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Avant Premiere 4x01: Contos Literários - Verão e Outono

Avant Premiere 4x01: Contos Literários - Verão e Outono
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AVANT PREMIRE APRESENTA:
CONTOS LITERÁRIOS


GABO: Boa noite, Mundo Virtual. As melhores FÉRIAS ONLINE estão aqui na WebTV.


Vem aí 30 histórias com vários gêneros. Do dia 17 a 31 de janeiro, deixe a imaginação fluir e venha se divertir com DUAS HISTÓRIAS toda noite, no CINE VIRTUAL.

No Avant Premiere de hoje, vamos conhecer o que vem por aí na estreia dos Contos Literários Verão e Outono. 

Fique com a gente o Avant Premiere começa agora:




ENTREVISTA COM O AUTOR

Conto: Feliz Dois Mil e Vinte?
Autora: Joelma Couto 
Sinopse: 
Final de 2019, Antônio arrastava suas angústias pessoais, familiares e profissionais. Insatisfeito com o casamento e sentindo o peso da vida moderna. Desconhecendo o que o esperaria em 2020, um ano sem precedentes na história da humanidade. Como a COVID-19 o atingirá? É sob essa dura realidade que ele buscará reencontrar-se.

GABO: Joelma, qual foi a inspiração para criar o conto “Feliz Dois Mil e Vinte”?

JOELMA: Na verdade foi o tema proposto pelo concurso, que participei. Não fui selecionada. 

GABO:  O que o público pode esperar da história?

JOELMA: Um convite para repensar sobre a vida.

GABO:  É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

JOELMA: Conto, sim. Escrevi alguns poemas.

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

JOELMA: A quantidade de pagina exigido no edital,  pela primeira vez escrevi algo com tantas páginas,  kkkk.

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

JOELMA: Ser lido, criticado.

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

JOELMA: Vida.

GABO: Deixe uma mensagem para o público. 

JOELMA: O conto mostra parte das dificuldades no enfrentamento da pandemia. Eu tentei convidar o leitor a se olhar, não  apenas pelo ângulo da crise mundial, mas usar esta "pausa" para repensar as escolhas e os problemas de ordem existencial silenciados ao longo de muitos anos.  

Conto: A Catástrofe do dia de Natal
Autor: 
Jober Rocha
Sinopse: Um grande asteroide, segundo previsões da Nasa, se chocaria com a Terra, no município de Sorte Grande no interior do Brasil. A notícia revolucionou a vida do município e seu desfecho é contado pelo autor, com humor sarcástico.

 

GABO: Jober, qual foi a inspiração para criar o conto "A Catástrofe do dia de Natal"?

 

JOBER: Sou escritor de contos, crônicas, ensaios e romances. A inspiração dos textos ocorre a qualquer momento. São ideias que surgem e vão sendo maturadas a medida que o texto vai sendo escrito.

 

GABO:  O que o público pode esperar da história?

 

JOBER: Um texto leve e agradável de humor sarcástico.

 

GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

 

JOBER: Sim.

 

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

 

JOBER: A ideia sobre o que escrever e os episódios a serem construídos.


GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?


JOBER: Já escrevi tantos contos que muitos gostaram e muitos desgostaram. Hoje escrevo para mim. Meu filtro sou eu mesmo. Se acaso gosto de um conto que escrevi, procuro divulga-lo, pois sei que está bem escrito e o assunto é interessante. Não me preocupo mais com o julgamento alheio

 

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria? 

 

JOBER: Sorte. 

 

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

 

JOBER: Espero que tenham alguns momentos de distração lendo o conto, cuja estória bem pode  ocorrer em qualquer lugar do planeta em um futuro não muito distante...


Conto: Desmagia
Autor: João Rodrigues
Sinopse: Chiquinho da Dona Marieta, um menino do interior do Ceará, conta a desventura que aconteceu com seu irmão Zeca, quando foram pescar em uma cachoeira, na véspera do Natal, com um anzol que ganhou do pai.

GABO: João, qual foi a inspiração para criar o conto "Desmagia"?

JOÃO: Quando dezembro se aproxima, começa a magia do Natal. E como quando eu era criança nunca ganhava presente de Natal, porque éramos uma família  pobre   de 7 irmãos  no sertão cearense, nunca conheci a magia do Natal, com presente, Papai Noel, etc. Embora meu filho já tenha tido, quando criança, a oportunidade de conhecer esta magia, sei que ainda existem milhões de crianças pelo Brasil afora que vivem o Natal da forma como eu e meus irmãos vivemos: só de ouvir falar.

GABO:   O que o público pode esperar da história?

JOÃO: Pode esperar uma história dura, triste, emocionante, surpreendente e muito, muito reflexiva.  E dependendo do público, talvez muitos até se encontrem nesta história.

GABO:  É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

JOÃO: É a segunda vez. Da outra vez, meu texto também foi selecionado.

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

JOÃO: O grande desafio é sempre prender o leitor do início ao fim,  fazer a história fluir sem deixar claro o que pode acontecer na próxima cena e terminar de forma surpreendente.

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

JOÃO: Imensas!!!! Afinal, sou mais poeta do que contista. E espero muito que o público goste da história.

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

JOÃO: Emocionante.

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

JOÃO: Infelizmente, milhões de crianças conhecem mais a desmagia do que a magia do natal. Portanto, quem puder, leve a magia do natal para uma criança que não tem esta oportunidade. Se puder, não deixe que uma criança se torne adulta, assim como aconteceu comigo, sem nunca ter visto essa magia natalina. E não deixem de acompanhar o conto "Desmagia", pois ele vai tocar profundamente o seu coração.


Conto: O Presente pela Metade
Autor: Ney Doyle
Sinopse: Miguel ficou órfão cedo. Já tinha idade para o trabalho. Foi o que o salvou da solidão de perder os pais, sem ao menos achar os corpos. A partir do sumiço, uma série de coincidências foi levando Miguel para uma vida estável, embora solitária. Até chegar o Natal, quando já tinha mais de 18 anos. Recebeu a metade do presente.

GABO: Ney, qual foi a inspiração para criar o conto "O Presente pela Metade"?

NEY: O mundo das bebidas, das drogas, dos moradores de rua. Tudo isto me inspirou a escrever o conto.

GABO: O que o público pode esperar da história?

NEY: Um pouco mais de fé, de esperança em dias melhores, de mais alegria.

GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

NEY: Sim. É a primeira vez que coloco o tema Natal em meus escritos. Já abordei, em outras histórias, temas como pobreza e miséria.

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

NEY: Torná-lo emotivo, esperançoso e sequencial.

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

NEY: É muito orgulho para mim, me fez do Domingo um dia feliz, justamente o dia que menos aprecio na semana, talvez pela preguiça, por nada acontecer. E aconteceu. Não tenho mais palavras. Estou trêmulo. Não sei direito o que vai acontecer.

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

NEY: Esperança.

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

NEY: Acredito que muitas vezes sofremos sem motivo aparente. Acabamos nos focando em chatices menores, tornarnando-as intransponíveis. A vida não é bem assim. Encontramos pedras pelo caminho, como dizia Carlos Drummond de Andrade, mas temos como dar a volta. A história é de um menino abandonado que, mesmo sofrendo, correu atrás da vida, enfrentou a sociedade e acabou recompensado, pela metade, claro.

Conto: Um Pequeno Milagre de Natal
Autor: David Ehrlich
Sinopse: Henrique sempre quis ver neve, e por isso muda-se para a Alemanha. Logo se arrepende e quer voltar ao Brasil, armando um plano mirabolante para isso. Uma série de eventos e coincidências quase absurdas, porém, o farão sentir-se mais próximo de sua terra de uma forma que ele jamais imaginaria.


GABO: David, qual foi a inspiração para criar o conto "Um Pequeno Milagre de Natal"?


DAVID: Inspirei-me em alguns dos meus filmes favoritos ambientados no período natalino. Entre eles, posso citar "A Loja da Esquina", "Se Meu Apartamento Falasse" e "Duro de Matar" (uma combinação talvez curiosa, mas gosto assim, hehe). Um elemento muito comum na maioria desses filmes é a neve, e queria que ela estivesse presente no meu conto. Escolhi, porém, fazer com que o protagonista fosse brasileiro para tornar a história mais próxima tanto de mim quanto do possível leitor.


GABO: O que o público pode esperar da história?


DAVID: Pode esperar uma dose de romance, alguns clichês intercalados por reviravoltas inesperadas, e, com sorte, algumas risadas.


GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?


DAVID: De fato, essa foi meu primeiro conto natalino, embora utilizo (conscientemente, é claro) alguns clichês da comédia romântica, gênero com o qual já brinquei em contos anteriores.


GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?


DAVID: Sendo judeu, estava com um pouco de pé atrás em escrever um conto natalino. Resolvi, portanto, escrever um conto que não abordasse tanto os aspectos religiosos ou festivos da data, e mais conceitos como o de se reunir com pessoas próximas e os diferentes sentimentos que vem com isso, especialmente a solidão daqueles que se sentem distanciados. É por isso que resolvi intitular meu conto como "Um Pequeno Milagre de Natal", não porque ocorre qualquer milagre religioso, mas porque afinal, se tantas pessoas sentem-se assim ao mesmo tempo, como é que não pode acontecer algumas coincidências que beirem ao absurdo?


GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?


DAVID: Sendo sincero? Quero deixar-me surpreender, haha. Mas ter alguma resposta dos leitores, seja positiva ou negativa, me deixaria contente. É desanimador para um escritor sentir que simplesmente ninguém além da própria família lê ou se importa com suas histórias.


GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?


DAVID: Coincidências.


GABO: Deixe uma mensagem para o público.


DAVID: Apenas espero que se divirtam com a leitura, e que nessa época de fim de ano ela dê animo a quem o precise.


Conto: Terror Noturno
Autor: André Garcia

Sinopse: Um vigilante solitário que decide fazer justiça com as próprias mãos, sem saber se ultrapassou a linha da racionalidade.


GABO: André, qual foi a inspiração para criar o conto "Terror Noturno"?

ANDRÉ: Estava assistindo a um programa policial e pensei em fazer uma história de serial killer, porém, essa história seria diferente das que costumamos ler, ela traria uma grande surpresa ao leitor, e foi assim que eu comecei a escrever o conto.

GABO: O que o público pode esperar da história?

ANDRÉ: Pode esperar uma história fantástica, pois, se trata de um enredo que atrai a atenção do leitor do início ao fim, trazendo um ar de mistério envolvente desde as primeiras linhas.

GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

ANDRÉ: Eu já escrevi outros contos sobre o gênero, mas esse é o que eu tenho um carinho bastante especial pelo modo que a narrativa se desenvolveu.

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

ANDRÉ: Acredito que foi trabalhar em um final que não costumamos ver, algo diferente das outras histórias sobre serial killer, uma proposta inovadora que causa a reflexão no público leitor.

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

ANDRÉ: Infinitas (risos). Estou bastante animado e contente com essa estreia, é um prazer poder estrear esse conto na WebTV.

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

ANDRÉ: Fascinante!

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

ANDRÉ: Estou muito contente de estar estreando aqui na WebTV. Você que está lendo essa entrevista e acredito que já esteja curioso em saber mais sobre esse conto, te convido para leitura de "Terror Noturno", um conto que irá trazer um suspense com altas doses de mistérios, te mostrando os enigmas da mente de um serial killer e seus pensamentos mais obscuros, se prepare e faça uma ótima leitura!


Conto: A Coisa na Janela
Autor: Samuel Berenguer
Sinopse: 
Um homem, prestes a adormecer, se vê surpreendido por uma misteriosa aparição na janela do seu quarto.

GABO: Samuel, qual foi a inspiração para criar o conto "A Coisa na Janela"?

SAMUEL: As leituras de Poe e Lovecraft sempre foram grande inspiração para mim. Assim, frequentemente me vejo imerso em fantasias sobre que mistérios incomuns estariam à espreita além de nossas vidas comuns, além das coisas que podemos perceber em nossas observações corriqueiras. Assim, os objetos do dia-a-dia nunca são tão simples: uma cortina, um lustre, uma janela, qualquer coisa pode ocultar criaturas misteriosas vindas de mundos que às vezes nem sequer sonhamos.

GABO: O que o público pode esperar da história?

SAMUEL: Acho que desdobramentos incomuns a partir de situações comuns sempre rendem uma história legal. O leitor pode esperar isso.

GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

SAMUEL: O contrário. Fantasia e mistério são meus gêneros favoritos. Me sinto muito à vontade quando escrevo

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

SAMUEL: Para dizer a verdade, esse conto foi um dos que me deram menos trabalho. Creio que a dificuldade maior foi criar um ambiente familiar, algo com o qual o leitor pudesse se relacionar. O conto é a narrativa de um homem solitário dentro de seu próprio quarto, mas cada um de nós pode experimentar isso de uma forma diferente. A solidão, as paredes do quarto, a própria cama... Criar uma experiência que seja universal é o verdadeiro desafio.

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

SAMUEL: Principalmente, compartilhar um pouco da minha visão com os fãs do gênero, conhecer o que os novos leitores e autores pensam atualmente e quais são suas expectativas para o futuro.

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

SAMUEL: Onírico.

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

SAMUEL: Olá, pessoas. É com enorme satisfação que compartilho este conto com vocês. Espero que todos se divirtam com a leitura e possam deixar a imaginação fluir com liberdade pelas noites que virão!

Conto: Sentindo na Pele
Autor: José Luis Rocha
Sinopse: Bibito, um jovem negro da periferia, salva a vida de um homem que está agonizando, vítima de uma facada durante um assalto que sofreu, mas acaba sendo confundido com um dos assaltantes. 

GABO: José, qual foi a inspiração para criar o conto "Sentindo na Pele"?

JOSÉ: Sou negro, embora não retinto, cresci sofrendo com esses preconceitos idiotas. Fico imaginando o grau de dor das irmãs e dos irmãos de pele preta.

GABO: O que o público pode esperar da história?

JOSÉ: Personagens fortes, que se enredam numa trama sem rodeios, diferente do racismo velado que acontece no dia a dia.

GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

JOSÉ: Sim. Acho a discussão tão importante, que deve ser  abordada como tema central, e não em segundo ou terceiro plano.

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

JOSÉ: Tenho medo de acabar reforçando o preconceito, pois creio que algumas pessoas não estão a fim de discutir o assunto, e querem impor sua posição.

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

JOSÉ: Tenho a pretensão de provocar polêmica.

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

JOSÉ: Atualíssimo.

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

JOSÉ: Venham viajar nessa história baseada em muitos fatos da vida real, de pessoas que estão sempre "sentindo na pele".


Conto: Bicgrafia
Autor: Fred Le Blue
Sinopse: 
Biografia de uma caneta BIC que revela fragmentos da história política brasileira recente do período militar e seus impactos até os dias de hoje.

GABO: Fred Le Blue, qual foi a inspiração para criar o conto Bicgrafia"?

FRED LE BLUE: Esse conto autobiográfico de um objeto inanimado, que dá vida política a uma caneta BIC, surgiu da necessidade de tratar temas da história recente do Brasil, como a ditadura empresarial-civil-militar, de maneira mais acessível, empática e poética. Como há uma tendência ao esquecimento planejado no país de assuntos considerados espinhosos como esse, optei por utilizar como estratégia de mediação com o público, a humanização desse elemento comum do cotidiano de qualquer pessoa, que é a caneta, como uma forma de denúncia do desaparelhamento das políticas públicas de justiça e memória no país. Fazendo as coisas e espaços testemunharem é uma forma de contribuir para criar um ambiente mais propício para o diálogo assertivo sobre os crimes cometidos pelo Estado Brasileiro, justamente para que a população não assinem em baixo em relação às violações de direitos humanos com os Atos Inconstitucionais que ocorreram na época.

GABO: O que o público pode esperar da história?

FRED LE BLUE: É uma estória que trata da história da democracia no Brasil de maneira mágica e fantástica, se atendo aos pontos historiográficos mais controversos, sempre tentando extrair alguma lição de moral que aponte para a relevância de conhecer criticamente nossa memória temporal-espacial e individual-coletiva para que haja alguma perspectiva de cidadania plena futura. Eu costumo chamar essa metodologia de "retro-pers-pectiva".

