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Escolhas da Vida - Capítulo 17

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CAPÍTULO 17
 
     
 

CENA 01. RESTAURANTE. INT. NOITE.

Continuação do capítulo anterior. O maître serve vinho para Diogo e Fernanda, que brindam em clima de romance, sob os olhares de Olívia.

TÚLIO: - Algum problema, Olívia?

OLÍVIA (disfarça): - Não, nada não.

TÚLIO: - Você ficou tensa, de repente.

OLÍVIA: - Eu? Não... Impressão sua.

Em outra mesa, Diogo e Fernanda brindam.

DIOGO: - A nós.

FERNANDA: - A nós.

Enquanto bebem, trocam olhares.

DIOGO: - Muito me surpreendeu sua ligação, esse convite para jantar.

FERNANDA: - Por que? Não está acostumado a ser convidado a sair por mulheres?

DIOGO: - Sinceramente? Não. (risos) Mas confesso que essa mudança nos padrões de relacionamento me soam como agradáveis. Fica chato quando tudo tem que partir de apenas um lado da relação.

FERNANDA: - É verdade. Mas neste caso nós não temos uma relação.

Diogo disfarça o olhar.

FERNANDA: - Ou temos?

DIOGO (encara): - Eu não sei. Essa é uma resposta que não pode ser dada apenas por mim.

FERNANDA: - Eu te chamei aqui também, Diogo, porque eu preciso ter uma conversa muito séria com você.

Diogo assente.

FERNANDA: - Eu me sinto ainda um pouco confusa com tudo o que está acontecendo. Esse envolvimento rápido. De repente, você está inserido na minha vida, e de uma forma tão intensa e importante...

DIOGO: - Olha, Fernanda, eu não quero, nunca quis, forçar a barra com você. Mas confesso que desde a primeira vez que eu te vi, na Joquer, eu fiquei com a sua imagem na cabeça. E ela não saiu nenhum minuto daqui de dentro. Depois, aquele nosso reencontro... Me despertou tanta coisa! E agora o nosso filho.

FERNANDA: - É isso que eu quero por em ordem, Diogo. Até onde a sua participação na minha vida pode não interferir no meu relacionamento com a Paula.

DIOGO: - Você quer então que eu me afaste. É isso?

Fernanda em silêncio, encara Diogo enquanto ele aguarda resposta.

FERNANDA: - Eu... Eu não sei. Eu acho que estou apaixonada.

CLOSE na expressão de surpresa de Diogo.

CENA 02. CASA SOLANO. SALA JANTAR / SALA ESTAR. INT. NOITE.

Solano, Isaura, Norma e Arthur jantam, sentados à mesa da sala.

ARTHUR: - Isaura, que jantar maravilhoso!

ISAURA: - Gostaram mesmo?!

NORMA: - Esse tempero é maravilhoso. Eu vou até provar mais um pouco!

ISAURA: - Faça isso, Norma! Ou melhor, deixa que eu te sirvo.

Isaura serve Norma.

SOLANO: - Saibam que vocês são os primeiros amigos que recebemos aqui em casa, depois de muitos anos.

NORMA: - Nós ficamos muito felizes com esse convite, seu Solano. Nós, vizinhos, moramos perto. Não tem porque não estarmos juntos em momentos como esses. Às vezes a gente se sente tão sozinhos dentro de casa, mesmo tendo outra pessoa do lado.

ARTHUR: - Eu também quero aproveitar e pedir minhas sinceras desculpas a vocês, pelo incidente no meu aniversário.

ISAURA: - Imagina, Arthur. Problemas de família não avisam quando aparecem. Faz parte, todos nós temos algum.

ARTHUR: - Mesmo assim, ali não era local nem momento de tentar resolver esse tipo de problema. Que pra mim na verdade é um karma.

NORMA: - Arthur, por favor! Isso não é assunto para a hora do jantar.

ARTHUR: - Tem razão.

SOLANO: - Família sem problemas, só em comercial de margarina. Mas o importante é tentar resolver os problemas juntos, unidos, compreendendo as razões uns dos outros e buscando encontrar um denominador comum.

NORMA: - Família é um bem tão precioso na vida da gente. Quando ela se divide, a gente fica dividida também.

ISAURA: - E a gente, como mãe, sente muito isso, não é, norma?

NORMA: - Demais. Por exemplo, quando a Nanda saiu de casa, eu fiquei com o coração na mão por um bom tempo. Depois eu fui acostumando e entendendo que ela não estava dividindo a família, estava apenas um pouquinho mais longe, mas ainda pertencente daquela unidade.

ARTHUR: - Ela dividiu sim, Norma. Eles viram no meu aniversário.

NORMA (repreende): - Arthur...

ARTHUR: - Mas é verdade. (a Solano) Se sua filha, larga um noivado promissor com um dos rapazes mais cobiçados do Rio de Janeiro, para ficar com outra mulher, o que o senhor pensaria?!

SOLANO: - Pensaria que ela encontrou alguém para amar de verdade.

Arthur sem jeito, volta a comer. Silêncio na sala. A campainha toca.

SOLANO: - Tínhamos chamado mais alguém?

