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Escolhas da Vida - Capítulo 16

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CAPÍTULO 16
 
     
 

CENA 01. CASA MILTON. SALA DE ESTAR. INT. DIA.

Continuação do capítulo anterior. Diogo pressiona Carla diante de todos.

DIOGO: - O que foi, Carla? O gato comeu sua língua?! Não vai falar nada?!

MILTON: - Mas que história é essa?

VERÔNICA (confusa): - Carla, você tentou atropelar o Diogo, minha filha?!

MILTON: - Carla, você pode ser presa por isso! Tentativa de homicídio!

GABRIEL: - Eu acredito que o Diogo não vai denunciar a Carla, não é?

DIOGO: - Eu quero é ouvir da boca dela o por quê dessa atitude tão perigosa!

CARLA: - Foi por amor.

DIOGO: - Amor? Você tenta me matar e diz que é amor? Quase atingiu a Fernanda, coitada.

CARLA (irônica): - Fernanda... Fernanda... Agora sua vida toda se resume à Fernanda, isso?!

VERÔNICA: - Quem é Fernanda?

DIOGO: - Uma amiga.

CARLA (firme): - Fernanda é a vagabunda com a qual o Diogo está se envolvendo!

GABRIEL: - A Fernanda não é vagabunda!

MILTON: - Você conhece essa moça, Gabriel?

GABRIEL: - A Fernanda é... (pensa, disfarça) Não, não conheço. Mas a Carla fica com essa mania de xingar as pessoas sem conhecer.

DIOGO: - Você precisa se tratar, Carla. Você não está legal.

CARLA: - O meu tratamento perfeito é você do meu lado, Diogo.

DIOGO: - Acabou nós dois, Carla. Você sabe disso. Eu não amo mais você.

CARLA: - Como pode essa mulher entrar na sua vida e desgraçar a nossa relação, o nosso noivado?!

DIOGO: - Nós não estávamos bem e isso muito antes da Fernanda.

VERÔNICA: - Pelo visto essa moça é mais do que uma amiga, Diogo.

Diogo não responde.

CARLA: - Enquanto você não voltar pra mim, eu não vou te deixar em paz, Diogo.

MILTON: - Carla, o Diogo tem direito de ser feliz. E você precisa respeitar isso!

CARLA: - O Diogo não está compreendendo que a felicidade dele é ao meu lado, papai.

DIOGO: - Olha, eu cansei de argumentar. Pra mim já chega. Mas só digo mais uma coisa, Carla. Se você tentar algo contra mim ou contra a Fernanda novamente, nos veremos na justiça. Porque eu não vou perdoar.

Diogo sai, irado. Carla passa a mão pelos cabelos.

MILTON: - Você perdeu completamente o juízo, Carla! Tentar atropelar alguém!

GABRIEL: - Se não fosse eu virar a direção, teria sido uma tragédia.

CARLA: - Teria sido a salvação! Assim eu não precisava mais ter que ver o Diogo com outra mulher.

VERÔNICA: - Mas você não precisa vê-lo com outra mulher. Basta seguir sua vida em outro caminho... Com o Gabriel, quem sabe?

Carla encara Gabriel e sai, para o seu quarto.

GABRIEL: - Acho que ela não aprovou muito a sugestão.

VERÔNICA: - Ela precisa esfriar um pouco a cabeça.

MILTON: - Essa atitude da Carla me deixou preocupado, Verônica. Depois você sobe, conversa com ela sobre isso. A Carla não pode sair agindo dessa forma. Pode realmente causar uma tragédia sem tamanho!

VERÔNICA: - Claro, eu terei uma conversa séria com a nossa filha.

CENA 02. MERCADO. EXT. DIA.

Fernanda encurralada com a pergunta de Roberta.

ROBERTA: - Então, Nanda, tá rolando alguma coisa entre você e o Diogo?

FERNANDA (constrangida): - Roberta, você perguntando isso...

ROBERTA: - Estou perguntando porque me surgiu a dúvida. E você sabe que eu não sou de fazer rodeios.

FERNANDA: - Não. Não está rolando nada entre a gente. O Diogo é só meu amigo.

