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CRÔNICAS DO DESPERTAR - Viagem no Tempo: 1x05

Série de Jonnathan Freitas
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CRÔNICAS DO DESPERTAR - VIAGEM NO TEMPO



 


1x05


15 de julho de 3017

 

música: (Gurdonark - Foreboding ft. Onlymeith) 

Os magos chegam na máquina do tempo e veem uma região repleta de florestas e rios onde se encontram.

- Está parecendo um lugar tranquilo. – Comenta Lorenzo.

- Não brinca, finalmente não chegamos num local cheio de mortes. Até que enfim uma pausa na matança. – Diz Jack Harper.

- Mesmo assim a gente deve ter cuidado, pessoal. – Avisa Akidaban. E pergunta:  – O que acha, Carter?

Carter está verificando as coordenadas do DeLorean e parece não acreditar quando faz alguns cálculos num aplicativo em seu smartphone.

- O que foi, Carter? – Indaga Lorenzo.

Carter olha seriamente para seus amigos e confirma a informação devagar.

- Não é só um local diferente por não ter muitas mortes. Também é diferente... por estarmos... no século... trinta e um.

Os outros três reagem de forma surpresa instantaneamente.

- Peraí... O que foi que você disse? – Pergunta Akidaban incrédulo.

- Deixa de palhaçada. E onde está todo mundo? A humanidade toda bateu as botas foi isso? – Questiona Jack.

- Calma, senhores. Se fomos enviados até esse momento deve haver em breve a ativação de um dos artefatos de Maktub. Vamos observar e aguardar. – Reflete Lorenzo.

- Gente, tem alguém chegando daquele lado. – Fala mais baixo Akidaban apontando um ponto na saída da floresta.

(encerra a música) 

 

De dentro de uma pequena estrada da floresta saem dois macacos hominídeos montados a cavalo e carregando lanças com artefatos tecnológicos nas pontas. Os macacos hominídeos trazem na parte da nuca uma espécie de cristal circular verde. Estes macacos usam roupas humanas e conseguem se comunicar falando uma língua estranha.

Por meio de um dispositivo semelhante a um binóculo conseguem ver o veículo dos heróis. Mesmo estando em modo de invisibilidade. Acham muito estranho o aparecimento dos magos, mas não atacam de imediato.

Logo em seguida, do outro lado da parte rasa de um rio que dá para outra floresta se aproximam quatro seres humanos modificados tecnologicamente. São ciborgues que avistam os símios e se aproximam para atacá-los. Os primatas por estarem em menor número fogem a galope adentrando a estrada na floresta por onde vieram.

Os viajantes do tempo saem do veículo e Lorenzo se aproxima dos humanos modificados fazendo gestos de paz com as mãos. Em seguida os ciborgues se voltam para o Dr. Carter, baixam as armas e começam a conversar entre si incrédulos. Jack pergunta entre os amigos:

- Que merda está acontecendo aqui, galera?

- Eu não sei, mas acho que Carter deve saber, eles estão olhando para ele com admiração. Diz aí, Doutor. – Fala Akidaban.

- Eu não sei de nada, gente. São tão estranhos pra mim quanto pra vocês. Quer dizer... se fosse para melhorar algumas partes de seres humanos eu faria alguns projetos mais ou menos assim, sabe? – Observa William Carter.

 

Três dos seres humanos com partes tecnológicas aproximam-se e se abaixam prestando homenagem. Então falam com entusiasmo:

- Alfa!! Iluminado seja!!! Mas como pode estar vivo?

Os três ciborgues que são homens ajoelhados prestando respeito ao Dr. William Carter, se chamam Stan, Alejandro e Dave.

Mas a quarta integrante do grupo é uma mulher morena de tranças nórdicas em seus longos cabelos negros que descem até o meio das costas.  Esta guerreira além de estar utilizando uma roupa de couro sintético desenvolvido na época, também conta com partes cibernéticas no antebraço esquerdo e perna direita. Ela não se ajoelha, mas mira Carter com um olhar incisivo e repleto de ódio.

 

Um dos ciborgues inclinados se vira para ela e diz:

- Capitã Kyra, não vai prestar honra ao Alfa?