GABO:  É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

FRED LE BLUE: Tenho escrito sempre sobre temas dos direitos humanos, em geral. Já havia escrito uma peça pueril de teatro escolar sobre o Navio Negreiro, a partir da obra de Castro Alves, chamada "Ouro Negro" e também um conto na minha fase adolescente "Um Mico que nunca pagou mico" sobre a questão do racismo e xenofobismo. Em 2011, escrevi um musical para dar visibilidade sobre o papel socioambiental dos garis "Gari e a Parisiense", tendo em 2014 (mesmo ano de BICGRAFIA), escrito também um outro musical releitura da obra "Alice no País das Maravilhas" sobre a questão da cidade informal no Rio intitulado "Alice na Cidade Maravilha". Mas sobre o tema da democracia e ditadura no Brasil, de fato foi a primeira vez. Em 2015, influenciado pelo conto, escrevi um artigo acadêmico sobre o movimento social ocorrido em 2014 no Rio, o OCUPA DOPS, que visava construir um memorial sobre a perseguição política no antigo prédio do Dops. O trabalho era uma exigência de um edital em 2015 do Ministério da Justiça para o cargo de mobilizador do Memorial da Anistia em Belo Horizonte. Como após ter sido aprovado em todas as etapas, o processo foi cancelado misteriosamente ainda no governo Dilma, comecei a tentar publicar o artigo para denunciar os retrocessos que se anunciava já em 2015, juntamente com o conto em anexo. Mas não houve êxito pois, em geral, o meio acadêmico, ainda muito especializado e positivista, tem muito receio em utilizar a literatura como ferramenta de educação e divulgação científica. Foi quando decidi desembrar os dois e publicar aqui o conto.

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

FRED LE BLUE: É um tema-tabu que não é fácil ser trabalhado no Brasil tanto na Ciência quanto na Arte, principalmente, por questões da maneira como recalcamos esse trauma coletivo em função de uma falsa cordialidade. Eu fiz mestrado em Memória Social na UNIRIO na Urca do lado do prédio da Marinha, mas infelizmente essas questões não eram abordadas com proficiência. Comecei a ver os documentários produzidos pelas Clínicas de Testemunhos e Comissão da Verdade para compensar essa lacuna da minha formação. Depois disso, fiz um curso de pedagogia da Memória no Consulado da Argentina, que me permitiu ver como nesse país, em que houve a revisão da Anistia com punição de torturadores das altas patentes, há um cultura de memória mais salutar que a nossa, tendo no ensino médio, uma disciplina obrigatória de "política e cidadania". 

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

FRED LE BLUE: Espero que ele possa contribuir para zelarmos pela saúde da democracia no Brasil que está respirando por aparelhos juntos com os milhares de hospitalizados por COVID-19 em 2020. A minha expectativa maior é poder, juntamente, com futuros trabalhos ficcionais paradidáticos ou didáticos-acadêmicos da Editora Multimídia Brasília Teimosa, amplificar a qualidade da escuta ativa das diferenças sexuais, sociais, raciais, físicas, religiosas, culturais e, sobretudo, políticas, em prol de um multiculturalismo crítico baseado em relações de tolerância mútua e alteridade antropológica.

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

FRED LE BLUE: Resiliência.

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

FRED LE BLUE: Espero juntamente com os demais contistas poder preencher um pouco esse vazio dos dias de quarentena de todos os leitores-amigos. E que possamos juntos com essa fiel comunidade do WEB TV somar forças para defender o único ativo que de fato pertence a todos, que é a democracia. Sigo aberto ao diálogo com leitores e escritores entusiastas da literatura combativa e responsável no email editorabrasilhateimosa@gmail.com.


Conto: Incerteza de uma Certeza
Autor: Ricardo Jorge Cardoso da Silva
Sinopse: 
Uma jovem é brutalmente assassinada, tendo seu cadáver flagelado a medida em que tentam esconde-lo das autoridades. 

GABO: Ricardo, qual foi a inspiração para criar o conto "Incerteza de uma Certeza"?

RICARDO: Um caso real que foi rememorado por alguém que teve alguma relação com o fato.

GABO: O que o público pode esperar da história?

RICARDO: Uma narrativa simples, chocante. Sensação de injustiça, lamento.

GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

RICARDO: Não. 

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

RICARDO: Vergonha de relatar uma história tão terrível. Insegurança como autor iniciante. 

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

RICARDO: Não crio expectativas. Sou pessimista com quase tudo aquilo que faço. 

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

RICARDO: Desvalor da vida.

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

RICARDO: Uma história que gera insatisfação, algo condenável, algo que, para a maioria, não faz o menor sentido de ocorrer. Um crime hediondo que de fato aconteceu.


Conto: Solo Infértil
Autor: Selva

Sinopse: Dinah é uma pobre mulher negra residente no Morro das Pedras. Sua vida é repleta de desafios. A cor de sua pele torna-se o carimbo para as pedras que tem que remover no cotidiano. Entre chicote e nomes, Dinah representa aquilo que o Brasil república mais reproduziu: o racismo a céu aberto. 


GABO: Selva, qual foi a inspiração para criar o conto “Solo Infértil”?  


SELVA: Pessoal. 


GABO:   O que o público pode esperar da história? 

 

SELVA:  Acredito que o público possa compreender com outros olhares e observar as nuances que circundam o racismo:  cultural, social, política e histórica além da própria cor da pele, e acima de tudo, econômica.  


GABO:  É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

SELVA:  Sim

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

SELVA: Tentar mesclar os diversos fatores que envolvem o racismo sem que se tente reduzi-lo à cor do sujeito e ser tachado de eurocêntrico no sentido pejorativo.  O homem não é bom, como afirma Rousseau (1712-1778). E o texto mostra exatamente isso.

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

SELVAVárias. Espero os que possam ser críticos, formuladores de opinião além de reprodutores que é o que se tem nas universidades nos últimos anos.

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

SELVA:  Hostilidade.

GABO: Deixe uma mensagem para o público. 

SELVA: Solo Infértil não é você, não sou eu, nem o menino que sobe o morro com o isopor cheio de picolés. É apenas um texto que vai além da pele. Mas não seja três coisas: juiz, carrasco e redentor. Seja apenas um leitor. 


Conto: Casos do Delegado Fontes
Autora: Sonia Regina Rocha Rodrigues
Sinopse: 
O delegado Fontes muda-se para uma cidade do interior para investigar uma rota de drogas e depara-se com um assaltante dentro de sua própria casa, o que o levará, por vias indiretas, ao traficante procurado. Ele será ajudado por seu detetive Bernardes e por um jovem surpreendido em um roubo menor a quem o delegado resolveu ajudar a recuperar-se do vício das drogas.  

GABO: Sonia, qual foi a inspiração para criar o conto "Casos do Delegado Fontes"?

SONIA: Alguns crimes que aconteceram em uma cidade do interior onde vivi por um tempo, e também alguns diálogos que ouvi entre jovens delinquentes.


GABO: O que o público pode esperar da história?

SONIA: Momentos de descontração e um bocadinho de humor.

GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

SONIA: Não, eu tenho algumas histórias policiais prévias, como O casa das crianças desaparecidas e Defenestrada. 

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

SONIA: Encontrar um final, porque o crime eu já tinha em mente. Preferi colocar um pouco de romance para ficar mais leve.

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

SONIA: Obter reconhecimento pelo meu trabalho literário e poder divulgá-lo.

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

SONIA: Inconsequência.

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

SONIA: Nunca perca a esperança e nunca se deixe levar pela tentação de ganhar um dinheirinho fácil. (como o jovem em meu conto)


Conto: O Melhor Amigo
Autora: Sandra Rodrigues
Sinopse: 
O ano é 2020, o mundo todo está em guerra contra um inimigo invisível. Um vírus mortal muda a vida e a rotina de todo o planeta. Porém, em meio a tudo isso, uma improvável relação de amizade verdadeira e duradoura irá surgir. Em uma jornada pelo tempo, permeada pela solidariedade, confiança e amor, um velho senhor, ranzinza e solitário, vê sua vida totalmente transformada quando um menino franzino e solidário, resolve ajudá-lo fazendo suas compras durante a grande pandemia...


GABO: Sandra, qual foi a inspiração para criar o conto "O Melhor Amigo"?


SANDRA: Durante a pandemia, no confinamento de meu lar, pude acompanhar pela TV e pelas redes sociais muitas histórias comoventes de solidariedade e amor ao próximo. Em meio ao caos, ao medo e as incertezas, não faltaram gestos de amizade, cuidado e carinho por parte de familiares, vizinhos e até estranhos para com as pessoas mais velhas e debilitadas. Cenas de pessoas deixando compras nas portas dos seus vizinhos, fazendo serviços essenciais como ir a uma farmácia, padarias, mercados foram constantes nos noticiários.