ROBERTA: - Seu amigo, mas que está sempre a sua volta. Ele te olha de um jeito tão diferente. Não é só como amigo não.

FERNANDA: - Mas aí eu não posso dizer nada, Roberta. Da minha parte, é só amizade mesmo. Confesso que não percebi nenhuma outra intenção no olhar do Diogo senão de amizade. Acho que você pode estar vendo fio de cabelo em ovo.

ROBERTA: - É, talvez.

FERNANDA: - Eu estou com a Paula, estamos felizes. E pronto. É isso. E você, por favor, não comente nada com a Paula! Sabe bem como ela é. Fica toda nervosa, pavio curto.

ROBERTA: - Tudo bem, não vou falar nada não.

FERNANDA: - Obrigada. Vamos indo?

ROBERTA: - Vamos, claro.

As duas seguem caminhando.

CENA 03. ESPAÇO PILATES. INT. DIA.

Regina está na aula de pilates, mas não consegue se concentrar.

FLASHBACK – MOTEL. QUARTO. INT. DIA

REGINA: - Você achou mesmo que eu deixaria a Mariana namorar você?

ALEX: - Eu sou apaixonado por ela!

REGINA: - Você é um oportunista!

ALEX: - Não é verdade!

REGINA: - Você é um oportunista, um morto de fome que se vende por sexo. É isso que você é. Eu te pago e você transa comigo. É isso sim! E é assim que vai ser! A minha filha não vai fazer parte deste teu jogo!

ALEX: - Você não quer que a sua filha tenha o amor que eu não te dou.

Regina se cala.

ALEX: - A gente é só pele, Regina.

REGINA: - Eu jamais amaria um negro.

ALEX: - Até eu aparecer na sua vida.

FIM DO FLASHBACK

TOMÁS (O.S): Regina, pode parar. Pode parar!

Ele se aproxima dela.

REGINA: - O que foi, Tomás?!

TOMÁS: - O que foi digo eu, né? Você está aí, concentração zero! Capaz de se machucar, fazendo as posições erradas.

REGINA: - Eu não estou com cabeça, mesmo.

TOMÁS: - Eu estou percebendo. O que tá rolando?

Os dois sentam-se no chão.

REGINA: - Eu sinceramente não sei o que está acontecendo comigo. Acabei entrando numa história que eu não deveria, com gente que não deveria estar no meu caminho!

TOMÁS: - Nossa, Regina! Falando assim até parece que você está envolvida com tráfico de drogas!

REGINA: - Mas é uma droga mesmo. Uma droga viciante. (hesita) E eu estou completamente dominada por ela.

TOMÁS: - Ah, como eu não pensei nisso antes! Você está apaixonada por um desses seus boys, não é?

REGINA: - Se o Osvaldo sonhar...

TOMÁS: - Ele só vai saber se você contar, porque da minha boca não sai nada. Mas eu já te falei diversas vezes, Regina. Para com essa mania de ficar pegando boy de programa, porque a gente sabe que eles transam bem, fazem o serviço bem feito e depois a gente fica toda carente, sem saber o que faz da vida. Bem assim, como você está.

Regina desvia o olhar, pensativa.

TOMÁS: - Estou mentindo?

REGINA: - Não. Você está certo. Eu tenho é que procurar ser feliz, estar bem com o que eu tenho.

TOMÁS: - Isso aí, amiga. Ser feliz!

REGINA: - Feliz é você, muito bem resolvido com o Gustavo, que te ama também.

TOMÁS: - E ama muito! E eu amo ainda mais! Nunca que eu trocaria meu homem por outro qualquer não, por uma aventura sexual. E olha que tem muita bicha que faz isso, sabia? Trocam uns boys de ouro, que fazem tudo por elas pra ficar com qualquer carinha só por uma noite. Não vale a pena. Eu não faria isso com o Gustavo e tenho plena certeza que ele não faria isso comigo também. Até porque eu voo no pescoço dele se descobrir.

Os dois riem.

TOMÁS: - Bora, vamos voltar pra aula. Quero ver concentração!

Os dois retomam a aula de pilates, Regina mais leve.

CENA 04. HOSPITAL. SALA DOS MÉDICOS. INT. DIA.

Gustavo sentado no sofá, olhando o pátio do hospital pela janela, pensativo.

