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Perfume - Capítulo 56

Novela de Luiz Gustavo
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CAPÍTULO 56 - A RESSACA
 
     
   
 

O gelo corre pelo copo entrando em contato com o uísque escocês Chivas Regal, considerado o mel dos ricos, a bebida havia sido envelhecida por vinte e um anos, deixando o sabor ainda mais sofisticado. Levi faz uma careta ao começa a dirigir a bebida alcoólica, talvez não estivesse mais acostumado como antes. Tony o repreende, segurando o recipiente de cristal antes da próxima golada, com uma feição de preocupado estampada na face. 

- Quer se matar? 
- Me deixe em paz, por pelo menos um minuto. 
- Nunca. 
- Sinto-me que nem um bebezinho de colo. 
- Deveria pensar no seu filho antes de cometer qualquer burrada. 
- Ainda não estou cortando os meus pulsos. 

Levi abandona aquela ideia insana, havia lido em um site, que o álcool ajudava na concentração e na recuperação, o fato aguçou a sua curiosidade, mas ninguém de sua família iria de permitir a cometer este deslize. Deve seguir todas as ordens recomendas dos médicos e não a de um estranho da internet.  Barbara se aproxima, praticamente fuzilando o namorado com aqueles olhares. Tony deixa o casal sozinho, retornando a ficar próximo dos outros convidados. 

- O que estava acontecendo? – Barbara questiona. 
- Você também, querida? 
- Sim. 
- Só bateu uma curiosidade, apenas isso. 
- Não devo ficar preocupada com nada? 
- Apenas com o nosso filho. Ligou para a casa? 
- A babá disse que ele está no sétimo sono.

A festa termina pontualmente às duas horas da manhã, o DJ diminui a música gradualmente quando Alice Jones desceu as escadas, literalmente devastada com a cena que havia visto acima no segundo andar, os convidados ficaram em choque, Tomaz havia traído a delegada com a própria prima. Amália pega um copo de água e se aproxima da mulher, que continua nervosa acomodada em uma das cadeiras. 

- Calma minha querida. – Disse a senhora. 
- Eu não consigo acreditar que ele estava fazendo isto comigo, embaixo do nosso próprio teto, Amália, é muita humilhação e cinismo ainda pedir desculpas, como se fosse tirar aquela imagem da minha cabeça. Nós planejamos tantas coisas juntos, enquanto ele me enganava deitado com aquela Claudia. 
- Ainda não consigo imaginar que ela se submeteu a este papel. 
- Os dois são culpados, principalmente ele. 
- Vá para casa, descanse a cabeça. 

Alice se ergue na cadeira, enquanto segue em direção da saída acompanhada por Tony Federline, que iria de levá-la para casa, os convidados começam a se retirar aos poucos, a maioria boquiabertos. Pamela havia saído pela porta dos fundos, evitando qualquer tipo de contato com os outros, é constrangedor estar naquela situação, mas aquela era a prova que necessitava, Tomaz ainda estava apaixonado, mas queria mais que um fogo nos lençóis, precisa encará-lo como um amor. 

Um novo dia nasce em Arraial D’ Ajuda e o assunto comentando ao redor da cidade não poderia ser outro, a festa dada pela elite e o verdadeiro escândalo envolvendo Claudia Alencar e Tomaz Brayton, primos e amantes. Tony tranca uma parte do escritório, enquanto o sócio permanece no notebook, revisando alguns números no monitor. 

Tony senta na cadeira a frente da mesa. 