O conto foi escrito para um concurso específico que tratava do tema “Pandemia e recomeço”, e nada melhor do que abordar em um conto com uma temática tão atual, valores que afloraram junto à dificuldade vivida mundialmente, imposta por um vírus mortal, como a solidariedade, a união, a amizade, a renovação dos sonhos, o amor e a fé.


Fé que tenho na transformação positiva, quando a amizade desinteressada e sincera consegue transpor os muros que às vezes criamos ao longo da vida como uma forma de nos proteger daquilo que tememos, como por exemplo as decepções que as pessoas podem nos causar, os sofrimentos, a solidão e então criar pontes...


GABO: O que o público pode esperar da história?


SANDRA: O melhor amigo é uma história principalmente de amor e renovação. O amor acontece de muitas maneiras e a amizade sincera pode curar as mais profundas feridas da alma, sendo essa uma das mensagens do conto.


Penso que o público irá identificar-se muito com a história, pois ele retrata o momento difícil que estamos vivendo. E mesmo diante de tantas turbulências e desafios, a fé em dias melhores e a ideia de uma transformação global de pensamento e de atitudes frente à vida e aos diversos problemas já é uma realidade. Acredito sinceramente que sairemos muito mais fortes de tudo isso e viveremos com mais sabedoria esse novo normal que nos foi imposto.


GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?


SANDRA: Não. Sou escritora de livros infantis e infanto juvenis, então gosto de deixar em minhas obras mensagens que valorizam a amizade, o amor, o reinicio.


Jornadas que de alguma maneira conseguem transformar os personagens ao longo da história em seres ou pessoas melhores.


GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?


SANDRA: Escrever sempre é um desafio, criar o perfil psicológico dos personagens talvez tenha sido o maior desafio ao criar esse conto. Queria passar a ideia de uma profunda mudança de postura frente a vida de um idoso solitário e sofrido ao conviver com a inocência e o otimismo de uma criança, em meio a um advento real que é a pandemia.


Mas quando terminei fiquei muito feliz com o meu “Velho senhor” e o “menino” que fez as compras do velho senhor durante a pandemia.


GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?


SANDRA: Nossa, estou empolgada e feliz, espero que o público goste e que a mensagem do conto traga ainda mais esperanças para o nosso futuro.


GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?


SANDRA: Recomeço


GABO: Deixe uma mensagem para o público.


SANDRA: Queridos, queria convidá-los a acompanhar o conto “O melhor amigo”, uma história que trata de amor, esperança, gratidão e renovação de sonhos. Vocês vão se encantar com a história de um velho senhor, ranzinza e solitário, que vê sua vida totalmente transformada quando um menino franzino e mal nutrido resolve ajudá-lo fazendo suas compras durante a pandemia...


Espero que todos curtam muito a história e que ela possa acalentar todos os corações aflitos e possa trazer mais esperanças para o nosso tão incerto futuro.

 



Conto: A Vingança é um Prato que Causa Indigestão
Autor: Leandro Sousa
Sinopse: 
Um homem é ameaçado e humilhado em sua própria quebrada e jura se vingar, mas o final da história não sai como o esperado.

GABO: Leandro, qual foi a inspiração para criar o conto "A Vingança é um Prato que Causa Indigestão"?

LEANDRO: A violência urbana, principalmente nas periferias dos grandes centros.

GABO: O que o público pode esperar da história?

LEANDRO: A realidade retratada de forma crua e uma surpresa no inesperado desfecho.

GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

LEANDRO: Não, já escrevi, mas só que em forma de poema.

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

LEANDRODetalhar as cenas, tentando fazer com que quem lê consiga visualizar o cenário retratado.

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

LEANDROO conto se propõe a chocar e surpreender a quem o ler, então essas são as expectativas.

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

LEANDROViolência

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

LEANDROPrimeiramente, agradeço à oportunidade, já é a segunda vez que participo, portanto, é meu segundo conto a ser aceito. Fico feliz e parabenizo aos organizadores pela iniciativa. Sobre o conto, espero que viagem na história. Convido a todos para que leiam e e espero que gostem!



Conto: Dissabores
Autor: Cupertino Freitas
Sinopse: Ilka é uma boa inquilina, apesar de estranha – vive trancada em seu quarto, online, em chats com pessoas do exterior ou na deep web. Quando a narradora comenta sobre a possibilidade de Pablo, seu namorado certinho, se mudar para o apartamento, Ilka se mostra subitamente interessada nele, o que não incomoda a narradora, pois ela confia em Pablo cegamente. Um dia, porém, a narradora esquece o celular no banheiro e, ao voltar para buscá-lo, flagra Pablo e Ilka transando em sua cama e filmando a cena. Ela expulsa os dois de casa e depois recebe no seu celular vídeos pornográficos de seu namorado transando com várias mulheres de traseiros enormes na sua cama, depois que ela saía para trabalhar.

 

GABO: Cupertino, qual foi a inspiração para criar o conto “Dissabores”?

CUPERTINO: A ideia é inspirada num filme de 1992 chamado “Mulher solteira procura”, em que a protagonista aluga um dos quartos de seu apartamento e acaba tendo que lidar uma pessoa, no mínimo, problemática.

 

GABO: O que o público pode esperar da história?

CUPERTINO: Uma história típica de uma sociedade extremamente conectada, em que as pessoas extravasam no mundo virtual o que não podem viver abertamente no mundo real.  

 

GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

CUPERTINO: Não, gosto de escrever tramas em que há algo de perverso por trás de vidas aparentemente normais.   

 

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

CUPERTINO: Encontrar o tom certo para abordar a sordidez embutida na história.

 

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

CUPERTINO: Espero que o conto seja lido por muita gente, pois quando escrevemos uma história e a colocamos no mundo queremos realmente que as pessoas a leiam.  

 

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

CUPERTINO: Sordidez.
 

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

CUPERTINO:  Leitores e seguidores da WebTV: não deixe de ler Dissabores, uma história que poderia acontecer com você!




Conto: O Homem de Alba
Autor: Alexandre Ottmann
Sinopse: Aires, idoso, fala sobre sua expulsão do hospital, onde foi visitar sua amada Alba em época de pandemia.

GABO: Alexandre, qual foi a inspiração para criar o conto "O Homem de Alba"?

ALEXANDRE: A psicanálise e a questão do desejo no narcisismo don juanesco.

GABO: O que o público pode esperar da história?

ALEXANDRE: É um conto com linguagem emprestada da literatura do absurdo, sobretudo Qorpo-Santo, em que vemos um homem desejante de seu masculino oferecido pelo feminino inaugurado por Alba. Contexto contemporâneo de pandemia.

GABO:  É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

ALEXANDRE: Não. Já tenho narrativa ficcional longa e contos publicados e disponíveis na Amazon. Narrativa longa: A contadora de fábulas. Coletânea de contos: Diálogos.

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

ALEXANDRE: A pesquisa sobre mitologia, psicanálise e literatura do absurdo.

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

ALEXANDRE: Que seja apreciado e pensado para além da leitura em si, não apenas mastigado, engolido e esquecido nas gargantas famintas de entretenimento fugaz.

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

ALEXANDRE: Lacaniano.

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

ALEXANDREConvido à leitura deste conto,  desejando que o apreciem sob um olhar em que o leitor possa se permitir o gozo de fluir pelo texto sem obrigações formais e lógicas de compreensão, pois a vida real não é assim e comporta visões diferentes.




Conto: A Praia
Autora: Rebeca Franklim 

Sinopse: Maria decide ir à praia para tentar esquecer dos episódios acontecidos noite passada, mas acaba conhecendo alguém que faz o rumo da história e do coração dela, mudar completamente.


GABO: Rebeca, qual foi a inspiração para criar o conto "A Praia"?

REBECA: Uma paixão que eu estou vivendo no momento que acabou me despertando a inspiração.

GABO: O que o público pode esperar da história?

REBECA: Uma história bem leve e que se desenrola gradativamente, com um final bem especial. 

GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

REBECA: Não, já escrevi outras histórias com o mesmo gênero. 

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

REBECA: Acho que conseguir passar em palavras o que eu senti quando escrevi e queria que o leitor sentisse também.

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

REBECA: Estou muito ansiosa para que gostem do conto, das personagens e que haja alguma identificação com a história.

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

REBECA: Surpreendente.

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

REBECA: Sempre gostei de escrever histórias mas não encontrava muitas que representassem quem eu era de verdade. Então decidi escrever sobre isso e sobre mulheres que se amam. Espero que assim como eu, mulheres lésbicas se sintam representadas, pra saber que nossa vida não precisa ser conturbada, ela pode ser leve e gostosa como a maresia num fim da tarde na praia. Convido vocês a acompanharem esse conto maravilhoso e conhecer um pouco mais da minha arte!




