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Estações da Vida - Capítulo 09

Novela de Gabo Olsen e Diogo de Castro
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CAPÍTULO 09
 
     
     
     
     
 
 
 

CENA 01. MANSÃO LAMBERTINI. QUARTO DE LEONARDO. INT. NOITE.

Continuação do capítulo anterior. Kátia flagra Amanda e Leonardo no quarto.

KÁTIA: Estou esperando uma explicação, Leonardo.

AMANDA: Eu entrei aqui por engano.

KÁTIA (séria): Engano? E tá esperando o que para sair?

AMANDA: Com licença.

Kátia encara Amanda.

AMANDA: Senhor, depois continuamos a conversa.

Amanda sai.

KÁTIA: Que conversa? Posso saber?

LEONARDO: Assuntos relacionados ao trabalho.

KÁTIA: No nosso quarto? Com você enrolado nessa toalha?

LEONARDO: Como você mesmo viu, ela se confundiu. Achou que era o quarto do Patrício.

KÁTIA: Ah você jura? Jura mesmo que acreditou na conversinha dessa vagabunda?

LEONARDO: Não começa, Katia.

Ele pega a cueca na cama e começa a se vestir.

KÁTIA: É claro que ela entrou aqui de propósito e se duvidar andou estudando seus hábitos, sabia muito bem que a essa hora você estaria no banho. Desde que começou a “namorar” o seu filhinho vive enfurnada aqui. Essa biscate não me engana, Leonardo.

LEONARDO: Olha a loucura que você tá falando, meu amor. Isso não faz o menor sentido.

KÁTIA: Você pode ficar aí se enganando o quanto quiser. Mas eu sei exatamente qual é o objetivo dessa mulher. E vou te avisar mais uma vez, se você der trela pra conversinha dessa vagabunda, eu acabo com os dois!

Kátia sai.

CORTA PARA

CORREDOR,

Amanda por ali, segura um porta-retratos onde estão Leonardo, Pato e a mãe dele. Vira-se para Kátia.

AMANDA (sorri): A mãe do Pato era tão bonita, não acha?

KÁTIA: Não me provoca, garota. Se não quiser que eu te jogue escada abaixo.

AMANDA: Não é estranho que mesmo depois de tanto tempo, o Leonardo ainda preserve essa foto?

KÁTIA: Sabe o que é realmente estranho? Você, uma mulher na casa dos trinta aparentemente interessada em um ninfeto de 16 anos de idade. Só que nós duas sabemos que o Pato é apenas um meio para que você atinja o que realmente quer.

AMANDA: Não sei do que você tá falando.

KÁTIA: Comigo você não precisa fingir. Conheço seu tipinho e sei o que pretende. Mas, se você pensa que vai tomar o meu lugar nessa casa, tá muito enganada.

Pato surge no corredor.

PATO: Que que tá pegando?

KÁTIA: Veja só, Pato, flagrei a sua namoradinha no quarto do meu marido.

PATO (estranha): Como é que é?

Kátia encara Amanda, que não esperava por isso.

AMANDA: É. Eu, eu acabei me confundindo e entrei no quarto dele achando que era o seu. Aproveitamos pra conversar sobre coisas de trabalho.

KÁTIA: Muito dedicada ao trabalho, não acha, enteado?

Pato encara Kátia.

PATO: Os quartos são na mesma direção. Não vejo problema em confundir. Eu sei qual é a sua, Katia. Ta querendo me envenenar contra a Amanda. Aliás, isso é a única coisa que você faz aqui nessa casa, quer colocar todo mundo contra todo mundo. Mas teu joguinho de intriga não funciona comigo. (aponta o dedo) Fica longe da Amanda.

KÁTIA: Será um prazer!

Pato pega Amanda pelo braço e passa por Katia. Eles entram no quarto dele.

KÁTIA: Idiotas! Isso não vai ficar assim.

Leonardo sai do quarto.

LEONARDO: Tudo bem?

KÁTIA: Seu filho já foi se trancar no quarto com a tal da Amanda.

LEONARDO: E você aí com ciúmes de mim. Essa garota tá apaixonada pelo meu filho.

KÁTIA: Só cuido do que é meu.

LEONARDO: Podemos jantar?

KÁTIA: Vou chamar a Lua.

CENA 02. CASA DE NANDA. QUARTO. INT. NOITE.

Nanda está encostada na porta, ofegante, segurando a carta na mão direita.

ESTELA (off): Nanda, abra a porta.

NANDA: Mãe, respeita minha privacidade tá?

ESTELA: Abre, meu amor, por favorzinho vai! Não me mata de curiosidade, filha!

NANDA: Esquece. Não vai rolar.

ESTELA (off): Fernanda Menezes, abra essa porta imediatamente. Isso é uma ordem!

Nanda bufa, mas abre a porta. Estela entra toda empolgada.

ESTELA: Ai, filha, abre logo isso vai. 

NANDA: Você parece criança, viu.

ESTELA: E você uma senhora de 50 anos das mais rabugentas!

Elas se sentam na cama. Nanda abre a carta, lê em voz alta.

