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Escolhas da Vida - Capítulo 13

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CAPÍTULO 13
 
     
 

CENA 01. MUSEU DO AMANHÃ. EXT. DIA.

Continuação do capítulo anterior. Diogo reconhece Fernanda. Os dois ficam a se olhar.

DIOGO: - Eu estava aqui, distraído diante desse mar.

FERNANDA: - Ele é lindo mesmo. Passa uma sensação de liberdade. Não acha?

DIOGO: - Liberdade, paz...

Os dois ficam a contemplar o mar por um instante.

DIOGO: - Mas creio que você não tenha me chamado apenas para vir contemplar o mar, não é?

FERNANDA (risos): - Não, claro que não.

DIOGO: - E então?

FERNANDA: - Você tem pressa?

DIOGO: - Não, não. Estou com tempo. Já avisei o Rick que irei só mais tarde para a danceteria.

FERNANDA: - Aquele lugar é lindo!

DIOGO: - Você gostou? Estranho, porque eu não vi mais você por lá.

FERNANDA: - Não é sempre que eu estou disposta a sair assim, pra balada. E ultimamente eu tenho passado por uma situação delicada, então precisava ficar mais na minha.

DIOGO: - Sei. Bem, tem uma exposição ótima rolando lá dentro. Quer ver? Assim a gente vai conversando e você desfaz esse mistério comigo.

FERNANDA: - Não tem mistério nenhum... (risos) Mas eu aceito o convite. Sabia que nunca entrei aí no museu?

DIOGO: - Sério? Não sabe o que está perdendo.

Os dois seguem caminhando, lado a lado, em direção à entrada do museu.

CENA 02. MERCADO. EXT. DIA.

Paula conversa com Olívia do lado de fora do mercado, sentadas em um banco.

OLÍVIA: - Sorte a minha pegar você bem no momento da folga, hein!

PAULA: - E hoje esse mercado ta uma loucura. Mas sabe, Olívia... Estou pensando em mudar. Agora com a gravidez, com a vinda do bebê, eu preciso de um emprego melhor. Ganhar mais.

OLÍVIA: - Sei como é, amiga. Mas a situação hoje pra conseguir alguma coisa anda tão difícil.

PAULA: - Eu cheguei a fazer um curso técnico de designer, mas não trabalhei na área ainda. Acabei deixando passar. Foi bem na época em que eu saí de casa, que precisava de serviço logo pra me manter. Aí surgiu o mercado e eu fiquei, fui ficando...

OLÍVIA: - Mas agora você pode retomar isso aí, Paula. Quem sabe até fazer algo em conjunto com a Nanda. Ela não é arquiteta?

PAULA: - Ainda não, mas está quase se formando.

OLÍVIA: - Então, é uma boa, vocês abrirem um escritório de arquitetura e designer. Imagina, que legal!

PAULA: - É. Seria uma boa mesmo. Vou falar isso com ela. Hoje eu saí cedo e ela ainda ficou dormindo.

OLÍVIA: - Ela tem se cuidado?

PAULA: - Sim! Eu e a Norma estamos ajudando. Tudo para uma gravidez saudável.

OLÍVIA: - E a Nanda, por um acaso, comentou com você algo sobre a inseminação?

PAULA: - Não. Por quê?

OLÍVIA: - Nada não. Achei que ela tivesse ficado em dúvida sobre o material do doador, algo assim.

PAULA: - Ela não perguntou nada. Achei a Nanda bem tranquila com relação a isso.

Olívia fica pensativa. Paula olha o relógio, salta do banco.

PAULA: - Gente, tá na hora de voltar! (saindo) A gente se fala, Olívia!

OLÍVIA: - Tchauzinho! Bom trabalho!

Paula sai.

OLÍVIA: - Se a Nanda não perguntou mais nada, deve ter desistido da ideia de saber quem era o doador. Menos mal!

CENA 03. CASA ARTHUR E NORMA. COZINHA. INT. DIA.

Arthur segura firme o braço de Norma.

ARTHUR: - Está ouvindo, Norma? Ou você larga a Nanda e essa história de gravidez, ou então quem vai te largar sou eu!

Norma solta-se.

NORMA: - Você está ficando louco, Arthur?! Como tem coragem de me pedir uma coisa dessas, homem?! Eu sou mãe!

ARTHUR: - E eu estou cansado de ver você se perdendo no meio dessa história suja da Fernanda e dessa delinquente da Paula. Já chega, Norma! Está passando dos limites! Eu te proíbo de ir atrás dela!

NORMA: - Quem está passando dos limites aqui é você! Nem parece um pai, um ser humano! Quem é você para me proibir?!

