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Antologia A Magia do Natal: 5x11 - Sombras do Natal

Conto de People**
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Sinopse: Numa cidade fictícia do Brasil, o Natal estava se transformando numa mera sombra. O prefeito da cidade fez algo e obteve um resultado surpreendente.



5x11 - Sombras do Natal
de People**

Em algum lugar de um belo país chamado Brasil, você encontrará uma nem tão pequena e nem tão tranquila cidade chamada CARROÇAS. É uma cidade como outra qualquer. Há pessoas ricas e pobres, boas e ruins, sábias e tolas. Há adultos, crianças, animais, polícia e, obviamente, um prefeito. 

Foi nesta cidade, num certo tempo passado, que um fato notável aconteceu. 

O mês era novembro. Como em muitos lugares do planeta, as pessoas tinham em mente que o ano estava acabando. Significava fim das aulas, uma pausa no trabalho, visitar pessoas e também receber visitas. Evidentemente, também significava pensar sobre o que fazer com o Natal. Ou melhor, o que fazer no Natal. 

Não se sabe exatamente desde quando, nem quais os motivos, mas em CARROÇAS as pessoas se dividiam em suas opiniões sobre o Natal. Muitas famílias já haviam perdido o hábito de CELEBRAR (se reunir, trocar pequenas lembranças, comer, beber e rir juntos). 

O novo prefeito da cidade estava preocupado com o assunto, mas não encontrou alguém com quem pudesse dividir suas preocupações. Certamente, ele não poderia convocar uma reunião pública para discutir o tema. Porém, seu espírito não lhe permitia, como prefeito de CARROÇAS, ignorar completamente o fato. 

Depois de pensar um pouco, ele checou seus assuntos e organizou sua agenda, de modo que sobrasse tempo para fazer algo sobre a questão que o preocupava. Ele achou que era melhor agir sozinho, secretamente. 

O tempo era curto. Ele precisava agir rápido. A primeira coisa a fazer era colher a opinião de um certo número de cidadãos. Não poderia ser uma pesquisa oficial. Ele apenas precisava conversar com algumas pessoas, em um momento adequado. Assim, poderia ter uma noção do que pensavam. 

Ele agendou pequenas conversas "casuais" sobre o assunto, em alguns lugares da cidade: padarias, praças, lojas, etc. Pensando em não se expor e nem amedrontar as pessoas, ele estudou alguns disfarces como um senhor aposentado, um jovem bancário, coletor de lixo, vendedor de doces na praça. 

Depois de alguns dias, ele concluiu que as pessoas deixaram de acreditar que o Natal pudesse ser uma data especial. Chocado, ele também percebeu que algumas pessoas chegaram a desenvolver uma certa antipatia pela época. 

O prefeito ficou pensando num tempo em que o Natal induzia a pensar, simplesmente, em coisas que ainda eram agradáveis: reunião com família, amigos, comer juntos, rever parentes e amigos distantes. O que poderia ter levado as pessoas a deixarem de acreditar em algo tão bom? O que poderia ter transformado o Natal em apenas sombras passadas, quase sem importância? 

O que quer que tivesse acontecido, talvez ainda pudesse ser revertido. O prefeito entendeu que ele precisava e podia fazer algo. Ele decidiu que o faria. Secretamente, sozinho, mas faria. 

Em casa, ele acomodou-se em sua escrivaninha e escreveu quatro histórias diferentes sobre a época feliz do Natal. A primeira era para crianças. A segunda era para mulheres que eram mães ou avós. A terceira era para homens que eram pais ou avôs. A última era para qualquer pessoa que estivesse procurando um período para, simplesmente, acreditar em coisas boas. 

Em segredo, ele imprimiu e ilustrou as histórias. Calculou um número de pessoas que pretendia alcançar e planejou a distribuição, que ele mesmo faria. 

Todas as noites, ele vestia um de seus disfarces e saía distribuindo suas histórias em vários lugares diferentes. 

Pessoas da cidade, de todos os tipos, receberam uma das histórias do prefeito: mães, pais, avós e crianças. Se pelo menos uma pessoa de alguma família acreditasse, o período do natal deixaria de ser uma sombra, para ser uma realidade de coisas agradáveis. 

Também receberam uma história, médicos, engenheiros e advogados. Se tudo o que estudaram pudesse ser enfeitado com uma pequena sombra do espírito de Natal, suas vidas e as de muitas outras pessoas, poderiam ter alguns belos momentos, a marcar suas histórias. 

