PRÓLOGO 1
Claire
está tentando dormir depois de tomar uma pequena dose do licor de Maracujá que
comprou no Brasil na última viagem de fim de ano. Tem 53 anos, mas continua
vaidosa cuidando muito bem de seu cabelo castanho claro. Seus olhos verdes
estão dilatados esperando a tranquilidade se recostar em sua mente. Nada como a
tranquilidade de um trailer há 50 quilômetros da cidade de Phoenix no estado do
Arizona.
Qualquer
noite como essa ela costumaria recitar uma das antigas rezas do livro Irín
Tité (Livro sagrado dos orixás) ou cantaria uma canção em Sânscrito para
desestabilizar sua mediunidade e evitar comunicação com espíritos por algumas
horas, a fim de dormir sossegada.
Mas
sua intuição lhe diz que não é uma noite comum e que vai conseguir dormir bem
sossegada... ou não.
Logo
ela sente a dor aguda que vem da nuca até a parte mais alta da cabeça. A
ativação do Shakra da coroa começa. Dessa vez não é um espírito visitante
comum. A oradora dos sonhos senta-se em sua cama e olha para a parede do
trailer no espaço que seria como uma pequena sala.
As
luzes das lâmpadas e abajures do trailer começam a piscar. No instante
seguinte, um velho cavaleiro com uma roupa que lembra um templário aparece, e
se ajoelha numa perna como se estivesse exausto, ainda se apoiando em sua
espada. Ele levanta o olhar para Claire e diz:
-
A capela horizonte foi tomada!!! Exércitos de invasores estão chegando. Leve
estas coordenadas, encontre “O Coração de Atlas” e os fragmentos celestiais!
-
Mas como? Por quê? – indaga Claire.
-
Só com eles vocês podem se deslocar para as dimensões estranhas a tempo.
Rápido, mulher! Logo seu mundo será tomado por várias raças se não agir.
O
espírito desaparece, Claire olha para a parede do trailer e tem uma espécie de
mapa e instruções numa língua antiga. Pega o celular e disca imediatamente. Do
outro lado da linha uma voz diz:
-
Esperava sua ligação. Por favor, ligue a televisão.
-
Não antes disso, preciso te contar algo muito importante. – Avisa Claire.
-
Acho que tem a ver com o que está sendo transmitido. Ligue a TV.
-
Em qual canal? – Indaga Claire.
-
Em todos.
Claire
liga a TV e assiste no noticiário as filmagens de uma imensa nave espacial
sobre a casa branca e outras naves sobre vários outros prédios e lugares do
mundo.
- Meu Deus! – Ela deixa cair o smartphone ao chão.
PRÓLOGO 2
CAPELA
HORIZONTE
O
conselho de altos ministros está reunido na Câmara principal do palácio de
marfim. Cada um destes lendários magos mestres de esfera representam as nove
tradições de magos que se organizam na terra.
Sentados
ao redor de uma enorme mesa circular os senhores e senhoras discutem sobre
informações trazidas por alguns espíritos de que a raça Draconiana pretende
quebrar o pacto de Nazca com uma trama diabólica.
Eliphas
Levi está acariciando um coelho branco em seu colo enquanto um livro antigo
flutua ao seu lado sendo escrito por uma pena flutuante. Ele veste uma túnica
negra, possui vários anéis em seus dedos e sua barba branca se estende até o
abdômen. Então ele mira o olhar para todos e diz:
-
Por favor, lembrem-se que temos alianças com outras raças mais evoluídas que
poderão nos ajudar. Além disso, que tipo de ameaça os draconianos exerceram até
agora? Até um recém desperto pode dar conta de alguns deles.
Cornelius
Agrippa, usando um chapéu medieval, barba rala e roupas medievais, então diz:
-
Não se trata somente deles, Eliphas. Sabemos que a tecnologia deles não é tão
evoluída, mas lembre-se de Atlântida. Como eles conseguiram aquele tipo de
energia? Uma ilha toda destruída, milhares de almas perdidas. Se não fosse
Gilgamesh e os outros lordes das estrelas, não teria sido contida a catástrofe.
Os
outros magos silenciam e escutam os dois mestres que representam as tradições
dos Adeptos da Virtualidade e Oradores dos sonhos.
Paracelso,
que representa os Filhos do Éter, então intervém:
-
Bem, senhoras e senhores. Estive pensando sobre o assunto e teremos que
notificar os tecnomantes que vigiam as fronteiras a respeito destas ameaças,
além disso, vamos convocar os Draconianos para se explicarem dentro de 1 dia
terrestre. Por precaução eu estive planejan.... BUUUUMMMMMMMM!!!