NANDA: Amor, que o gesto humano n'alma escreve vivas faíscas me mostrou um dia, donde um puro cristal se derretia por entre vivas rosas e alva neve. A vista, que em si mesma não se atreve, por se certificar do que ali via, foi convertida em fonte, que fazia a dor ao sofrimento doce e leve. Jura Amor que brandura de vontade causa o primeiro efeito; o pensamento endoudece, se cuida que é verdade. Olhai como Amor gera, num momento de lágrimas de honesta piedade, lágrimas de imortal contentamento.

Camões

ESTELA: Que lindo, filha! Quem mandou?

NANDA: Não faço ideia. Não tem remetente.

ESTELA: Que máximo! Você tem um admirador secreto, Nanda. E olha que bom gosto esse garoto tem, poesias de Luis de Camões!

NANDA: Espera...

ESTELA: Que foi?

NANDA: O professor Arnaldo passou um trabalho de Literatura pra turma, sobre as obras de Camões.

ESTELA: E o que isso tem a ver?

NANDA: Ele pediu que escolhêssemos um livro desse autor pra fazermos uma resenha crítica. Isso foi uma pista. Só pode ser.

ESTELA: Como assim?

NANDA: Deve ser alguém do primeiro ano.

ESTELA: Da sua sala?

NANDA: Provavelmente.

ESTELA: Suspeita de alguém?

NANDA: Provavelmente.

Estela dá pulinhos de alegria.

ESTELA: Conta! Conta! Conta! Conta!

NANDA: Não pode ser... Será?!

ESTELA: De quem você suspeita, meu amor?

NANDA: Já chega né, mãe?

ESTELA: Claro que não. Agora você vai me contar tudinho.

NANDA: Aff. Tá bom. Tem um carinha que eu gosto.

ESTELA (agarra Nanda): Aaah!!! Minha filhota apaixonada!

NANDA: Ai, para, mãe. Me solta.

ESTELA: Tá. Quem é o sortudo?

NANDA: É o Pato. Sei lá, por um momento me passou pela cabeça que pode ser ele. Mas, é bobagem, ele tá namorando. Além do mais ele não é do tipo que manda carta.

ESTELA: Na verdade hoje em dia ninguém é né, meu amor. Vamos combinar que esse seu admirador tá meio ultrapassado. Mas, não se pode negar que ele é especial. Agora, se não é o Pato. Quem poderia ser?

Em Nanda, pensativa.

CENA 03. MANSÃO LAMBERTINI. QUARTO LUA. INT. NOITE.

Lua deitada na cama, concentrada. Alguém bate. Lua não reage. Kátia abre a porta, põe a cabeça pra dentro.

KÁTIA: Estamos te esperando pro jantar.

LUA: Já to indo.

KÁTIA: Não demora. E nada de celular na mesa!

Kátia fecha a porta. CAM detalha na tela do celular a conversa entre Lua e Iago.

LUA: Tenho que ir.

IAGO: Mas, já?

LUA: Vc me deixou no vácuo o dia todo –-‘

IAGO: Desculpa. Surgiu um trabalho em cima da hora. Meu celular descarregou, e aí já sabe, né?

LUA: Que barra. Mas tirando isso, seu dia foi bom?

IAGO: Seria melhor se eu tivesse te visto no colégio.

LUA: Own, que fofo ^_^

IAGO: E aí, como você está vestida? Manda uma foto.

LUA: Não vai rolar. Estão me esperando pro jantar. Mas, volto daqui a pouco. Bjo!

IAGO: Te espero então!

ABRE PLANO. Lua deixa o celular na cama e se apressa em sair.

CENA 04. MANSÃO LAMBERTINI. QUARTO PATO. INT. NOITE.

Pato e Amanda, deitados na cama.

AMANDA: Agora entendo porque você não gosta da sua madrasta.

PATO: Ela é insuportável.

AMANDA: Seu pai deve gostar muito dela né.

PATO: Por que a pergunta?

AMANDA: Você mesmo disse que ela é insuportável. Tem que estar muito apaixonado pra suportar alguém assim.

PATO: É. Infelizmente, meu pai gosta dela.

AMANDA: Há quanto tempo estão casados?

PATO: Tempo suficiente pra tornar minha vida um inferno. Desde que minha morreu.

AMANDA: Sinto muito.

PATO: Tudo bem. Agora eu tenho você.

Ele dá uma bitoca nela, que sorri.

PATO: Vamo pedir uma pizza?

AMANDA: Acho melhor!

Eles riem.

(MUSIC ON: JULIANA - RAÇA PURA)

CENA 05. APARTAMENTO DIEGO. SALA. INT. NOITE.

Juliana está sentada no sofá. Naná vem trazendo uma bandeja com jarra de suco e dois copos. O celular de Juliana vibra e ela salta do sofá no susto.

JULIANA: Só um momentinho, Naná, por favor.

Ela se concentra no celular, passa o dedo, sorri. Digita.

JULIANA (guardando o aparelho): Pronto. Ce me desculpa, é que eu arrumei um novo crush e ele não para de me chamar no privado.