ISAURA: - Não. Será que o Bruno esqueceu a chave? Eu tranquei o portão dos fundos...

Isaura SAI da sala de jantar e chega à SALA DE ESTAR para atender a porta. Abre. CAM revela Lauro.

ISAURA: - Lauro?

LAURO: - Desculpa, eu não sabia que você estava com visita.

Solano se aproxima.

SOLANO: - O que esse cara está fazendo aqui, Isaura?

LAURO: - Eu vim apenas/

SOLANO (interrompe): - Eu não estou falando com você. Eu falei com a minha filha e quero que ela me responda. O que esse sujeito está fazendo aqui, Isaura? Atrapalhando nosso jantar tão bacana, com amigos, com pessoas de bem... Você pode me responder, minha filha?

Isaura fica sem resposta, um tanto confusa.

SOLANO: - Se a minha filha não sabe o que você veio fazer aqui, deduzo que não interessa nem a ela e muito menos a mim.

LAURO: - Ei, seu Solano, calma aí!

SOLANO: - Você pode se retirar, por favor? Como eu falei, estamos em um jantar com amigos.

LAURO: - O senhor não pode/

ISAURA: - Lauro, por favor...

Lauro hesita, mas vai embora. Isaura fecha a porta atrás de si. Encara Solano.

SOLANO: - Você me prometeu.

ISAURA: - Eu não estou mais com ele, papai. Por favor, evite se estressar. O senhor ainda precisa de cuidados com o coração. Vem, vamos voltar para o jantar, antes que a Norma e o Arthur desconfiem.

Os dois retornam.

CENA 03. APTO LISA. SALA. INT. NOITE.

Illana pressiona Lisa. Helena assiste a tudo.

ILLANA: - Então, Lisa? Até quando você iria me esconder que está grávida?!

LISA: - Eu juro que eu ia falar pra você assim que desse, Illana.

ILLANA: - Assim que desse, quando?! Você esteve comigo hoje, sozinha na minha sala, e não falou! Você sabe o quanto eu te orientei, o quanto eu cuidei de você, o quanto eu já te ajudei... E é assim que você me retribui? Com uma gravidez?

HELENA: - Desculpe, dona Illana, mas eu peço que modere suas palavras e principalmente quando se tratar da gravidez da minha filha.

ILLANA: - Com todo o respeito à senhora, mas a sua filha e a gravidez dela vão me trazer um prejuízo tremendo!

HELENA: - Minha filha e meu neto não são mercadorias! Estamos falando aqui de vidas e não produtos.

ILLANA: - Desde que entrou na moda, a sua filha virou um produto. A imagem dela é um produto. Ela sabe e aceitou isso. Então, dona Helena, eu, como uma empresária bem-sucedida, uma mulher de negócios, posso falar dela como mercadoria sim! Mercadoria essa que para mim perdeu total valor.

LISA: - Illana, não...

ILLANA: - Você já sabe o que vai acontecer, não sabe?

LISA: - Illana, você sabe que eu sempre quis isso, é o meu sonho ser modelo internacional!

ILLANA: - Mas você não soube aproveitar as oportunidades que a vida te deu, Lisa. A oportunidade que eu te dei! Eu não tenho mais nada a falar com você aqui, agora... Eu vou me reunir com os representantes da campanha que você estava fazendo, solicitar a rescisão do contrato. E também, é claro, preparar a sua rescisão com a R3.

LISA: - Não, Illana!

ILLANA: - Você quebrou a principal regra lá dentro, Lisa. Você sabe como funciona. Eu não trabalho com mulheres grávidas, mães...

HELENA (alterada): - Você é um monstro, isso sim.

Illana encara Helena, não responde. Volta-se para Lisa, entrega o exame para ela.

ILLANA: - Pega. Esse agora vai ser seu novo trabalho, sua nova ocupação. Um bebê.

Lisa, chorando, pega o exame. Illana sai, sem se despedir. Lisa senta-se no sofá, Helena se aproxima, a consola.

HELENA: - Essa mulher é um monstro, Lisa! Como pode uma pessoa falar assim com uma gestante?! Tá na cara que ela não é e nunca será mãe! Sem coração!

LISA: - Meu sonho, mãe... Eu nunca mais vou ser modelo...

HELENA: - Calma, minha filha. Você não pode dar ouvidos a essa mulher. Essa criança ainda vai te trazer muitas coisas boas. Você vai ver.

Helena consola a filha.

CENA 04. BARZINHO. INT. NOITE.

Carla e Gabriel conversam.

GABRIEL: - Pensei que você não quisesse mais me ver. Tivesse colocado nosso plano no lixo.

CARLA: - Vontade não me falta, sabia, Gabriel? Mas aí eu pensei melhor e quero continuar sendo sua aliada.

GABRIEL: - Quer mesmo?!

CARLA: - Quero.

GABRIEL: - Mas pelo amor de Deus, Carla, sem tentativas de assassinato, atropelamentos, nada! Eu não quero ir para cadeia e acredito que você também não.

CARLA: - Pode deixar. Aquilo lá foi apenas um momento de raiva excessiva. Já passou e não vai mais acontecer.

GABRIEL: - Ótimo.

