(SEXTA-FEIRA, 19 DE DEZEMBRO DE 2025)
+ INFORMAÇÃO
Meninaaa, senta que lá vem babado fortíssimo! Tá sendo articulado um novo blog prontíssimo pra explorar tudinho do MV. E quando eu digo babado, é babado mesmo: a ideia nasceu num grupo de WhatsApp, daquele jeitinho informal, e já rolou convite pra vários integrantes do MV. O lançamento tá marcado pra janeiro de 2026, viu? E eu prometo que volto em breve com mais fofocas fresquinhas. Anota aí, Gigi.
O fofo do Ezel Lemos está de volta ao comando da Ranable Webs. Depois de um período sumidinho (porque até presidente precisa descansar e cuidar do close), o chefe do canal resolveu tirar um tempo pra si.
Durante essa pausa estratégica, quem segurou o leque foi Felipe Vieira, mantendo tudo funcionando enquanto Ezel recarregava as energias.
Agora, com o retorno triunfal do Ezel, já pode anotar: novidades começam a ser preparadas e a programação de 2026 promete vir com tudo, sem economia de conceito e entrega. Vem coisa aí, viu?
NOVIDADES I
Menina, em novembro as novidades da programação da WebTV começaram como planejado.
As antologias voltaram com tudo e mais um pouco, começando pela reapresentação especial da segunda temporada de "Poemas da Terra", com 6 episódios, todos voltados para o meio ambiente. E quando a gente achou que já tinha vindo tudo, dezembro entrou entregando tudo com a 5ª temporada inédita de "Poemas da Terra", servindo sensibilidade e consciência sobre o meio ambiente.
NOVIDADES II
E não parou por aí: "Contos Contemporâneos da Violência Urbana", a antologia que abriu as portas desse segmento icônico na WebTV, chegou à sua 6ª temporada, trazendo 7 episódios.
A estreia acontece no dia 20 de dezembro e, sem tempo pra saudade, no dia 23 de dezembro já começa a 9ª temporada, trazendo mais 9 episódios pra manter o espírito natalino lá em cima.
Ao todo, serão 3 episódios por dia. É luz piscando, emoção e conceito natalino servidos.
BATE-REBATE
• A novela Desejos no Paraíso, de João Paulo Vitor, entrou oficialmente em hiatus no dia 4 de dezembro, na Ranable Webs. O retorno já tem data marcada: 5 de janeiro de 2026, com a estreia do capítulo 21, que marca uma nova fase na trama.
• Em cartaz pelo Estúdio Webs, Eu Sou Piaf estreou no dia 27 de outubro. A novela está na reta final e é escrita por Fred Reids, presidente da emissora. Um lusho.
• A história sangrenta que marcou o Natal de Estéfany vai se repetir nesta sequência… sem dó nem piedade. Estéfany 2, do icônico Melqui Rodrigues, chega no dia 20 de dezembro, na webtvplay. Não perca.
RITINHA: Menina, o bloqueio criativo não avisa quando vai chegar. Ele simplesmente aparece. Um dia você tá toda inspirada, achando que vai escrever três capítulos, um conto e ainda revisar tudo. No outro, você abre o arquivo, olha pra tela e sente um vazio existencial digno de final de temporada ruim. A história continua viva, organizada, esperando, mas alguma coisa entre a cabeça e os dedos resolve não colaborar naquele dia. Não é falta de ideia, é só um desencontro de timing.
No começo, a gente até tenta seguir normalmente. Abre o texto, relê trechos, ajusta detalhes, entra no clima. Parece que vai, mas não vai. Não por incapacidade, mas porque o corpo e a mente ainda não entraram no mesmo ritmo. E tudo bem. Escrita também é sensibilidade, não só disciplina.
Com o passar do tempo, o bloqueio vira um pedido silencioso de pausa. Não é desistência, é reorganização interna. A criatividade continua ali, só precisa de espaço para respirar. Forçar não ajuda, porque criar não funciona na pressão. Funciona no conforto, na curiosidade e na liberdade.
A solução começa quando a gente muda a forma de olhar para o processo. Em vez de esperar aquele momento mágico de inspiração, é melhor manter um contato leve com a história. Às vezes, isso significa escrever pouco, escrever solto ou só anotar ideias sem compromisso. Estar perto da narrativa já é um avanço enorme.
Outra coisa que ajuda muito é mudar o ambiente ou o ritual. Uma música diferente, outro horário do dia, um canto novo da casa. Pequenas mudanças sinalizam para a mente que algo novo pode surgir. A escrita responde muito bem a estímulos simples.
