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Antologia Romance à Vista: 3x05

Conto de Jean Javarini
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Sinopse: Em meio ao calor do verão capixaba, nas areias brancas de Vila Regência, Ana leva uma vida simples — até que um misterioso homem chamado Miguel surge em seu caminho. Atraídos um pelo outro, seus corações se encontram em uma história de amor profunda, marcada pelas belezas e pelos desafios do oceano.

Enquanto Miguel luta contra as sombras de um passado doloroso, Ana busca preencher o vazio que ele carrega. Juntos, eles enfrentam as tempestades da vida, amparados pelo amor e pelas estrelas que os guiam.

3x05 - Entre Marés e Estrelas no Destino de Dois Corações
de Jean Javarini

Em Linhares, no coração do Espírito Santo, o calor do verão se espalhava por cada canto da cidade, envolvendo as pessoas com um sopro de vida que parecia eterno. A praia de Vila Regência, com suas areias finas e brancas, estendia-se à beira do Rio Doce, onde o mar encontrava as águas doces com uma harmonia indescritível. Era ali, entre as ondas do Oceano Atlântico e a luz vibrante do sol, que uma história de amor inesperado estava prestes a acontecer.

A vida de Ana sempre fora uma narrativa tranquila, sem grandes altos e baixos. Ela passava os dias cumprindo prazos e suas rotinas de trabalho, com o olhar fixo na tela da televisão, assistindo a novelas e dramas que preenchiam o silêncio de suas noites. Mas, naquele verão, algo em seu coração começava a mudar. Não era algo explicável, mas ela sentia como se seus dias fossem tocados por uma nova energia, uma força invisível que movia seus sonhos e acendia suas esperanças. Em um dia qualquer, Ana decidiu caminhar pela praia. O mar estava calmo, a água clara refletindo o céu azul. A brisa suave e o som das ondas criavam uma trilha sonora perfeita para suas reflexões. De repente, algo dentro dela despertou quando ela viu, ao longe, uma figura misteriosa. Um homem, também caminhando sozinho, com os pés descalços tocando a areia quente. Não era só a presença física que a intrigava, mas a sensação de que seus destinos estavam entrelaçados de alguma forma.

Ana continuou sua caminhada, o coração batendo mais forte, como se a atração daquele desconhecido fosse uma correnteza a puxá-la. Conforme os dois se aproximavam, as lembranças de sua vida passada, marcada por silêncio e solidão, começaram a se dissipar. O mar trazia consigo não apenas a promessa de renovação, mas também os segredos do futuro. O encontro foi sutil, sem palavras. Seus olhares se cruzaram por um instante e, nesse breve momento, Ana sentiu que estava diante de algo maior que a simples atração. Era como se todo o mistério do universo estivesse ali, condensado no brilho dos olhos dele. Havia uma verdade silenciosa na troca de olhares, algo mais profundo do que o tempo poderia explicar. Aquele homem trazia consigo a força do mar, a intensidade de uma epopeia e a paz que ela tanto buscava. Ana se viu envolvida por um mistério antigo, uma saga de vidas passadas, como se seus corações já se conhecessem antes mesmo de se encontrarem.

Os dias seguintes foram preenchidos por caminhadas na praia, sorrisos trocados ao som do vento e do mar, e o calor do sol aquecendo suas almas. Era como se o oceano os abençoasse, e cada momento se tornava eterno. Não havia pressa, apenas o desejo de viver intensamente aquele romance puro e sem reservas. A vida, que antes parecia uma novela repetida na televisão, agora era um conto vibrante, cheio de cores, amor e liberdade.

