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CRÔNICAS DO DESPERTAR - Viagem no Tempo: 1x01 (Season Premiere)

Série de Jonnathan Freitas
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CRÔNICAS DO DESPERTAR - VIAGEM NO TEMPO



 

PRÓLOGO

 

Escritório Central da Maktub Enterprises na cidade de Nova York. Uma linda noite de quinta-feira na “grande maçã”, a cidade que nunca dorme, com vários escritórios ainda iluminados revelando a ambição de seus proprietários e profissionais. Em meio a estes existe no 45º andar do Empire State Building o escritório do senhor John Maktub, que já fechou o expediente dos funcionários e se encontra sozinho olhando pela vidraça o movimento constante do tráfego de veículos e pessoas lá embaixo.

John, um homem de cinquenta e cinco anos, com porte atlético que lhe faz parecer mais jovem, possui grandes planos. Está vestindo um terno Giorgio Armani grafite com riscos de giz e uma gravata azul metálica que lembra a cor dos seus olhos.

Da parede oposta à vidraça abre-se um portal místico de um brilho lilás. John não se assusta, pois já esperava. Saem do portal sete pessoas de idades e gêneros variados. Liderando o grupo vem uma bela garota loira de aproximadamente vinte e cinco anos. Olhos verdes carismáticos e um sotaque britânico entregam sua nacionalidade inglesa. Ela apresenta uma relíquia metálica num colar. Algo parecido com uma medalha de camadas circulares e de origem oriental, mais provavelmente tibetana. Ela diz com reverência:

- Aqui está, Mestre. Foi divertido tomar a relíquia e pôr um fim a toda ordem dos “Filhos de Júpiter”, mas foi muito rápido. Por favor, nos dê uma tarefa mais difícil na próxima vez.

John fita por um tempo o colar com a relíquia e abre um sorriso intenso.

- Excelente. Agora tenho o que preciso para completar meu objetivo. Vocês foram bem em me trazer o olho de Agamotto. E não se preocupem, tenho tarefas bem mais... interessantes... para cada um de vocês agora.

 

A mulher a sua frente não consegue disfarçar a imensa alegria e profundo interesse, então pergunta:

- Imploramos que nos mande para estas tarefas, mestre. Por favor, precisamos testar nossas habilidades. Alguns de nós já têm séculos que não utilizam por completo.

Maktub chega a sua escrivaninha e retira da gaveta uma caixa de madeira antiga com escritos na língua enoquiana. Guarda o colar dentro da caixa e põe a caixa ao lado de um exemplar de um livro Maellus Neffandorum. Depois diz calmamente:

- Calma, espectro. Você terá sua chance. Não precisa pressa, pois tempo... é o que mais teremos a partir de agora. 

 


1x01


Talvez você não acredite em magia, mas a magia existe e está em toda a parte. A magia vem da natureza e da realidade que conhecemos. Mas também pode ser manipulada para alterar essa mesma realidade que você conhece. Aqueles que aprendem sobre magia e passam a manipulá-la por meio de técnicas e rituais são conhecidos como Magos. E é sobre um grupo valoroso deles de que trata esta história.

Os magos são distintos por meio de suas tradições mágicas, que seriam as doutrinas e formas de praticar magia. No entanto, algumas vezes, um grupo de magos de tradições distintas se reúne em busca de objetivos comuns. A esse grupo misto chamamos de Caballa.

Na manhã de hoje a Caballa chamada “Ciprestes de Nisaba”, Nisaba era a deusa mesopotâmica do conhecimento, se reuniu no endereço de número 1602 da Folsom Street, Bairro Mission em San Francisco, Califórnia. Uma casa de três andares de fachada vermelha e com arquitetura vitoriana do século XIX, bem comum na região.

O primeiro a chegar foi Domenico Lorenzo Spadua, italiano de 41 anos que gosta de demonstrar estilo com sua careca repleta de tatuagens de hieróglifos e símbolos antigos que descem pelo pescoço e resto do tronco. Ele é alto e usa cavanhaque; sempre veste camisas de cores sóbrias como cinza ou preto e calças sociais, além de sapatos lustrosos. Lorenzo, como é chamado pelos companheiros ocultistas, segue a tradição conhecida como “Ordem de Hermes”, uma tradição que se diz herdeira dos conhecimentos antigos do deus Tot e de Hermes Trimegistus sobre as forças da natureza e leis físicas.