ARTHUR: - Deus criou o homem e a mulher. São eles os provedores da família. São eles a razão do amor e da verdadeira aliança abençoada. Você ficou cega, Norma, tão cega, que esqueceu os ensinamentos religiosos! O que a Fernanda e essa louca da Paula estão fazendo, vai contra todos os princípios mais sagrados do mundo! E você está dando força para uma coisa dessas!

NORMA: - E desde quando você presta atenção nos princípios religiosos, Arthur? Me poupe! Acima de qualquer religião, há o valor da vida, do amor, do sentimento verdadeiro!

ARTHUR: - Você está indo contra Deus!

Silêncio. Norma encara Arthur.

NORMA: - Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei. Amai o próximo como a ti mesmo... Princípios de amor, Arthur. Essa é a verdadeira palavra divina que você deveria pregar. Nela há o amor e não o seu ódio.

Norma vai saindo, sem antes encarar Arthur novamente, que desvia o olhar.

CENA 04. APTO MATHEUS. SALA. INT. DIA.

Matheus e Roberta fazendo aquecimento/alongamento para praticar exercícios.

MATHEUS: - Ai miga, o dia está tão lindo hoje. Me deu vontade de ir numa balada.

ROBERTA: - Sabe que essa vontade me agrada mais do que fazer exercícios!

MATHEUS: - Nossa, sedentária! Exercício é saúde tá?! E pra você arrasar na balada, dançando todas as músicas, tem que ter resistência. E só tem resistência fazendo exercício. Alonga mais essa perna aí!

ROBERTA: - Tá bom! Tá bom, já entendi!... Mas e aí, tá pensando em ir aonde? Joquer?

MATHEUS: - Não, quero uma balada GLS agora. Me acompanha?

ROBERTA: - Acho engraçado que na balada GLS quem pega alguém sou eu e você não, teu mar realmente não tá pra peixe hein. (risos)

MATHEUS: - Para de deboche, Roberta. Hoje não estou por pegar ninguém. Quero mais é dançar um pouco. Vem comigo?

ROBERTA: - Tá, aceito o convite.

MATHEUS: - Quando a gente voltar da corrida, eu vejo certinho onde tem festa boa hoje.

ROBERTA: - Corrida?! Não era uma simples caminhada na Lagoa?

MATHEUS: - Não, meu bem! Corridinha! Vamos lá!

Matheus incentiva Roberta que a contragosto, vai saindo do apto sendo empurrada por ele.

CENA 05. CASA CARLA. EXT. DIA.

Carla vai saindo de casa, seguida por Gabriel. Ela para próxima do seu carro.

GABRIEL: - Por que você está saindo tão apressada? Aconteceu alguma coisa?

CARLA: - Olha só, cara... Não sei o que deu na cabeça da minha mãe pra chamar você aqui em casa. Mas seja qual for o plano, eu não estou aberta a relacionamentos.

GABRIEL: - Nossa, nem uma amizade colorida?

CARLA: - Muito menos com você! (entra no carro) Se me der licença, eu tenho muito o que fazer.

GABRIEL: - Imagina o que o Diogo pensaria se visse você com outro cara? Eu sentiria ciúmes.

Carla para, encara Gabriel. Ele com olhar esperto, disfarça. Carla sai do carro.

CARLA: - O que você sabe sobre o Diogo?

GABRIEL: - Sua mãe me contou da sua fossa. Que você foi abandonada no jantar de noivado. Ainda bem que não foi na igreja, no altar né. Seria um baque e tanto.

CARLA: - Minha mãe não tem nada que ficar falando da minha vida para um estranho!

GABRIEL: - Não sou estranho. Sou amigo da família. Você ouviu lá dentro. Sua mãe e seu pai me adoram.

CARLA: - E você está aqui só por eles e me bajulando para tentar alguma grana do meu pai, é isso?

GABRIEL: - Não. Eu estou aqui porque nós dois estamos no mesmo barco. Eu também fui abandonado por alguém. E assim como você, ainda sou apaixonado por ela.

CARLA: - E o que eu tenho a ver com isso?

GABRIEL: - Eu e você juntos, despertando ciúmes em nossos respectivos alvos, atraindo a atenção deles para a gente novamente. Esse é o plano. Simples.

CARLA: - Simples e infantil! Por favor!

GABRIEL: - Isso é comprovado. Enquanto o ex correr atrás do outro sozinho, o par que abandonou a relação não vai se importar. Quando o ex arruma alguém tão bom quanto ou melhor que o par, ele começa a notar no ex. Na felicidade, na beleza... E acaba rolando interesse em se aproximar, mesmo que ele não deseje inicialmente, mas acaba sendo mais forte.

