O bar do Pereira está cheio. Já passa das 10 horas da manhã. Todas as mesas e cadeiras estão ocupadas. Há muita comida e bebida. Um ruído inaudível sai do rádio, mas Pereira, que está próximo, grita:
– Acabou!
Todos que estão no recinto gritam e festejam. Um coro se inicia: “Brasil! Brasil! Brasil”.
Um homem que está sentado na mesma mesa que Odílio, Odilon e Irineu, grita:
– Eu num falei procêis?! Eu num disse que com o Pelé e com Garrincha, o Brasil não perdia essa Copa?!
De outra mesa, outro homem grita para ele:
– Mas tem os outros craques também. E em 62 nós vai ganhar de novo.
– Eu não duvido. Pra quem tem Pelé, Garrincha, Zagallo, Nílton Santos. É a melhor seleção do mundo, meus amigo – completa Irineu.
Em contraste com a felicidade de todos, Odilon está com de cara “amarrada”. Odílio não se contém e grita:
– Ô, Pereira, traz uma rodada pra todo mundo aí e bota na minha conta.
Todos festejam a atitude de Odílio.
– Eu achava melhor a gente ir embora – reclama Odilon.
– Fica tranquilo aí, ô rapazinho. Depois dessa rodada nós tudo vamo embora – diz Irineu.
Odilon continua com expressão contrariada, mas aceita quando Pereira chega com mais bebida e Odílio enche seu copo. Ele o abraça.
– Vamo beber só mais essa e depois nós vamos pra casa descansar um pouco. À noite tem a festa do padroeiro e nós vamos nos divertir mais um pouquinho.
Tereza
direção
Carlos Mota
Cristina Ravela
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