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Norton Bates: Capítulo 05

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VALE A PENA LER DE NOVO: NORTON BATES - CAPÍTULO 05

FADE IN

CENA 01 - INT. ENFERMARIA. DIA

PAUL está deitado em um leito. Desperta assustado e se depara com o SENHOR CALVO. O mesmo que estava em seu sonho na porta do bar de NORTON BATES. ELE se aproxima de PAUL.

SENHOR CALVO: Calma... Devagar... Bem devagar...

PAUL está assustado. Olha para o fundo da enfermaria e vê uma MULHER RUIVA na janela que se vira para ELE. É a mesma que o abordou no seu sonho dentro do bar em NORTON BATES. ELA se aproxima sorridente.

SENHOR CALVO: Vamos começar primeiro por você: Qual o seu nome?

PAUL pensa por instantes.

PAUL: Meu nome é Paul Stanley...

O SENHOR CALVO lhe sorri.

SENHOR CALVO: Muito bem, Paul. Agora me responda: O que você faz?

PAUL: Sou... Um agente do FBI. Me afastei temporariamente de minha atividades como agente de campo.

SENHOR CALVO: E por quê foi afastado?

PAUL pensa mais um pouco.

(INSERT DA CENA)

PAUL correndo na floresta atrás do HOMEM DE BOTAS.(A cena da sequência do sonho no quarto do hotel em NORTON BATES).


CENA 02 - INT. ENFERMARIA. DIA

PAUL: Estava... Estava perseguindo um sequestrador que procurava há meses...

(INSERT DA CENA)

PAUL na floresta com a arma apontada para o HOMEM DE BOTAS e caindo no buraco.


PAUL no fundo do buraco, sendo atacado pelas serpentes.

CENA 03 - INT. ENFERMARIA. DIA

PAUL: Fiquei gritando por ajuda enquanto aquelas serpentes subiam por todo o meu corpo.

SENHOR CALVO: E o que isso lhe causou?

PAUL: Uma depressão pós-traumática foi a razão de meu afastamento.

SENHOR CALVO: Está indo bem, Paul. Agora olhe para mim...

PAUL olha para ELE com atenção.

SENHOR CALVO: Quem sou eu?

PAUL: É o doutor Freddy Burlock. Terapeuta do Bureau...

SENHOR CALVO: Está indo muito bem. Mas não tenha pressa em responder. Quero que olhe agora para a a bela jovem que está diante de você e me responda de fato quem ela é.

PAUL olha para MULHER RUIVA que se aproxima e segura em sua mão.

PAUL: Você esteve lá. Como o doutor Burlock também.

DR. BURLOCK: Concentre-se na minha pergunta e responda,Paul.

PAUL: Diane. Sua assistente.

DIANE (A MULHER RUIVA), sorri para PAUL.

DIANE: É bom ter você de volta, Paul...

DR. BURLOCK: Agora preciso que me diga o que você lembra estar fazendo naquela clínica.

PAUL pensa por instantes.

CENA 04 - INT.CLÍNICA NORTON BATES/SALA DE REUNIÕES. NOITE (Flashback)

Ambiente bem iluminado e espaçoso. Lá estão PAUL, SCOTT, MARGARETH, FULLER, BENJAMIN e DAVID.

A frente, está o DR NORTON BATES (moreno, cabelo curto), dono da clínica (ele é idêntico ao DELEGADO da cidade), em companhia de UM ASSISTENTE BRANCO E UM NEGRO (Também idênticos aos INVESTIGADORES).

DR. BATES está diante de um projetor;

DR. BATES: Boa noite a todos! Sou o Doutor Norton Bates. Obrigado por acreditarem em meu trabalho. Quero dar as boas vindas a vocês, que em breve farão parte deste revolucionário tratamento que une tecnologia e o que existe de mais moderno em programação mental, que permite ao paciente, uma cura completa de qualquer tipo de distúrbio que ele sofra.

DR. BATES faz sinal para o ASSISTENTE NEGRO que aciona o laptop ligado ao projetor. A tela passa a exibir uma foto do laboratório.

IMAGEM NA TELA: A foto é do laboratório onde PAUL estava. Várias pessoas deitadas na cama. Estão inconscientes e da mesma forma que PAUL estava quando despertou.