CARLA: - Você estuda relacionamentos?

GABRIEL: - Nas horas vagas. Mas,  vai por mim. Eu sei o quanto dói ser largado. Ainda mais no meu caso, que a minha noiva me deixou para ficar com outra mulher.

CARLA: - Nossa! Que barra.

GABRIEL: - Aos poucos eu estou me aproximando dela, fazendo ela repensar essa atitude imbecil. Mas eu não tinha ninguém à altura para me acompanhar. Você, Carla, é a mulher ideal.

CARLA: - Sei não. Acho isso tão... Sem resultado.

GABRIEL: - Só vai saber se tentar.

Carla fica pensativa.

GABRIEL: - E então?

CARLA: - Passa aqui amanhã e a gente conversa melhor. Agora eu preciso pensar nisso.

GABRIEL: - Como quiser!

Carla volta para o carro, vai embora. Gabriel a observa.

CENA 06. RESTAURANTE. INT. DIA.

Fernanda e Diogo conversam em um espaço mais reservado no restaurante.

DIOGO: - Você está sendo uma companhia muito agradável, Nanda.

FERNANDA: - Obrigada! Você também!

DIOGO: - Sabe que, eu penso em expandir a Joquer para outros bairros da cidade. Já se prepara porque você é quem vai fazer os projetos das novas casas.

FERNANDA: - Eu?!

DIOGO: - Claro! Uma arquiteta de mão cheia do meu lado e eu não vou aproveitar?

FERNANDA: - Quase arquiteta! (risos) Faltam alguns períodos para concluir. Devagarinho eu vou indo.

DIOGO: - O importante é não parar, tenha certeza disso.

FERNANDA: - Essa é minha filosofia de vida. Não parar, sempre para frente... E foi também por isso, Diogo, que eu tomei coragem em te chamar na rede social, te fazer o convite para sair. Porque eu estou passando por um momento muito importante na minha vida, que está me fazendo evoluir, crescer como ser humano e mulher.

DIOGO: - Nossa, isso é muito bacana! Mas, confesso que não sei onde eu entro nessa história.

FERNANDA: - Eu tenho uma pessoa comigo/

DIOGO (interrompe): - Você é compromissada?

FERNANDA: - Sim. Uma namorada.

Silêncio. Fernanda bebe um pouco d’água. Diogo disfarça o olhar, diante da resposta dela.

DIOGO: - Bem, continua. Não vejo problema nenhum nisso. Vocês se amando é o que vale, não é?

FERNANDA: - É. E a gente se gosta muito. E depois de algum tempo juntas, nós decidimos dar um passo mais firme na nossa relação. Na verdade, o passo mais importante da nossa vida. Nós decidimos ter um filho.

DIOGO:-  Nossa, Fernanda! Isso é lindo! Vocês vão adotar?

FERNANDA: - Não. Nós fizemos todo o processo de fertilização in vitro, em uma clínica especializada aqui no Rio de Janeiro. Clínica Bertolini.

Diogo se mostra surpreso.

FERNANDA: - Eu e a Paula fomos até lá, passamos por todos os exames, todos os processos necessários e por fim, escolhemos o doador do material genético que iria fecundar o meu óvulo e gerar o nosso filho.

DIOGO: - E então?

FERNANDA: - E então que o doador escolhido foi o de número 175.

Close em Diogo, surpreso.

DIOGO: - Eu.

Fernanda assente com a cabeça.

DIOGO: - Você está querendo me dizer que... Eu sou o doador do material do filho que vocês vão gerar?!

FERNANDA: - Que eu já estou gerando. Ele está aqui dentro, crescendo dentro de mim.

Diogo não contém a emoção.

FERNANDA (emocionada): - Eu insisti para a secretária da clínica que me revelasse quem era o doador porque eu queria ter o prazer de poder dizer pra ele que aquela doação está fazendo uma nova família feliz. Está me fazendo uma mulher ainda mais feliz! Eu estou gerando um filho!

DIOGO: - Fernanda!

Diogo se levanta, vai até Fernanda. Os dois se abraçam fortemente. Se afastam, trocam olhares. Diogo volta para o seu lugar, ainda incrédulo. Seu olhar não foge do olhar de Fernanda.

CENA 07. PRAIA DE SÃO CONRADO. EXT. DIA.

Lisa faz fotos para a campanha. Há uma grande equipe trabalhando na beira da praia. O fotógrafo dá as coordenadas para Lisa, que faz diversas poses. Illana acompanha, debaixo de um guarda-sol, todo o ensaio.

