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Laços de Amizade: Capítulo 17

Novela de Diogo de Castro
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LAÇOS DE AMIZADE - CAPÍTULO 17

| Cena 01 | Continuação do capítulo anterior. Noite. Bar Ponto de Encontro. No andar de baixo, em meio às mesas espalhadas pelo ambiente. Muitos clientes no local. 

MARCELO: (para Valeska) Eu sabia que você tava aprontando alguma.

VALESKA: Vai dizer que a culpa é minha agora? Quando um não quer dois não se beijam, meu bem.

Ela vai saindo à francesa.

FABIANA: Você é uma ‘bisca’ mesmo né garota?!

Valeska dá meia volta.

VALESKA: Vê lá como fala comigo ô sua meio metro!

MARCELO: Segura a onda Fabiana.

FABIANA: E você cala a boca seu safado! A Bruna vai ficar sabendo disso agora mesmo.

Fabiana tenta sair, mas é impedida por Luciano.

LUCIANO: Todo mundo viu que ele não teve culpa. Fica quieta aí!

FABIANA: Que é? Vai proteger o amiguinho agora? Faça-me o favor. Todo mundo sabe das intenções dessa loira azeda aí. Se ela fez isso o Marcelo deve ter dado abertura. (à Marcelo) Você não tem vergonha? Minha amiga se matando de trabalhar e você faz isso praticamente debaixo do nariz dela? Mas não se preocupa não que eu não vou dizer nada. Quem tem que falar é você!

MARCELO: Claro que eu vou falar com ela Fabiana. E para de me julgar. A Valeska me pegou desprevenido e todo mundo viu. (para Valeska) Quanto a você garota, valeu a tentativa, mas a cada atitude medíocre sua, mais eu sinto pena de você.

Ele sai, aborrecido. Fabiana e Valeska se encaram, mas Luciano tira a namorada dali.

| Cena 02 | Bela Vista. Casa de Darlan. Na mesa de jantar, Janaína está sentada à espera de Darlan. A mesa está devidamente organizada. Ouve-se o som de porta batendo. Janaína faz um sinal para a empregada que logo se retira. Segundos depois, Darlan surge afrouxando sua gravata. Ao avistar Janaína sentada à mesa, ele deixa escapar um sorriso bobo.

DARLAN: Isso tudo é maravilhoso demais pra ser verdade.

JANAÍNA: Gostou?

Ele se aproxima de sua mulher, que levanta-se e lhe dá um beijo.

DARLAN: Adorei.

Janaína volta a se sentar, ele faz o mesmo. Os dois começam a se servir.

JANAÍNA: Eu ajudei a Jurema na cozinha. Mas ela fez a maior parte.

DARLAN: E como foi o seu primeiro dia como senhora Rezende?

JANAÍNA: (rindo) Esse “senhora” me deixa muito mais velha do que sou realmente.

DARLAN: Desculpe.

Silêncio. Darlan observa Janaína, calada.

DARLAN: Está tudo bem? Ficou calada tão de repente.

Janaína respira fundo.

JANAÍNA: Olha Darlan. Eu acho maravilhoso tudo isso que você tem feito por mim. Nunca imaginei que a essa altura da minha vida encontraria alguém tão maravilhoso como você, que eu amo de verdade. Mas eu tenho que dizer uma coisa. Eu não sou digna de nada disso...

DARLAN: Por que está dizendo isso meu amor?

JANAÍNA: Tem uma coisa que você não...

Neste momento o celular dele toca, ele faz sinal para Janaína e prontamente atende ao telefone.

DARLAN: Pronto. (pausa) O quê? Mas essa causa já estava ganha. (pausa) Um momento, por favor. (para Janaína) Desculpa meu amor, eu sei que disse que te compensaria a noite, mas é muito importante. Vou atender no meu escritório. Depois nos falamos.

Darlan sai sem cerimônia, deixando Janaína confusa e aliviada ao mesmo tempo.

| Cena 03 | No dia seguinte. Manhã. Condomínio Almirante. Apartamento 209. Interior da sala de estar. Sentadas, Isabel e Janaína conversam.

ISABEL: Quer dizer então que você já se acomodou na casa do Darlan?

JANAÍNA: Finalmente me libertei daquele inferno que era a casa do Carlos.

ISABEL: E como foi a reação dele?

JANAÍNA: Não fiquei lá pra saber né amiga. Saí bem cedo, antes d’ele acordar.

ISABEL: Pois tome cuidado porque homem apaixonado também é capaz de tudo.

JANAÍNA: É disso que tenho medo, ainda mais sabendo como ele é.

ISABEL: Você já contou a verdade pro Darlan?

Close em Janaína, nervosa.

| CENA 04 | Universidade Campelo Costa. Interior do Campus. Lanchonete. Bruna, Marcelo, Fabiana e Luciano estão reunidos em uma mesa, lanchando enquanto conversam. Bruna percebe o clima entre Fabiana e Marcelo.

BRUNA: Gente, quê que tá acontecendo hein?

FABIANA: Pergunta ao seu namoradinho.

Marcelo lança-lhe um olhar de reprovação.