Conto: Interrogatório
Autor: Cesar L. Theis
Sinopse: 
Durante a Ditadura Militar, foi comum o uso da tortura pelos militares como prática de interrogatório, porém nem todos os interrogados estavam dispostos a entregar seus companheiros de luta.

GABO: Cesar, qual foi a inspiração para criar o conto "Interrogatório"?

CESAR:  A principal inspiração para o conto foi o período da Ditadura Militar Brasileira (1964-1985), inúmeras pessoas que passaram por sessões de tortura em porões escuros do Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI).

GABO: O que o público pode esperar da história?

CESAR: Uma narrativa composta por uma mistura sútil de realismo e terror psicológico com pitadas de humor ácido, uma história que se revela entre as sombras da história brasileira, destas que não podemos afirmar se aconteceram ou foram criadas pelo autor.

GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

CESAR: Neste conto, utilizei uma experiência nova, uma tentativa de desenvolver elementos de “terror psicológico”, porém, embebecidos da acidez do humor, tantas vezes utilizada como forma de resistência a tortura.

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

CESAR: Criar um contexto onde a tortura não fosse o elemento central, e sim, a resistência. E também, lidar com elementos mórbidos das práticas de tortura no contexto da linguagem de uma narrativa prosaica.

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

CESAR: As melhores, espero que a narrativa possa dialogar com o público, de modo que o universo criado possa de alguma forma se tornar parte de quem o ler/ouvir, que possa fazer parte da existências de outros seres humanos.

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

CESAR: Resistência.

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

CESAR: Espero que todos e todas gostem desta narrativa, e que ela seja, um grito de resistência no descortinar da história dos porões da Ditadura Militar Brasileira. Desejo que degustem a narrativa!


Conto: Saci: Embaixador da Mata
Autor: Ricardo Evangelista
Sinopse: Conto em forma de realismo fantástico brasileiro sobre a origem do saci em versão ecologista.

GABO: Ricardo, qual foi a inspiração para criar o conto "Saci: O Embaixador da Mata"?

RICARDO: A vida é minha inspiração. Desde tenra idade tive contato e me contagiei por esse mito. Cresci ouvindo histórias e causos de minha avó preta Avelina e de minhas tias sobre assombrações e saci. Depois já mais moço, viajando pelo interior conheci vários contadores de história de Saci, e um dos que me marcou foi o Seu Juca lá de Arcos. Quem me contou histórias de saci da mata, das tradições rurais, diferente das versões televisivas. Foi na escola que entrei em contato com a obra do Monteiro Lobato, e depois com o Sítio do Pica Pau amarelo na televisão, e conheci os quadrinhos do Pererê do Ziraldo. Ao longo da vida fui curioso com essas histórias. Destaco que a experiência de trabalho no Centro de Referência Lagoa do Nado, há mais de 15 anos, onde era facilitador em oficinas, celebrávamos o mês de agosto e falava de saci. A sociedade tem que celebrar seu patrimônio o ano inteiro. Seja em casa, na rua, na educação, em todas as esferas. Criar e fazer o livro Saci: embaixador da mata é uma ocasião em que fizemos esse ritual de celebração de quem nós somos. Para um saciólogo, o saci não é perda, é potência lúdica.

GABO: O que o público pode esperar da história?

RICARDO: Magia e encantamento. Imaginação criativa e libertária. Valorização de nossa afro-brasilidade. O saci desvenda essa nossa sociedade, tão injusta e racista. 
Pois esse arranjo social propagou e manteve um racismo estrutural que nos ordena ainda hoje. O saci foi visto , como é visto ainda, como tudo que vem do povo negro e pobre, sendo inferior e demoníaco, por parte da mentalidade colonizada branca brasileira. O saci me ensinou sobre o povo negro originário e vindo de África. Com saci aprendi a celebrar o riso, o riso que desvenda a hipocrisia, a violência. Aprendi que proteger a natureza é um dever nosso, de defender nossos rios e serras. Ainda mais aqui em Minas, que estranhamente tem no seu nome o que te destrói as belezas naturais. Com o saci a gente aprende colocar o dedo na ferida do racismo e de toda devastação ambiental que sofremos. Agora tem algo muito importante que aprendi. Com o saci aprendi sobre a perda. Aprendi sobre as imperfeições que todos temos. Pois a vida é imperfeita! A perda da perna do saci que lhe acrescentou algo novo. Essa imperfeição o fez carismático, esperto, inventivo, abrindo novas possibilidades de ser. Afinal, são as diferenças que nos confere singularidade e beleza. Com o saci a gente aprende que o sapo não pula por boniteza, mas por precisão. Com o saci eu me divirto bastante!

GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

RICARDO: Não. Escrevi 5 livros de poesia e inúmeros cordéis e acabei de lançar o livro do Saci: embaixador da Mata com ilustração de minha autoria. em forma de cordel, além de pesquisar e trabalhar no Centro de Referência Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado onde tratamos diariamente de assuntos do imaginário do saci. 

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

RICARDO: Conhecer o universo profundo da oralidade e pesquisar o que já foi escrito sobre o Saci. 
Estudando o universo do saci, sabemos que tem muitos tipos de saci. E todos são belos e são a expressão de nossa riqueza cultural. Aprendi que esse mito está presente em quase todo Brasil e em várias culturas pelo mundo, cada qual com sua especificidade. Alguns seres fantásticos de diversos países e que são correspondentes ou análogos ao nosso Saci: Gremlim, nos Estados Unidos; Fradinho da Mão Furada em Portugal; Curilo na Inglaterra; Kobolde na Alemanha. Como saciólogo brasileiro, entendo o saci também como símbolo anunciador de compaixão, da coragem, do compartilhamento e da força de superação da negritude. O que eu quis nesse livro foi mostrar a magia da transformação e da mudança. Inventei uma solução mágica-poética de saci. Ocorre uma transformação como os super-heróis. Vejo esse saci quando olho para Usain Bolt, corredor Jamaicano, velocista. Assim como via o saci nos dribles do Garrincha na minha infância e outros grandes craques. Tem vários níveis de camadas de possibilidades de compreensão que busquei neste conto/livro. Leia. Respondi como surgiu o saci. Pesquisando descobri o poder do mito do saci mesmo na cidade, no esporte e na mídia. No futebol, o saci é símbolo do Internacional de Porto Alegre e aqui em Minas tem o Social Futebol Clube de Coronel Fabriciano. Tem na TV fechada o programa da Turma do Folclore, onde percebe-se, ao ver as crianças assistindo, que o saci é amado até hoje. E a música popular recomendo ouvir Gilberto Gil e Jorge Ben Jor, além de outros grupos musicais e contadores de histórias que o trazem na mais alta estima.

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

RICARDO: Ver o conto em outro suporte midiático e como será recebido/percebido pelo público infantil e adulto. Observar a repercussão que as crianças para as quais eu contei tantas vezes este conto, reagirão vendo-o, agora, na WEBTV. A curiosidade é perceber como a literatura pode contribuir para modificar o olhar sobre o saci, tantas vezes demonizado, contribui para valorização da beleza e potência negra e o combate ao racismo na nossa sociedade. Enfim, contribuir para o pensar em tempos sombrios, de tanta imbecilidade e violência.

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

RICARDO: Magia.

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

RICARDO: O saci é faísca da imaginação libertária. O conto do 
saci é uma ode à criatividade negra! A literatura é a arte da provocação do pensar com alegria, do provocar a imaginação. A literatura nos coloca em outros mundos e lugares. Seguindo a tradição, como provocador eu pergunto: como baixar a dor da mata e a dor da gente, nesse momento tão difícil?


Conto: Mulheres de 40 Também Sonham
Autora: Bruna Longobucco
Sinopse: 
Valentina suportou o abuso psicológico durante anos, até que um dia ela conseguiu enxergar além do espelho, além de sua imagem desbotada e finalmente criou coragem para demolir as paredes do silêncio construído em torno de um casamento infeliz.

GABO: Bruna, qual foi a inspiração para criar o conto "Mulheres de 40 Também Sonham"?

BRUNA: A vida real, sou uma mulher de 40 e o conto é um desabafo para a sociedade atual.  

GABO: O que o público pode esperar da história?

BRUNA: Expressão, sentimento, verdade. No mais, estou transformando este conto em um romance. 

GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

BRUNA: Desta forma, expondo a mulher de 40, sim. 

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

BRUNA: Dizer a verdade, dizer o que penso, expor temas íntimos e complexos à opinião pública. 

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

BRUNA: Tenho ótimas expectativas. É um conto com representatividade, acredito que muitas mulheres se identificarão com a história. 

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

BRUNA: Realidade.

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

BRUNA: Espero que as mulheres se sensibilizem com este conto. Que a história de Valentina as faça refletir, reagir, quebrar redomas e acreditar que os sonhos não têm idade e que aos 40 também se pode recomeçar.  



Conto: Operação Dom Quixote
Autor: Celso Lopes
Sinopse: Um pintor de faixas, sem saber, acaba fazendo um "Salve geral" para o crime organizado. A faixa contém uma frase de amor, que será identificada como a ordem para a ação criminosa.

GABO: Celso, qual foi a inspiração para criar o conto "Operação Dom Quixote"?

CELSO: 
O conto tem cunho realista, pois refere-se aos episódios coordenados pelos Comandos do crime organizado, tipo PCC e outros.

Uma faixa de rua dava o sinal (um SALVE) para o desencadeamento dos crime. Miranda, o personagem, é o pintor de faixas e


Acaba tendo tudo a ver com isso. O conto nasceu com outro título ( Bibelô, eu te amo), depois substituído por Operação D. Quixote.

 

GABO:   O que o público pode esperar da história?

CELSO: Acho que deve agradar em função do conflito destacado entre as forças policiais e o suposto organizador da Operação D. Quixote, ou seja, Miranda, o pintor de faixas – tudo imaginação da Polícia que chegará às vias de fato.


GABO:  É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

CELSO: O tom é meio policial, drama, etc. De certa forma, sigo, quase sempre, uma linha assim.

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

CELSO: Precisei de algumas referências importantes sobre a área de impressão gráfica, tipologia, fontes e até mesmo,

o básico sobre a impressora   Linotipo ( das antigas gráficas). E depois relacionar tudo isso, claro.


GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

CELSO: Preciso ver mais sobre a WebTV, mais dados , pra emitir uma posição melhor.

Mas em visitas ao site, imagino que o público se sinta bem atraído, pois é agradável, vibrante,

tem boas chamadas, cores destacadas, por aí. Isso é bom.


GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

CELSO:  Um conto Quixotesco.

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

CELSO: Operação D. Quixote tem muitos flancos a considerar.  Um deles é o personagem Miranda (anda Miranda, anda.) que, de certa forma, cria uma saída brilhante para se livrar dos braços da Polícia, no entanto, o desfecho não lhe dá chances.

Leiam o conto e, caso tenham comentários, serão sempre bem-vindos.  Abs.

 

Conto: Nada contra o Fiat 147
Autora: K.  Oliveira
Sinopse: 
Carla é uma pessoa que detesta mentiras, joga com a verdade o tempo todo! Mas, deixou-se levar por um alguém que agiu de má fé. O Fiat 147 poderia ser o melhor lugar do mundo, o início de uma linda história de amizade ou de amor e até virar o "xodó" do casal se não fossem as situações que o envolve. Enfim, o problema não é a marca do carro.

GABO: K. Oliveira, qual foi a inspiração para criar o conto “Nada contra o Fiat 147”?

K. OLIVEIRA:  Bom, esse conto foi baseado em uma história real. Um acontecimento que até seria “engraçado” se não envolvesse tantas mentiras, decepções e contradições humanas.

GABO:  O que o público pode esperar da história?

K. OLIVEIRA: O público pode esperar uma narrativa que mexe com os sentimentos...  uma “cutucada” nas relações pessoais.

GABO:  É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

K. OLIVEIRA:  Não é a primeira vez! Tenho algumas coisas na “gaveta”, rs!

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

K. OLIVEIRA:  O maior desafio foi ser clara e  objetiva, narrando de uma forma simples e com sentimento a ponto de me colocar dentro da situação. Procurando ter atenção nos detalhes,  a fim de que o leitor vivencie essa experiência da protagonista.

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

K. OLIVEIRA:  Que o público se envolva, que possa refletir sobre a   situação, que também se coloque na história e pense em suas reações, os seus valores, como seria se ocorresse em sua vida. Que cada um se inspire nessa história para buscar a felicidade, não esquecendo as suas origens, tendo orgulho da sua família e que a decepção dói e muito. Mas, a vida segue! Que o retorno seja positivo!

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

K. OLIVEIRA:  Decepções!

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

K. OLIVEIRA: Olá! Espero que vocês curtam a história e que os corações se envolvam. Foi escrita com muito carinho e com o objetivo de relatar algo que, infelizmente, é real. Uma narrativa muito próxima de nossas vidas e  que trás uma reflexão sobre valores, amizades e atitudes inconsequentes.

 

Conto: O Dorminhoco e o Estado Ausente
Autor: Luciano Araujo
Sinopse: Um pedinte chamado Dorminhoco muda de vida ao conhecer dona Constituição, sendo inserido no mundo da cidadania.

 

GABO: Luciano, qual foi a inspiração para criar o conto “O Dorminhoco e o Estado Ausente”?

 

LUCIANO:  A questão dos vários moradores em situação de rua, que é tão comum que acaba sendo banalizada.

 

GABO:  O que o público pode esperar da história?

 

LUCIANO: Uma história de superação, por meio da educação.

 

GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

 

LUCIANO:  Sim

 

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

 

LUCIANO: Escrever numa modalidade de escrita que não estou habituado, pois este é meu primeiro conto.

 

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

 

LUCIANO: Espero que ele traga alguma sensibilização social.

 

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

 

LUCIANO: Enobrecedor.

 

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

 

LUCIANO: Espero que apreciem o conto e que visualizem a importância da educação.


Conto: Despertar
Autor: Evandro Candido
Sinopse: Amâncio desperta numa manhã de domingo luminoso. Amarga uma vida que, sem querer, considera errada. Suas páginas escritas parecem ser tábua de salvação. Escreve uma frase gloriosa, orgulha-se dela.

GABO: Evandro, qual foi a inspiração para criar o conto “Despertar”?

EVANDRO: O conto é uma imagem de um romance que venho escrevendo. O personagem Amâncio vem, em partes, de Amaro, de "Um lugar ao sol", de Érico Veríssimo.  Têm em comum o fato de trabalharem num banco. Amâncio, no entanto, deseja ser escritor. Ele também é personagem que aparece em outro romance meu (ainda não publicado) É bem mais jovem, porém com as mesmas inseguranças. De certa forma, o personagem de Veríssimo me ajudou a incrementar o meu.

GABO: O que o público pode esperar da história?

EVANDRO: Pode esperar um indivíduo tímido, com muitos sonhos não realizados e frustrações acumuladas. Gosto muito de ver as pessoas plenas e satisfeitas com as próprias realizações, portanto, ficaria um tanto quanto triste se os leitores se identificassem com ele. Por outro lado, se essa identificação servir como provocação capaz de tirar alguém da zona de conforto, então ficarei satisfeito.

GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

EVANDRO: Não. Na verdade, esse mesmo personagem aparece em outro romance que tenho (ainda não publicado). Ele é mais jovem e ainda muito tímido e cheio de coisas por realizar.

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

EVANDRO: Não houve propriamente desafios. Eu já tinha esse personagem imaginado. O conto serviu apenas para fixar algumas imagens. Talvez o maior desafio tenha sido mesmo o ato de sentar para escrever (em geral, essa decisão é dificultosa).

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

EVANDRO: Espero sobretudo olhares diversificados sobre o personagem. Meus textos têm uma pretensão de serem literários, por esse motivo, espero por visões diferentes dos leitores. Acima de tudo, desejo que o texto, após a publicação, seja cada vez menos meu.

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

EVANDRO: AMÂNCIO (acredito que é o mínimo que posso fazer por ele!).

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

EVANDRO: Espero que vocês apreciem a narrativa e, acima de tudo, criem perspectivas acerca dela. O olhar do leitor é fundamental para qualquer texto que se pretenda literário. Essa possibilidade de gerar várias interpretações poderá apontar que estou no caminho certo. Convido a todos para acompanhá-lo. Aproveito também a oportunidade para informar do lançamento do meu livro de contos "O que as meninas têm entre as pernas e outras estórias", pela editora CRV. O livro pode ser adquirido através do site da editora (meio impresso ou digital), pela estante virtual, americanas.com e submarino. Pode também ser adquirido diretamente comigo, o que barateia significativamente os custos.