Lisa sente-se desconfortável em alguns cliques. Illana percebe. Lisa pede uma pausa para o fotógrafo, ele aceita. Ela se aproxima do guarda-sol de Illana, senta-se ao lado dela.

ILLANA: - O que foi, Lisa?

LISA: - Sei lá, me deu um enjoo de repente. Acho que é o cheiro desse protetor solar... Nossa... Você tem água?

Illana pega uma garrafa d’água para Lisa, que bebe.

ILLANA: - Enjoo assim, de repente? Você comeu antes de vir pra cá?

LISA: - Sim, me alimentei bem. Deve ser esse sol, muito quente.

ILLANA: - Que seja o sol mesmo, porque eu não quero nem pensar se for outra coisa.

Illana encara Lisa, que disfarça.

LISA: - Fica tranquila, Illana, porque eu não estou grávida.

ILLANA (irônica): - Mas eu nem falei nada...

LISA: - Mas eu conheço você, muito bem.

Illana ri. O fotógrafo se aproxima.

FOTÓGRAFO: - Vamos, Lisa? Eu quero aproveitar essa luz natural que temos aqui.

LISA: - Vamos sim.

Lisa acompanha o fotógrafo. Illana os observa.

CENA 08. MOTEL. INT. DIA.

Regina termina de colocar o vestido, enquanto Alex está deitado na cama, de cueca, observando Regina.

ALEX: - Tem certeza que não pode ficar mais um pouquinho?

REGINA: - Vontade não me falta, mas eu não posso. Eu tenho um compromisso importante hoje à noite. E nem se eu quisesse, eu poderia.

ALEX: - Não poderia por que?

REGINA (desabafa): - Alex... Eu, eu não posso. Pessoas como você não podem estar comigo.

ALEX: - Pessoas negras?

MUSIC ON: (Eu não domino essa paixão – Alcione)

Ela não responde.

ALEX: - Sabe que isso que você diz é extremamente hipócrita, sabia? Você fala essas bobagens, mas fica muito bem à vontade nos meus braços.

REGINA: - A gente tem sim, muita afinidade. Confesso que eu nunca tinha sentido isso com outro homem. E nem nas minhas mais loucas fantasias, eu me envolveria com alguém de cor.

ALEX: - Mas aconteceu. O negão aqui pegou você. E agora, o que você vai fazer?

REGINA: - Eu não sei. Eu estou sim muito envolvida, mas não posso me deixar levar. Eu sou uma mulher casada, tenho meus princípios.

ALEX: - Princípios? Ah, Regina seus princípios somem quando eu toco você, quando eu te beijo. Eu também tenho outro alguém.

REGINA (surpresa): - Tem?! Isso você nunca me disse!

ALEX: - Tenho. E ela me faz muito feliz também. Me sinto tão bem com ela quanto com você.

REGINA: - Eu não acredito que você tem outra pessoa, Alex!

ALEX: - Ei, calma! Tá com ciúmes?

REGINA: - Eu te pago bem o bastante para você não sair com mais ninguém! Muito menos ter algum relacionamento sério!

ALEX: - Regina, eu também preciso viver. Eu não tenho você sempre aqui comigo.

REGINA: - Seria demais pra mim também me encontrar com você seguidamente. Mas já chega, eu não quero mais ter essa conversa. Eu só te peço uma coisa, Alex: Não toca no nome, nem na pessoa dessa vagabunda que você diz ter algo, quando estiver comigo aqui, tá legal?

ALEX: - Vagabunda?!

REGINA: -Vagabunda, sim! A única mulher de verdade na sua vida, sou eu!

Regina encara Alex, séria.

ALEX: - Tudo bem.

REGINA: - Eu preciso ir agora. Te ligo pra gente se ver novamente.

ALEX: - Bom compromisso pra você hoje.

REGINA: - Obrigada.

Regina sai. Alex fica pensativo.

CORTA:

CENA 09. MOTEL. CORREDOR. INT. DIA.

Regina fecha a porta do quarto, se escora na parede do corredor, pensativa.

REGINA: - Regina! Você com ciúmes de um negro?! O que está acontecendo com você?

Ela se recompõe e sai, apressada.

MUSIC OFF.

CENA 10. RESTAURANTE. INT. DIA.

Diogo ainda surpreso diante da revelação de Fernanda.

DIOGO: - Eu pensava muito nisso, sabe? Se um dia eu teria a oportunidade de ajudar alguém dessa forma, de ajudar na construção de uma família amorosa, de um elo de felicidade!

FERNANDA: - Eu sou a prova viva disso então.

DIOGO: - Eu não consigo acreditar.