FLASHBACK – MOTEL. QUARTO. INT. DIA

Gustavo sorri, enquanto se aproxima para verificar o soro. Matheus aproveita e toca a mão do médico, que o encara.

MATHEUS: - Eu só quero agradecer tudo o que você tem feito por mim. Muito, muito obrigado mesmo, de coração.

Os dois ficam a se olhar. Gustavo se aproxima e beija Matheus no impulso. Em seguida, se afasta, um tanto apreensivo e sai do quarto.

FUSÃO com

CENA 05. HOSPITAL. QUARTO. INT. DIA.

Matheus, na cama, pensativo. Leva a mão ao lábio, esboça um sorriso.

MATHEUS: - O que é isso, Matheus? Que loucura é essa, menino?!

Ele sorri feliz.

CENA 06. JOQUER. SALA RICK. INT. DIA.

Ele está mexendo em alguns papéis, sentado à mesa, quando alguém bate à porta.

RICK: - Entra.

Bruno ENTRA. Rick se retrai.

BRUNO: - Oi, Rick.

RICK: - Fala o que você quer, Bruno, porque eu estou um pouco ocupado e não posso demorar muito.

BRUNO: - Claro. É bem rápido mesmo. Eu quero ver a planilha das retiradas do caixa da Joquer.

Rick fica tenso, encara Bruno.

RICK: - Por quê?

BRUNO: - Eu, como novo assistente financeiro, preciso ter acesso a tudo que envolva as finanças da danceteria.

RICK: - Mas isso você não precisa cuidar. Fica sob a minha responsabilidade.

BRUNO: - Mas Rick, eu/

RICK (grosso): - Você está surdo, cara? Eu falei que você não vai tratar disso, tá legal?!

BRUNO: - Eu acho melhor você também moderar o seu tom de voz comigo aqui dentro, até porque eu não sou mais garçom. E mesmo que eu ainda fosse, isso não é jeito de tratar um funcionário.

Rick sai detrás da mesa e se aproxima de Bruno.

RICK: - Você tá se achando, né?! Só porque ganhou uma ‘promoçãozinha’ do Diogo tá aí, todo afoito! Mas fica sabendo, Bruno, que as coisas aqui dentro, na direção, não serão fáceis. Vai ter que mostrar que merece estar onde o Diogo te colocou. E pelo o que eu posso ver, você não merece.

BRUNO (encara Rick): - E não mereço por que, Rick? Porque eu faço o serviço correto e posso te atrapalhar?

RICK: - Tá insinuando alguma coisa, cara?!

Pedro ENTRA e percebe a tensão.

PEDRO: - Está tudo bem por aqui?

RICK: - Está sim. (E se afasta do outro) O Bruno já está de saída, não é?

BRUNO: - É.

Bruno vai indo em direção a porta. Passa por Pedro, mas não o cumprimenta. Volta-se para Rick.

BRUNO: - Rick, pensa no que eu te falei. Colaborar pode ser melhor para todos nós.

Bruno se retira. Rick explode jogando a luminária na parede.

RICK (grita): - Droga!!! Era só o que me faltava!

PEDRO: - Calma, cara! Relaxa!

RICK (irritado): - Relaxar como? Relaxar como, me diz! Você acredita que esse zé ninguém agora trabalha comigo aqui? (desdém) Um garçom, cara! Um ‘garçonzinho’ de quinta cuidando dos negócios! O Diogo só pode estar louco!

PEDRO (concorda): - E ele saiu daqui numa marra, parecia até o dono da boate!

RICK: - Ele está se achando o rei da cocada preta!

PEDRO: - Mas no fundo, ele não é tudo isso não.

RICK: - Claro que não é. Você também não vai com a cara dele né?

PEDRO: - Esse ‘pela’ foi namorado da Lisa. Agora estão separados. Mas ele vacilou muito, cara. Muito mesmo. O pior é que eu sei que no fundo, a Lisa ainda gosta desse idiota. Eu preciso afastar ele dos pensamentos dela de uma vez por todas.

RICK: - E eu preciso afastar ele daqui antes que ele acabe com a minha paz!

PEDRO: - Então é isso. Estamos juntos nessa.