NANÁ (sem entender): Como?

JULIANA: Conheci um carinha na internet.

NANÁ: Do meu tempo pra cá esse negócio de paquera mudou muito. Não entendi bulhufas dos termos que você usou.

JULIANA: Amiga eu fico conectada 24 horas na internet, não tem como não aderir ao internetês. É cada boy que passa na minha timeline. Vou te mostrar.

Ela retira novamente o celular do bolso, aproxima-se de Ná, vai mostrando.

JULIANA: Olha esse sem camisa (abana), me dá até um calor.

Naná ri, sem graça.

NANÁ: Um pouco novo demais pra você, não?

JULIANA: Talvez, mas, gosto assim. Você encararia o novinho da foto? Pode falar, estamos só nós duas aqui.

NANÁ: Você sabe que eu já passei da idade, Juliana.

JULIANA: Que nada, bobinha. Tem novinho que adora coroa do seu estilo.

NANÁ: Minha única preocupação é com o Diego, que aliás, já deveria ter chegado.

MUSIC OFF.

JULIANA: Falando nele, como estão as coisas entre vocês?

NANÁ: Alguns dias são melhores que outros. Outro dia até me deu abertura pra falar do avô.

JULIANA: Que bom. Às vezes, o que falta pra esses adolescentes é um pouco mais de orientação. É por isso que pego muito no pé de todos na escola.

NANÁ: Você é uma boa gestora, Juliana.

JULIANA: Obrigada. Mas, pelo Diego você sabe que não faço somente pela obrigação profissional.

NANÁ: Sei. E sou grata por isso.

A porta se abre. Diego ENTRA. logo percebe a presença de Juliana.

DIEGO: Diretora? Tá fazendo o que aqui?

JULIANA: Boa noite pra você também, Diego.

DIEGO: Que eu saiba, não aprontei nada na escola hoje.

JULIANA: Realmente você não aprontou nada. Eu vim conversar com a sua avó sobre outro assunto, mas já estou de saída.

DIEGO: Ok, então. (sai)

JULIANA: É sempre assim?

NANÁ: Como eu disse, alguns dias são melhores que outros.

JULIANA: Vou falar com ele.

NANÁ: Não precisa.

JULIANA: Precisa sim. Se me permite.

Naná abre caminho, Juliana passa por ela indo em direção aos cômodos internos.

CORTA PARA

CENA 06. QUARTO DIEGO. INT. NOITE.

Diego tira a camisa e joga no chão, quando vai tirar a calça alguém bate na porta. Ele vai atender. Ao abrir, Juliana já vai entrando.

DIEGO: Você ainda tá aqui?

JULIANA: Sim.

DIEGO: O que quer?

JULIANA: Conversar.

DIEGO: Não tenho tempo.

JULIANA: Olha, Diego, eu sei que as coisas não têm sido fáceis pra você.

DIEGO: O que você sabe da minha vida?

JULIANA: Mais do que você imagina.

DIEGO (impaciente): Vai embora daqui.

JULIANA: Como eu disse, sei que não tem sido fácil pra você. Mas isso não lhe dá o direito de maltratar com tanta hostilidade a mulher que mais se importa com você no mundo.

DIEGO: Escuta aqui, nós não estamos na escola, beleza? Aqui dentro você não é ninguém pra me passar sermão!

JULIANA: Eu não estou aqui como diretora. Estou aqui como alguém que se preocupa com você e com a sua avó. A Naná não merece as coisas que você faz. Você precisa passar a encarar as dificuldades como gente grande e não como um moleque irresponsável. Você não é mais uma criança, Diego. Tem responsabilidades com esta família. Já parou pra pensar que vocês só tem um ao outro? Está mais do que na hora de crescer! Era só isso.

Juliana se retira do quarto. Diego fecha a porta, fica pensativo até que o celular dele recebe uma notificação. Retira o aparelho do bolso, se surpreende com o que vê.

DIEGO: Eu não acredito nisso.

CAM foca no celular mostrando a selfie que Nanda e Paulinha fizeram no Goumert Carioca.

DIEGO (lê): Com a melhor companhia.

Diego bate na cama.

DIEGO: Ela só pode estar de brincadeira comigo. É guerra que você quer Nanda? Pois é guerra que você vai ter!

Diego se encaminha para o banheiro.

CENA 07. CASA PAULINHA. QUARTO. INT. NOITE.

Paulinha deitada na cama, celular no ouvido.

PAULINHA: Ele acabou de visualizar.

NANDA (off): Missão cumprida!

PAULINHA: Obrigada por isso, Nanda.

NANDA (off): Não precisa agradecer, boba. Mas, me conta, desencanou mesmo dele?

PAULINHA: O Diego é um imbecil. Eu não posso gostar dele.

NANDA (off): Então, você tá me dizendo que ainda gosta?

PAULINHA: Eu to dizendo que pode ser. Ai, você sabe que não é fácil de tirar da cabeça assim, de uma hora pra outra.

NANDA (off): Eu que o diga. Ce não vai acreditar, recebi outra carta do admirador.

