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Antologia A Magia do Natal: 5x06 - Deus e eu nos Milagres de Natal

Conto de Claudia Camilo
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Sinopse: Moacir, um homem bom, mas muito descrente tem um encontro especial que certamente vai mudar toda a sua vida de um instante pra outro.



5x06 - Deus e eu nos Milagres de Natal
de Claudia Camilo


Era tarde e uns brilhantes raios de sol atravessavam as brancas nuvens quando avistei meus anfitriões, dois homens e uma mulher que estavam sentados à sombra de uma linda e frondosa árvore. Claramente consegui vislumbrar o rosto sorridente da mulher. Fiquei tomado de encantamento por eles. Ainda não entendia porque estava ali, afinal, o convite não explicava nada, mas, como tinha todos os meus dados, resolvi aceitar. Sentia como se cada passo que me aproximava mais deles fizesse meu coração bater mais forte. Assim que cheguei mais perto, eles se levantaram e logo a mulher me acolheu com um forte e terno abraço; mesmo eu não sendo o tipo de homem de abraços e manifestações afetuosas, imediatamente retribui, e como foi bom! Os dois homens fizeram o mesmo, e também os abracei. Que abraços maravilhosos!

— Venha filho, sente-se aqui. — O senhor mais velho puxou uma cadeira para mim.

— Obrigado. — Agradeci um pouco receoso, tímido. Certamente Ele percebeu, pois logo falou:

— Não se preocupe, vamos explicar porque convidamos você. Fique à vontade.

— Antes, me permita abrir seu entendimento para o que vai escutar? Só com a sua emoção e razão humana não vai conseguir, mas se aceitar vou abrir teu espírito para o que vai ouvir.  — O outro homem, de olhos brilhantes e sábios, explicou.

— Sim, pode ser, eu aceito. Na verdade, estou muito curioso mesmo.

— Certo. — Ele se levantou e suavemente soprou sobre mim. Senti uma brisa suave e, no mesmo instante, meu ser inteiro se aqueceu. Senti lágrimas nos olhos, mas segurei o choro. A mulher percebeu, pois segurou carinhosamente as minhas mãos entre as dela. Como era maravilhosa.

— Você está bem?

— Sim. Tudo bem. — Sentia que era impossível não estar bem diante deles. Era tudo paz e aconchego.

— Bem, então, sabemos que você é Moacir Alexandre de Souza. É trabalhador, bom pai, bom filho, bom marido, mas é bastante cético, um homem de bom coração, mas pouca fé.

— É verdade.

— Então, Moacir, eu sou Deus, o Criador. O homem mais velho falou, com toda naturalidade. Fiquei paralisado, e Ele continuou. — Este aqui é o Espírito Santo, e esta mulher maravilhosa é Maria.

Eu não conseguia dizer nada, algo dentro de mim ardia forte, não me permitindo duvidar, mas minha cabeça girava de tantas indagações. Estava todo trêmulo. 

— Deseja ficar sozinho para assimilar isso? — ela perguntou amável.

— E Jesus? foi tudo que consegui dizer, provocando risos nos três. — Ele vive?

— Sim, é claro que vive. Ele já vem. Está feliz por você ter aceito o convite.

— E o que desejam de mim? Já sabem que não sou homem de fé mesmo.

— É verdade, mas te amamos mesmo assim. Você é muito especial para nós. E é de você que queremos uma mãozinha. Assim, do jeito que é.

— Se eu posso ajudar, tudo bem. Mas, com tanta gente mais capaz, que gostam dessa coisa de fé, podiam ter melhor ajuda. Minha mulher mesmo.

— Clara, com toda fé e bondade, é uma grande aliada sempre. Mas, dessa vez, decidimos contar com você.

— Está bem, então vamos lá. O que posso fazer?

 

Resolvemos marcar este encontro com você para conversar sobre o Natal. Mas vamos aguardar um pouco mais até Jesus chegar. Ele está recebendo algumas orações.