Pedro e Rick se cumprimentam, cúmplices.

CENA 07. AGÊNCIA R3. INT. DIA.

Illana vai saindo, quando encontra Mariana.

ILLANA: - Ainda aqui, Mari?

MARIANA: - Eu preciso saber o que você vai fazer com o Alex, Illana. Ele  vai continuar frequentando a agência?

ILLANA: - Eu ainda não sei, Mari. Tem muitas outras questões envolvidas. Eu preciso analisar tudo com calma, até para não expor a agência, o Alex, que teve os motivos dele para fazer isso, enfim. Eu tenho negócios com o nome dele.

MARIANA: - Você está colocando seus negócios a frente do bem-estar de todos aqui?

ILLANA: - Dos meus negócios eu sei cuidar. Eu estou usando a sensatez, Mariana. Ao contrário de você, que está completamente tomada pela desilusão. O dia hoje foi difícil, é melhor você voltar pra casa, descansar. De cabeça quente, ninguém resolve nada. Mas não se preocupe que eu vou resolver tudo da melhor forma possível. Até para você. Agora, eu preciso ir. Com licença, e fique bem.

Illana sai. Mariana triste, pensativa.

CENA 08. APTO ALEX. INT. DIA.

Ele observa as fotos que tirou de Osvaldo no celular.

ALEX (pensa alto): - Malas de dinheiro... Propina. Então, é assim que funcionam as consultorias administrativas do doutor Osvaldo...! O que é teu tá guardado, doutor.

Alex com olhar fixo nas fotografias.

CENA 09. ESCRITÓRIO OSVALDO. INT. DIA.

Osvaldo confere o dinheiro dentro da mala, sobre a mesa cheia de papeis.

OSVALDO: - Quinhentos mil reais. Dinheiro na mão, serviço concluído.

Ele vai até o computador, abre algumas pastas, arquivos e por fim documentos, digita. PLANO DETALHE da tela do PC que mostra a seguinte mensagem: ADULTERAR ARQUIVO ORIGINAL?

Osvaldo clica em SIM. Ele pega o telefone fixo, aperta um botão.

OSVALDO (ao telefone): - Shirley, liga para o Antunes, da Secretaria da Saúde. Só diga pra ele que a encomenda está pronta. (T) Sim, ele sabe do que se trata.

Desliga e volta a atenção a mala, segura os maços de dinheiro nas mãos, cheira as notas.

OSVALDO: - Mais uma licitação que será aprovada. No fundo, eu estou fazendo um bem enorme para o Rio de Janeiro!

Osvaldo ri, debochado.

CENA 10. CASA MILTON. QUARTO CARLA. INT. DIA.

Verônica entra e se aproxima de Carla, que está sentada na cama.

CARLA: - Se você subiu para me dar lição de moral, pode desistir porque eu não estou disposta, mamãe.

VERÔNICA: - Eu vim aqui para abrir os seus olhos! Isso que você fez é muito grave, Carla.

CARLA: - Grave é o que o Diogo está fazendo comigo, mamãe. Eu não posso perder esse homem!

VERÔNICA: - Mas homem bonito e rico é o que não falta neste Rio de Janeiro, Carla! Como vocês jovens gostam de dizer: desencana!

CARLA: - Eu não quero os outros, mãe. Eu quero o Diogo. Eu já sei de tudo.

VERÔNICA: - Sabe de tudo o quê?!

CARLA: - Eu não vou desistir dele, mãe. Ele vai voltar pra mim. Nem que eu faça outras loucuras como esta.

VERÔNICA (segura Carla): - Você não vai colocar a vida de ninguém em risco! Nem a do Diogo e muito menos a sua!

CARLA (solta-se): - Claro que não, mãe. Eu não vou fazer mais isso. Não se preocupa.

VERÔNICA (suspeita): - Carla, Carla... Eu te conheço. Eu sei que você está pensando em coisa errada!

CARLA: - Você sempre me ensinou que eu tenho que lutar pelo o que é meu. Então, agora estou seguindo à risca os seus conselhos. O Diogo é meu e ninguém vai tirar ele de mim. Ninguém! Muito menos essa vabagunda denominada Fernanda.