Ela responde: – Não posso prestar honra a um covarde que foi dado como desaparecido há oitocentos anos e agora aparece do nada como se nenhum dia tivesse se passado. O que aconteceu com você Dr. William Carter? Onde esteve quando as máquinas utilizaram armas biológicas e começaram esta guerra?

Os ocultistas são surpreendidos com a pergunta. Jack e Akidaban se entreolham em caretas de dúvida como se buscassem a resposta um com o outro. Lorenzo olha para Carter e para a moça esperando uma explicação e então pergunta ao companheiro:

- Você a conhece, Carter?

- Não, Dom. Nunca a vi tão linda e ofensiva em minha vida. Mas também quero saber como ela me conhece. Acho que deve ter a ver com o que irei fazer no futuro.

Kyra se exalta: - Como assim vai fazer no futuro? Você já fez... e depois sumiu. Foi dado como morto! Então não sabe de nada?!

Um dos homens chamado Stan se levanta e diz:

- Calma Capitã, ele parece não saber. Mas parece estar falando a verdade.

- Nós viajamos no tempo e acabamos vindo a esta época numa missão. Viemos impedir a destruição da história e da raça humana como conhecemos. – Informa Lorenzo.

- Então chegaram tarde, viajante. A raça humana está quase toda destruída. – Avisa Kyra.

- O que está dizendo? – Pergunta Akidaban.

- Somos os primeiros a utilizar uma máquina do tempo e chegarmos atrasados... Ferrou tudo. – Comenta Jack.

 

Stan gesticula com suas mãos robóticas pedindo calma e então discursa:

- Vou começar a explicar pra vocês. Chamamos o Dr. Carter de Alfa porque foi o primeiro de nossa raça transhumanista. No ano de 2183 o Alfa estava desenvolvendo um projeto de pesquisa chamado “Caixa de Pandora”. Ele já havia feito grandes avanços na biomecânica robótica para curar doenças e deficiências em seres humanos, mas ainda não era o suficiente. Ele tinha que ir além. Então, ele e um grupo de cientistas antigamente conhecido como Interação X começaram a desenvolver uma inteligência artificial que pudesse ampliar os horizontes da convivência humana e auxiliar em tudo. Acontece que o Dr. Carter percebeu que parâmetros da programação poderia causar transtornos futuros e então quis abortar o projeto.

Dave, outro ciborgue, continua:

- Isso mesmo, mas já era tarde demais. A interação X continuou o projeto e se voltou contra Alfa, caçando-o. Ele fugiu e nunca mais foi visto. Alguns dizem que foi pego numa armadilha e morto com seus amigos na época ou fugiu para outra dimensão.

Stan continua explicando:

- Assim, aqueles cientistas criaram o “Mind One”, uma inteligência artificial que logo tomou vontade própria, arquitetou um plano de chacina global e atacou a humanidade usando bombas nucleares dos principais países da época, além de armas biológicas, para extinguir três quartos da população humana.

Dentre as armas biológicas que foram desencadeadas estavam os vírus “cadmus simiae” e o “supero deficiente” ou HSV. O “cadmus simiae”, além de matar milhares de seres humanos, deu inteligência e modificou a estrutura de macacos. Hoje nós os chamamos de “Símios”, que se organizam em colônias e passaram a crescer em número nos últimos séculos.

Dave também ajuda na explicação:

- O outro vírus, chamado “supero deficiente”, é um vírus que causa anomalias nos seres humanos, gerando todo tipo de deformidades. Nenhuma criança nos últimos séculos nasce sem uma deformação. E imediatamente nós diagnosticamos a deformação e corrigimos com partes robóticas. Graças às pesquisas do Alfa, nós podemos sobreviver nos últimos séculos.

Stan continua:

- Se vocês estão se perguntando sobre o “Mind One” e a guerra que acabamos de falar, essa guerra não é necessariamente com os Símios. “Mind One” utilizou todas as estruturas informatizadas em fábricas e se conectou por Li-fi e Wi-fi-10 com elas para construir um poderoso exército de máquinas de combate. Os malditos tentam nos extinguir a muitos anos. Nós chamamos estes robôs de “Metallos”.

O problema é que a Inteligência artificial e energia de cada robô de combate são limitadas. Portanto, os “Metallos” de combate maiores tem um ser humano numa cápsula dentro deles. Utilizam esses seres humanos como bateria e forma de conexão neural para complementar a inteligência artificial que lhes faltam.