Também aprendi que viver faz parte do processo criativo. Conversas, observações, silêncio, descanso. Tudo isso alimenta a escrita, mesmo quando parece que não está acontecendo nada. Criatividade não é linha de produção, é troca constante com o mundo.
Com o tempo, o bloqueio vai ficando mais fraco. As ideias começam a aparecer com mais naturalidade, sem esforço. A escrita flui de um jeito mais tranquilo, respeitando o ritmo do momento. Não é pressa, é continuidade.
Hoje, minha visão sobre bloqueio criativo é muito mais gentil. Vejo como parte do caminho, não como obstáculo. Ele ensina a ouvir mais a si mesma e a confiar no processo. A história continua firme, esperando o instante certo de avançar.
Se tem algo que aprendi sendo Ritinha é que escrever não é sobre correr, é sobre permanecer. Mesmo nos dias silenciosos, a história segue viva. E quando a escrita retorna, ela vem alinhada, segura e cheia de intenção. Porque criatividade, quando respeitada, sempre encontra um jeito de continuar.
ESSE RECONHECIMENTO PRA MIM É MUITO IMPORTANTE, POIS TIVE O FEEDBACK QUE POR MUITOS ANOS EU NÃO TIVE NA MINHA CARREIRA, diz FELIPE VIEIRA
Ele descobriu o mundo virtual no final de 2019 por meio das webnovelas do canal GS Novelas, no YouTube. Seu primeiro contato foi com “Chique e Brega”, trama que despertou seu interesse em acompanhar outras histórias. No ano seguinte, em plena pandemia e sem poder sair de casa, Felipe Vieira começou a produzir suas próprias novelas, incluindo a sinopse de Novos Tempos, com a qual fez sua estreia no MV ainda naquele ano.
Depois, chegou Amar Não é Pecado, com 59 capítulos. Em 2022, escreveu Páginas de Família, seguido por outro projeto, Porto da Solidão, e, mais recentemente, Estrada da Vida, em 2024.
Para Vieira, a escrita é algo maravilhoso, uma forma de transmitir emoções, sentimentos e chamar a atenção do público para temas atuais que considera importantes. Ele gosta de trazer elementos do seu cotidiano para as histórias e explorar o contraste social entre classes, do trabalhador que acorda cedo à elite soteropolitana. Felipe, seja bem-vindo ao Diário do Autor.
FELIPE: Agradeço pelo convite Gabo… E também para todos os leitores que estão acompanhando esse quadro.
GABO: Felipe, seu primeiro contato com o mundo virtual foi por meio do canal GS Novelas, no YouTube. O que mais te chamou atenção em “Chique e Brega” para te fazer permanecer nesse universo?
FELIPE: Olha Gabo… Essa trama me chamou atenção foi por conta da história dela que me lembrava bastante o enredo central da novela Cobras e Lagartos, e eu me encantei com a trama da protagonista que era funcionária da rede de loja que mais tarde descobrirá ter parte dela numa herança. Foi essa parte que me fez gostar do formato web novela e ela junto com outras tramas que li da GS novelas, foram as responsáveis por conhecer e aguçar meu desejo em escrever minhas histórias.
GABO: A pandemia foi um período desafiador no mundo inteiro. Como foi para você transformar a escrita em hobby em meio ao isolamento social?
FELIPE: Foi nada fácil Gabo… Eu sou uma pessoa que tenho uma vida social bastante ativa e precisava de algo pra ocupar minha mente e como já estava interessado no MV desde do final do ano anterior. Então, vi que seria interessante explorar algo que até então não sabia, a arte de escrever e juntando isso com o fato de eu amar a teledramaturgia desde dos meus 8 anos de idade.
GABO: Saindo dos bastidores da leitura para finalmente estrear como autor, Novos Tempos marcou sua chegada ao MV. Como essa história surgiu? Como foi o processo de pesquisa e criação da trama? E, considerando que a novela contou com 51 capítulos, como você organizou a divisão dos acontecimentos para que tudo fluísse conforme o planejado?
FELIPE: Novos Tempos surgiu no mês de julho de 2020 durante o auge da pandemia em uma manhã, eu pensei se daria uma boa história eu falar de três amigas que se conheciam na adolescência. E que seriam perseguidas pela vilã que era Luíza que tinha uma família rica, porém era infeliz e tinha inveja das três. Como foi minha primeira história, eu não me aprofundei o suficiente na pesquisa e eu criei a trama baseada nos dramas familiares das novelas do Manoel Carlos. Considero ela uma experiência diferente na carreira e foi a única trama não tendo um protagonista masculino e avaliando aos olhos de hoje, acho ela bem fraquinha. Porém, é essencial para a criação do foco no cotidiano. Fui escrevendo os capítulos e durante a escrita deles que eu planejava os acontecimentos e via o ritmo da história (acredito que isso fazia os capítulos demorarem pra ficar pronto).