CARLA: - Eu te chamei para saber um pouco mais sobre a Fernanda e sobre a companheira dela. Eu preciso conhecer a mulher que está com o Diogo.

GABRIEL: - Duvido que a Fernanda esteja realmente com o Diogo. Ela agora está num relacionamento sério com a Paula. Ela me deixou depois de anos de noivado. Eu tinha planejado um casamento de filme pra gente... Eu já tive outras namoradas, mas a Fernanda foi a mulher que me conquistou. Aquela que me pegou de jeito, sabe?

CARLA: - E quando você percebeu que ela tinha mudado o gosto, digamos assim?

GABRIEL: - Quando ela entrou pra faculdade. Foi lá que ela conheceu a Paula. A Nanda fazendo arquitetura e a Paula trabalhando na xerox da faculdade. Pobre coitada. Nunca conseguiu nada melhor. Sempre servente, atendente, caixa, balconista. O submundo dos empregos que ela nunca vai sair. Mas enfim, elas acabaram se aproximando. A Nanda ganhava descontos nas cópias, conseguia folhas especiais para os trabalhos... a Paula conhecia contatos, gente que conseguiu estágio para a Nanda, enfim. Ficaram muito amigas. Até que um dia a Fernanda me chamou e disse que a nossa relação não estava mais legal e que ela precisava fazer uma escolha importante para a vida dela.

CARLA: - A escolha da vida dela foi te trocar pela tal  Paula.

GABRIEL: - Bingo!

CARLA: - E você, óbvio, não aceitou de boa.

GABRIEL: - Claro que não aceitei! Carla, isso é um absurdo! Uma falta de senso sem tamanho! A Nanda só pode estar louca!... Por isso que eu acreditava que essa fase dela com a Paula seria apenas um momento de curiosidade.

CARLA: - Acreditava... Não acredita mais por que?

GABRIEL: - Porque ela e Paula vão ter um filho.

CARLA (surpresa): - Como é que é?! Elas vão ter um filho?!

GABRIEL: - Sim. E não é adotando, como a maioria desses casais homoafetivos fazem. Elas fizeram inseminação artificial.

CARLA: - E como você sabe disso?! Ela te falou?

GABRIEL: - O pai dela me disse. Eu ainda tenho contato com ele, porque ele foi um dos principais incentivadores do nosso casamento. É um pobre sujeito, mas que me ajudou muito com a Nanda.

CARLA: - Gente, então essas duas estão muito mais firmes do que a gente pensa...

GABRIEL: - Sim.

CARLA: - Então, onde o Diogo nessa história?

GABRIEL: - Isso eu também quero saber. Porque se as duas vão ter um filho, é sinal de que o Diogo não tem a mínima chance com a Nanda. E com a Paula muito menos. Aquela lá é um homem de saias!

CARLA: - Tá aí algo que eu preciso descobrir. Essa história não está fechando muito bem.

Carla pensativa, sob os olhares de Gabriel.

CENA 05. APTO OSVALDO. SALA ESTAR. INT. NOITE.

Regina chega trazendo algumas sacolas de compras de lojas. Osvaldo, no sofá, mexe no notebook.

REGINA: - Boa noite, meu amor. (senta-se ao lado dele) Esse trânsito do Rio está cada vez pior.

Ele fecha o notebook.

OSVALDO: - Boa noite, querida. Você sabe o que aconteceu com a Mariana? Ela passou por mim feito um furacão, foi direto pro quarto. Eu bati na porta para falar com ela, mas ela não respondeu. E parece que está chorando.

REGINA: - É mesmo?

OSVALDO: - Sim. Será que brigou com o Alex, ou não passou em algum teste na agência? Nunca vi a Mariana assim.

REGINA: - Ela terminou com o Alex, certamente.

OSVALDO: - Mas eles me pareciam tão felizes.

REGINA: - Nem tudo o que parece, é, Osvaldo. Eu sabia que esse namorinho não iria adiante. Eu coloquei o olho naquele rapaz e vi que ele não era homem para a Mari. E por favor, Osvaldo, não deixe esse homem se aproximar da nossa filha novamente.

OSVALDO: - Por que você está dizendo isso?

REGINA: - Eu descobri que ele é garoto de programa, Osvaldo. Pensa! Nossa filha namorando um garoto de programa!

OSVALDO (chocado): - Meu Deus! Isso é um perigo! E nós trouxemos ele aqui pra dentro da nossa casa!

REGINA: - Eu tratei de investigar. Não foi difícil de achar fotos dele nesses sites de acompanhantes. O idiota ainda usava o próprio nome. Eu falei pra Mariana. Ela deve ter ido tirar a história a limpo e ele confirmou. Melhor assim. Ela está sofrendo, mas vai passar. A vida vai trazer muitas coisas boas para nossa filha. Tenho certeza.

CORTA:

CENA 06. QUARTO MARIANA. INT. NOITE.

Mariana chora na cama, sentida, entristecida. Seu telefone toca. Ela vê a ligação.

CAM mostra ALEX no visor do telefone. Mariana, chorando, hesita, mas não atende, joga o telefone para o lado. Encolhe-se na cama, aos prantos.