LUCIANO: (para Fabiana) Você tinha que se meter nisso né!

BRUNA: Tem alguma coisa acontecendo que eu não saiba?

MARCELO: Eu tenho uma coisa pra te falar meu amor. (respira, e solta a bomba) Ontem a Valeska me beijou.

BRUNA: (incrédula) O quê?

MARCELO: Mas eu juro que não tive culpa. Ela me pegou desprevenido. Você sabe como a Valeska é.

FABIANA: Não teve culpa Marcelo...?!

LUCIANO: (bravo) Fica fora disso, Fabiana.

Fabiana se cala.

BRUNA: (brava) Eu não to acreditando nisso.  E não me vem com essa conversa de que ela te pegou desprevenido. Você poderia ter evitado com certeza. Essa garota nunca vai deixar a gente em paz!

MARCELO: Você sabe que eu não tenho o menor interesse. Eu gosto é de você.

BRUNA: Não é beijando outra que você vai me fazer acreditar nisso.

Bruna levanta-se irritada, e retira-se do local, Marcelo sai atrás dela.

MARCELO: Espera Bruna...

LUCIANO: Tá vendo o que você fez?

FABIANA: Se tem uma coisa que eu não vou admitir é ver minha amiga sendo passada pra trás e não fazer nada.

Fabiana pega o copo com suco e leva até a boca tomando um gole, repõe o copo na mesa. Por um momento, ela se sente mal.

LUCIANO: Que foi?

FABIANA: Não sei... Acho que eu não devia ter comido esse sanduíche.

Ela levanta-se rapidamente, e sai quase correndo. Luciano não entende nada.

Corte rápido de cena.

| CENA 05 | Universidade Campelo Costa. Interior. Banheiro Feminino. Fabiana adentra apressada ao local. Imediatamente, ela entra em um dos lavabos e ouvimos a moça vomitar. Segundos depois, ela puxa a descarga e sai dali com cara de doente, indo em direção ao espelho. Ela liga uma torneira e molha o rosto com água, passa a mão pelo cabelo.

FABIANA: (tensa) Foi só um sanduíche estragado. Só isso!

| CENA 06 | Universidade Campelo Costa. Interior do campus. Jardim. Bruna anda apressada, tentando fugir de Marcelo que está logo atrás dela. Eles conversam à medida que andam.

MARCELO: Ah Bruna, por favor, não vamos brigar por essa bobagem...

BRUNA: Bobagem só se for pra você.

MARCELO: Eu já disse que não tive culpa. A Valeska me pegou desprevenido.

BRUNA: Com certeza ela teve chance. Aliás, o que você fazia na companhia dela no bar?

MARCELO: Eu tava sozinho na mesa, já que minha namorada tava ocupada demais pra mim.

Bruna para e vira-se de frente para ele.

BRUNA: Então agora a culpa é minha?!

MARCELO: Não foi isso que eu disse. Só que você tava trabalhando na cozinha. Eu fiquei lá sozinho. A Valeska apareceu do nada e foi me fazer companhia. Mas eu não achei que ela iria tentar alguma coisa.

BRUNA: (irônica) Porque ela não tem interesse nenhum em você, não é?! (séria) Ah Marcelo, essa sensação é horrível.

MARCELO: Seria pior se eu fizesse de conta que nada aconteceu e não falasse nada.

BRUNA: Você só tá me contando porque a Fabi praticamente te obrigou.

MARCELO: (segurando-a) Eu to te contando porque te amo e não quero segredos entre nós dois. Será que dá pra você entender isso?

Bruna fica sem argumentos e abaixa a cabeça. Marcelo se aproxima ainda mais dela levantando seu rosto pelo queixo, beijando-a em seguida.

BRUNA: Eu também te amo.

| CENA 07 | Hospital Regional. Interior. Quarto de Celso. Suzana está sentada em uma poltrona com uma revista nas mãos, distraída na leitura. Alguém abre a porta lentamente.

CLÁUDIO: Desculpa. Eu não sabia que você tava aqui. Volto outra hora.

SUZANA: (debochada) Você tem medo de mim garoto? Eu não mordo não.

CLÁUDIO: (entrando) Antes fosse medo.

Cláudio se posiciona de frente para Celso, imóvel como sempre. Suzana deixa a revista na mesinha e caminha até o rapaz, ficando atrás dele.

SUZANA: Não vamos exaltar os ânimos como da última vez. Começamos do jeito errado... (ela sussurra na orelha dele) Cláudio. É esse seu nome, não é?

Ele vira-se e afasta-se dela.

CLÁUDIO: Qual é o seu problema? Não tem respeito pelo seu filho não? Olha o estado dele, entrevado nessa cama, praticamente morto.

SUZANA: Quanto drama!

CLÁUDIO: Você é muito desnaturada...

Ela o corta.

SUZANA: E você se sente culpado por ele está aqui, não é?! O tom da sua fala revela sua culpa.

Baque em Cláudio, que fica nervoso.

CLÁUDIO: Você não sabe de nada...

SUZANA: (sondando) Você tava com ele no dia do acidente. Provavelmente estava ao volante...

CLÁUDIO: (desorientado) Você não sabe de nada!