O prazo da felicidade era infinito, e o destino deles estava selado nas ondas daquele mar. Ana nunca mais seria a mesma, pois havia encontrado o que todos buscavam: a verdade do amor, a alegria dos sonhos realizados, e a promessa de que, mesmo em meio à sombra do passado, o futuro sempre trazia luz. Aquele romance que começara como uma simples troca de olhares se transformou rapidamente em algo muito maior. O homem misterioso, que Ana descobriu se chamar Miguel, era de Linhares também, um capixaba que retornara à cidade depois de anos navegando pelos mares do Oceano Atlântico. A vida dele havia sido marcada por viagens, aventuras e mistérios, como se ele tivesse vivido várias vidas em uma. Ao saber disso, Ana sentiu uma mistura de curiosidade e temor. Miguel carregava segredos, e algo no brilho de seus olhos revelava que ele guardava uma dor profunda, embora tentasse escondê-la por trás de seu sorriso caloroso.

Nos primeiros dias, o romance floresceu de maneira quase mágica. Eles caminhavam pela praia de Vila Regência, com o sol se pondo ao fundo, e falavam sobre a vida, os sonhos, os medos. Miguel compartilhava histórias de tempestades em alto-mar, de noites escuras em que o céu e o oceano pareciam se fundir, e de como ele sempre se guiava pela luz das estrelas para encontrar o caminho de volta. Para Ana, aquelas histórias soavam como fábulas, mas ela sabia que havia mais verdade nelas do que ele deixava transparecer. Com o tempo, porém, as sombras começaram a surgir. Miguel se ausentava por dias, e Ana se via sozinha novamente, vagando pela praia com o coração apertado e o olhar perdido no horizonte. Ele sempre voltava, mas cada retorno parecia trazer consigo mais silêncio do que respostas. O mistério que antes a encantava, agora começava a causar mágoa e insegurança. Onde ele ia? O que ele fazia? Foi em uma dessas ausências que Ana, ao ligar a televisão, viu algo que a fez congelar. Na tela, uma reportagem falava sobre um acidente no mar, próximo à foz do Rio Doce. Um barco havia naufragado, e os sobreviventes mencionaram um homem que os guiara até a segurança, um marinheiro que desapareceu logo depois, sem deixar rastros. Ana sentiu o sangue gelar. Poderia ser Miguel? Seria esse o segredo que ele tentava esconder?

Determinada a descobrir a verdade, Ana foi até o cais onde sabia que Miguel costumava ir. Lá, encontrou um velho marinheiro, amigo de Miguel, que lhe contou sobre o passado sombrio do homem que ela amava. Miguel tinha perdido alguém muito importante, uma mulher com quem ele havia navegado por anos. Um acidente trágico os separou, e desde então, ele vagava pelos mares, tentando escapar da dor. O mar era seu refúgio, mas também seu tormento.

Ao ouvir essa história, Ana percebeu que Miguel vivia entre dois mundos: o presente, ao lado dela, e o passado, preso às memórias que ele não conseguia deixar para trás. Ela sabia que, para o amor deles sobreviver, Miguel precisaria enfrentar seus medos, lidar com seus segredos e, finalmente, deixar a dor para trás. Ana o encontrou novamente, dias depois, sentado à beira-mar, com os olhos fixos no horizonte. Ela se aproximou, e sem dizer uma palavra, estendeu a mão para ele. Miguel, com lágrimas nos olhos, segurou sua mão, como se estivesse segurando a própria vida. Ele sabia que era o momento de deixar o passado partir. O destino deles estava ali, naquela praia, e ele precisava escolher entre continuar fugindo ou se entregar completamente ao amor.

Com coragem, Miguel abriu seu coração para Ana. Ele contou sobre a mulher que perdera, sobre a culpa que carregava, e sobre o medo de amar novamente. Ana o ouviu em silêncio, com o coração apertado, mas cheia de esperança. Ela sabia que o amor era capaz de curar até as feridas mais profundas, e que o tempo, embora doloroso, trazia consigo a possibilidade de renascimento. Naquele dia, sob o céu estrelado e o som do mar, Miguel e Ana selaram seu destino. O passado ainda estaria lá, como uma sombra, mas agora eles estavam prontos para enfrentar o futuro juntos. O amor deles era forte o suficiente para sobreviver a qualquer tempestade, e eles sabiam que, a partir daquele momento, seriam como dois barcos navegando lado a lado, sempre seguindo a luz das estrelas.