Paracelso
é interrompido por uma explosão estrondosa vindo da parede oeste que atinge todos
os presentes.
Todo
o Conselho é pego de surpresa e se encontram sentados ou caídos ao chão.
Abre-se
um imenso buraco na estrutura do prédio mostrando uma nave com uma pequena
plataforma já descida e com seres estranhos apontando armas. O líder deles lança
um punhado de pó esverdeado que enche a sala e se gruda aos mestres magos
formando um cristal verde ao redor de cada indivíduo numa espécie de prisão de
cristal.
Paracelso
toca o pingente do colar que carrega e sussurra algumas palavras mágicas antes
de ser completamente aprisionado.
Lá
embaixo outros magos estão batalhando contra os invasores que pouco a pouco vão
vencendo e tomando a cidadela.
Uma
outra nave diferente, desta vez da raça Draconiana chega ao local. Um grande
reptiliano humanoide com armadura dourada desce da nave e fala em sua língua
para os seguidores:
-
Os kouk-hai são realmente poderosos. Avisem a todos os reinos do horizonte que
estamos com o Alto Conselho como reféns. Que todos devem se render agora!!
Chega de Trégua. Chegou a hora da verdadeira... invasão.
CAPÍTULO I – RESPOSTAS E PROBLEMAS
A equipe de magos está na cabine de um navio PHM
(Porta Helicópteros e Multipropósito) no Atlântico há dois dias de viagem da
última parada nas ilhas das Bahamas. Se encontram dentro do triângulo das
bermudas e estão em busca da coordenada para a cidade de Atlântida. Estão
acompanhados por mais dois indivíduos chamados de Angélica e Clark, além de alguns
membros da tripulação comandados pelo capitão Crawford. Homem sisudo e calado
que só fala para dar ordens a seus homens.
Angélica tem uma pele alva e cabelos compridos e
loiros. Grandes olhos castanhos claros e uma aura angelical que a torna
estranha e reconfortante ao mesmo tempo. Ela é da raça dos Yahyel,
também conhecidos por Shalanaya, uma das raças que visitam com
frequência os seres humanos e são confundidos em várias ocasiões com anjos.
Angélica, com sua voz calma e suave começa a
explicar:
- No final do ano passado alguns meteorologistas
descobriram que as nuvens nesta região se dividem e formam buracos hexagonais
que por sua vez produzem ventos de até 274 quilômetros por hora. O que causa
instabilidade em aviões e ondas enormes que podem naufragar embarcações. Eles
pensaram que descobriram o segredo do triângulo das bermudas. – Dá uma pequena
risada tapando a boca com a mão. – Mas eles não sabem explicar o campo
eletromagnético que formam estes desenhos nas nuvens e mechem com os sistemas
de navegação. Os soldados vão acompanhar vocês até o ponto submerso e fazer sua
escolta. Nós iremos ficar no barco aguardando instruções de Terence.
Angélica olha para Clark que está na cabine de
comando e pergunta:
- Acho que já devemos estar chegando. O que acha,
Clark?
Clark tem o cabelo preto liso com um topete que
desce por cima do olho esquerdo que quase não dá para cobrir, pois tem grandes
olhos castanhos. Tem tiques nervosos e se movimenta de forma estranha como se
fosse um robô.
- Já chegamos, Angélica. – Clark informa enquanto pede
para desligarem o motor e soltar a ancora para fixar o barco.
- Clark é da raça dos Essassani, uma raça
conhecida em séries e filmes como os Gray. Ele está ainda articulado pois está
a pouco tempo com aquele disfarce, mas logo vai se acostumar. Aguardem só. –
Comenta Angélica.
E ela continua:
- Vamos a uma breve aula de história, há pelo
menos uns 3500 anos a raça dos Pleiadianos estava muito próxima da
civilização de um território humano conhecido como Atlântida. Outra raça
alienígena fez contato com os reis desta civilização e lhes deram um artefato
de energia que não poderia ser utilizado de modo saudável por humanos. Era uma
espécie de “Cavalo de Tróia”. O mago mais poderoso de Atlântida chamado Clítos,
com a ajuda de alguns Pleiadianos, filtrou a energia e a aprisionou em
algo, ao custo de sua própria vida. Dizem que a energia foi tão forte que
causou o cataclisma que afundou a ilha. Você quer saber qual foi a raça que
entregou o artefato? Ora, foram os odiosos Draconianos. Agora vocês
terão que descer até lá e encontrar este tesouro que ficou conhecido como o
“coração de atlas”.