CORTA:

CENA 07. APTO ALEX. INT. NOITE.

Alex insiste em ligar. Illana está sentada no sofá.

ILLANA: - Desiste, Alex. A Mariana não vai falar com você.

ALEX: - Ela precisa me ouvir, Illana! Ela tem que acreditar em mim!

Illana se aproxima, tira o telefone das mãos de Alex e coloca sobre a mesa. Ela encara o rapaz.

ILLANA: - Ela já sabe toda a verdade. Ela já sabe que você é garoto de programa. Vai dizer o quê pra ela? Que não era o seu rostinho bonitinho na foto do flyer?! (se afasta) Deixa ela esfriar a cabeça.

ALEX: - Illana, a Mariana é filha da Regina.

Illana se surpreende.

ILLANA: - Como é que é?!

ALEX: - Isso mesmo. A Mariana é filha da Regina. Eu fui jantar na casa dela e descobri tudo. Mãe e filha.

ILLANA: - Hoje, literalmente, foi um dia em que eu não deveria ter saído da cama. Só bomba!

ALEX: - Foi a Regina que contou para a Mari.

ILLANA: - A Regina também, hein! Não colabora em nada... (caminha de um lado a outro) Mas, calma, eu preciso pensar. Temos que resolver a tua situação primeiro. Até porque você não pode mais frequentar a agência por enquanto.

ALEX: - Você vai me mandar embora?

ILLANA: - Não. Posso ter prejuízo. Já não bastasse a Lisa grávida, você indo embora seriam muitas perdas.

ALEX: - A Lisa está grávida?!

ILLANA: - Sim. E ela achou que seria muito esperta tentando esconder a gravidez de mim. Infelizmente ela vai deixar a R3. Mas você não. Você vai ficar na geladeira. Mas ninguém precisa saber. Como a sua campanha tá no início, dá pra dar uma segurada.

ALEX: - Illana, você vai estar mais próxima da Mari. Por favor, fala com ela, convence ela de que eu sou um cara legal, por favor! Eu amo aquela mulher.

ILLANA: - Eu farei o que puder. Mas saiba que não será fácil reconquistar a Mariana depois de tudo isso. Ainda mais tendo a Regina do lado dela, falando tudo de ruim de você.

ALEX: - Regina é uma cobra, ordinária!

ILLANA: - Mas que te pagou e muito bem que eu sei.

ALEX: - De nada adianta o dinheiro dela, Illana. Regina é suja na alma.

ILLANA (impressionada): - Nossa, você falou com tanto ódio agora.

ALEX: - Isso porque você não conhece a Regina que eu conheço.

ILLANA: - Bem, eu preciso ir. Não se preocupa em como manter o apartamento aqui porque eu dou um jeito. Eu não quero você fora do Rio. Tão logo a poeira baixa, eu já encaixo você numa nova campanha. Aproveita e tira uns dias de férias, conhece mais a cidade. Farei uma transferência para a sua conta bancária para que você possa se manter por esses dias.

ALEX: - Eu nem sei o que fazer para te agradecer.

ILLANA: - Cuide melhor da sua vida e não se meta em confusões. Hoje eu estou pelas tampas com tantas coisas que tive para resolver.

Illana sai. Alex pensativo.

CENA 08. JOQUER. INT. NOITE.

A danceteria está movimentada, público dançando na pista, bebendo no bar, conversando nas mesas. Casa lotada. Rick, disfarçadamente, vai se aproximando do caixa. Ele abre a gaveta, fica a observar as notas ali, quando é surpreendido por Bruno, que fecha a gaveta.

RICK: - Qual é a tua, hein?

BRUNO: - A gaveta do caixa deve permanecer fechada, Rick.

RICK: - E você deve permanecer no seu lugar.

BRUNO: - Eu estou no meu lugar. Estou cuidando do financeiro da casa. Aliás, você deveria fazer o mesmo e não se preocupar com o seu bolso.

RICK (se irrita): - Escuta aqui, rapaz, tá insinuando o quê?!

BRUNO: - Eu? Nada! Estou com a consciência limpa e tranquila. É melhor você se acalmar, se não quiser que eu avise o Diogo. Acho que ele vai querer saber dessas suas visitas surpresas no caixa da Joquer.

Rick encara Bruno e sai.

BRUNO: - Essa foi por pouco. Essa cara não vale nada.

CENA 09. HOSPITAL. QUARTO. INT. NOITE.

Gustavo dá alta para Matheus. Roberta está junto.

MATHEUS: - Nossa, doutor! Muito obrigado por tudo o que você fez por mim. Eu nem sei como agradecer!

ROBERTA (brinca): - Eu sei...

MATHEUS (constrangido): - Roberta! Para!

Gustavo acha graça.

ROBERTA: - Eu vou esperar ali fora.

Roberta sai.

GUSTAVO: - Sua amiga é um barato.

MATHEUS: - Ela é um pouco maluca, mas gente boa. De bom coração.

GUSTAVO: - Assim como você.

MATHEUS: - Olha só, Gustavo... Rolou beijo, a gente se deu muito bem enquanto eu estive aqui, mas não quero ficar alimentando falsas esperanças. Até porque, você já é um cara comprometido. Mas fico feliz em ser seu amigo.