O segundo foi o Doutor William Carter, Biomédico e engenheiro com vários PHD’s. Um jovem gênio novaiorquino de vinte e cinco anos que faz parte de uma tradição conhecida como “Filhos do Éter”. Cientistas curiosos que conseguem decifrar magias com fórmulas científicas e são conhecidos, pejorativamente, como “doutores frankestein”. Dr. Carter é loiro de olhos verdes penetrantes e gosta de roupa casual como jeans e camiseta gola polo embaixo do jaleco branco.

Depois chegou um brasileiro chamado Miguel Albuquerque, mas se apresenta com o nome mágico de Akidaban, o quarto rei mago que deveria ter visitado a Jesus no nascimento, mas acabou se atrasando trinta e três anos. Akidaban, o brasileiro, aprendeu as artes espirituais em terreiros de religiões de matriz afro na Bahia e se desenvolveu com a doutrina mística pertencente aos “Oradores dos Sonhos”. Negro alto de vinte oito anos, usa trança longas ao estilo rastafári, veste jeans e sandália, mas não abre mão de uma camiseta indiana ou de cores africanas.

Por último, mas não menos exótico, temos Jack Harper, malandro texano vindo de Dallas. Sempre perdendo dinheiro em casinos, mas ganhando com golpes e falcatruas pela internet. Conta nos seus trinta e cinco anos algumas prisões por desordem, estelionato e claro, crimes digitais. Chega à soleira da porta com seu cigarro barato na boca, veste camisa listrada e calça de brim sob uma jaqueta de couro. É moreno e usa uma barba rala, além dos óculos escuros. Se acha a porra de um John Constantine. Aprendeu magia inicialmente com a internet e livros roubados, depois foi aperfeiçoando até entrar na tradição dos “Adeptos da Virtualidade”.

Quando Jack Harper entra então Carter diz:

- Finalmente ele chegou, Brown. Podemos começar.

- E que boas vindas são essas, galera? – Pergunta Jack, descarado.

- Você se atrasou quase uma hora, Jack. Você não muda mesmo. – Fala Akidaban.

- Calma aí, Negão. Posso explicar, tava uma zona esse trânsito do aeroporto até aqui. – Jack mente, escondendo o fato de se atrasar por ter dado alguns golpes em pessoas no aeroporto para conseguir uma grana.

Lorenzo avisa: - Vamos começar, não importa mais. Dr. Brown, per favore comece a explicar do início o motivo desta reunião.

 

Lorenzo se refere ao protetor do centro da Caballa, o cientista Duncan E. Brown, um homem negro também da tradição de magos conhecidos como cientistas loucos. Dr. Brown se assemelha ao cientista Neil Degrasse Tyson e está na frente de uma lousa branca. Perto dele sentado numa poltrona branca está um homem moreno de seus 55 anos que veste um elegante terno da marca tagliatore, sem gravata, parecendo um executivo de uma grande indústria.

 

- Bom dia, senhores. Antes de mais nada permitam que lhes apresente o senhor James Maktub, empresário sócio da Maktub Entreprises. – Diz Duncan Brown.

- Deveras, uma grande empresa do mercado financeiro e investimento em pesquisa de novas tecnologias. Uma das poucas que não se concentra somente na Wall Street. Também soube que tem uma certa ligação com a “Tecnocracia”. – Relata rapidamente Dr. Carter.

Akidaban reage: - Como assim você trouxe um tecnocrata para nossa sede, Brown?

- Calma Akidaban, sabemos que a Tecnocracia quer acabar com a magia. Mas não podemos esquecer que são muitos os grupos distintos que fazem parte desse tipo de filosofia. E além disso, o senhor Maktub vai explicar a vocês do que trata sua visita. – Fala Duncan Brown.

James Maktub se levanta e toma a palavra.

- Bom dia, senhores. Desculpe pela reputação da empresa de minha família. Mas vamos as apresentações, meu nome é James Maktub. Mas podem me chamar de Jim. Tenho um irmão gêmeo chamado John que possui grandes conhecimentos ocultistas e pelo que percebi têm planos em modificar a história da humanidade para seu controle e poder pessoal.

- Haha... que merda é essa que cê tá falando, playboy? Isso parece coisa de filme. – Tripudia Jack Harper.

- O que ele está falando é sério, Harper. Já tive acesso às provas e estamos diante de um problema dos grandes. – Avisa o Dr. Brown.

- Não, não. Peraí. Você está querendo dizer que um mago conseguiu acesso à viagem no tempo para o passado, é isso? – Pergunta Akidaban impressionado e gesticulando com as mãos.

- De fato não seria tão impossível assim... – Observa Carter.

- Puta merda, esse povo pirou de vez! – Condena Jack.

- Mannagia! Calma, todos. Deixem o dottore explicar para que possamos entender. – Fala Lorenzo.

