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Antologia Poemas da Terra: 2x03

Antologia Poemas da Terra
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CLEMÊNCIA
Karine Dias Oliveira
Sinopse: A mesma natureza que parece sorrir ao ganhar as nuvens... chora na escuridão. Aos prantos clama pela salvação!

Levantou e cresceu de olhos fechados 
Rachou a terra
Abraçou as  nuvens 
E como ave liberta...
Deixou as suas folhas invadirem os céus!
 
Sem expectativas nessa incrível força 
Resiste nas audições da vida
É terra
É chuva 
É transformação 
É natureza!
 
Sente o peso das mãos do homem
Chora em silêncio 
Passa por provações de forças alheias 
E, um dia... vai ao chão 
Pois, a sombra já não é a companheira do sol
E na escuridão...
Ela tomba aos prantos...
A natureza pede clemência!

VERDE QUE TE QUERO
Juan Manoel
Sinopse: Lamento poético

ver - de - ver

da - de - 0

ver - de que

ar - de     e

vi - ra   cin

za - o   ver

de que  te

quer ver o

ver -de que

ren - do  vi

ver…

vi - ver!!!

vi ve

vi -v

vi

v

!!!!

!!

!


*Verde que te quiero verde
verde viento, verde ramas.*

Federico García Lorca.

INSANO HOMEM

Marta Inês Caldart
Sinopse: Indignação com a relação do homem com a Mãe Terra.

Espalha luz que doura tudo e lua para adormecer
Faz correnteza e brisa se moverem 
O ar calmo, Mãe Terra, de graça dá 
Amorosa, suplicando ao filho está...

Divorciado do organismo do qual é parte
Homem vil, praga que devora o mundo 
Ébrio infeliz em estúpida felicidade   
Mata a mãe que o alimenta, sem piedade. 

Ah! Se eu fosse um oceano engoliria a cidade
Pra acordar a humanidade da própria insanidade.
Ah! Se eu fosse o ar, por três minutos fugiria.
Só pra ver o poder do homem, o que faria?

Alma em trevas... triste desgraça 
Pertencer a esta raça que ameaça 
Em deserto inabitável o planeta transformar
Oh! Insano homem, a própria crueldade hás de provar!

PRESERVAÇÃO
Patricia de Campos Occhiucci
Sinopse: O poema fala sobre a importância de ampliar a visão para a conscientização ambiental, o quanto o homem interfere no meio e prejudica a si mesmo. E que, com ação e ponderação, ainda poderá evitar, ou pelo menos adiar tragédias maiores.

A natureza, que não é indefesa
Demonstra sua contrariedade
Nos fenômenos, vira a mesa
Quem é que manda de verdade?

O homem dito pensante, criativo
Num instante, perde a noção
Pelo poder, na ação destrutivo
Mundo à mercê da distorção. 

É preciso olhar para dentro
Para o arredor onde se vive
O umbigo não é o centro
Pelo bem melhor se convive!

Conserve e recupere o possível
Mais verde, mais chão, coração
O futuro deixa de ser previsível 
Com empenho, ainda há solução.

ATERRE-SE
Luísa Oliveira
Sinopse: Se trata de um poema simples, mas forte, que traz a atenção do leitor ao perigo da humanidade ao nosso planeta.

Por favor vamos cuidar da nossa Terra
Antes que tudo vire hospício
E a grande esfera um estorvo

Vamos correndo para perto de outra guerra
Que é dessa Era um novo início
Para a extinção de todo o povo

Se o tronco cai inerte a vida encerra
Nesse contrato vitalício
Iniciando o mundo novo

Vamos mentir que a humanidade nunca erra
Já que mentir é o nosso vício
A fumaça cinza que absorvo 

GOIABEIRA
Neide Oliveira
Sinopse: O ser humano e sua estrita ligação com a natureza. 

Viver é eterna luta entre 
Estar faminto e se satisfazer.

O mundo tantas vezes nos obriga partir,
Sem olhar para trás,
Nos fazendo sentir-se incapazes.

Entretanto algo nos reconecta,
Dentro de nós se desperta, nos faz continuar.
É como pisar descalço na terra úmida,
Abraçar uma árvore, sentir a seiva de seu ventre
Se misturar ao sangue de nossas veias,
Ter na íris dos olhos a luz da lua cheia.

Foi na infância que aprendi,
Entre galhos de goiabeira,
Que sentir medo da vida
É pura besteira.

Assim como a natureza
A gente se adapta, se dobra,
Se quebra, mas se reconstitui,
Porque não somos meios,
Somos inteiros como deve ser
O ambiente em que vivemos.

Assim como aqueles magros galhos
Que sustentaram o meu peso,
Com o tempo descobrimos,
Que não somos mais fortes, nem mais fracos, 
Apenas humanos.

NÃO PODEMOS DEIXAR
David Ehrlich
Sinopse: Não podemos deixar que destruam o planeta como se ele não fosse de todos nós.

Não podemos deixar que destruam o planeta
Como se ele não fosse de todos nós.
Não podemos
Deixar que fiquem ricos às custas do futuro
Desmatando florestas qual enormes dominós
Com o mero rabiscar de uma caneta.
Nós devemos
Garantir que o ar que respiramos seja puro.
 
Pois se não pararmos com isso
Em um compromisso
Pela sobrevivência
De toda a humanidade na Terra
Haverá na decadência
Quem irá se aproveitar disso
E, à dor omisso,
Fugir em seu foguete
Para sem a menor consciência
Abandonar-nos em guerra.
 
Por isso é tão importante tomar ação logo
Enquanto ainda há chance de salvar todos
Porque senão
Quem não tiver foguete será deixado à sorte
A ver navios espaciais entre engodos.
Só não tenho poder, mas eu dialogo
Com a multidão
Para nós, humanos, não causarmos nossa morte.

FILHA DO SERTÃO
Ediane Schettini
Sinopse: Nascer no sertão me fez observar as mudanças causadas pelos danos ao meio ambiente. Com o passar dos anos, até o ciclo das chuvas foi modificado.

Nasci de pés no chão
Livre, solta, como pássaro. 
Filha legítima do sertão 
Esse pedaço de terra, é meu regaço. 
A infância, tão matreira 
Corria como rio em cheia 
Subindo em árvores, 
Andando na chuva, 
Brincando na areia. 
A seca sempre foi companheira
Mas ‘’de outubo não passa, cumpade" 
A chuva cai na "teia"! 
Terra molhada, felicidade verdadeira. 
Mas o tempo mudou tudo, 
O homem é mesquinho demais! 
Destruiu rios, poluiu o mundo 
Tempo certo pra chuva, não temos mais. 
Passam-se anos de estiagem 
Anos de fortes enchentes 
E o pobre sertanejo a se perguntar:
— "O que será desse mundo, gente?"


Poema escrito por
Karine Dias Oliveira
Juan Manoel
Marta Inês Caldart
Patricia de Campos Occhiucci
Luísa Oliveira
Neide Oliveira
David Ehrlich
Ediane Schettini

CAL - Comissão de Autores Literários
Agnes Izumi Nagashima
André Garcia
Eliane Rodrigues
Francisco Caetano
Gisela Peçanha
Lígia Diniz Donega
Paulo Luís Ferreira
Pedro Panhoca da Silva
Rossidê Rodrigues Machado

Produção
Bruno Olsen
Cristina Ravela


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


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