GUSTAVO: - Você tirou as palavras da minha boca. Eu também ficaria muito feliz da gente continuar mantendo contato.

Gustavo anota num papel seu telefone e entrega para Matheus.

GUSTAVO: - Me chama quando quiser.

MATHEUS: - Vou me segurar para não chamar toda hora.

Os dois riem, trocam olhares. Aos poucos, vão se aproximando. Clima. Roberta ENTRA.

ROBERTA: - Desculpa atrapalhar, mas Matheus, o carro do aplicativo já chegou. Vamos?

MATHEUS: - Vamos sim. (se afasta) Até a próxima, Gustavo. E mais uma vez, obrigado!

GUSTAVO: - Tchau, Matheus. Se cuida!

ROBERTA: - Tchauzinho, Gustavo!

Matheus e Roberta saem.

CENA 10. RESTAURANTE. INT. NOITE.

Túlio percebe o incômodo de Olívia.

TÚLIO: - Você tem certeza de que está tudo bem, Olívia?

OLÍVIA: - Está sim, doutor.

TÚLIO: - Túlio. Já falei antes que pode me chamar apenas de Túlio. Aqui não temos a hierarquia do trabalho.

OLÍVIA: - Claro, Túlio.

TÚLIO: - Se me permite, eu vou até o toalete.

OLÍVIA: - Claro.

Túlio se retira. Olívia encara a mesa de Fernanda e Diogo. De seu POV, eles conversam.

DIOGO: - Isso que você me disse é realmente verdade? Você está apaixonada por mim, Fernanda?!

FERNANDA: - Sim. Eu acho que estou. E é isso que eu preciso acertar na minha vida. Foi por isso que eu te chamei também. Eu não sei o que fazer.

DIOGO: - Eu imagino que deve estar sendo tudo muito complicado pra você. Ainda mais grávida.

FERNANDA: - Eu tenho feito muitas coisas por impulso, Diogo. No caminho pra cá, eu pensei se esse nosso jantar não foi uma dessas coisas. Mas algo me dizia que não, que eu precisava vir aqui. (toca a mão de Diogo) Que eu precisava ver você!

Olívia se levanta da mesa, indo em direção aos dois. Diogo segura a mão de Fernanda.

DIOGO: - E se eu te disser que também estou apaixonado por você?

Fernanda se surpreende.

DIOGO: - O que você faria?

OLÍVIA: - Fernanda?! Você por aqui!

Fernanda recolhe a mão discretamente.

FERNANDA: - Oi, Olívia! Que surpresa boa!

OLÍVIA: - Não vai me apresentar o seu amigo?

Olívia encara Fernanda, que percebe as intenções dela.

FERNANDA: - Claro... Esse aqui é o/

Túlio interrompe.

TÚLIO: - Olívia! Eu cheguei na mesa e não vi você... (vê Fernanda) Fernanda!

FERNANDA: - Doutor Túlio! Como vai?

TÚLIO:-  Tudo bem e você e Paula, como estão? Ela está por aqui?

FERNANDA: - Não, a Paula não veio.

OLÍVIA (incisiva): - Ela deve estar trabalhando ainda. E aí você aproveitou para vir jantar fora com um amigo, não é mesmo?

TÚLIO: - Algum problema nisso, Olívia?

FERNANDA: - Eu também não vejo problema nenhum. (levanta-se) E se vocês nos derem licença, nós já estamos de saída.

TÚLIO: - Claro. Por favor, nós não queríamos atrapalhar o jantar de vocês.

FERNANDA: - Imagina, doutor, não atrapalharam em nada. A gente já estava de saída mesmo. (a Diogo) Vamos?

DIOGO: - Claro.

FERNANDA: - Com licença, tenham uma ótima noite.

Fernanda e Diogo vão saindo.

OLÍVIA (chama): - Fernanda!

Fernanda vira-se.

OLÍVIA: - Bom ver que você seguiu as recomendações.

Fernanda esboça um sorriso e sai, acompanhada de Diogo.

TÚLIO: - Vem, Olívia, vamos voltar para o nosso jantar.

OLÍVIA: - Vamos sim. Só não sei se eu vou conseguir jantar depois disso.

TÚLIO: - Como disse?

OLÍVIA: - Nada não, pensei alto.

Túlio e Olívia voltam para a mesa.

CENA 11. CASA ELIANE. QUARTO ELIANE. INT. NOITE.

Eliane e João na cama, deitados. Ele assistindo TV, ela pensativa.

ELIANE: - Tava pensando aqui...

JOÃO: - Hum... No quê?

ELIANE: - Vou fazer um almoço em família, aqui em casa. Eu, você, o Tito, a namorada dele, a Paula e a Fernanda.

JOÃO (senta-se na cama): - Você vai trazer a Paula com a outra sapata aqui pra dentro da nossa casa?!

ELIANE: - Ué, joão! Por que o espanto?!

JOÃO: - Mas isso nunca! Olha só, eu almoçando na mesma mesa que aquelas duas.