Ela se aproxima novamente dele.

SUZANA: Calma meu rapaz. Não estou aqui procurando culpados. O que está feito está feito. O importante é a recuperação dele.

Cláudio volta a se aproximar da cama do amigo, penalizado.

CLÁUDIO: Eu disse que ele não precisava ir se não quisesse. Mas ele insistiu. 

SUZANA: Meu filho sempre foi muito teimoso. Eu não era a favor da vinda dele pra São Paulo, mas ele queria porque queria fazer faculdade aqui, como se em Floripa não tivessem universidades tão boas quanto às daqui. 

CLÁUDIO: Ele veio pra cá porque não te suportava. Você nunca se importou com ele.

SUZANA: Acho que meu filho pintou a imagem de uma Suzana não muito agradável pra você. Precisamos nos falar mais vezes, bonitão. Olha, eu vou te dar meu endereço ‘pra’ quando sentir a necessidade de me conhecer melhor, ou mesmo quando quiser saber mais sobre o Celso. Precisamos desfazer essa má impressão que você tem de mim.

Ela se afasta novamente indo em direção a poltrona, mexendo em sua bolsa. Close em Cláudio olhando o amigo. Close na mão de Celso, e seu dedo indicador que faz um leve movimento. Cláudio não acredita no que vê.

CLÁUDIO: Ele... Ele mexeu!

Close em Suzana, surpresa.

SUZANA: O quê?

| CENA 08 | Universidade Campelo Costa. Fim da aula. Exterior. O enorme portão do campus é aberto e os estudantes começam a sair de suas salas em direção ao lado de fora da universidade. Entre a multidão de estudantes a câmera dá um close na turma da república. Fabiana e Luciano estão um pouco mais a frente, seguidos por Bruna e Marcelo. As irmãs Valeska e Vanessa estão logo atrás.

LUCIANO: Tá tudo bem contigo? Hoje na hora do lanche me deixou falando só.

FABIANA: Tá tudo bem. Só me senti mal, mas passou.

LUCIANO: Ah bom!

Close em Bruna e Marcelo trocando um selinho, e em seguida, em Valeska e Vanessa.

VANESSA: Parece que sua tentativa de semear a discórdia entre o casal foi por água abaixo.

VALESKA: É. Parece que ser corna é algo natural ‘pra’ ruralzinha.

VANESSA: Aff! Foi só um beijinho de nada Val. Além disso, nós mulheres temos muito mais facilidade em perdoar um deslize que os homens.

Valeska olha a irmã, surpresa com a declaração dela.

VALESKA: Você tem toda razão.

VANESSA: Tenho?

Valeska ri maquiavélica, como se acabasse de ter uma ideia.

| CENA 09 | Hospital Regional. Interior. Quarto de Celso.

CLÁUDIO: Eu tenho certeza doutor. Ele mexeu o dedo.

DR. HUMERTO: Não nos precipitemos, Cláudio. Isso pode ser um sinal de melhora sim, no entanto, o paciente em coma pode realizar alguns movimentos, mas involuntariamente. Então precisamos ter muita cautela. No caso do Celso especificamente, essa possibilidade é maior, pois ele já demonstra uma melhora no estado de consciência, mesmo que quase imperceptível. Além do que ele se encontra em estado vegetativo persistente.

SUZANA: Isso quer dizer que ele pode acordar a qualquer momento?

DR. HUMBERTO: Isso quer dizer que as chances dele estão aumentando. Estamos evoluindo no tratamento e agora com essa possível reação do Celso, podemos ficar muito mais otimistas.

CLÁUDIO: Graças a Deus! (para Celso) Você vai sair dessa, moleque!

| CENA 10 | Condomínio Almirante. Interior. Corredor do terceiro andar. Suzana e Cláudio surgem caminhando no local em direção a porta do apartamento 210.

SUZANA: Obrigada pela carona. Hoje em dia é muito difícil encontrar um jovem cavalheiro.

CLÁUDIO: Não foi nada.

Eles param em frente à porta. Suzana mexe em sua bolsa procurando as chaves. Ao encontrá-las deixa-as caírem no chão. Ela abaixa em seguida para pegá-las. Cláudio, que estava atrás dela solta um sorriso sacana, balançando a cabeça negativamente.

CLÁUDIO: Bem. Está entregue. Agora tenho que ir.

Antes que o rapaz pudesse sair, ela coloca a mão em seu peito, contendo-o.

SUZANA: Mas já tão cedo? Não quer tomar um suco ou um café? Quem sabe... comer alguma coisa?

Ele solta um sorriso de canto de boca.

CLÁUDIO: Que tipo de mãe é você?

SUZANA: Uma mãe que antes de ser mãe é uma mulher que precisa de carinho. E eu acho que isso você pode me dá.

CLÁUDIO: (desconversando) Você é mãe do meu melhor amigo...

Ela o corta.

SUZANA: Ele não precisa saber de nada. (sussurrando no ouvido dele) Será nosso segredinho.

Cláudio deixa escapar mais um sorrisinho sacana.

CLÁUDIO: Tem cerveja?

É a vez de Suzana sorrir.


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