GABO: Escrever histórias longas sempre traz desafios, especialmente no acompanhamento dos personagens. Em algum momento você já sentiu que se perdeu com algum deles? Se isso aconteceu, como você fez para retomar o controle da narrativa e seguir com segurança?
FELIPE: Confesso que já… Com muitos capítulos e personagens, já ocorreu em alguns momentos eu me senti perdido da história. Tanto que a partir da última trama, eu adotei o uso das escaletas que diminuíram muito a questão do bloqueio criativo. Eu tive que entregar pra outros autores quando isso me fez perder frente que eu tinha de capítulos com a minha supervisão de texto e inclusive, agradeço aos autores que me ajudaram a concluir minhas últimas duas tramas. Estrada da Vida, eu só fiquei alguns capítulos sem escrever e tive ajuda de colaboradores em alguns capítulos devido a rotina pesada da faculdade e quando voltei, consegui retomar os rumos e terminei bem. Enfim, a questão do bloqueio criativo é algo que tô tentando diminuir nas próximas histórias.
GABO: Falando ainda sobre personagens, qual é o segredo para equilibrar tantos núcleos sem perder o foco da história principal?
FELIPE: Olha, kkkk… Acredito que não tenha uma segredo para equilibrar tantos núcleos secundários sem deixar o enredo central ficar ofuscado. Bem, eu gosto de colocar um enredo marcante e forte no núcleo do Lincoln e tento costurar todos os secundários de alguma maneira dentro da história. Tipo, enquanto ocorre algo em tal núcleo, coloco o protagonista pra comentar ou ter alguma ação que auxilie de alguma maneira essa história andar. Então, acredito que seja a conexão do Lincoln com os núcleos secundários que é o principal pilar do enredo central não perder o foco ao meio do cotidiano soteropolitano retratado nas histórias.
GABO: Você costuma trazer muito do seu cotidiano e também retratar o contraste social entre diferentes classes. Como essas vivências se transformam em histórias dentro do MV?
FELIPE: Eu uso a estratégia que o Manoel Carlos utilizava na construção criativa das suas novelas. Toda vez que eu vou pra rua, desde uma ida à padaria ou até um simples passeio pelo bairro. Observo tudo o que está acontecendo ao meu redor e presto atenção nos que as pessoas comentam sobre diversos assuntos, e utilizo como fonte na criação dos diálogos e inspiração para construção de plots e cenas. Além disso, nem tudo é baseado na minha realidade, principalmente os núcleos ricos que me inspiro nas telenovelas do Maneco e algumas pessoas que conheço, no qual pertencem ou têm contato com parte da elite soteropolitana. Isso é essencial e me ajuda na construção desses personagens.
GABO: Existe algum tema que você ainda não explorou, mas que sente vontade de transformar em novela?
FELIPE: Eu sinto vontade de explorar algo mais ficcional, sem tanto compromisso com a realidade, algo surrealista. Tanto que está nos meus futuros planos fazer uma minissérie baseada num clássico da minha infância dos anos 2000, Dango Balango. Mas, por enquanto, isso é uma ideia e é algo que quero transformar em série ou uma web novela mais curta.
GABO: O que você acredita que fez o público se conectar tão intensamente com Lincoln, Vitória e os demais personagens de Estrada da Vida? E, olhando agora para o projeto, como você avalia a obra como um todo?
FELIPE: Acredito que seja pelas histórias desses personagens serem tão reais, seus arcos e dramas universais. Ou seja, são coisas que podem acontecer tanto com a gente como por familiares e conhecidos. Bem, olhando por um todo considero Estrada da Vida como a melhor história que já escrevi até o momento. Foi algo interessante, bem bolado, consegui equilibrar a agilidade sem perder o tom cotidiano da obra. A amizade de Vitória e Lincoln foi umas das coisas mais emocionantes que já escrevi. Além das abordagens sociais de temas importantes como: Valorização da Literatura, machismo, homofobia, vício em drogas. Enfim, no final das contas acho Estrada da Vida o melhor projeto que já desenvolvi durante esses 5 anos como autor.