Clark aperta um botão e da popa onde estava
guardado, descem três transportes submarinos até a água. Crawford grita para
seus homens se prepararem e entrarem nos pequenos submarinos em grupos de cinco.
Então ele diz:
- Vocês irão nos seguindo, não queremos que civis
se machuquem.
Clark então diz para os magos:
- Antes de descerem, lembrem-se do que Terence falou para vocês. – Avisa Clark.
FLASHBACK – 2 dias antes
Sede da cabala “Ciprestes de Nisaba” em San Francisco
03:25 da Madrugada
Os magos se encontram na
sede da Cabala e estão discutindo sobre os acontecimentos transmitidos por
noticiários e redes sociais.
- Não sabemos nem por
onde começar, Dom. Está um caos em várias cidades no mundo agora. – Comenta
Akidaban, um homem negro de origem afro-brasileira com feições típicas. Ele
está vestindo uma camiseta de malha flamê, jeans e tênis. Suas tranças ao
estilo rastafari estão crescendo novamente.
Além dele está Domenico
Lorenzo com suas tatuagens enigmáticas cobrindo a careca. Esse siciliano alto e
alvo está vestindo uma camisa social preta estilo slim, uma calça jeans cinza e
sapatos pretos.
- Tem alguma teoria
sobre essas raças alienígenas em nosso planeta, Carter? – Pergunta Lorenzo.
O Dr. William Carter, um
jovem cientista loiro americano que esconde muitos conhecimentos científicos
por trás de seus olhos azuis, veste uma camisa gola polo verde com um bolso na
frente sendo preenchido com várias canetas. Ele diz um tanto pesaroso:
- Nossas fronteiras eram
protegidas pela capela Horizonte, o reduto dos grão mestres da magia. Se eles
não conseguiram mais manter a fronteira, acho que nada mais pode, Dom.
- Isso é besteira, nerd.
É claro que deve haver um jeito. Não podemos desistir assim. O jeito vai ser
sair por aí dando porrada em alien, se for preciso. – Fala Jack Harper. Um
texano moreno de barba rala com uma camisa cinza com a logo do álbum “Dark Side
of the Moon” do Pink Floyd por baixo de uma jaqueta preta.
- Não precisa de tanta
violência e sacrifício, Senhor Harper. Acho que estou conseguindo a ajuda de
que precisamos. – Fala o Dr. Brown entrando na sala acompanhado de uma jovem.
Brown é um homem negro de seus cinquenta anos que auxilia o grupo com
informações e orientações. – Senhores, esta é a senhorita Glenda Rosario Thompson,
doutora em arqueologia e ufologia.
Glenda aparenta seus 27
anos, tem o cabelo pintado de azul num corte até os ombros, usa óculos de grau
de armação grande e uma roupa casual composta por jeans e camiseta estampada.
Ela tem estatura baixa e curvas, apesar do sobrepeso. além de olhos castanhos
atraentes e inteligentes.
- É um prazer conhecer
vocês, apesar desse momento difícil. O Dr. Brown falou muito bem sobre vocês.
- E aí gatinha, você vai
nos dizer quais os pontos fracos dos Et’s, é isso? – Pergunta Harper a queima
roupa.
- É... não exatamente...
- Então como vai nos
ajudar?
- Calma, Jack. Isso é
jeito de receber a moça? – Ralha Akidaban.
- Vou tentar explicar.
Fui indicada por Arslam Koto Nogawa. Ele voltou com o noivo para o Japão para
estudar alguns pergaminhos com os seguidores de Akasha. E..
- Peraí!! – Interrompe
Jack abruptamente. – O japa é gay?
- Sim. E agora entendo o
motivo de não ter falado pra vocês. – Ironiza Glenda.
- Managgia! Não
temos preconceito aqui, Jack. Por favor, continue explicando... Glenda. É esse
seu nome? Perdoe nosso amigo cabeça dura. – Fala Lorenzo.
- Sim, obrigado. Um cavalheiro afinal...
Enfim, Arslam está numa pesquisa de sua irmandade e pediu para que usasse meus
contatos com a CIA e outras organizações para auxiliar vocês.
- Que organizações
seriam essas, Glenda? – Indaga William Carter.
- Só um minuto. Vocês
vão descobrir. – Glenda fala enquanto leva seu smartphone ao ouvido e diz: -
Pode entrar, já estamos prontos.