 

Duncan Brown começa a desenhar um esquema na lousa e passa a explicar para que o grupo possa entender.

- O senhor Maktub soube que tenho interesse pela temática sobre buracos de minhoca e transposição no multiverso, então resolveu pedir nossa ajuda para ajudá-lo com um problema. Eu sei que vocês estão curiosos sobre o que deve ser, então vou lhes explicar um pouco sobre minha pesquisa. Sabemos que a linha do tempo é uma flecha contínua que sempre vai para frente. Segundo Einstein para conseguir viajar pelo tempo um corpo deveria alcançar ou superar a velocidade da luz. No entanto, nenhum corpo como conhecemos pode alcançar essa velocidade sem que venha a se desintegrar, a não ser que tivesse uma concentração de massa exponencialmente alta. Pois bem, para viajar no tempo não precisamos alcançar grandes velocidades próximas a da luz. O que precisamos é de um atalho por dentro do multiverso também conhecido por alguns físicos como “buraco de minhoca”. Analisei e juntei 2 teorias que são basicamente a teoria dos buracos de minhoca com a teoria da curvatura do tempo. Desenvolvi uma máquina do tempo em que utiliza partículas de uma substância chamda b-subs conhecidas como muóns para abrir um caminho para coordenadas pré-indicadas. Acontece que quando se abre este pequeno caminho ou buraco negro é necessário que ele seja fechado imediatamente após a passagem. Daí entra a segunda tecnologia da minha máquina, a utilização de partículas Bósons W, Z e Y. Estas permitem a curva no tempo por meio da manipulação de força nuclear fraca e ao mesmo tempo vão fechando o caminho que foi aberto pela máquina do tempo. – Conclui Dr. Brown.

 

Jack com a boca aberta deixa cair o cigarro. Akidaban esfrega os olhos sem acreditar no que está vendo e ouvindo. Carter tem estampado no rosto um sorriso de curiosidade e satisfação. Apenas Lorenzo se mantém cético com a mão no queixo enquanto olha para o Dr. Duncan Brown.

James Maktub apresenta uma lista codificada numa folha de agenda e diz:

- Temos também esta lista com códigos estranhos que roubei de meu irmão e deve ser algo importante. Inclusive já passei para o Dr. Brown decifrar.

- Para a sorte de vocês comecei a decifrar estes códigos e são coordenadas na linha do tempo que levam a datas e lugares diferentes. Infelizmente não sei precisar quais são esses lugares, mas consegui algumas datas e o restante do código o computador de bordo da Máquina do tempo que construí poderá levar vocês até os devidos locais e datas. Consegui entender que as datas são 332 AC, 1912 e 1945. Pode haver mais datas, mas o computador da máquina irá levar vocês. – Informa Brown.

- Espera aí, maluco. Você inventou a máquina e não sabe exatamente onde e quando nós iremos? Podemos parar na lua ou no fundo do mar é isso!? – Pergunta Jack Harper assustado com a ideia.

- Não, Jack. Vocês vão seguir pontos na história humana que foram escolhidas pelo irmão de James, tentar descobrir seu plano e impedir. Todos são locais e datas com civilizações. Não poderei lhe dar a informação precisa de locais porque os dados são semelhantes a análises combinatórias. Somente quando se chega em um lugar que os dados se tornam estáveis para o cálculo do próximo local. Como eu não fui a nenhum local, só pude fazer estimativas. – Acalma Brown.

- Acho que já entendemos a essência da missão, Doutor. Agora nos mostre onde está essa máquina do tempo? – Indaga Lorenzo.

Duncan Brown ansioso diz: - Pois bem, venham comigo para o espaço por trás da casa, vou lhes mostrar.

Chegam a uma espécie de quinta e oficina, onde veem um veículo coberto por uma capa. Brown com um sorriso infantil fala:

- Muito bem está na hora de apresentar a vocês, não pude pensar de outra forma, afinal sou fã de cinema. Então qual a melhor forma de viajar no tempo do que numa referência pop? Cada um de vocês será um Martir Macfly da história, meus amigos. Eu lhes apresento o... DeLorean...

O cientista retira um pano que cobre um carro sendo réplica idêntica do veículo usado na trilogia de filmes “De volta para o futuro”.

- Por isso mudei meu nome para Duncan Emmet Brown, adicionei o “Emmet Brown”. Mas vamos a outros detalhes. Diferente ao do filme este DeLorean tem dois espaços para passageiros atrás, totalizando quatro assentos. Como vocês irão viajar para datas antigas de nossa história e não sabemos exatamente quais serão, vocês vão precisar de vestimenta de cada época. Portanto, eu preparei para cada um de vocês um traje especial.