Links:

Editora crv: 
https://editoracrv.com.br/produtos/detalhes/35154-o-que-as-meninas-tem-entre-as-pernas-e-outras-estorias

Meu Facebook: 
https://www.facebook.com/evandro.candido


Conto: Ana Coração de Joia
Autora: Lily Cardoso
Sinopse: 
Ana é uma menina que amava mais as joias do que seus amigos e familiares. E por meio de um grande feitiço ela se transformará em uma joia. Ana terá que aprender uma lição da vida para vencer o feitiço e enfim retornar. Os personagens da história a guiarão para que vença o orgulho e entenda que o amor verdadeiro encontramos nos nossos relacionamentos, portanto devemos nos amar e compartilhar o amor. 


GABO:
 Lily, qual foi a inspiração para criar o conto “Ana Coração de Joia”?


LILY: Em 2015, eu trabalhava com crianças indígenas em uma Ong em Brasília-DF. Nas rotinas da escola, que eu tinha com elas, eu fazia uma atividade de contação de história inclusiva onde iniciava uma história do zero, e depois convidava as crianças para continuar a história através de: objetos, peças ou utensílios que cada um trazia ou escolhia na hora. Num dia desses, eu percebi que tínhamos construído um enredo legal, com muita informação sobre o contexto dos indígenas e também do universo da literatura infantil. Eu complementei depois a história e a minha inspiração foi essas crianças e tudo que gira em torna da imaginação delas. 


GABO:   O que o público pode esperar da história?


LILY: Muito mistério, risadas e aprendizados. A história é para a família toda, até os animais de estimação podem assistir, porque serão representados no conto. É uma divertida história que confronta nossa alma, nossas prioridades e revela nossas emoções. Um conto feito para amar. 

 

GABO:  É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

 

LILY: Não. Eu já tinha escrito um conto infanto-juvenil inspirado em fatos reais sobre o turismo e educação patrimonial. O conto Ana Coração de Joia acabou pegando um público infantil maior.

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

LILY: Falar de um assunto importante sem desvalorizar nenhum traço cultural, étnico ou social. Quando falamos de amor, precisamos envolver todas as partes da sociedade e sermos responsáveis por elas.

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

 

LILY: Espero que todos se divirtam e aprendam a amar essa história. Eu desejo que ela possa encontrar morada nos corações dos telespectadores, multiplicando a semente da verdade e do amor. Os personagens são bem simples e fáceis de amar.


GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

 

LILY: Amável.


GABO: Deixe uma mensagem para o público.


LILY: Queria convidar você a ouvir, assistir e conhecer o conto Ana Coração de Joia. É um livro que fala de amor, família, amizades e valores. Precisamos refletir sobre o que mais temos amado neste mundo, para amar de verdade o que é mais valioso. Mas o que é mais valioso nesta vida? Para você saber terá que assistir! Venha amar esse conto comigo, com a Ana e tantos outros personagens do livro.  


 

Conto: Pequeno e Grande Mundo 
Autora: Jacqueline Quinhões da Luz
Sinopse: Jack não imaginava viver uma aventura tão fantástica, ali mesmo em seu jardim. Sem querer havia aberto um portal que lhe permitiria confirmar tudo o que sempre acreditou que existia e assim fazer uma ponte entre o pequeno e grande mundo.

GABO: Jacqueline, qual foi a inspiração para criar o conto "Pequeno e Grande Mundo"? 


JACQUELINE: Sempre amei o tema fantasia, mundo fantástico pois nos permite tudo, dar asas ao impossível, não há limites. O mundo precisa disso, das pessoas acreditarem no impossível, se abrirem mais para sonhos, soltarem a imaginação, olhar o mundo com a pureza que a criança tem. Escrever esse conto me permitiu isso, um mergulho ao mundo fantástico e me fez sentir leve como uma criança, sem a preocupação de ser adulta, simplesmente me deixei levar. 


GABO:  O que o público pode esperar da história? 


JACQUELINE: Uma história encantadora, um convite a uma viagem fantástica ao mundo dos pequeninos e ao mesmo tempo poderão tirar uma mensagem profunda sobre como encarar a vida de forma mais leve e de preservação da natureza. 


GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?


JACQUELINE: Tenho três contos com o gênero fantástico, Elementais, sempre gostei de ler, contar histórias aos meus alunos sobre duendes, fadas e seres do nosso folclore brasileiro. A fantasia me fascina. Imaginar que existem seres tão puros que atuam junto a natureza possibilita que se passe a mensagem de valorização da mesma aos pequenos. 


GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto? 


JACQUELINE: Escrever é sempre um desafio, principalmente quando vamos nos colocar a uma avaliação de terceiros, mas escrever sobre o tema fantasia requer sempre um cuidado, pois embora o mesmo não coloque limites a criação, há sempre a preocupação com a maneira que o conto vai ser recebido pelo leitor, precisamos envolve-los de tal forma que não percebam a linha tênue entre o possível e o impossível.


GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto? 


JACQUELINE: Exatamente o que o conto propôs, uma conscientização da importância da fantasia, imaginação na vida das pessoas, sejam crianças ou adultos. Uma reflexão sobre o que estamos fazendo com nosso meio ambiente e um olhar mais cuidadoso com nosso Planeta. 


GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria? 


JACQUELINE: FANTÁSTICO. 


GABO: Deixe uma mensagem para o público. 


JACQUELINE: Contos Literários-Verão sem dúvida alguma é uma oportunidade de embarcar numa viagem incrível de muitas emoções, e se deixar envolver por contos capazes de despertar a fantasia, imaginação e o encontro com seu interior. Ler ainda é a melhor viagem que se pode fazer em mundos que jamais pensávamos conhecer. Quando nos entregamos a leitura estamos nos conectando com seres e enredos que muitas vezes nos permitem olhar de fora situações que quando vividas na realidade despertariam reações diferentes.


Conto: O Baile 
Autora: Nani Oliveiras
Sinopse: A galera se aglomera ao som do pancadão, Thiago anseia encontrar Letícia, a mina mais gata do baile. Quando então, a polícia chega e Thiago precisa ser mais rápido do que imagina. 

GABO: Nani, qual foi a inspiração para criar o conto “O Baile”? 


NANI: O ocorrido em Paraisópolis de dezembro, 19.

GABO: O que o público pode esperar da história?

NANI: Olha, difícil responder, acredito que pra cada um desperte uma emoção diferente. Más de modo geral, acredito que a história carregue um tipo de envolvimento quase inevitável, porque começa de uma maneira despretensiosa e quando você se dá conta já está conectado com o Thiago. 

GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

NANI: Sim, e foi muito rápido, uma catarse mesmo. Quando eu me dei conta já estava pronto. 

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

NANI: Foi a parte técnica, lapidar a história com as questões gramaticais e estrutural.

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

NANI:  O que eu mais espero do conto é que ele crie uma linha de raciocínio. A história  é baseada em fatos reais e envolve várias linhas de diálogos. Thiago é mais um dos tantos brasileiros que vivem a mesma realidade. 

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

NANI: Realidade 

GABO: Deixe uma mensagem para o público. 

NANI: Olá, que bom que você está aqui! Esse conto ocupa um lugar diferente em mim, quando o escrevi estava envolvida num turbilhão de emoções. Acho que é isso que o torna tão especial. 

Está preparado pra conhecer o Thiago? Vai lá! Boa leitura! 


Conto: No Ar
Autor: Diógenes Carvalho Veras
Sinopse: Preparando-se para decidir sobre o futuro do seu casamento enquanto espera o embarque no aeroporto, Andreia tece conjecturas sobre sua trajetória de vida, até que o inesperado surge após o avião levantar voo.

GABO: Diógenes, qual foi a inspiração para criar o conto “No Ar”?

DIÓGENES: Muito pessoal. Precisamente envolveu a primeira esposa, mudou definitivamente a minha vida de algum modo. Penso que uma maneira de superar suas consequências foi justamente passar o episódio para o papel. Creio que quando conseguimos superar uma dificuldade assim tendemos a nos tornar mais resilientes de cara a enfrentar os seguidos desafios que a vida nos vai lançando em rosto inesperadamente.

GABO: O que o público pode esperar da história?