Abre a porta dois homens
de terno preto e óculos escuros parecendo seguranças e atrás deles um homem de
rosto conhecido de programas televisivos. Um homem conhecido popularmente como Girgio Tsoukalos da
série de TV “Alienígenas do Passado”. Ele então se apresenta:
- Boa noite senhores, vou ser breve e objetivo com
vocês devido a urgência que nos encontramos. Meu nome verdadeiro é Terence
Williams, sou agente da CIA do governo dos EUA e tenho utilizado uma identidade
falsa nos últimos anos para poder sanar as perguntas de vários curiosos dentre
a maioria das pessoas, com explicações que satisfazem o senso comum. Na verdade,
trabalho junto com a Nova Ordem Mundial para fazer pesquisas e me aproximar de
locais de abdução e pessoas que dizem ter sofrido abdução.
- Já conheço a senhorita Thompson de pesquisas
avançadas em Nazca e Machupicchu, além de conhecer o senhor Duncan Brown numa
reunião com a FAA. Me reúno com vocês esta noite, pois é evidente o início da
invasão em 32 locais ao redor do globo terrestre por pelo menos 15 raças
alienígenas diferentes. Digo diferentes das que já habitavam ou visitavam nosso
planeta.
- Wow!! Peraí de novo. Nosso planeta tinha aliens?
– Pergunta Jack surpreso.
- Sim, seu planeta já era habitado ou visitado por
outras raças há milhares de anos. Dentre elas existem os Essassani ou Grays;
os Yahyel; os Pleiadianos, que não nos visitam mais; os Sirianos,
que tem uma preferência pelo oriente; os Arturianos, que também não mais
nos visitam; e infelizmente, os malditos Draconianos ou reptilianos.
- Meu pai Oxalá, é muita informação pra digerir. –
Comenta Akidaban.
Terence Williams continua:
- Se vocês possuem alguma dúvida a respeito destas
raças não se mostrarem e o porquê de elas estarem sendo fiscalizadas, foi por
motivo de muita bagunça no passado. Os Syrianos ensinaram despertos a
controlar a chuva e um ritual saiu do controle causando o dilúvio. Alguns Yahyel
procriaram com humanas e nasceram os nefilins. E finalmente os Pleiadianos
adotaram os atlantes como preferidos e por inveja os Draconianos
causaram a destruição da ilha. Aquela foi a gota d’agua. Na época o Alto
Conselho de “pessoas evoluídas” liderados por Gilgamesh reuniu os
representantes das raças alienígenas num congresso em Nazca e definiram o pacto
de Nazca. Nenhuma raça extra terrena poderia se mostrar publicamente para o
rebanho humano adormecido sob pena de guerra imediata com todos os outros povos
da aliança. Em contrapartida as raças que quisessem viver ou visitar a terra em
busca de experiências, recursos ou proteção deveriam oferecer algo em troca.
- Algo em troca? O que exatamente? – Pergunta
Carter.
- Os Essassani fornecem pesquisas na
medicina, os Yahyel na evolução espiritual, o Sirianos na
tecnologia e os Draconianos na proteção espacial contra grandes
meteoros. Estávamos conseguindo nos manter bem até agora. Mas a Capela
Horizonte foi tomada de surpresa por outra raça desconhecida.
- A capela dos magos antigos e mestres de esfera?
– Indaga Domenico Lorenzo dessa vez.
- Sim. Portanto, enquanto as forças especiais
militares tecnomantes e das tradições se preparam para o contra-ataque,
precisamos de vocês para encontrar o “coração de atlas” e os fragmentos
celestiais. Que deve ser um transporte ou uma arma para podermos lutar e
organizar a casa novamente. Posso contar com vocês?
- É muito perigoso. Esse é o momento que você diz
não, poderoso chefão. – Fala Jack.
- Pode contar com a gente. – Confirma Domenico
Lorenzo apertando a mão de Terence Williams.
- Eu sabia que ele não ia dizer não. – Fala Jack
contrariado, levando as mãos à cabeça.
- Ótimo. Então vocês devem
seguir estas coordenadas no triângulo das bermudas. – Terence entrega uma folha
com um mapa. – E encontrar o coração de Atlas que deve estar na colônia
submersa de Atlântida. Vocês partirão em 2 horas. Pegarão um avião para as Bahamas
e depois seguirão no navio do Capitão Crawford. Mas tomem cuidado com o
Leviatã.
Jonnathan Freitas
Elenco
Direção
Carlos Mota
Bruno Olsen
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