Passamos os minutos seguintes numa conversa boa. Nunca havia me sentido tão acolhido e tão feliz. E pode parecer mentira que alguém tão descrente como eu diga isso, mas eu realmente estava com Deus, o Espírito Santo, Maria e esperando Jesus. Que incrível! E quando dávamos risadas de minhas perguntas absurdas, eis que Ele chegou. Nossa, não sei descrever com palavras o que senti. Ele é o ser mais maravilhoso que meus olhos já viram em toda a minha vida, é uma coisa inexplicável, a presença dele basta...

Olá! cumprimentou a todos, mas seu olhar se prendeu nos meus olhos. Nos contemplamos por alguns instantes, e eu senti que ele me amou ainda mais. Eu sei que sim.

Oi, Jesus. Consegui balbuciar. Estava emocionado.

Em silêncio, Ele me envolveu no abraço mais fascinante do mundo. Eu queria que o tempo parasse para que  aquele aconchego não terminasse nunca.

Que abraço maravilhoso você tem.Ele me elogiou. Devia oferecê-lo às pessoas. Elas iam ficar felizes como eu fiquei.

O seu é o melhor que já experimentei.

Pois saiba que sempre estou presente nos abraços oferecidos com amor... Em cada um deles. E gosto muito. Depois Ele me soltou e olhou para Maria. Como é bom que esteja aqui, Mãe.

Sou muito interessada em que tudo fique cada vez melhor, Filho. E agradeço por todo amor e consideração comigo.

E como poderia ser diferente? – Deus ria com ternura. Você é minha escolha perfeita. 

Isso mesmo. — Jesus falou, abraçado a ela. Mesmo para quem não reconhece, a senhora é o que é, a minha Mãe amada.

— E então, Jesus o Espírito Santo se manifestou. Já deixamos Moacir a par de tudo, agora vamos dar seguimento aos planos para o Natal.

— Pois é, vamos decidir o que fazer para que aqueles que estão com as portas fechadas decidam abrir neste Natal.

— Mas todos costumam ficar tão mais amáveis no Natal. Eu falei.

— O problema é que às vezes isso é tão superficial que não tem força para abrir a porta. As pessoas precisam saber que não basta decorar a casa e reunir a família.

— E o que vamos fazer então? Estava ansioso. Porque com toda liberdade que vocês concederam, tem gente que acredita que pode fazer qualquer coisa.

— Damos liberdade, mas também as orientações para que só sejam feitas as coisas de acordo com a vontade de nosso Pai. Eu mesmo ensinei o que é certo.

— E porque precisa das portas abertas agora? Eu queria saber os detalhes.

— Porque estamos nos aproximando do Natal. É um tempo propício para mudança de vida. Tempo onde muitos chamam por mim, mas outros se concentram somente nas comemorações, nada além. Essas portas não se abrem, e não podemos entrar, porque elas são abertas por dentro. Assim nosso Pai desejou.

Não consegui evitar um riso de incredulidade.

Mas se um dia aparecer não vão acreditar. Eu, que estou aqui, olho pra vocês e me pergunto como é possível.

Jesus sorriu compreensivo.

 — Não se preocupe, nós já sabemos como são curiosos, como são os nossos, não é, Pai? Ficam desejando estar na nossa presença, pedem isso nas orações, mas, ainda assim, tem dúvidas tomando os pensamentos.

— Claro! — Fui rápido em explicar as razões. Imagina só, nos dias de hoje ver Jesus assim, andando normalmente no meio de nós? E ainda com o Espírito Santo, Nossa Senhora e Deus? Impossível.

— Nada é impossível para o Pai.

— É, o Espírito Santo me fez ver além da razão. Mas que este encontro aqui é surreal, isso é.

— Isso é maravilhoso.

— Mas, já que estou aqui Como posso ajudar?

— Queremos ouvir sua opinião. O que você pensa que devemos fazer para que o Natal seja mais amor e menos consumo?

— Bom, vocês sabem que não sou um homem de Igreja, né? Acredito em vocês, mas isso de ficar indo à Igreja, rezando, não costumo fazer não, nem mesmo no Natal e na Páscoa. Assumi um pouco envergonhado. E pra ser sincero, acho bem legal as festanças e os presentes. São gestos de carinho, amizade e amor. Sabem que tem aqueles que pensam mais no amor que no consumo. Mas eu não. Sempre escolho as festas.