O prefeito não esqueceria das pessoas mais simples: jardineiros, empregadas domésticas, coletores de lixo, etc. Se, dentro da simplicidade de suas vidas, alguns acreditassem que existem coisas boas ao alcance de todos, uma pitada da felicidade do espírito natalino poderia alcançá-los. 

Enfim, no grupo de pessoas que receberam as histórias natalinas do prefeito estavam pobres e ricos, muitos pobres e muitos ricos e, nem tão pobres e nem tão ricos. 

Quando terminou a distribuição, o prefeito entendeu que ele estava em dia com o assunto. Ele literalmente provocou as sombras do espírito natalino. As pessoas já tinham o suficiente para decidir o que fazer com o Natal, ou o que fazer no Natal. 

A secreta ação do prefeito causou uma reação nas pessoas. Havia muita discussão sobre o assunto. Homens, mulheres e crianças se puseram a refletir e trocar ideias sobre o tema. Porém, embora o Natal estivesse cada vez mais perto, ainda não havia nenhum sinal de resgate do antigo espírito. 

Com o Natal se aproximando, um fato marcante ocorreu na cidade. Em uma certa manhã nebulosa, meio cinzenta, os principais lugares da cidade anunciavam uma festa de natal, que aconteceria no dia 23 de dezembro, às 21 horas, na praça central da cidade. 

Logo na entrada da cidade, havia um grande cartaz branco, com letras verdes, colocado respeitosamente ao lado da placa com o nome da cidade, que também recebeu retoques na pintura branca. 

No centro da cidade, na principal praça, onde seria realizada a festa, um dos jardins foi refeito, e um lindo cartaz feito em papel florido convidava os cidadãos para o evento. O cartaz destacava os seguintes dizeres: "Acredite, compareça. Aqui será realizada uma festa de Natal!". 

De norte a sul, de leste a oeste de CARROÇAS, lindos e coloridos cartazes convocavam as pessoas: "Acreditem, haverá uma festa de Natal no centro da cidade!" 

Foi um barulho, na cidade. Todos queriam saber quem organizou a festa; mas, estranhamente, ninguém perguntou... Todos só estavam interessados em saber se a festa aconteceria mesmo. A verdade é que muitos acharam que se tratava de uma brincadeira. Muitos não acreditaram. 

No dia 23 de dezembro, próximo das 19 horas, era possível ver fitas de interdição do trânsito, e pessoas se movimentando nas proximidades da praça central. Porém, a entrada para a festa só foi liberada às 21 horas. Quem acreditou, estava lá. Evidentemente, o prefeito foi um dos primeiros a chegar. 

Uma tenda florida foi montada. Uma mesa com comida e bebida estava à disposição. Vários presentes foram distribuídos. Flores e perfumes, para as mulheres. Doces e brinquedos, para as crianças. Canetas e gravatas, para os homens. Para completar, os músicos tocavam canções de natal. Umas bem antigas, outras muito conhecidas, e outras que surgiram ali, naquele momento, em CARROÇAS. 

Às 23 horas aconteceu o grande desfecho da festa. A sombra escura de uma carruagem diferente, conduzida por alguém, sobrevoou a praça várias vezes. Quem estava na festa, viu. Mulheres e homens de várias idades, crianças, pobres e ricos. Todos que estavam ali, viram. Todos que acreditaram. 

A festa acabou exatamente à 1 hora da manhã, com o último aceno do condutor da carruagem. O prefeito ficou parado, olhando a desmontagem da festa, feliz com sua caneta e sua gravata, que traziam um pequeno cartão com os dizeres: "Algumas coisas são possíveis, quando se acredita. Aproveite o Natal…" 

Daquele ano em diante os moradores de CARROÇAS passaram a ter uma opinião mais uniforme sobre o Natal. Ainda hoje, há muitas famílias que se reúnem para celebrar e, o mais importante, fazer algo por outras pessoas, que talvez não tenham nada a comemorar… 

E hoje é assim, porque, um dia, quando o Natal estava quase se tornando uma sombra desbotada, um prefeito acreditou e entendeu que precisava fazer algo…

 

Conto escrito por
People**

CAL - Comissão de Autores Literários
Agnes Izumi Nagashima Francisco Caetano Gisela Lopes Peçanha Liah Pego Lígia Diniz Donega Mercia Viana Pedro Panhoca Rossidê Rodrigues Machado

Produção
Bruno Olsen
Cristina Ravela


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


REALIZAÇÃO



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