Estes seres humanos estão em animação suspensa. Vivendo num mundo de sonhos, num programa de computador que simula uma realidade. Quando na verdade, eles estão dormindo num casulo, com pernas e braços atrofiados, e sendo usados como baterias de robôs.

 

Kyra interfere dizendo:

- Chega de conversa, soldados. Vamos voltar para o acampamento. Amanhã teremos confronto e temos que nos preparar.

Alejandro, que tem metade do rosto com uma máscara robótica, pergunta com voz metalizada:

- Capitã, e quanto a eles? É o Alfa e seus companheiros.

- Não temos certeza disso, soldado. O Alfa deve ter morrido há quase mil anos. Além disso, eles parecem fracos, não suportarão a guerra com os BRT’s e os exterminadores. Vamos embora. – Diz Kyra.

 

Lorenzo se aproxima e fala para Kyra que já se encontra de costas:

- Se são os humanos da resistência, estamos do lado da humanidade. Talvez possamos ajudar de algum modo.

- Calma aí, Cosa Nostra. Eles vão para uma guerra cheia de robôs assassinos... É a porra de um filme do “Exterminador do Futuro”, tá pensando que é o John Connor? – Pergunta Jack Harper.

- Não gosto, mas tenho que concordar com o Jack. Talvez a missão não tenha nada a ver com a causa deles, Lorenzo. – Comenta Akidaban.

- Não! Eu irei. Se eu ajudei a criar esse problema no passado, agora sou responsável em ajudar a resolver. Se vocês quiserem podem continuar buscando a horcrux, pessoal. Eu tenho que ajudá-los na batalha e saber o que aconteceu comigo. – Decide William Carter.

Akidaban e Jack se entreolham e dizem quase em uníssono:

- Então vamos todos.

Começam então o caminho de volta para o acampamento. Os ciborgues do futuro estão em veículos que lembram veículos militares equipados com armas tecnológicas. Lorenzo vai guiando o DeLorean enquanto os outros vão conversando com os soldados do futuro.

 

- Um ataque será iniciado amanhã num complexo tecnológico da “Mind One”. Vamos destruir uma fábrica de robôs de combate e infelizmente, com eles, alguns seres humanos que são usados como pilhas. – Diz Stan.

- Vamos atacar no nascer do sol. É melhor pegarem alguma arma. Por falar nisso, como vocês não tem partes cibernéticas? Ou elas estão bastante maquiadas... Afinal, de que tempo vocês vieram? – Pergunta Dave.

- Somos do início do século XXI. Quase mil anos atrás. – Fala Akidaban.

- Vocês são atrasados assim? Caramba isso é muito estranho. – Diz Stan.

Logo chegam no acampamento da resistência. Uma barraca militar de dois metros de altura por seis de largura é cedida para os ocultistas. Os magos começam a descansar quando Kyra chega na entrada da barraca e diz:

- Alfa, precisamos conversar em particular. Me acompanhe. – Depois se afasta da barraca.

- Eu acho que finalmente o nerd vai se dar bem, galera. Pelo menos alguém vai molhar o biscoito nessa história. – Comenta Jack Harper entre gargalhadas.

Carter joga um cantil vazio na cabeça de Jack e sai da barraca para acompanhar a capitã do exército da resistência, enquanto Jack faz uma careta ao receber o objeto na cabeça.

 

Ao seguir Kyra, Carter chega na tenda camuflada dos líderes, onde se encontram dois oficiais e dois líderes símios. Eles se apresentam ao Dr. William Carter. Os dois homens ciborgues são general Clint e capitão Eric, os dois macacos se chamam Carvalho e Cinzento. Kyra começa:

- Dr. Carter, estes são oficiais do exército dos Trons, homens ciborgues, como nos referimos. E estes são os líderes de grupos de símios que aceitaram recentemente fazer uma aliança com a gente para vencermos os “Metallos” no ataque de amanhã. Eles querem saber o que aconteceu com o senhor, quem são seus amigos totalmente humanos e se podem confiar em vocês.

 

Carter faz uma pausa olhando para os presentes na tenda, enquanto pensa no que vai falar.