DR. NORTON BATES: Observem bem esta imagem de ex-pacientes que já passaram
pelo tratamento. Estas pessoas não estão apenas sonhando. Elas de fato estavam vivendo uma experiência onde todo o seu processo mental estava ativo.
E o mais interessante. Graças ao equipamento mestre, nos quais elas estão interconectadas, se encontravam e interagiam como se estivessem no mundo real...

MARGARETH segura firme na mão de SCOTT. Ele sorri e beija ternamente seu rosto.

PAUL apenas olha atento ao discurso.

DR. BATES (Mudança de tom e continuando): Em breve, o velho modelo das clínicas psiquiátricas e hospícios que em sua maioria não consegue sanar a loucura de seus pacientes, será algo obsoleto.

FULLER levanta a mão, questionador.

DR.BATES: Pois não...

FULLER: Não ouvi o senhor dizer para onde a nossa mente vai enquanto estivermos neste estado durante o tratamento.

DR. NORTON BATES olha desafiador para PAUL.

DR. NORTON BATES: Para o melhor lugar que existe para se viver...

PAUL faz uma expressão intrigada.

CENA 05 - INT. ENFERMARIA. DIA

PAUL continua diante de DR. BURLOCK e DIANE.

DR. BURLOCK: Muito bom, Paul. Fiquei bem satisfeito com o resultado. Temia pela sua vida, uma vez que outros já haviam morrido quando fizeram parte desta experiência absurda! Mas a ideia de inserir um comando em seu inconsciente deve ter ajudado bastante...

PAUL: Pedindo para que eu não esquecesse quem eu era? Pode ter certeza que sim...

DR. BURLOCK sorri.

DIANE: Paul. O Dr Bates está preso. Diante da gravidade do caso, seu julgamento já foi marcado. Será para daqui há dois meses...

DR. BURLOCK: Você como sobrevivente deste último grupo que fez parte do
tratamento, é a principal testemunha de acusação. Quando a superintendência do Bureau pensou em te recrutar para esta missão aproveitando o seu trauma
adquirido em sua última atuação em campo, no início fui contra. Mas vejo que
podemos acabar com a carreira deste louco de uma vez por todas...

PAUL: Podem contar comigo. Não desejo pra ninguém o que eu vivi naquele lugar...

CENA 06 - INT. TRIBUNAL. DIA

DR. BATES está no banco dos réus ao lado de seu ADVOGADO.

PAUL já está como testemunha. Acaba de fazer o juramento sobre a Bíblia diante do MEIRINHO. O PROMOTOR se aproxima dele. Olha para os demais jurados e se volta para PAUL.

Mais adiante, DR. BURLOCK e DIANE assistem ao julgamento.

PROMOTOR: Senhor Stanley... Minha primeira pergunta é muito simples: Se tiver que resumir tudo que viveu durante aquela estranha experiência na clínica do Doutor Bates em apenas uma palavra, que palavra seria essa?

O ADVOGADO se levanta para interceder ao JUIZ.

ADVOGADO: Protesto, meritíssimo! Meu cliente nunca negou que algumas interferências dos traumas que estavam sendo curados durante o tratamento eventualmente poderiam vir a tona. Isto está documentado e todos os pacientes sabiam disso. Iniciar o depoimento desta forma, me parece irrelevante.

JUIZ: Protesto negado... (Se volta para PAUL) Por favor... Responda à pergunta do Promotor...

PAUL respira fundo. Olha firme para o DR. BATES que se mostra sério apesar de um leve ar de cinismo.

PAUL: A única palavra que me vem a mente pra expressar o que de fato não só eu que sobrevivi, mas todas aquelas que morreram é: “Horror”...

PAUL volta a encarar DR. BATES. ELE volta a encará-lo usando o mesmo ar cínico.

FADE OUT

CENA 07 - INT. RESIDÊNCIA DE PAUL. DIA

PAUL, trajando terno, diante do espelho, ajeita sua gravata.

Batem na porta. ELE atende. DIANE está diante dele segurando um jornal.

PAUL: Oi... Entra...

DIANE entra e admira seus trajes.

DIANE: Tava de saída?

PAUL: Um emprego em vista. Tenho entrevista daqui à uma hora.

DIANE: Tem certeza de que não quer voltar?

PAUL: Não me sinto ainda em condições.