Os dias que se seguiram foram marcados por risos, abraços e uma nova alegria que preenchia suas vidas. Eles viveram cada dia como se fosse o último, amando intensamente e sem reservas. O mar, que antes representava o mistério e o medo, agora era o cenário de seus momentos mais felizes. Na praia de Vila Regência, onde tudo começou, eles juraram estar juntos para sempre. Mas a vida, como o mar, é cheia de reviravoltas. Um dia, enquanto Ana preparava-se para encontrá-lo, recebeu uma chamada inesperada. Miguel estava desaparecido novamente, desta vez em alto-mar. Uma tempestade havia atingido o barco onde ele estava, e não havia notícias sobre seu paradeiro. O medo e o desespero tomaram conta de Ana, mas ela sabia que precisava acreditar. O amor que eles compartilhavam era maior do que qualquer onda. Dias se passaram sem notícias. O silêncio era esmagador, e a sombra da perda ameaçava envolver Ana. Mas, em uma manhã fria e ensolarada, enquanto caminhava pela praia, ela viu algo no horizonte. Um barco, ao longe, se aproximava. E então, como em um milagre, ela o viu: Miguel, de pé, com o sorriso que ela conhecia tão bem.

Ele voltou, como sempre voltava, mas dessa vez não havia mais segredos, apenas o amor. Eles se abraçaram na areia, com o mar ao fundo, as estrelas no céu e a certeza de que, apesar de todas as reviravoltas, o destino deles sempre os traria de volta um para o outro.

O romance à vista se transformou em uma história eterna, onde o amor, o tempo e o mar dançavam em perfeita harmonia. O reencontro de Miguel e Ana foi como a última peça de um quebra-cabeça, finalmente se encaixando. Ali, na praia de Vila Regência, o som das ondas misturava-se ao riso deles, e o sol brilhava como se o próprio universo abençoasse aquele momento. A tempestade que quase os separou serviu apenas para fortalecer o que já era indestrutível: um amor que transcendia o tempo, a dor e o passado. O mar, que tantas vezes os afastara, agora parecia sorrir em silêncio, testemunha de um sentimento que renascia sempre, como as marés. Com o passar dos dias, Miguel e Ana aprenderam a viver em harmonia, sem medo do futuro e sem as sombras do passado. Juntos, começaram a traçar novos caminhos, deixando que o vento os levasse, mas sempre de mãos dadas, certos de que cada novo amanhecer traria consigo mais histórias a serem vividas. A simplicidade das pequenas coisas – um pôr do sol, um passeio à beira-mar, o som da chuva – tornava-se ainda mais especial quando compartilhada por dois corações que se amavam com pureza e verdade.

A vida, como o oceano, era imprevisível e cheia de surpresas. Mas, para eles, a verdadeira beleza estava nas reviravoltas, nas surpresas que o destino colocava em seu caminho. E, juntos, eles sabiam que poderiam enfrentar qualquer coisa. A cada novo capítulo de sua história, o amor florescia mais forte, enraizado na esperança, na confiança e na força que ambos carregavam. E, assim, sob o céu estrelado e a brisa suave do Espírito Santo, Miguel e Ana viveram um romance eterno, daqueles que as ondas do tempo jamais apagariam.

O amor deles tornou-se uma bússola, guiando-os pelas tempestades e calmarias da vida, sempre de mãos dadas. Cada novo dia era um presente, repleto de momentos que preenchiam suas almas de ternura e alegria. E assim, sob o mesmo céu estrelado que os uniu, viveram um romance infinito, onde o tempo nunca poderia separar o que o coração escolheu amar eternamente.

Conto escrito por
Jean Javarini

Tema
I'll Always Be By Your Side

Intérprete
Lamaris

CAL - Comissão de Autores Literários
Agnes Izumi Nagashima
Gisela Lopes Peçanha
Paulo Mendes Guerreiro Filho
Pedro Panhoca
Rossidê Rodrigues Machado
Telma Marya

Produção
Bruno Olsen


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


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