— Sim, nós sabemos. Faz alguns anos que esteve no nosso Templo — o Espírito Santo confirmou. — A última vez que esteve numa Igreja, foi no casamento de seu irmão. E a última oração foi hoje.

— Hoje? Fiquei estarrecido, pois estavam enganados. Como Deus podia errar?

— Não estamos enganados não Deus respondeu, sem eu externar o pensamento. Hoje, ao sair, você disse ao teu filho e tua filha “Deus te abençoe” e a tua esposa, “Fique com Deus.”

— Isso não é oração, é costume.

— É claro que é. É oração pura e singela entregar alguém sob minha proteção e minha benção.

— Então até que eu oro muito respondi contente com a descoberta.

Eles riram amáveis.

— Mas é verdade, não gosto muito dessa coisa de regras, prisões, repressões... Enfim, essas coisas de Igrejas.

— Se conhecesse o que é ser parte de uma religião, fazer parte de uma comunidade, saberia que Igreja não tem a ver com dominação, mas sim com libertação, não tem a ver com regras, mas sim com mandamentos, não tem a ver com obrigação, mas sim com compromissos de amor. A Igreja não tira, ela dá, não aprisiona, ela liberta, não reprime, ela ensina. É um recanto dos encontros de amor entre os homens e nós. O Natal reforça isso.

— Mesmo assim estamos bem. Não estamos? Fiquei preocupado com minha ignorância.

Ele  sorriu cheio de amor.

Sim, filho, estamos bem, mas, sempre podemos melhorar. Não é?

— Vou me esforçar. — Prometi.

— Vamos juntos.

— E começamos pelo Natal. Me responsabilizei. Vou ajudar a abrir algumas portas, mas preciso que digam como.

— Basta dar testemunho de que o Natal é a celebração do nascimento do Filho de Deus e de que o mais importante é a bondade, o amor, os bens que dinheiro não compra.

— Não vai ser fácil, já que eu sou sempre o primeiro a agir assim, mas, a partir de agora, vou agir de outro jeito. Pelo menos junto aos meus, vocês verão mudanças. E muitas portas abertas.

— Estou ansioso para a chegada deste Natal. Gosto de ver como as pessoas recordam o dia em que eu nasci, como cheguei ao mundo.

— Pois eu é que não ia querer trocar o céu pela terra falei logo.

— É minha missão fazer com que as pessoas tenham vida, vida abundante. E eu não troquei nada. Meu Reino é o céu, mas preciso fazer com que todos me sigam. Quero entrar pelas portas abertas e salvar as pessoas.

— E meu espírito exulta de alegria por fazer parte disso, ter meu ventre tão abençoado e ainda poder viver intercedendo por todos. É bom demais.

— Também me alegro por soprar o Espírito de Deus para o milagre acontecer.

— Vocês nunca desistem? Não desanimam diante de nossos erros e dúvidas?

— Jamais. O amor que sentimos supera os erros, dúvidas e pecados que vocês cometem.

— Ainda bem. Me senti aliviado e comovido. Vocês são mesmo maravilhosos.

— Você também é, filho. Nunca se esqueça disso, nós te amamos.

— Obrigado. – Tentei disfarçar a emoção que sentia, mas Maria percebeu, pois novamente segurou minha mão com muito carinho. Não dá pra esconder nada deles.

Eu agradeci somente com o olhar. E ela compreendeu, pois me deu um sorriso carregado de amor.

— Mãe, a senhora quer falar alguma coisa?

— Sim, meu Filho. — Ela ficou de pé e, olhando cada um de nós, disse: — O Natal é uma festa linda, cheia de alegria, de esperança, orações, benção e de renovação. É celebração da vida. Neste dia, as pessoas buscam agir com generosidade, praticam boas ações... O que falta é que estes sentimentos sejam vividos durante todos os outros dias do ano. 