PAULINHA: Sério? E aí?

NANDA (off): Tava escrito um poema de Camões.

PAULINHA: Quem?

NANDA: O poeta que estamos estudando com o professor Arnaldo na aula de Literatura. Só pode ser alguém da sala, Paulinha.

PAULINHA: O Diego?

NANDA (off): Ou pode ser o Pato! Já pensou? Se durante todo esse tempo ele também era a fim de mim e nunca teve coragem pra falar?!

PAULINHA: Ai, miga, não cria tanta expectativa tá? O Pato tá namorando e tudo com aquela garota mais velha. Acha mesmo que pode ser ele?

NANDA (off): No fundo, eu gostaria que fosse.

PAULINHA: Ai, Nanda. Por que a gente tem que gostar logo dos embustes? Seria tão mais fácil gostar do Caio.

NANDA: Né? O Caio é o garoto que toda menina gostaria de ter.

(MUSIC ON: DIFERENTÃO – KELL SMITH)

Elas seguem conversando fora do áudio.

CENA 08. CASA DE CAIO. QUARTO. INT. NOITE.

Caio está sentado em frente ao notebook. De seu ponto de vista, vemos que ele está visitando o perfil na rede social de Grego. Ele passa várias fotos do garoto com o mouse. O celular em cima da mesa emite um som. Ele verifica.

Musica continua em som ambiente.

CAIO: Mensagem da Nanda.

Visualiza, sorri. Devolve o aparelho para onde estava e volta a atenção para o notebook.

CAIO: Não posso desapontar meus pais. Eu preciso levar o lance com a Paulinha a sério.

A porta do quarto é aberta e Caio fecha o monitor do notebook no susto.

CAIO: Pai?

HEITOR (saliente): O que ce tava fazendo nesse computador hein, moleque?

CAIO: Ahn, nada.

HEITOR: E por que o susto?

CAIO: Tava concentrado aqui.

HEITOR: Sei bem no que você tava concentrado (assanha o cabelo dele). Na sua idade a gente não tinha computador, mas dávamos o nosso jeito. Se é que me entende.

CAIO: Pai, eu não tava vendo pornografia, se você quer saber.

HEITOR: Mas também se tivesse, sem problemas, tá? Sei que nessa fase da vida os hormônios ficam a flor da pele. É complicado.

CAIO: É.

HEITOR: Então... Quer conversar?

CAIO: Sobre?

HEITOR: Garotas, sexo, puberdade, essas coisas, filho. Não tem dúvidas? Agora que você ta namorando, é importante estar preparado para o que vem depois. Ninguém melhor do que seu pai pra orientar.

CAIO: Olha, pai, eu e a Paulinha, a gente tá namorando a pouco tempo. Acho que ainda não é a hora certa.

HEITOR: Tudo bem, não to pressionando. Só quero que você saiba que, quando estiver pronto, pode falar comigo sobre essas coisas. Não se esqueça que, além de pai, sou educador físico.

CAIO: Ok, pode deixar que te procuro.

HEITOR: Beleza. Então, até amanhã!

Heitor sai do quarto. Caio esboça um sorriso. Ele aumenta o volume da caixinha de som do computador. Vai tirando a roupa, pega a toalha na cama e entra no banheiro.

CENA 09. MANSÃO LAMBERTINI. QUARTO DE LEONARDO. INT. NOITE.

MUSIC FADE.

Kátia, com uma camisola de seda, penteia os cabelos na frente do espelho. Leonardo, de pijama, lê um livro, deitado na cama.

KÁTIA: Você não esperava que os dois descessem pro jantar, não é? Mas, foi melhor assim. Acredite.

LEONARDO: Isso é um retrocesso. Aconteceu mais alguma coisa depois que vocês duas saíram do quarto?

KÁTIA: Nada que você já não tenha presenciado.

LEONARDO: O que houve?

KÁTIA: Seu filho me destratou na frente dela.

LEONARDO: No mínimo você provocou.

KÁTIA: Se falar umas boas verdades é provocação, provoquei sim.

LEONARDO (repreende): Kátia, eu preciso da sua colaboração. Mantenha a calma. O foco do Patrício é nos provocar. Entrando na pilha, ele fará o circo pegar fogo.

Kátia coloca a escova na estante e se vira, caminha em direção a cama. Tira o livro das mãos dele.

KÁTIA (finge): Você precisava ver a maneira como ele falou comigo. Eu não mereço ser tratada assim, meu amor.

LEONARDO: Eu sei que não. Mas, releve, por favor. O Patrício vai acabar entrando na linha.

KÁTIA: Tudo bem. Vou relevar, pelo bem da nossa família. Agora vem cá vem, paixão. To com saudade de você.

Eles se beijam.

CENA 10. MANSÃO LAMBERTINI. QUARTO DE LEONARDO. INT. NOITE.

Lua, concentrada no celular, deitada na cama. CAM detalha a conversa entre ela e Iago.

IAGO: Vc está só?

LUA: Sim.

IAGO: Privacidade é melhor, rsrs. Cadê minha foto? Vai gata, manda?