DIÓGENES: Quem se atreve a contar uma quer ser julgado, discutido, quer dar a conhecer a sua visão sobre algo que se passou ou que se passa dentro de si nesse momento. E quer, portanto, ser lido pelo maior número de leitores e leitoras. Para isso é preciso preparar um texto atraente. Logo após escrevê-lo enviei cópias a alguns amigos que fizeram críticas e sugestões após lerem. Em seguida acatei-as e fiz as correções devidas, procurei deixar o texto segundo o que percebi dessas orientações. O que me permite afirmar que a história é certamente impactante.

GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

DIÓGENES:  Antes, em 2005, auto publiquei um romance policial intitulado Assassinato em Natal. Apesar de ficcional suscitou entre leitores e leitoras de minha cidade natal, comparações com um crime ocorrido ali no passado. Eu tinha bolado o enredo quando morava na Espanha, enviava os capítulos semanalmente aos e-mails de familiares e amigos, desafiando-os a descobrirem a identidade do assassino antes do capítulo final. Acho que um deles acertou! Posteriormente reunio-os num livro físico e vendi os trezentos volumes. O texto não é grande coisa.

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

DIÓGENES: Conseguir separar as minhas emoções, que em alguns momentos me impediram seguir narrando devido ao meu envolvimento pessoal na história, para que não influíssem negativamente na qualidade do texto que pretendia dar durante o processo de plasmar em parágrafos a realidade que tinha vivido no passado. De forma a que a sequência dos fatos se tornasse a mais próxima a realidade ante os leitores e leitoras.

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

DIÓGENES: A julgar pelo leitores e leitoras "betas" do conto, as melhores imagináveis. Sinto mesmo firmeza com o formato final da peça depois que ouvi deles e delas o que tinham para me dizer. Pedi-lhes na altura que por favor não o elogiassem, mas unicamente se detivessem no que estava mal ou o que poderia ser melhorado. E definitivamente gostei do resultado. Quero agradecê-los com todo o meu coração pelas críticas e sugestões que teceram de forma sincera depois de lerem em primeira mão. Foram essas observações as que contribuíram para a apresentação final da narração. Sem a opinião desses leitores e leitoras iniciais, acho que o texto teria ficado menos interessante. 

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

DIÓGENES:  Impactante.

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

DIÓGENES:  Se o leitor ou leitora gostar de ler o formato intriga e suspense, deparará uma boa história. Para além, baseada num acontecimento factual. Em realidade o conto No Ar, é o primeiro capítulo (adaptado) do romance homônimo que acabo de inscrever num importante concurso literário brasileiro. Espero que agrade muito a quem o ler.



Conto: O Roubo do Celta 2005 na Véspera do Natal
Autor: Thiago Henrique Fernandes Coelho
Sinopse: 
O carro da professora Rebeca estragou na estrada na véspera do natal. O mecânico Oliveira passou e decidiu lhe ajudar. Eles sentem-se atraídos um pelo outro e são assaltados no momento do sexo.

GABO: Thiago, qual foi a inspiração para criar o conto "O Roubo do Celta 2005 na Véspera do Natal"?

THIAGO: A inspiração foi a viagem que sempre faço da zona rural do município de Estrela do Sul para a cidade de Monte Carmelo (MG). Nesse trajeto sempre acontece muitas coisas, e como a estrada é péssima, um descaso do governo com o povo da região, o carro, as vezes, estraga ou encontramos carros de conhecidos estragados ao longo do caminho.

GABO: O que o público pode esperar da história?

THIAGO: O público pode esperar uma história de amor através de imprevistos do cotidiano, narrada de uma forma cômica.

GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

THIAGO: Não, já escrevi outros contos com histórias engraçadas.

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

THIAGO: O maior desafio sempre é como começar um conto. As primeiras palavras na página são muito difíceis de escolher ou mesmo de as encontrar. Penso por algum tempo, até tomar coragem de chegar na tela do computador para escrever.

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

THIAGO: Espero que o conto chegue na maior quantidade de pessoas possíveis, que se divirtam com a narrativa e que meu trabalho seja divulgado, me permitindo continuar a escrever mais histórias para dar prazer ao público.

GABO: Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

THIAGO: Surpresa.

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

THIAGO: Quero que vocês se divirtam com o meu conto. Se quiserem me mandar algum feedback, ficarei feliz em receber. Me procure nas redes sociais. Instagram - @thiagofernandesator  


Conto: O Encanador Requintado
Autora: Kátia Surreal
Sinopse: Um operário duma escola terá uma relação secreta com uma aluna, em um quente clima de atração mútua e silêncio contínuo.

GABO: Kátia, qual foi a inspiração para criar o conto "O Encanador Requintado"?

KÁTIA SURREAL: Certa vez, no fundamental, uma conhecida que desenhava bem resolveu desenhar o rosto de um funcionário faz-tudo da escola numa folha. Ele era um homem bem discreto, andava sempre de óculos escuros. No caso dessa menina, ela fez uma caricatura para zoá-lo entre a gente. Ela não pretendia que ele visse, mas nós insistimos muito para que ela entregasse o desenho a ele. Ela fez e demos muitas risadas. A intenção foi só diversão mesmo, não havia nenhum interesse afetivo-sexual dela para com ele, assim suponho. De alguma forma, isso ficou guardado em minha memória. Quando resolvi escrever o meu conto, eu recriei essa situação, só que em um sentido erótico. Algo bem diferente, aliás.

GABO: O que o público pode esperar da história?

KÁTIA SURREAL: Sempre que releio este conto, sinto um pouco de vergonha. Ele é bem detalhista e nada politicamente correto. Por outro lado, é uma forma de libertação sexual, afinal, a ficção é uma experiência de vida, só que inventada. Talvez por isso mesmo possa ser até mais ousada do que o mundo real. Eu espero transmitir essas mesmas sensações que tive ao leitor e, quiçá, algo mais...

GABO: É a primeira vez que você escreve sobre o gênero abordado no conto?

KÁTIA SURREAL: Em termos de publicação, sim. Eu tenho outros contos eróticos engavetados e poemas também. Estou muito alegre com a oportunidade, porém um tanto ansiosa com a divulgação.

GABO: Qual foi o maior desafio ao escrever o conto?

KÁTIA SURREAL: O meu maior desafio foi escrever sem dar importância ao que iriam pensar de mim. Até mesmo porque, o conto é uma invenção, não tem a ver com a minha vida pessoal diretamente. Por outro lado, o cotidiano me influenciou, sim, no processo de escrita, como disse, só que de modo indireto, isto é, através de fragmentos de memória, que nem tem muito a ver com o resultado final do texto. É que as histórias da vida vão se costurando na mente e saem na escrita como um tecido pronto para se aconchegar. 

GABO: Quais são suas expectativas para a estreia do conto?

KÁTIA SURREAL: Espero que o conto provoque sensações e, sobretudo, que liberte a mente do leitor. "O encanador requintado" possui mensagens sobre a vida. Portanto, tomara que todos gostem e que seja um sucesso!

GABO:; Se fosse para definir o conto em uma palavra, qual seria?

KÁTIA SURREAL: Desejo

GABO: Deixe uma mensagem para o público.

KÁTIA SURREAL: Caro leitor, eu te convido a se desnudar ao ler "O encanador requintado". Desvista esta moral barata que a sociedade hipócrita impõe. Leia sem medo ou preconceito. Desnude a sua timidez e adentre no mais escuro e profundo de suas vontades secretas. Desnude a sua alma e, se quiser, a roupa também.





GABO: Autores, obrigado autores pela participação no Avant Premiere Contos Literários - Verão e Outono. Não percam, do dia 17 a 31 de janeiro, dois contos por dia aqui na tela da WebTV. Serão 30 histórias pra vocês. Vai ser surreal. Começa amanhã, vocês não podem perder. Boa noite.


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  apresentação
Gabo

convidados
Alexandre Ottmann
André Garcia
Bruna Longobucco
Celso Lopes
Cesar L. Theis
Cupertino Freitas
David Ehrlich
Diógenes Carvalho Veras
Evandro Candido
Fred Le Blue
Jacqueline Quinhões da Luz
João Rodrigues
Jober Rocha
Joelma Couto
Jose Luis Rocha
K. Oliveira
Kátia Surreal
Leandro Sousa
Lily Cardoso
Luciano Araujo
Nani Oliveiras
Ney Doyle
Rebeca Franklim
Ricardo Evangelista
Ricardo Jorge Cardoso da Silva
Samuel Berenger
Sandra Rodrigues
Selva
Sonia Regina Rocha Rodrigues
Thiago Fernandes

direção
Gabo Olsen


entretenimento
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