DIANE lhe mostra o jornal que exibe como destaque na primeira página: “CASO NORTON BATES: FIM DO PESADELO, CLÍNICA FECHADA E SEU CARRASCO ATRÁS DAS GRADES”.

DIANE: Você foi o responsável por isso. Sua missão ainda não acabou, Paul. Pense sobre isso...

PAUL olha em seus olhos sorri terno. Ficam mais próximos.

PAUL: Você esteve lá...

DIANE apenas o encara.

DIANE: Fazia parte das induções que Burlock e eu colocamos em sua mente para que você não se esquecesse de sua real identidade...

PAUL: Eu sei disso...

Pause

PAUL (Continuando): Foi o que você me perguntou que no momento não entendi que fiquei intrigado. Mas depois que despertei, acabou retornando junto com minha memória...

DIANE: Sobre a noite que antecedeu a sua ida pra clínica?

PAUL: Eu quero que você saiba que nunca deixei de pensar.

DIANE acaricia seus cabelos. Seus rostos se aproximam. Tudo culmina num beijo. PAUL deixa cair o jornal de suas mãos e se entrega.

CENA 08 - INT. RESIDÊNCIA DE PAUL/QUARTO. DIA

PAUL e DIANE estão despidos. Transam apaixonadamente.

DIANE vai por cima dele e os dois se beijam loucamente enquanto continuam a transa.

PAUL segura DIANE pelas mãos e mais uma vez repara o anel em formato de serpente, o mesmo que estava em seu sonho. Se assusta ao ver que as mãos de DIANE se transformam em pequenas serpentes. Olha para o rosto dela que também começa a se transformar como a cabeça de uma medusa. O rosto de DIANE se transforma por momentos no rosto de DR. BATES.

DR. BATES: Você ainda está lá!

PAUL tenta gritar e não consegue. Vê o corpo de DIANE se dissolver diante dele, enquanto se transforma em centenas de serpentes.

CENA 09 - INT. CORREDOR DO HOSPITAL. DIA

PAUL em uma maca, olhos arregalados e totalmente em choque, é carregado pela equipe médica para a emergência.

Mais adiante, DIANE está atrás deles até ser impedida de entrar na unidade. Vê tudo pelo lado de fora através do vidro que separa o corredor da sala.

DR BURLOCK surge e avista DIANE. Se aproxima.

DR. BURLOCK: O que aconteceu?

DIANE: Fui até à casa dele e de repente começou a se desesperar como se estivesse vendo algo aterrorizante...

DIANE e DR. BURLOCK, veem apreensivos que a equipe médica que atende PAUL passa a tentar ressuscitá-lo usando o desfibrilador indicando que ele tivera uma parada cardíaca.

A imagem aproxima de PAUL e passa a ficar em slow-motion a cada tentativa da equipe em ressuscitá-lo.

FADE OUT

CENA 10 - EXT. TERMINAL RODOVIÁRIO. DIA

Um ônibus parado no terminal, mostra no letreiro que seu destino é a cidade de “WINSTON FALLS”.

Surge um carro que para próximo ao ônibus. De seu interior, saem DIANE e DR. BURLOCK. Vestem trajes escuros e caminham até o ônibus. Avistam alguém que os aguardava.

Lá está PAUL, próximo à porta de embarque do ônibus. Sorri ao vê-los e se aproxima.

DR. BURLOCK: Não podíamos deixar de vir...

PAUL: Fico feliz em ver vocês...

DIANE: Como se sente?

PAUL: Muito bem...

DR. BURLOCK: Sua última tomografia nos tranquilizou bastante, Paul. Aquele ataque foi apenas um reflexo de tudo que você passou enquanto estava naquele estado de hibernação. Mas segundo seus exames. Tudo está bem... E acho merecido que você passe um tempo em sua cidade natal.

PAUL: Vou sentir saudades... (Olha terno para DIANE) De verdade...

DR. BURLOCK: Ainda aposto minhas fichas em em sua volta...

PAUL e DR. BURLOCK se abraçam. ELE olha em seguida para DIANE. Se encaram por um tempo. PAUL alisa carinhosamente o queixo dela.

PAUL: Se cuida...

DIANE: Boa viagem...

Os dois se abraçam. PAUL pega as malas do chão e caminha para entrar no ônibus. DIANE o chama e ELE se vira para olhar.