Duncan E. Brown entrega para cada um dos jogadores um traje preto parecendo com couro sintético que se adere ao corpo, sendo que algumas partes do traje contêm bottons. Este traje se assemelha ao usado no anime “Gantz”.

- Cada um dos trajes tem codificadores de modelagem de comprimento e textura de tecido. Ou seja, ele se modifica para simular tecidos antigos e se torna folgado ou apertado de acordo com o tipo de indumentária que a cultura apresenta. Olhem agora os três botões no ombro esquerdo de cada traje. O botão amarelo é o botão de escaneamento das roupas da época, ele vai compreender o tipo de vestimenta e vai programar o tipo de roupa que você vai usar de acordo com o tamanho, cor e idade de cada um de vocês. O botão verde é o botão que modifica o tecido e adapta o traje de acordo com as informações da programação do primeiro botão. Já o botão vermelho... bem... é melhor vocês não o acionarem... – Avisa Brown com certo suspense.

- Ih, ferrou. Já sei que não vou gostar disso. – Prevê Jack.

- O que este botão faz exatamente? – Indaga Carter.

Duncan Brown fala seriamente: - O botão vermelho é o botão de autodestruição do traje. Estes trajes também se autodestruirão caso vocês morram no passado. Pois este tipo de tecnologia não pertence a datas anteriores, seria um desequilíbrio enorme no continuum do espaço tempo, modificando livros de história e a compreensão da ciência por centenas ou milhares de anos. Então, caso vocês sejam capturados e não consigam voltar utilizando a máquina do tempo... terão que usar o botão vermelho.

James Maktub se aproxima da equipe de Magos e informa ainda:

- Meu irmão está pesquisando rituais de magia negra com algo chamado de “Horcruxes”. Deve ter algo a ver com isso, não sei bem. Mas tentem descobrir o que seja.

 

Duncan E. Brown então diz:

- Muito bem, senhores, está na hora de nos despedirmos. Vou pedir para que após os destinos das coordenadas programem a máquina para regressar daqui a uma hora. Gostaria de ir, mas não irei com vocês, preciso pesquisar mais sobre isso e o veículo só tem capacidade para quatro pessoas. Espero que tenham um especialista em línguas antigas e história, bem como tecnologia, pois provavelmente também irão para o futuro. Desejo sorte para vocês. Ah, mais uma coisa: Não mudem a história, façam o possível, ou melhor, o impossível para não mudar os fatos. Várias pessoas morreram e tragédias aconteceram. Não é dever de vocês mudarem esses fatos. Entendido?

Ah, e mais uma coisa, essa é a última: se vão encontrar outros viajantes do tempo inimigos, preciso que levem essas bombas de gás. Elas vão liberar gás que modificam a compreensão dos adormecidos sobre a intervenção da mágika nos acontecimentos, eles praticamente vão esquecer das mágikas vistas e vão buscar explicações diferentes. Percebam o quanto é perigoso viajar no tempo, pode haver choque de matéria, espírito ou outra anomalia. O choque de matéria irá modificar a estrutura de vocês ou da máquina se vocês chegarem num local já ocupado por outra matéria, então viajem com os skyjets do deLorean a uma altura de 20 metros, e torçam para não chegarem num local que tenha um pássaro ou flecha voando. O choque de espírito também poderá ser desastroso se algum de vocês encontrar seu avatar no passado. Ainda não tenho certeza do que poderá acontecer, mas boa sorte para todos.

- Eu acho que vou ficar ajudando o Dr. Brown, gente. Nunca se sabe as dificuldades de uma pesquisa, não é? – Fala Jack tentando disfarçar o receio de viajar no tempo.

- Entra logo aí, palhaço! – Ordena Akidaban empurrando Jack pelo pescoço.

O grupo de magos entra no DeLorean, e Duncan E. Brown ensina a Carter e Lorenzo sobre os controles do computador de bordo e sobre os comandos para o planador do veículo, bem como do sistema de invisibilidade. Eles então levantam voo no modo invisibilidade e partem para o passado, seu primeiro destino.

autor
Jonnathan Freitas

elenco
Tom Hardy como Domenico Lorenzo
Lucas Till como William Carter
Rodrigo Santoro como Jack Harper
Seu Jorge como Akidaban
Neil deGrasse Tyson como Duncan Brown
Paulo Pires como John Maktub
Scarlett Johansson como Réia
Lady Gaga como Kyra

trilha sonora
Shireen - Umai

produção
Bruno Olsen
Cristina Ravela


 

Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


REALIZAÇÃO




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