— Por isso pensamos em reforçar três pilares valiosos que vão servir de ponte para alcançar os outros e inspirá-los a abrir a porta. O encontro, a partilha e o amor.

— Como assim? fiquei muito surpreso ao ver que faltava tanta coisa importante. E a fé, o perdão, a caridade, a união da família? Isso não é o mais importante no Natal? Até eu, que não sou de Igreja, participo desses eventos na família... Bem, a parte da oração nem tanto, às vezes, só alguns fazem, mas sempre tem alguém que se lembra de vocês. Minha esposa me pediria o divórcio se eu não permitisse as orações nas festas lá em casa.

Os quatro me olharam com tanto amor que me desconcertou.

— Não se preocupe, filho. Com um único sopro ofereço tudo o que é necessário.

— Eu não entendo...

— O que queremos é que estes sentimentos sejam para a vida, não para um momento. Por isso vamos tocar onde mais carecem, encontro, partilha e amor explicou Maria.

— O resto será consequência. O Pai afirmou. E com estes três pilares sendo bem vividos, portas serão abertas e nós seremos os convidados especiais. Então, teremos um Natal especial.

— E o que eles representam?

— Não representam, eles são. O Espírito Santo me corrigiu com cuidado e respeito, depois ensinou: — O encontro é muito mais que combinar datas e horas e se reunir em grupos, sejam familiares ou não, encontro é estar junto, é ver o outro, enquanto o outro também te vê, é ralação, sintonia, sentimento. Os encontros devem, antes de tudo, celebrar a vida, porque se encontrar é saudar a vida uns dos outros.

— A partilha é mais que preparar grandes banquetes para festejar e comer com fartura o dia todo, partilhar é dar espaço para que o outro beba da fonte de tua força, se ilumine na tua luz, encontre aconchego no calor de teu ser, se banhe na tua potência curativa, mergulhe no mar de teu sorriso e tua alegria, partilhar é não temer dividir a vida com outras pessoas. Jesus continuou.

— O amor. — Maria começou emocionada. Ah, o amor é tudo. É o que deve dar sentido a tudo que é preparado, organizado e realizado no Natal. Todos os planos devem nascer a partir dele, sejam os banquetes, as ceias ou apenas um lanche; seja com pouco ou muito, que seja feito com amor e por amor.

— Estes três pilares, devem gerar a gratidão. Deus completou. Gratidão pela possibilidade de estar junto, e mesmo que se esteja só, sintam a nossa presença; gratidão por ter o que partilhar, de não ser um ser vazio, e gratidão pelo amor, pois, sem ele, nada valerá a pena. Se for assim, não haverá mais tanta necessidade de correria e preocupações com a chegada do Natal, porque tudo será como em todos os outros dias: pessoas convivendo com harmonia, respeito, amizade, justiça, caridade, esperança, e então, a expectativa do Natal seria somente para a celebração do nascimento de nosso amado.

— Nossa! Isso seria maravilhoso.

— Então você aceita começar por você? Aceita ser o portador destas sementes de esperança, alegria e fé? Aceita abrir a sua porta?

— Sim, Jesus. Eu aceito. Fui plenamente sincero.

A alegria tomou conta de todos, e logo estávamos envolvidos num abraço, que eu acredito ser o próprio paraíso, de tão bom. Não conseguíamos parar de sorrir. E foi ainda mergulhado neste mar de amor que ouvi a voz meiga de meu filho me chamando. Sem sair do abraço, olhei em volta, ansioso por vê-lo se juntar a nós, mas não vi.

  Vocês trouxeram o Guilherme, onde ele está?

— Está ao seu lado, querido — Maria respondeu serena.

— Onde? Não o vejo...

— Pai, papai...— a voz insistia.

— Filho, Gui, venha aqui querido. Quero que você veja Deus e… — De repente, senti uma leve sacudida e despertei assustado. Me deparei com os olhos de Guilherme fixos em mim. Ele sorria com alegria.

— Ei, papai. Ele saltou em cima da cama, pulando sobre meu corpo.

— Gui? — Olhei em volta, mas logo percebi que acabava de acordar de um sonho. Senti um aperto no peito. Parecia tão real. Você viu alguém aqui, filho?