ELIANE: - Se você quiser, pode almoçar no chão. Mas eu quero fazer um almoço de família e eu vou fazer! Nunca tive isso aqui em casa. Até parece que eu não tenho família!... Vejo as mulheres na feira falando que almoçaram com os filhos, com os netos... E eu nunca tenho nada pra dizer. Eu quero começar a ter história para contar.

JOÃO (deita-se): - Você está ficando louca igual sua filha. (vira para o lado) Só pode.

ELIANE: - Isso, vai dormir que é melhor. Eu vou ligar para a Paula!

Eliane senta-se na cama, pega o celular, disca.

CENA 12. MERCADO. EXT. NOITE.

O mercado está fechando, as luzes do lado de fora foram apagadas. Paula vai saindo do local, falando ao telefone, acompanhada por Ivete. Outros funcionários saem também por ali.

PAULA (ao telefone): - Claro, mãe! Nossa, que ideia bacana! (T) Sim, eu vou sim almoçar aí com vocês! Ou melhor, nós vamos, eu e a Nanda. (T) Está combinado! (T) Obrigada, pra você também! Beijo! (desliga)

IVETE: - Coisa boa ver você falando com a sua mãe e sorridente assim!

PAULA: - Nem fala, Ivete. Parece sonho. Acho que agora eu e a minha mãe estamos nos acertando legal. Tomara que permaneça assim.

IVETE: - Vai sim. Olha só, eu estou indo para um barzinho, na Lapa, encontrar umas amigas. Está afim de dar uma relaxada, depois de tanto trabalho?

PAULA: - Obrigada, Ivete. Bem que eu queria, mas eu estou tão cansada! Só vejo minha cama na minha frente.

IVETE: - Tá certo. Eu te dou uma carona até sua casa então.

PAULA: - Está louca? Não precisa não. Eu pego o ônibus aqui na parada mesmo. Você vai pra outra direção. Pode ir tranquila. Vai pro seu happy hour que eu vou para minha casa, me encontrar com a Nanda.

IVETE: - Morrendo de saudade dela, não é?

PAULA: - Como pode né? A gente ama tanto alguém, que fica com saudade só de vir pro trabalho!

IVETE: - Vou indo nessa. Beijos!

PAULA: - Beijo! Boa noite!

As duas se separam. Paula vai seguindo pela calçada. Do outro lado da rua, CAM mostra o carro de Carla. A moça fica a observar Paula.

CARLA: - Então é aqui que você trabalha, Paula...

Carla observa Paula na parada do ônibus, um pouco mais adiante. Em seguida, liga o carro e vai embora.

CENA 13. APTO LISA. QUARTO. INT. NOITE.

Lisa recebe Pedro, sentam-se na cama dela.

LISA: - Que bom que você veio e desculpa ter te ligado tarde assim. A Carla não me atendeu e eu só lembrei de você.

PEDRO: - Imagina, Lisa. Eu falei que você pode contar comigo sempre. O que aconteceu?

LISA: - A Illana esteve aqui em casa. Ela descobriu a minha gravidez.

PEDRO: - Já posso imaginar no que deu.

LISA (tenta conter as lágrimas): - Ela foi bem dura comigo e... Eu vou ter que sair da agência.

PEDRO: - A Illana não perdoa ninguém que quebre as regras dela.

LISA: - Eu estou me sentindo tão mal, Pedro.

Pedro abraça Lisa, confortando-a.

LISA: - Mesmo com a minha mãe aqui comigo, eu me sinto tão sozinha.

PEDRO: - Eu estou aqui para proteger você, Lisa. Pode ficar tranquila que, nos meus braços, nada de ruim vai acontecer com você. Lembra de quando a gente namorava e eu ficava aqui, assim, te abraçando, te protegendo? Você nova ainda no Rio, conhecendo tudo, saudade de casa.

LISA: - Lembro sim. Nossa, tem tempo isso hein! (se afasta) Você consegue lembrar de cada coisa.

PEDRO: - Eu lembro de cada momento feliz com você, Lisa. Cada instante que eu estive do seu lado, está gravado. Na minha cabeça e aqui dentro, do meu peito/

LISA: - Pedro, eu/

PEDRO: - Por favor, Lisa. Deixa eu terminar.

Lisa assente.

PEDRO: - Você sabe que eu sou apaixonado por você. Mas talvez não saiba o quanto esse amor é grandioso. O quanto ele te venera e me enche de alegria, quando os meus olhos te encontram, quando o teu perfume me inebria, (acaricia o rosto dela) quando eu toco a tua pele... Lisa, eu amo você. E eu gostaria muito de poder estar do teu lado agora, quando você mais precisa. Eu sei que eu sou o homem pra você. Me deixa fazer parte da tua vida. Deixa...

Lisa beija Pedro, fortemente. Ele corresponde. Os dois permanecem aos beijos, carinhosamente.

CENA 14. PRÉDIO FERNANDA E PAULA. EXT. NOITE.

O carro de Diogo estaciona em frente ao prédio de Fernanda.

CORTA:

CENA 15. CARRO DIOGO. INT. NOITE.

DIOGO: - Você pode me dizer agora porque saiu tão incomodada do restaurante? Não disse uma palavra de lá até aqui.

FERNANDA: - Eu não fiquei incomodada.