LUA: Tenho uma ideia melhor.

IAGO: Qual? rsrs

LUA: Chamada de vídeo. Assim nos vemos.

IAGO: Ih, não vai dar. Minha câmera tá com defeito. Mas podemos continuar assim, se quiser.

LUA: Que pena. Iago, o que você fará amanhã à noite?

IAGO: Por enquanto nada, e vc?

LUA: Meus pais vão pra casa de praia e vai rolar uma festa aqui. Você pode vir?

IAGO: Gostei da ideia. Posso te avisar amanhã?

LUA: Sim. Aguardo sua reposta.

Em Lua, feliz.

CENA 11. RIO DE JANEIRO. EXT. NOITE.

(MUSIC ON: MEU ABRIGO - MELIM)

CAM mostra a orla da praia com pessoas caminhando, jovens fazendo capoeira. A noite vai desaparecendo, surgindo um novo dia. 

CENA 12. APARTAMENTO DE DIEGO. COZINHA. INT. DIA.

MUSIC OFF.

Naná toma o café. Diego entra.

NANÁ: Bom dia, Diego.

DIEGO: Oi.

NANÁ: Dormiu bem?

DIEGO: Vó, qual é a da Juliana? O que ela estava fazendo aqui?

NANÁ: Eu a encontrei na feirinha e a convidei para tomar um café. Nada demais.

DIEGO: Hum. Espero que ela não venha fazer fofoca da escola.

NANÁ: Não se preocupe. A escola não foi o foco da nossa conversa.

Diego pega um copo e coloca leite. Em Naná observando o neto.

CENA 13. MANSÃO LAMBERTINI. SALA DE ESTAR. INT. DIA

Leonardo, Kátia e Lua.

KÁTIA: Lua, sem de bagunça na casa. Eu quero você na cama cedo e nada de ficar até tarde no celular. Estamos entendidas?

LUA: Ok. Vocês já falaram com o Pato?

Pato e Amanda entram.

PATO: Falavam de mim?

KÁTIA: Sim. Apenas um lembrete, nada de festa na casa.

PATO: Ah, sim. Pode ficar tranquila, desta vez eu vou me comportar. Eu prometo.

CAM foca nos dedos cruzados de Pato.

LUA: Vocês voltam quando?

LEONARDO: No domingo à noite. Patrício, não se esqueça que a Luana é sua responsabilidade.

PATO: Ela está em boas mãos. Fiquem tranquilos.

Pato pisca para Lua que retribui com um sorriso.

KÁTIA: Vamos indo, meu amor, senão vamos perder o voo.

AMANDA: Aproveitem a viagem!

LEONARDO: Obrigado.

Amanda encara Katia.

KÁTIA: Então vamos lá.

PATO: Eu ajudo com as malas.

Eles vão indo em direção a saída.

CENA 14. COLÉGIO FRAN VICENTINI. HALL DE ENTRADA. INT. DIA.

Alunos entram no colégio. Ramiro os recepciona.

CENA 15. COLÉGIO FRAN VICENTINI. SALA FUNDAMENTAL. INT. DIA.

Alunos fazem algazarra enquanto a professora não chega. Lua conversa com Andréia e Larissa.

LUA: Meninas, meus pais foram pra casa da praia hoje.

ANDRÉIA: E qual será a programação?

LARISSA: Ver filme a madrugada toda?

LUA: Bem melhor que isso. Vai rolar uma social lá em casa e o Pato me liberou pra chamar as minhas amigas.

LARISSA: Social com os carinhas do primeiro ano. Que tudo!

ANDRÉIA: Posso levar o Ricardo?

LUA: Claro. Agora vem a melhor parte.

LARISSA: Qual?

LUA: O Iago ficou de me confirmar. Talvez ele marque presença e a gente finalmente se conheça.

ANDRÉIA: Sério?

LARISSA (surpresa): Oh my god. Para tudo. Essa noite será inesquecível então hein.

Elas comemoram. A professora Lúcia (42 anos, loira, cabelos curtos) entra.

PROFESSORA: Ok, ok, ok, turma. Sentando em seus lugares!

CENA 16. SALA DO SEGUNDO ANO. INT. DIA.

O professor (35 anos, moreno, cabelos curtos) levanta.

PROFESSOR: Galera, por hoje é só. Não esqueçam do trabalho de Física. É para segunda no primeiro horário.

PAULINHA: Isso é sério Alfredo?

ALFREDO: Sim, Paulinha. Você tem algum compromisso no final de semana?

PAULINHA: Sim, claro. Como você disse, terminar o trabalho.

ALFREDO: Isso aí, galera, sigam o exemplo da Paulinha. Bom final de semana a todos.

Alfredo sai. Bolinhas de papel rolam na sala. Diego se aproxima de Nanda.

DIEGO: Ei, Nanda.

NANDA: E aí.

DIEGO (sério): Não acha que me deve uma explicação?

NANDA: Você é meu pai, por acaso?

DIEGO: Qual é o problema com você?

Vanice entra na sala e é recepcionada com um papel em seu rosto. Ela joga os livros na mesa, assustando a todos.