Carla se mostra decidida, diante do olhar apreensivo de Verônica.

CENA 11. MERCADO. INT. DIA.

Paula sai do caixa, troca com uma colega. Ivete se aproxima.

IVETE: - Vai para o intervalo, Paula?

PAULA: - Sim, está na hora.

IVETE: - Tá certo. Não esquece que eu preciso de você mais tarde, pra depois do expediente.

PAULA: - Ai, nossa! É hoje que a gente ia fazer as conferências né?

IVETE: - Sim! Tinha esquecido?

Paula concorda com a cabeça, sorriso amarelo.

PAULA: - Eu vou avisar a Nanda.

IVETE: - Tá certo.

Ivete sai. Paula pega o telefone, disca.

CENA 12. APTO FERNANDA E PAULA. SALA. INT. DIA.

Fernanda conversa com Paula ao telefone.

FERNANDA: - Não tem problema, meu amor. Fica tranquila. (T) Claro, eu me viro aqui na cozinha. (T) E você se cuida quando vir pra casa, evita pegar ônibus, Paula. (T) Isso, vem de táxi. (T) Te amo também. Beijo!

Fernanda desliga, deixa o celular no sofá. Vai até a janela que dá vista para a rua, pensativa. Tempo e volta para o sofá, pega o celular, disca.

FERNANDA: - Alô? Diogo?

CENA 13. RIO DE JANEIRO. EXT. DIA/NOITE

MUSIC ON: (Maracutaia - Karol Conka)

Imagens da cidade ao anoitecer. TAKES do Cristo Redentor iluminado, as avenidas da cidade, o fluxo de carros.

CENA 14. APTO LISA. SALA. INT. NOITE.

A campainha TOCA. Helena abre a porta e se surpreende quando Illana vai entrando apressada.

MUSIC OFF.

ILLANA: - A Lisa está em casa?

HELENA: - Primeiramente, boa noite pra você também!

ILLANA: - Desculpe a minha falta de educação, mas o que eu tenho para falar com a Lisa é algo muito sério. A senhora pode chama-la, por favor?

HELENA: - A minha filha está descansando e/

Lisa ENTRA.

LISA: - O que foi mãe? (vê Illana) Illana?

ILLANA: - Nós precisamos conversar, Lisa.

LISA: - Claro, aconteceu alguma coisa?

Illana tira da bolsa o exame e joga sobre a mesinha de centro.

ILLANA: - Aconteceu uma gravidez.

Na surpresa de Lisa. Helena apreensiva.

LISA: - Illana, eu posso explicar.

ILLANA: - Mas é óbvio que você vai explicar. Tudo! Cada parte dessa história toda que eu só saberia quando? Quando a barriga estivesse aparecendo mesmo?

HELENA: - Por favor, vamos nos acalmar! A minha filha não pode se estressar.

ILLANA: - Estressada estou eu, minha senhora! (a Lisa) Por quanto tempo você achou que iria conseguir me enganar, Lisa?! Por quanto tempo?!

Illana encara Lisa, revoltada.

CENA 15. CASA SOLANO. SALA. INT. NOITE.

Isaura termina de organizar a mesa para o jantar. Solano está sentado no sofá, assistindo futebol na TV.

ISAURA: - Gostou desse arranjo aqui na mesa, papai? Ficou bonito?

SOLANO: - Gostei sim. Me lembrou sua mãe. Ela gostava muito de enfeitar a mesa com flores.

ISAURA: - É verdade! Espero que a Norma e o Arthur também gostem.

SOLANO: - Eles irão gostar. Você fez bem em convidá-los para jantar. É bom termos companhia, estreitar os laços com a vizinhança.

ISAURA: - E eu gosto da Norma também. É uma forma de retribuir o convite do aniversário do Arthur. Que aliás, terminou daquele jeito triste.

SOLANO: - Uma pena. Mas isso não será falado, Isaura.

ISAURA: - Claro que não! Imagina, ficar tocando em feridas de família. Não dá.

A campainha TOCA.

SOLANO: - Chegaram!

ISAURA: - E o Bruno nem sinal de vida. Queria que ele estivesse aqui. (fala indo em direção a porta)

SOLANO: - Ele está trabalhando, minha filha. Mas ele vem. (acompanha Isaura)

Isaura abre a porta, recepciona Arthur e Norma, que carrega um bolo.

