu roteiro, meu ritmo e a maneira como conduzo os conflitos.
GABO: Dentre os personagens já criados, tem algum que você se identifica? Quais elementos vocês possuem em comum?
WESLEY: Não tem um personagem em específico com quem eu diga que me identifico totalmente. Todos carregam um pedacinho meu. Cada um leva uma característica, algum sentimento, trauma, alguma reflexão que veio de mim em algum momento.
GABO: Qual foi o maior aprendizado que a trajetória de autor trouxe para você?
WESLEY: O valor da persistência e da confiança no próprio trabalho. No começo, tudo era insegurança: será que alguém vai gostar? Será que o que escrevo faz sentido? Com o tempo, percebi que escrever é um processo contínuo, de evolução, de erros, de ajustes, e principalmente de coragem.
Aprendi também a ter mais disciplina e responsabilidade. Quando você assume um projeto, precisa honrar aquilo, organizar ideias, cumprir etapas, revisar, reescrever. Isso me amadureceu muito, não só como autor, mas como pessoa.
GABO: Há algum gênero ou formato que você ainda não explorou, mas gostaria de experimentar no futuro?
WESLEY: Comédia. Mas é um gênero que eu considero muito difícil de explorar. Não é fácil fazer as pessoas rirem com qualidade.
GABO: Que conselho você daria para quem está começando no MV e tem receio de publicar sua primeira obra?
WESLEY: Eu diria, antes de tudo, coragem. Quando comecei no Habbo eu tinha só 12 anos, e quando fui para o Séries de Web eu estava ali pelos 15, 16. Eu não sabia praticamente nada, não tinha contatos, não tinha experiência… mas tinha essa ousadia típica da juventude, que empurra a gente pra frente mesmo quando dá medo.
No MV, ninguém nasce pronto. Todo mundo começa inseguro, achando que a história não é boa o suficiente ou que ninguém vai ler. Mas a verdade é que você só descobre seu potencial quando coloca a obra no mundo.
GABO: Quando surge o bloqueio criativo, existe alguma dinâmica que você realiza para afastá-lo?
WESLEY: Eu me afasto um pouco da escrita e volto para as minhas fontes de inspiração, principalmente as músicas que tem relação com a trama que estou trabalhando.
Às vezes coloco a trilha sonora da obra pra tocar e deixo a mente viajar. Também gosto de reler alguns capítulos já escritos, sem pressão, só pra reencontrar o clima da história.
GABO: Teve algum momento que você considera mais tenso na sua trajetória no MV?
WESLEY: Teve sim, Gabo. O momento mais tenso da minha trajetória foi quando o Séries de Web chegou ao fim. Eu tinha um carinho enorme por aquele espaço, foi onde dei passos decisivos como autor, onde aprendi a me organizar, a me dedicar e a enxergar minha escrita com seriedade. Então, quando o site acabou, eu fiquei meio perdido.
Precisei buscar outros lugares para continuar escrevendo, e isso não foi fácil. Eu estava muito apegado ao Séries de Web, tanto ao formato quanto à rotina de criação que eu tinha desenvolvido ali. Sentia quase como se estivesse recomeçando do zero, sabe? Com aquela insegurança de não saber se eu encontraria outro ambiente onde me encaixasse tão bem.
Mas esse período de instabilidade também me fez crescer. Foi ele que me empurrou para novas plataformas e me mostrou que, mesmo quando um ciclo termina, ainda existem muitos caminhos possíveis para quem realmente ama escrever.
GABO: Quem é o Wesley fora do mundo virtual?
WESLEY: Um baiano de Salvador. Eu amo a Bahia, a Bahia é a minha vida. Apaixonado pelo Esporte Clube Bahia. Aluno do 6º ano de medicina, vivendo uma rotina intensa e desafiadora, que encontra um refúgio nas histórias, tanto lendo, quanto escrevendo. É o momento em que eu respiro, me desconecto do ritmo do hospital e mergulho em outros mundos, outras vidas, outras emoções.
No fundo, o Wesley fora do virtual é alguém que ama a profissão que escolheu, ama a Bahia e que, apesar de todas as demandas, sempre encontra um jeito de manter viva a paixão pela escrita.
GABO: Chegou a hora do nosso bate-bola. Jogo Rápido. Vamos?
WESLEY: Vamos lá, Gabo!
BATE-BOLA:
ROTEIRO: Meu escape.
SÉRIES DE WEB: O lugar que me transformou como autor.
FERIDAS DO PASSADO: Minha porta de entrada, onde tudo realmente começou.
HABBO: Minha primeira escola criativa.
BLOQUEIO CRIATIVO: Pausa, música e inspiração de volta.
MUNDO VIRTUAL: Meu refúgio entre um plantão e outro.
FRASE: Coragem é o que abre portas da gente.
WESLEY POR WESLEY: Um baiano sonhador que divide a vida entre a medicina e as histórias que insiste em contar.
GABO: Wesley, obrigado pela participação. Fica o espaço para as considerações finais.
WESLEY: Eu que agradeço, Gabo. Foi uma alegria enorme reviver tanta coisa da minha trajetória e perceber o quanto cada etapa, do Habbo ao Séries de Web, das primeiras ideias às obras mais recentes, ajudou a construir quem eu sou como autor.
Obrigado pelo espaço, pelo carinho e pela conversa. Foi um prazer enorme estar aqui.
GABO: Neste domingo, dia 28, Leo Cardz participa do Diário do Autor: LEO CARDZ: Que todo o processo não era fácil. Não é simplesmente pensar e escrever. Não. Tem que ter planejamento
LEO CARDZ: Aquilo ali foi o essencial e que me fez bobinar novas ideias, novas histórias, tudo novo e diferente.
LEO CARDZ: Ele é tão diferente que chegou mostrando que é o tipo de personagem que mais me dá gás para escrever.
GABO: A entrevista completa neste domingo, aqui no Boletim Virtual. Até lá. Abraço Virtual.

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