DIOGO: - Aquela moça incomodou você. Foi nítido, Fernanda.

FERNANDA: - Tá certo, incomodou sim. A Olívia não tem que se meter na minha vida. Ela é amiga da Paula.

DIOGO: - Você acha que ela pode...

FERNANDA: - Pode, mas acho que não vai falar nada. Bom, Diogo, eu acho que a gente vai precisar ficar um tempo longe um do outro. Eu preciso colocar a cabeça no lugar. Ainda mais depois do que eu ouvi hoje.

DIOGO: - E você acha que consegue ficar longe de mim por muito tempo?

FERNANDA: - Eu preciso tentar.

DIOGO: - Está certo. Tentarei fazer o mesmo.

FERNANDA: - Vai ser bom. Amanhã eu volto ao trabalho no escritório, terei outras coisas para ocupar a cabeça.

DIOGO: - Sim, você comentou que vai voltar a trabalhar. É bom. Vai ser bom.

FERNANDA: - Obrigada então.

Fernanda vai se despedir de Diogo e os dois acabam e beijando. Fernanda se afasta.

DIOGO: - Desculpa.

FERNANDA: - Eu preciso ir.

Fernanda SAI do carro um pouco apressada e caminha até ENTRAR no prédio, passa pelo portão sem olhar para trás. Diogo liga o carro e vai embora. Fernanda na porta do prédio, toca a campainha da portaria.

FERNANDA: - O porteiro nunca está aqui... (procura na bolsa) Cadê minha chave?

Paula chega.

PAULA: - Chegando agora, Nanda?

FERNANDA (surpresa): - Paula?!

PAULA: - O que você está fazendo na rua?

FERNANDA (encontra a chave): - Eu? (abre a porta, entra) Eu...

PAULA (entrando em seguida): - Eu vi o carro do Diogo passando aqui pela rua. Ele não me viu.

As duas chegam ao elevador. Fernanda chama.

FERNANDA: - Sim, o Diogo.

PAULA: - Você saiu com ele, Nanda?

FERNANDA: - Sim, eu saí.

PAULA: - Você nem me disse nada que iria sair com ele.

FERNANDA: - Não foi nada combinado. Ele me ligou, disse que precisava conversar. Estava com uns problemas e tal. Só queria uma companhia.

PAULA: - Hum...

FERNANDA: - E você, muito cansada?

PAULA: - Nossa, estou podre! Só quero a nossa cama e dormir!

FERNANDA: - Eu vou fazer uma massagem bem relaxante em você. Vai dormir feito anjo.

O elevador chega. As duas entram, trocam um beijo. Fecha a porta do elevador.

CENA 16. APTO MATHEUS. SALA. INT. NOITE.

Matheus e Roberta comem pizza, no sofá.

ROBERTA: - E aí, quantos beijos rolou com o doutor gostosão enquanto eu estive do lado de fora?

MATHEUS: - Nenhum, né? Quando eu fui beijar, você chegou. (risos)

ROBERTA: - Maior estraga prazeres eu!

MATHEUS: - Imagina, tá tudo bem... Eu, na verdade, nem posso ficar criando muita expectativa com o Gustavo. Ele é comprometido. Eu sei que aquele beijo que rolou entre a gente não vai se repetir, mesmo que eu queira.

Roberta dá um salto no sofá.

ROBERTA: - Como assim, “aquele beijo que rolou entre a gente”?! Matheus, pode ir falando tudo agora!

MATHEUS: - Ai, calma!

ROBERTA: - Calma nada! Você dá um beijo naquele gato e fica escondendo isso da sua amiga aqui? Não, não! Pode ir falando! Quero saber tudo! Todos os detalhes! Como foi? Ele beija tão bem quanto é lindo?

MATHEUS: Calma, miga. Uma pergunta por vez.

Matheus e Roberta conversam animados fora do áudio.

Corta.

CENA 17. APTO GUSTAVO E TOMÁS. QUARTO. INT. NOITE.

MUSIC ON: (Give me love – Ed Sheeran)

Gustavo sentado na beira da cama, sem camisa, pronto para dormir.

FLASHBACK - HOSPITAL. QUARTO. INT. NOITE.

MATHEUS: Olha só, Gustavo... Rolou beijo, a gente se deu muito bem enquanto eu estive aqui, mas não quero ficar alimentando falsas esperanças. Até porque, você já é um cara comprometido. Mas fico feliz em ser seu amigo.

[...]

GUSTAVO: - Me chama quando quiser.

MATHEUS: - Vou me segurar para não chamar toda hora.

FIM DO FLASHBACK

Tomás sobe na cama, chega por trás de Gustavo, o abraça, beija seu pescoço.

MUSIC FADE

TOMÁS: - Cheirosinho... Coisa linda.

GUSTAVO: - Tomei um bom banho.

TOMÁS: - Adoro sentir o cheiro do sabonete misturado com o cheiro da sua pele... (sussurra) Me excita.

Tomás passa por cima de Gustavo e fica no colo deste, entrelaçando suas pernas na cintura de Gustavo.

TOMÁS: - Você é tão lindo. E tão... meu.

GUSTAVO: - E você hoje está animado...