DIANE: Quem sabe você não volta e aí então...

PAUL dá um discreto sorriso, acena mais uma vez e entra no ônibus. A porta é fechada e o ônibus parte sob os olhares de DR. BURLOCK e DIANE.

FADE OUT

FADE IN

Som do motor do ônibus sendo desligado.

CENA 11 - INT. ÔNIBUS. DIA

PAUL, sentado na parte traseira do ônibus, estava cochilando. Acorda sobressaltado e se depara com o MOTORISTA a sua frente.

MOTORISTA: Última parada. Chegamos ao nosso destino, senhor...

PAUL fica assustado com o que ouviu. Parece lembrar da experiência que teve em NORTON BATES. Abre a cortina para olhar pela janela. Respira aliviado com o que vê.

PAUL: (Alivido para o MOTORISTA) Winston Falls... Minha cidade natal...

MOTORISTA (Empático): É bom estar de volta, não?

PAUL: Com certeza...

PAUL pega as malas no bagageiro e sai do veículo.

CENA 12 - EXT. RODOVIÁRIA DE WINSTON FALLS. DIA

PAUL surge no local e dá uma panorâmica no lugar. Caminha até uma pequena cafeteria. É visível seu ar de felicidade por estar de volta. Se aproxima do balcão e pede um café.

Neste momento, passa a ouvir uma música e olha para trás. Vê que a Rodoviária possui um telão que exibe um vídeo promocional sobre a cidade.

Se surpreende ao ver que o apresentador do vídeo é o DR. BATES em primeiro plano.

DR. BATES (Imagem no Telão): Sejam bem-vindos ao melhor lugar para se viver. Curar seus traumas, vencer seus medos. Veja o depoimento de quem veio pra cá e nunca mais quis sair...

A imagem é substituída pela do casal SCOTT e MARGARETH. Estão felizes e bem dispostos sentados em um sofá, enquanto MARGARETH acaricia um dócil poodle em seu colo.

SCOTT (Imagem no Telão): Uma vida sem medo, onde o passado é definitivamente enterrado. E a vida se renova a cada dia. É isso que eu e minha senhora encontramos aqui...

MARGARETH (Imagem no Telão) (Se referindo ao cãozinho): Ele não é um amor?

MARGARETH beija carinhosamente o poodle enquanto SCOTT a beija na testa.

Surge a imagem de BENJAMIN GRAY, barba bem feita, corado com uma aparência bem saudável ao lado de uma mulher e uma menina de seus dez anos.

PAUL fica estático com o que está vendo.

BENJAMIN: Eu consegui superar minha culpa. Dei um adeus ao vício que só fazia me destruir. Reconstruí a minha vida e hoje sou muito feliz!

A imagem de BENJAMIN é substituída pela de DAVID BURTON ao lado de JENNY, abraçados e sorridentes.

DAVID: Depois da tragédia que me abateu no passado, finalmente aqui, superei meus traumas. Reencontrei o amor e hoje, sou de fato um homem realizado ao lado de meu grande amor!

Os dois se beijam apaixonados.

A última imagem que surge é a de JOHN FULLER trajando sunga num trampolim de piscina pronto para pular. Expressão eufórica.

FULLER: Adoro esta cidade!

FULLER mergulha.

A imagem é substituída por um letreiro luminoso escrito em letras garrafais acompanhado do côro em uníssono de todos eles: “WINSTON FALLS, SEJA BEM-VINDO VOCÊ TAMBÉM!”

PAUL olha tudo perplexo. Atormentado, a ponto de explodir em loucura.

FADE OUT



autores
Marco Souza e Tina Welch

elenco
Kevin McKidd como Paul Stanley
Joe Pantoliano como John Fuller
Michael Gambon como Scott Berman
Judi Dench como Margareth Berman
Jared Padalecki como David Burton
Mark Boone Junior como Benjamin Gray
Bryce Dallas Howard como Jenny

participações especiais
 
Stellan Skarsgard como Freddy Burlock
 Jessica Chastain como Diane
 Kevin Spacey como Dr. Bates / Delegado
 Terrence Howard como Homem Negro
 Jason Beghe como Homem Branco

 

trilha sonora

Insomnia - Epica
 

produção
Bruno Olsen
Cristina Ravela


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.



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