VANICE: Quem foi o responsável?

Os alunos ficam em silêncio.

DIEGO: Nanda, não vai me responder?

VANICE: Diego, sente-se agora. Você é o único que está de pé.

DIEGO: Já vai.

VANICE (ordena): Agora!

CORTA PARA

Os alunos concentrados fazendo a leitura de um texto. Vanice os observa minuciosamente. Nanda pega o celular e digita uma mensagem, discretamente. O celular de Paulinha vibra. Ela observa Vanice antes de pegar o aparelho lê a mensagem. CAM detalha a mensagem que recebera:

De: Nanda

Para: Paulinha

Você viu o Diego pedindo explicação?

Paulinha sorri, clica em responder e digita:

PAULINHA: Ele ficou no vácuo kkkk.

Vanice bate com força o livro na mesa novamente assustando a todos.

PATO: Pow professora, quer nos matar do coração?

VANICE: Paula Trindade e Fernanda Menezes, levantem-se. Vejo que as duas estão se comunicando através do celular. O assunto está interessante? (aponta para a porta) Continuem lá fora.

NANDA: Mas, professora/

VANICE: Sem lamentações, Fernanda. Retire-se agora. E você vai junto, Paula.

Fernanda e Paulinha saem.

VANICE: Mais alguém pra fazer companhia as duas?

DIEGO: Nem precisa perguntar de novo.

Diego se retira logo em seguida, sob o olhar de reprovação da professora.

CENA 17. COLÉGIO FRAN VICENTINI. CORREDOR. INT. DIA.

Nanda e Paulinha caminham pelo extenso corredor.

PAULINHA: Mais uma expulsão pra conta.

NANDA: Meus pais não podem nem sonhar.

Elas riem. Diego as acompanha.

DIEGO: Posso saber o motivo da alegria? Vocês acabaram de serem expulsas da sala.

NANDA: Qual é, Diego, vai ficar me perseguindo agora?

DIEGO: Só quero que me responda. Por que me deu bolo ontem?

PAULINHA: A culpa foi minha.

DIEGO: Sua?

PAULINHA: Eu convidei a Nanda pra jantar comigo e esquecemos da hora.

DIEGO: Custava me ligar?

NANDA: Foi mal, Diego. Acabei esquecendo nosso compromisso. Sabe como é né, prioridades!

DIEGO: Vai sacaneando vai. Agora você está me devendo uma e na hora certa eu vou cobrar.

Ramiro surge por trás.

RAMIRO: O que o trio inseparável faz fora da sala? A diretora vai adorar recebê-los.

Eles se entreolham.

CENA 18. SALA ENSINO FUNDAMENTAL. INT. DIA.

Lúcia concentrada anotando informações no caderno. Os alunos fazem exercício na apostila.

LARISSA: Professora, posso ir ao banheiro? Não to me sentindo muito bem.

LÚCIA: Claro, Larissa.

Larissa se levanta e desmaia. Beto corre para socorrê-la. Os alunos se aglomeram em volta dela.

BETO: Larissa?

LÚCIA: Alguém vá chamar o Ramiro. Corre.

Andréia sai correndo. Lúcia alcança o álcool no armário, abre e coloca próximo do nariz de Larissa.

CENA 19. COLÉGIO FRAN VICENTINI. DIREÇÃO. INT. DIA.

Juliana sentada. Paulinha, Nanda e Diego estão em sua frente.

JULIANA: O que vocês fizeram desta vez?

PAULINHA: A Vanice nos expulsou.

JULIANA: Por qual motivo?

NANDA: Estávamos mexendo no celular.

JULIANA: Vocês estão cansados de saber as regras sobre o uso de aparelho celular na sala de aula.

Ramiro abre a porta, limpa maçaneta, verifica se fechou a porta e se aproxima.

JULIANA: O que significa isso, Ramiro?

RAMIRO: Desculpe, senhora. A aluna Larissa desmaiou na aula da professora Lúcia.

Juliana levanta da cadeira.

JULIANA (atrapalhada): Ah meu senhor. Ramiro, pegue o álcool, localize o kit primeiro socorros, ligue para a ambulância.

NANDA: Não seria melhor levar na enfermaria antes?

JULIANA: Claro. Claro que sim, Ramiro! Leve a aluna pra enfermaria, rápido homem!

Ramiro anda de um lado para o outro, atrapalhado.

JULIANA: Vamos, Ramiro. Mexa-se. E quanto a vocês, me aguardem que eu volto.

Juliana sai com Ramiro.

DIEGO: Esse Ramiro é estranho.

PAULINHA: Sim.

NANDA: Vocês viram ele limpando a maçaneta?

PAULINHA: Achei sinistro.

Os três dão risadas.

CENA 20. COLÉGIO FRAN VICENTINI. SALA DO FUNDAMENTAL. INT. DIA.

Lua e Andréia estão na porta da sala, preocupadas.

ANDRÉIA: Será que ela ta bem?

LUA: Espero que sim, a professora mandou a gente esperar aqui.

Beto se aproxima delas.