Então começa:

- Senhores e senhora, sou o doutor William M. Carter, como já devem saber, e cheguei a pouco do passado. Os soldados me explicaram como se deram os acontecimentos desde o século XXII, mas devo informar que estou vindo de uma viagem no tempo a partir do século XXI, por isso, não tenho mais informações sobre o inimigo do que vocês. Entretanto, estou disposto a ajuda-los nesta causa, uma vez que, pelo que parece, eu estive ou estarei envolvido com a Inteligência Artificial responsável por essa guerra. Assim, vou usar meus conhecimentos científicos para auxiliar ao máximo na batalha.

 

General Clint olha para os demais e fala:

- Esperamos contar com suas habilidades inicialmente para a manutenção das partes cibernéticas de nossos soldados, Dr. Carter. Nunca esperamos que o senhor fosse real.

- Sim, estávamos analisando a possibilidade de ser um clone espião a serviço de “Mind One”. Então, não poderemos lhe passar detalhes do nosso plano de ataque. – Informa Eric.

- Felizmente já fechamos os detalhes do plano, vamos ficar observando o senhor, doutor... e seus amigos. – Avisa Carvalho.

- Então estamos dispensados, senhores. – Informa o General Clint. Este cumprimenta os símios e os demais antes de sair da tenda.

Antes de deixar o recinto o outro símio se aproxima e diz:

- Melhor não nos trair, ciborgue. Ou sua história acaba amanhã.

Os símios e os oficiais saem da tenda e Kyra fica sozinha com Dr. Carter.

- Isso tudo é muito difícil de entender, de aceitar. Quer mesmo que eu acredite nisso tudo que está me dizendo? – Ela inicia a discussão, para então continuar:

- Durante muito tempo na minha infância eu admirava você, via seus vídeos e adorava ouvir suas histórias de descobertas. Mas depois... eu não consegui mais admirar alguém que não luta até o fim, que sobrevive a tanto e depois não consegue pensar em algo para continuar, para nos ajudar a sobreviver... Quem você acha que é? Você não é importante pra mim... Eu.. Eu.. odeio você, Alfa!!

Kyra começa a bater no peito de Carter, mas sem machucar, enquanto chora. Logo em seguida ela o abraça esperando consolo em seus braços. O clima romântico está aceso num turbilhão de sentimentos que vem da mulher ciborgue.

Carter olha nos lindos olhos castanhos da garota que acaba de baixar a guarda e diz:

- Eu estou aqui... e não vou te abandonar de novo.

Seus rostos se aproximam e os lábios se tocam num beijo doce, onde o tempo e o espaço não conseguem medir o tamanho daquele novo sentimento, arrebatador para ambos.

 

Seria uma noite perfeita, mas enquanto Kyra e William Carter estão enlaçados num beijo apaixonado, entra na tenda o soldado Stan, sem avisar, interrompendo e dizendo:

- Capitã, tenho que lhe falar sobre... opa! Desculpe, Capitã... Mas tenho que informar, o vigia nos mandou uma mensagem dizendo que os guardas robôs da fábrica foram realocados e que é o melhor momento para fazermos o ataque surpresa.

- Depois continuamos essa conversa. – Diz Kyra, agora carinhosa, ao Dr. Carter.

Kyra sai da tenda e dá um alerta para os soldados se prepararem para a investida contra a fábrica de robôs de combate. Os homens se preparam e em cerca de vinte minutos os soldados estão enfileirados e marchando ao lado de unidades móveis. Os magos após o breve descanso, também se preparam e acompanham o exército ciborgue que representa a esperança de sobrevivência da humanidade.

Quando chegam ao local, a cerca de um quilometro de distância, os soldados e os viajantes do tempo percebem um grande complexo industrial com quatro guaritas nos cantos e dois soldados robôs no portão principal.


autor
Jonnathan Freitas

elenco
Tom Hardy como Domenico Lorenzo
Lucas Till como William Carter
Rodrigo Santoro como Jack Harper
Seu Jorge como Akidaban
Neil deGrasse Tyson como Duncan Brown
Paulo Pires como John Maktub
Scarlett Johansson como Réia
Lady Gaga como Kyra

trilha sonora
Shireen - Umai
Gurdonark - Foreboding ft. Onlymeith

produção
Bruno Olsen
Cristina Ravela


 

Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


REALIZAÇÃO




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