TOMÁS: - Eu estou, sabia? Não via a hora de acabar as aulas de pilates para vir voando pra casa e encontrar você... eu quero você, Gustavo.

Tomás beija Gustavo com fervor, que corresponde. Gustavo deita Tomás na cama, fica sobre ele. Os dois se beijam calorosamente. Aos poucos, Gustavo vai diminuindo o ritmo até parar. Tomás percebe. Gustavo sai de cima de Tomás, senta-se na cama.

GUSTAVO: - Eu...

TOMÁS: - Tudo bem, Gustavo. Acontece. Muito trabalho, hospital é estressante, não se preocupa, querido. Dorme bem.

Tomás vira para o lado para dormir. Gustavo fica por ali, confuso.

CENA 18. RIO DE JANEIRO. EXT. NOITE.

MUSIC ON: (My Way - Calvin Harris)

PANORÂMICA da cidade à noite. Takes intercalados dos prédios iluminados, os pontos turísticos como o Cristo Redentor, o trânsito na madrugada.

MUSIC OFF.

CENA 19. JOQUER. EXT. NOITE.

Fim de expediente. Os funcionários vão saindo da danceteria. Rick sai e um carro chama sua atenção. O vidro baixa e Carla acena pra ele, que se aproxima.

RICK: - O que você está fazendo aqui, a essa hora, Carla? Se veio falar com o Diogo, perdeu a viagem. Ele nem passou por aqui.

CARLA: - Eu não vim falar com o Diogo não. Vim falar com você.

RICK: - Comigo?

CARLA: - Sim. Eu sei de um barzinho, perto da Lagoa, fica aberto essa hora. Vamos?

RICK: - Não tá meio fora de hora?

CARLA: - Você vem ou não?

Rick dá de ombros e entra no carro.

CORTA:

CENA 20. BARZINHO. INT. NOITE.

Rick e Carla conversam em uma das mesas, na calçada. Poucos clientes por ali. Ele bebem cerveja.

RICK: - E aí esse cara fica me vigiando! Praticamente um segurança! Poxa vida, eu não consigo fazer o meu trabalho direito!

CARLA: - E você já reclamou com o Diogo sobre esse cara, esse tal de Bruno?

RICK: - Ainda não, mas deixa estar... Esse Bruno tá se achando esperto, mas vai cair do cavalo logo, logo.

CARLA: - E o Diogo, tem aparecido na Joquer?

RICK: - Não. Ele anda sumido.

CARLA: - Estranho né? Ele nunca foi de se ausentar da danceteria assim. Será que ele tem algum outro assunto mais interessante para tratar? Você não sabe, Rick?

RICK: - Sei de nada não, Carla. Diogo pra mim virou uma incógnita. Meu amigo acho que está ficando louco!

CARLA: - Louco é? Por quê? Ele tem tido algumas atitudes estranhas?

RICK: - Ele anda meio estranho sim. Primeiro aquela ideia de doar sêmen pra clínica. Agora essa de colocar alguém pra ficar na minha cola.

Carla se surpreende.

CARLA: - Como é que é? O Diogo fez o quê?

Rick percebe que falou demais.

RICK: - Nada não, Carla. Esquece.

CARLA: - Fala agora, Rick! O Diogo doou material genético para uma clínica, é isso?!


Em Rick, encurralado.
 
     
     
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autor
Édy Dutra

colaboração
Diogo de Castro

elenco
Rafaela Mandelli como Fernanda
Andrea Horta como Paula
Henri Castelli como Diogo
Francisca Queiroz como Carla
Caetano O’Maihlan como Rick
Gabriela Durlo como Roberta
Sidney Sampaio como Matheus
Marcello Melo Jr como Bruno
Aisha Jambo como Lisa
Paulo Gorgulho como Arthur
Sônia Braga como Norma
Maria Ceiça como Isaura
Milton Gonçalves como Solano
Maurício Gonçalves como Lauro
Eliete Cigarini como Eliane
Léo Rosa como Gabriel
Bernardo Mesquita como Tito
Juliana Lohmamm como Bia
Roberto Bomtempo como João
Giuseppe Oristânio como Walter
Cinara Leal como Laisla
Felipe Folgosi como Danilo
Fernanda Nobre como Ivete
Eduardo Lago como Dr. Túlio
Aline Borges como Olívia
Cissa Guimarães como Verônica
Jonas Bloch como Milton
Gisele Fróes como Selma
Odilon Wagner como Humberto
Totia Meirelles como Tereza
Zecarlos Machado como Cristóvão
Zezé Motta como Helena
João Gabriel Vasconcellos como Pedro
Daniel Erthal como Vini
Maria Maya como Illana
José de Abreu como Osvaldo
Malu Galli como Regina
Luma Costa como Mariana
Jonathan Haagensen como Alex
Antônio Pitanga como Dionísio
Guilherme Winter como Gustavo
Pierre Baitelli como Tomás

trilha sonora
Amanhã ou Depois - Nenhum de Nós (Abertura)
Give me love – Ed Sheeran
My Way - Calvin Harris

produção
Bruno Olsen
Cristina Ravela


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


REALIZAÇÃO


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Proibida a cópia ou a reprodução

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