BETO: Posso falar com vocês?

LUA: Claro.

BETO: Vocês não têm notado nada de estranho com a amiga de vocês?

LUA: Como assim?

BETO: Não acha que ela exagera com esse lance de dieta?

ANDRÉIA: Eu acho que ela está focada, determinada.

LUA: A Lari sempre foi muito exigente com esse negócio de magreza. Ela quer ser modelo.

ANDRÉIA: Mas, por que essas perguntas? Você sabe de alguma coisa que a gente não sabe?

BETO: Talvez. Outro dia eu a vi vomitar no banheiro. Ela veio com um papo de que estava com dor de barriga, mas, não acho que seja só isso.

LUA: Você acha que ela pode estar induzindo? Tipo, forçando a barra?

BETO: Sim. Eu tento ajudar, mas ela não quer minha ajuda. Talvez se vocês falarem com ela, pode ser diferente.

LUA: Nossa, Beto. Obrigada por compartilhar essa informação.

BETO: Vejo vocês sempre juntas, então achei que devia falar. Apesar dela não me querer por perto, eu quero que ela fique bem.

ANDRÉIA: Nós também queremos. E vamos ter mais atenção com isso, nossa amiga pode tá desenvolvendo um distúrbio alimentar. Precisamos fazer alguma coisa.

LUA: Com certeza.

BETO: Só mais uma coisa. Não digam que eu contei isso.

LUA: Pode deixar, Beto. Ela não vai saber que foi você.

BETO: Obrigado.

Ele se afasta.

CENA 21. COLÉGIO FRAN VICENTINI. CORREDOR. INT. DIA.

Juliana conversa com Ramiro enquanto caminham.

JULIANA: Já liguei para os pais da Larissa. Eles estão a caminho. Quando chegarem me avisa. Preciso falar com eles.

RAMIRO: Pode deixar, senhora.

JULIANA: Agora vou conversar com aqueles irresponsáveis e fico no seu aguardo.

RAMIRO: Ok.

CENA 22. COLÉGIO FRAN VICENTINI. SALA DA DIREÇÃO. INT. DIA.

Juliana entra. Diego, Nanda e Paulinha a aguardam.

JULIANA: Desta vez eu não vou chamar os pais, mas vou tomar outra medida.

DIEGO: Qual?

JULIANA: Durante uma semana os três serão revistados na entrada do colégio, o que significa que vocês estão proibidos de usarem celular nas dependências da instituição. Além disso, vão trabalhar voluntariamente na biblioteca, auxiliando as bibliotecárias na organização dos livros.

NANDA: Sem celular?

PAULINHA: Trabalho voluntário?

JULIANA: Se preferirem, posso convocar os pais para mais uma reunião.

NANDA: Ai, tá bom. A gente aceita.

JULIANA: Ótimo. Antes que eu me esqueça, o trabalho voluntário será na hora do intervalo.

DIEGO: Qual é, diretora! Na hora do intervalo?

JULIANA: Alguma objeção?

PAULINHA: Não. Tá tudo bem, diretora.

NANDA: E quando começamos?

JULIANA: Agora. Deixem os celulares na minha mesa e no final da aula me procurem. E daqui meia hora eu os aguardo na biblioteca. Sem atrasos. Ok?

PAULINHA: Fazer o quê né.

JULIANA: Sabia que poderia contar com a compreensão de vocês.

Em Juliana, sorridente.

CENA 23. BANHEIRO MASCULINO. INT. DIA.

Pato e Diego fazem xixi no mictório.

PATO: Trabalho voluntário, velho? Que chato hein!

DIEGO: E ainda confiscaram nosso celular. E tudo por que eu queria uma explicação da Nanda.

Pato vai para a pia lavar a mão.

PATO: O que ela disse?

DIEGO: Nem precisou dizer nada, cara. A foto tá lá pra comprovar. Elas fizeram de propósito, tão de vingancinha pra cima de mim. Mais ela não perde por esperar.

É a vez de Diego ir até a pia lavar a mão.

PATO: Olha, eu, se fosse você, entregava os pontos. Ela não vai ceder, Diego. Essa aposta tu já perdeu faz tempo.

DIEGO: Enquanto não tiver prova, não tem vencedor. Além do mais, tenho uma carta na manga pra hoje à noite.

PATO: Quero ver só.

Elas fazem o cumprimento com as mãos.

CENA 24. RIO DE JANEIRO. EXT. DIA.

(MUSIC ON: OPEN BAR - PABLO VITTAR)

Takes gerais da cidade no dia-a-dia.

CORTA PARA

SEQUÊNCIA DE CENAS

1.  Diego, Paulinha e Nanda organizam os livros na biblioteca sob a supervisão de Ramiro e Juliana.

2.  Amanda mergulha na enorme piscina da mansão Lambertini, usufrui do conforto da casa.

3.  Lua mexe no celular durante a aula. A professora lhe chama a atenção. Ela guarda o aparelho.

4.  Termina a aula no colégio. Os portões se abrem e os alunos começam a sair.

5.  Cai a noite.

6.  Diego e Caio se encontram no ponto de ônibus, ambos arrumados pra festa.

7.  O motorista de Paulinha estaciona em frente a Seven Night. Nanda sai. Os pais de Nanda acenam. Ela entra no carro e cumprimenta Paulinha.