— A mamãe estava aqui. Ela foi buscar sua carteira que está na sala. Eu te chamei porque o senhor estava dando risadas. Mamãe disse que era sonho. Com o que sonhava, papai?

— Com amigos maravilhosos.

— Eu tenho um montão de amigos e...

— Guilherme, eu não disse pra você não acordar seu pai? Minha esposa entrou no quarto e chamou a atenção dele.

— Ele não parava de rir, mãe.

— Tudo bem. — Estava me sentindo triste por saber que o momento era só um sonho. Era tão real, como podia ser apenas um sonho?

— Mãe? Minha filha entrou no quarto. Estava linda. — Bom dia, pai. Vamos, mãe.

— Bom dia, querida. Pra onde vão?

— Pra Igreja.

— Céus! Hoje é Natal? Por um instante, me perdi no tempo.

Eles riram.

Não, pai. Hoje é domingo. O Natal é na quarta-feira.   Minha filha explicou atenciosa .

— Domingo. Sem me dar conta, pulei da cama. Esperem um pouco que eu vou com vocês pra Igreja. Ia correr para o banheiro, mas parei ao ver os três parados, me olhando. O que foi, gente? Anda, me ajudem, senão vamos nos atrasar muito.

— Você está bem? Minha esposa estava incrédula. Fez alguma promessa?

— Sim. Estou bem como nunca estive. E corri para tomar banho. Ainda pude ouvir minha filha brincar: — Aconteceu um milagre de Natal com o papai.

Minutos depois, chegamos à Igreja.

Meu coração ainda estava apertado com o fato do momento lindo que vivi ser apenas um sonho. Mas estava feliz como nunca. As crianças entraram logo na Igreja e foram se juntar aos amigos. Clara, minha esposa e eu, entramos logo depois. Ao olhar para o altar, eu fiquei paralisado. Lá estavam eles, tal como eu os tinha visto. Me acenaram, e eu fiz o mesmo Não foi sonho.

Minha esposa olhou na direção do altar, aparentemente ainda vazio, para onde eu acenava.

Para quem está acenando, Moacir?

— É que eles estão lá falei sem hesitar, sem medo. Deus, Jesus, o Espírito Santo e Maria. Eu me encontrei com eles na tarde de ontem, e agora eles estão ali, no altar. Estão sorrindo.

— Certamente de alegria por ver uma ovelha desgarrada encontrar o caminho ela falou com tanta convicção e confiança que me surpreendeu.

Como assim? Não acha que estou maluco?

— Eu te conheço, Moacir. E sei que você não estaria aqui se não fosse pela ação do Espírito Santo de Deus.

— Acredita mesmo em mim?

— Sim. Sei que Deus realiza grandes obras. Esta foi mais uma em nossa família. Só temos que crer e agradecer.

Senti lágrimas escorrendo de meus olhos. Não fiquei com vergonha.

— Venha. Vamos sentar lá na frente.

De mãos dadas com ela, fui caminhando, e quanto mais caminhava para perto, maiores eles iam ficando, até que, ao chegar perto do altar, eles me tomaram por inteiro. Senti que era no meu coração que estavam. Nos sentamos, compartilhando da mesma alegria. E eu ouvi Clara agradecer baixinho.

— Obrigada, meu Pai, por me conceder este lindo milagre de Natal. Obrigada a todos vocês.

— Amém  — respondemos juntos, as mãos entrelaçadas, os corações preparados, enfim, para o dia de Natal.

O sorriso que estampava em minha face era a certeza de que se minha porta estava aberta e repleta de convites para eles, outras também logo se abriram, porque eu assumi que iria viver para seduzir e conquistar vidas para meus amigos.

 

Conto escrito por
Claudia Camilo

CAL - Comissão de Autores Literários
Agnes Izumi Nagashima Francisco Caetano Gisela Lopes Peçanha Liah Pego Lígia Diniz Donega Mercia Viana Pedro Panhoca Rossidê Rodrigues Machado

Produção
Bruno Olsen
Cristina Ravela


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


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