- Existe um fato peculiar nesta história. – Levi fez uma careta estranha. 
- O quê? 
- Quando adolescentes Pamela e Tomaz eram namorados e agora...
- Ele se apaixonou pela irmã gêmea. – Tony afirma. 
- É muita coincidência, não é? 
- Sim. 
- Precisamos descobrir a verdade sobre aquela explosão na aeronave. 
- Não é apenas a respeito disto, existe outra contrapartida. 
- Do que você está falando? – Pergunta Levi. 
- De fato, quem morreu na basílica, Pamela ou Claudia? 
- Não, minha irmã jamais me enganaria desta maneira. – Levi nega com a cabeça. 
- Levi. Precisamos prestar atenção em tudo. 
- E vamos começar pela aonde? 
- Pelo princípio, de onde nasceram essas crianças. – Tony bate as mãos na mesa, causando um leve espanto no amigo. 
- E onde fica este começo? 
- Vale-Verde, uma vez visitamos a Neide Alencar, ela disse que esta filha dela já se encontrava morta, até agora havíamos engolido toda aquela historinha de ninar da Claudia, mas será que tudo isso é verdade? 

Eles dois mal tiveram tempo de tomar um café da manhã, seguiram direto para a garagem trajando uma roupa casual e seguiram com o Maserati Levante que desloca facilmente pelas alamedas do distrito, após alguns minutos de rush. Tony olha para o relógio de ouro quando eles estacionaram próximos a umas árvores na entrada do vilarejo de grande valor histórico. Ao avistarem o automóvel de quase um milhão de dólares, os moradores se aproximam para saber do que se tratavam, eles reconheciam aqueles dois homens simpáticos, principalmente o proveniente da família Monteiro. 

- Vocês sabem aonde posso encontrar a Dona Neide? 

Ela estava num rio lavando roupas, informa um dos moradores mais velhos. Os dois seguiram em direção de uma aresta, caminhando sem a menor pressa, chegando ao curso de água natural, Neide estava terminando de enxaguar algumas peças, quando contempla o rosto daqueles dois homens. 

- Os senhores novamente? – Ela indaga. 
- Viemos até aqui para perguntar a respeito da minha irmã. 
- Ainda estão insistindo neste assunto? 
- Vamos continuar a procura da verdade. – Tony disse. 
- A verdade está à frente dos olhos de vocês, não conseguem acreditar? 
- Do que a senhora está falando? 
- Não posso fazer este sacrifício. 

Dona Neide segura à bacia cheia de trajes femininos imaculados e coloca em cima da cabeça. Um vulto preto é visto através da mata próximo ao rio. Dois tiros são deferidos na cabeça da mulher, o sangue começa a melar toda a sua roupa, em poucos instantes, restava apenas um cadáver jogado na água que fica vermelha, os olhos dela fecharam gradualmente, soltando um pequeno gemido de sofrimento.

Tony saiu correndo atrás do atirador misterioso. Todos os planos deteriorados de forma restrita. Quando pensava que havia de o alcançado, encontra apenas o fuzil jogado no chão. Ele não tocou em nada, tratava-se de um profissional. O cerco estava se fechando, mas não sabia para qual lado. Escuta apenas o barulho do vento, que agora causava agonia de uma maneira inebriante, um frio no estomago, quando retornou para o local anterior, encontrou Levi desmaiado no chão ao redor de uma pequena multidão, as testemunhas.
 
     

 

     

Inspirada na música Perfume de Britney Spears

autor:
Luiz Gustavo

personagens:
Levi Monteiro
Pamela Monteiro

Barbara Novak
Tomaz Brayton

Tony Federline
Amália Monteiro

Jonathan Sampaio
Miguel Xavier
Alice Jones

Olga Novak
Neide Alencar
Marcos Ribeiro

Evelyn
Hugo Rafael
Fagner Lima

Valentim

participações especiais:
Jake Fremont
Tyler
Claúdia Alencar

as crianças:
David Novak
Kevin Jones
Douglas

trilha sonora:
Summertime Sadness - Lana Del Rey (abertura)

colaboração:
Thiago Machado
Márcio Gabriel

agradecimentos:
Juliana Cordeiro
Victor Marçal
William Araújo
Rodrigo Ferreira

produção
Bruno Olsen
Cristin Ravela

Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


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