CENA 25. MANSÃO LAMBERTINI. SALA. INT. NOITE.

Música continua em som ambiente. Jovens se divertindo. No sofá um casal se beija. Próximos à entrada, dois jovens fumam. Andréia procura por alguém. Pato e Diego circulado pelo ambiente cada um com uma garrafa.

DIEGO: E a Amanda?

PATO: Disse que ia atrasar.

DIEGO: Deve tá enfeitando tua cabeça.

PATO: Sai fora. Mas aí, de hoje não passa hein. Já tá tudo esquematizado. A prova que tu precisa pra admitir que eu sou o cara.

DIEGO: Vamo ver quem consegue primeiro. Tenho meus segredinhos.

Diego mostra uma substância em um frasco para Pato.

PATO: Qual é, cara, isso é droga? Tu trouxe droga pra minha casa, cara!

DIEGO: Relaxa. É só um negocinho pra fazer a Nanda entrar no clima.

PATO: Vê lá o que tu vaia aprontar.

Andréia surge em meio as pessoas.

ANDRÉIA: Pato, você viu a Lua?

PATO: Está no quarto se arrumando.

ANDRÉIA: Valeu.

Andreia vai em direção as escadas. Nanda, Caio e Paulinha se aproximam.

PATO: Olha só quem chegou. As três donzelas!

CAIO: Muito engraçadinho você.

DIEGO: É, cara, depois que começou a namorar com a Paulinha tu virou membro do clube da Luluzinha. Não anda mais com os amigos.

CAIO: Tão com ciúmes, é.

PATO: Sai fora, ow!

NANDA: Papo chato esse de vocês. Vamos ao que interessa?

Nanda pega a garrafa de cerveja da mão de Pato.

PAULINHA: Demorou.

CENA 26. MANSÃO LAMBERTINI. QUARTO LUA. INT. NOITE.

Larissa ajuda Lua a se maquiar.

LUA: Lari, você tem certeza que está bem?

LARISSA: Sim, amiga. Foi só um mal-estar.

ANDRÉIA: O que seus pais falaram?

LARISSA: Chamaram minha atenção e marcaram exames pra semana que vem. Bem desnecessário.

ANDRÉIA: Cuidar da saúde nunca é desnecessário.

LARISSA: Pronto, terminei.

LUA: Meninas, como eu estou?

Lua desfila para as amigas.

LARISSA: Linda.

ANDRÉIA: Uau. Essa é a Lua?

LARISSA: O Iago vai se apaixonar.

O celular de Lua apita.

ANDRÉIA: Falando nele.

LUA: Ele chegou. O Iago está lá na frente me esperando.

Lua sorri.

CENA 27. MANSÃO LAMBERTINI. RUA. EXT. NOITE.

(MUSIC: SUSPENSE)

Do outro lado da rua, dentro do carro de insufilm, o senhor de meia-idade digita no celular. CAM foca em suas mãos e celular.

IAGO: Lua, estou te aguardando.

LUA: Estou pronta.

IAGO: Você pode vir me receber? Sou muito tímido.

CAM foca no senhor.

 
     

 

     

autores
GABO OLSEN
DIOGO DE CASTRO


colaboração
IGOR FEIJÃO

elenco
NICOLAS PRATTES como PATO
ALICE WEGMANN como NANDA
JOSÉ VICTOR PIRES como DIEGO
LETÍCIA NAVAS como PAULINHA
JOÃO VITHOR OLIVEIRA como CAIO
LARISSA MANOELA como LUA
ERIBERTO LEÃO como LEONARDO
TALITA CASTRO como KÁTIA
JUAN ALBA como HEITOR
CAROLINA FERRAZ como SELMA
ÂNGELA LEAL como NANÁ
JANDIR FERRARI como MARCELO
ÂNGELA DIP como ESTELA
DALTON VIGH como RUBENS
LUCIANA VENDRAMINI como MIRTES
FILIPE BRAGANÇA como GREGO
LUCAS COTRIM como DJ
RAISSA CHADDAD como LARISSA
NICHOLAS TORRES como RICARDO
HESLAINE VIEIRA como ANDRÉIA
GABRIEL SANTANA como ISMAEL
CARLA FIORONI como JULIANA
MARCELLO AIROLDI como ARNALDO
VERA ZIMMERMANN como LÚCIA
SANDRA PÊRA como VANICE
WAGNER SANTISTEBAN como ALFREDO
MARISOL RIBEIRO como MILENA
JIDDÚ PINHEIRO como RAMIRO


trilha sonora
SIPPIN' ON SUNSHINE - AVRIL LAVIGNE (ABERTURA)
JULIANA - RAÇA PURA
DIFERENTÃO – KELL SMITH
MEU ABRIGO - MELIM
OPEN BAR - PABLO VITTAR

produção

CRISTINA RAVELA


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


REALIZAÇÃO


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