GABO: Estrada da Vida carrega uma conquista muito significativa. Como foi competir com tramas internacionais e ainda vencer categorias importantes? O que esse reconhecimento representa para você enquanto autor?
FELIPE: Confesso que fiquei feliz ao vê que o sucesso de Estrada da Vida furou a bolha não só do MV Brasileiro, como também competindo com tramas do MV gringo. Esse reconhecimento pra mim é muito importante, pois tive o feedback que por muitos anos eu não tive na minha carreira, principalmente nos meus dois primeiros projetos. E como autor, eu senti que minhas histórias ultrapassam fronteiras e levou o cotidiano brasileiro e soteropolitano para outros países e públicos.
GABO: Durante a ausência de Ezel Lemos, você assumiu inteiramente o comando da Ranable Webs. Como foi essa experiência? Quais foram as maiores dificuldades e desafios de estar à frente da emissora?
FELIPE: Foi uma experiência diferente… Pois, nunca tinha tido um cargo realmente tão importante na emissora como presidente interino. Agradeço ao Ezel Lemos pela confiança em mim para tomar conta da Ranable Webs no período do seu afastamento. Como o canal ficou menos ativo em comparação aos anos anteriores, não tive tanta dificuldade na questão de tomadas de decisões que não foram tantas. Mas, sempre que tinha alguma dúvida consultava o Ezel e acho que isso foi algo positivo. Embora eu goste mais de ser um autor do que ficar na administração.
GABO: Na sua visão, qual é a melhor parte de escrever: criar o universo da trama ou sentir a resposta do público?
FELIPE: Acho que um pouco dos dois… É maravilhoso demais para um autor, criar o universo, personagens e tramas que estamos construindo no período da produção dos capítulos. Sabe, a gente acaba se acostumando e apreciando nossa criação e querendo ver os caminhos que iremos tomar. Mas, também a resposta do público também é bom demais quando recebemos um feedback do público, quando vemos a trama tendo uma boa audiência, comentários positivos, boas críticas e também indicações para premiações do MV faz a gente motivar a continuar e trazer ao público novos enredos.
GABO: Quem é Felipe Vieira fora do mundo virtual?
FELIPE: É um jovem adulto de 22 anos que tô aprendendo aos poucos a entender como funciona a realidade. O estudante de História que pretende realizar o sonho de ser historiador ou professor. Além de também grande fã da teledramaturgia brasileira, desde dos meus 8 anos. Acompanhado por minha avó que por anos foi minha companheira de assistir às novelas por anos e mesmo após o seu falecimento recente no dia 16 de novembro. Vou levar comigo tanto o gosto pelas novelas como também o amor de ser católico, sabe… Ela foi minha principal inspiração espiritual e tenho certeza que essa marca levarei pra minha vida.
GABO: Chegou o momento do nosso bate-bola. Preparado?
FELIPE: Mais ou menos, kkkk… Mas, vambora que tô pronto.
BATE-BOLA:
GS NOVELAS: Chique Brega
RANABLE WEBS: Minha casa
MUNDO VIRTUAL: Universal
CRÍTICA: Necessária
BLOQUEIO CRIATIVO: Desafio
NOVOS TEMPOS: Experiência
ESTRADA DA VIDA: Consolidação
FRASE: Não se preocupe com o futuro… Aproveite o hoje com as pessoas que você ama.
FELIPE POR FELIPE: Kkkkk… Essa cê me pegou. Siga em frente que é apenas o começo de uma estrada.
GABO: Felipe, fica o espaço para as considerações finais.
FELIPE: Agradeço demais pelo convite para esse quadro, Gabo… E eu quero falar que independente do seu estilo de escrita, o gênero que você curte. Se você quiser expressar o que pensa e como o mundo pode se tornar um lugar melhor, a escrita é uma arma poderosa para auxiliar nas mudanças para as futuras gerações.
GABO: Obrigado, Felipe pela participação. Neste domingo, tem mais uma edição do Boletim Virtual. Veja só o que vem por aí: JOÃO MONTEIRO: Foi uma ótima experiência que mudou minha vida. JOÃO MONTEIRO: Muitas vezes sinto que não sou bom o suficiente quando a trama não segue o fluxo que eu esperava durante a escrita. JOÃO MONTEIRO: Um amigo me propôs participar na primeira Oficina de Roteiro do megapro e descobri que o MV é uma ótima vitrine para apresentar o meu trabalho. GABO: A entrevista completa com o autor João Monteiro vai ao ar neste domingo. O Boletim Virtual fica por aqui. Até a próxima. Abraço virtual.

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