NORMA: - Bolo de laranja. Espero que gostem, para a sobremesa!

ISAURA: - Mas nem precisava!

ARTHUR: - Não é por ser minha esposa, mas a Norma é craque nos bolos.

SOLANO: - Eu já estou curioso para provar! (risos)

ISAURA: - Entrem, fiquem à vontade! A casa é simples, não reparem. Me deem licença um instante.

E vai para a cozinha.

NORMA: - Isaura, deixa de bobagem! Simples todos nós somos aqui. (risos)

ARTHUR: - Jogo do Mengão?

SOLANO: - Flamengo tentando pressionar o meu Botafogo, mas meu time é forte! Vai resistir!

ARTHUR: - Sinto muito, seu Solano, mas essa taça é do urubu!

Isaura retorna.

ISAURA: - Já vi que esses dois se acharam.

NORMA: - Arthur adora futebol!

ISAURA: - Se eu deixar, papai fica o dia inteiro na frente da TV olhando os campeonatos do mundo inteiro e não faz mais nada.

NORMA: - Homens!

Elas riem.

CENA 16. RESTAURANTE. INT. NOITE.

Túlio e Olívia jantam.

OLÍVIA: - Fazia tempo que a gente não saía assim, depois do expediente para jantar.

TÚLIO: - É verdade. Você sempre negando os meus convites.

OLÍVIA: - Óbvio! Eu era uma mulher comprometida! (risos)

TÚLIO: - Eu soube esperar... (risos)

OLÍVIA: - Naquelas, não é? Eu bem sei das suas saídas por aí.

TÚLIO: - Soube é? Como?

OLÍVIA: - Eu fingia não reparar, mas eu via as marcas de batom nas camisas, quando o senhor chegava na clínica, o perfume diferente. Mulher percebe essas coisas.

TÚLIO: - Vocês mulheres tem uma sensibilidade que precisa ser estudada pela NASA!

Os dois riem. De repente, o sorriso de Olívia se desfaz aos poucos. CLOSE na expressão incrédula dela. Do seu ponto de vista, vemos Diogo e Fernanda chegando juntos, sendo conduzidos até uma das mesas.

OLÍVIA: - Eu não acredito nisso!

O maître serve vinho para eles, que brindam em clima de romance.

 
     
     
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autor
Édy Dutra

colaboração
Diogo de Castro

elenco
Rafaela Mandelli como Fernanda
Andrea Horta como Paula
Henri Castelli como Diogo
Francisca Queiroz como Carla
Caetano O’Maihlan como Rick
Gabriela Durlo como Roberta
Sidney Sampaio como Matheus
Marcello Melo Jr como Bruno
Aisha Jambo como Lisa
Paulo Gorgulho como Arthur
Sônia Braga como Norma
Maria Ceiça como Isaura
Milton Gonçalves como Solano
Maurício Gonçalves como Lauro
Eliete Cigarini como Eliane
Léo Rosa como Gabriel
Bernardo Mesquita como Tito
Juliana Lohmamm como Bia
Roberto Bomtempo como João
Giuseppe Oristânio como Walter
Cinara Leal como Laisla
Felipe Folgosi como Danilo
Fernanda Nobre como Ivete
Eduardo Lago como Dr. Túlio
Aline Borges como Olívia
Cissa Guimarães como Verônica
Jonas Bloch como Milton
Gisele Fróes como Selma
Odilon Wagner como Humberto
Totia Meirelles como Tereza
Zecarlos Machado como Cristóvão
Zezé Motta como Helena
João Gabriel Vasconcellos como Pedro
Daniel Erthal como Vini
Maria Maya como Illana
José de Abreu como Osvaldo
Malu Galli como Regina
Luma Costa como Mariana
Jonathan Haagensen como Alex
Antônio Pitanga como Dionísio
Guilherme Winter como Gustavo
Pierre Baitelli como Tomás

trilha sonora
Amanhã ou Depois - Nenhum de Nós (Abertura)
Maracutaia - Karol Conka

produção
Bruno Olsen
Cristina Ravela


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


REALIZAÇÃO


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