FERNANDA: - Mas é a mais pura verdade. Eu não procuraria você à toa. Foi o seu nome que a auxiliar lá da clínica me disse. Você era o doador 175. Diogo Troiani.

DIOGO (pensativo): - Eu vou ter um filho!

Fernanda sorri, graciosa, diante da reação de Diogo.

CENA 11. CASA ELIANE. SALA.INT. DIA.

Eliane recebe Paula.

ELIANE: - Finalmente lembrou que tem mãe, não é, Paula?

PAULA: - Como você está?

ELIANE: - Estou bem, na medida do possível. Tomando conta dessa casa velha, orientando seu irmão na vida/

PAULA: - Brigando com o João...

ELIANE: - Eu e o João, a gente nem briga mais. A nossa vida está numa desgraça tão grande.

PAULA: - Por que você deixou chegar nesse ponto, mãe? Você sabe que o João não vale nada!

ELIANE: - Acho que eu já estou bem grandinha para ouvir sermão de alguém como você, não acha?

PAULA: - Alguém como eu?

ELIANE: - Sim, alguém que ainda não sabe o que quer da vida, que leva uma vida assim, desregrada.

PAULA: - Ter um relacionamento com alguém do mesmo sexo é levar uma vida desregrada? Prefiro viver fora das regras, mas ser feliz, mãe. E isso sim é viver. E não sustentar a infelicidade todos os dias. O Tito me conta o que acontece por aqui, das suas brigas com o João, das bebedeiras...

ELIANE: - O Tito é um fofoqueiro. Ainda vai se dar mal de tanto dar com a língua nos dentes.

Tito chega.

TITO: - Eu só falo com a Paula porque eu me preocupo com você, mãe.

ELIANE: - Vocês dois falando isso, chega a ser até engraçado. Vocês não sabem nada da vida! Não sabem nada da minha vida! No dia em que vocês tiverem seus próprios filhos, saberão o que eu passo, as minhas atitudes, tudo o que fiz e faço.

PAULA: - Pois eu estou aqui justamente para te dizer que em pouco tempo, eu saberei disso tudo. Mas eu espero, do fundo meu coração, que eu não tome as mesmas atitudes que você tomou.

ELIANE: - Como é que é?

PAULA: - Eu e a Nanda, nós vamos ter um filho.

Na surpresa de Eliane que encara Paula, estranhando. Ela senta-se no sofá, e começa a rir, incrédula.

TITO: - Você tá rindo do quê, mãe?

ELIANE: - Você não ouviu? A sua irmã acabou de dizer que vai ter um filho com a outra lá, com a Nanda! (ri) É uma piada, não é? Fala aqui pra mim: como duas mulheres vão ter um filho?

PAULA: - A gente fez por fertilização assistida. Numa clínica. O óvulo da Nanda com o material genético de um doador. Ela está esperando o nosso filho.

Silêncio.

PAULA: - Eu relutei muito em vir aqui te dizer isso. Mas eu, como futura mãe, acabei compreendendo que a minha mãe também precisava estar presente neste momento que está sendo ímpar na minha vida. Por mais que a gente brigue, discuta, você é a minha mãe. A trancos e barrancos, me criou, agora cuida do Tito também. Foi o exemplo que eu tive, embora não seja o modelo que eu quero seguir. Eu desejo dar muito amor para este filho, mãe. Um amor que eu não tive quando eu queria, quando eu pedia, quando eu precisei.

Eliane baixa a cabeça.

PAULA: - E, apesar de tudo, eu não quero que o meu filho cresça sem saber das suas raízes. Eu quero que ele saiba que a avó dele está aqui presente, que o tio está junto também. Que ele pode não ter o sangue, mas tem o carinho, o afeto, o amor de todos que o cercam. Que ele consiga ter uma família amorosa. Família esta que foi o sonho da sua mãe, que ela nunca teve.

Paula não consegue segurar as lágrimas. Eliane levanta a cabeça, seu olhar encontra o olhar de Paula.

PAULA: - Por isso que eu achei que você precisava saber disso, mãe. Que esse é o momento mais importante da minha vida.

MUSIC ON: (Beaultiful – Christina Aguilera)

Eliane levanta do sofá, se aproxima de Paula, abraça a filha fortemente. Paula chora nos braços da mãe. As duas ficam abraçadas por um tempo, em silêncio. Tito observa tudo. Eliane se afasta, enxuga as lágrimas de Paula com o dedo. Encara a filha.

ELIANE: - Pode não parecer. Talvez você nem saiba mesmo, mas eu sonhei muito com esse momento. Em que você entraria por aquela porta, me dizendo que estava grávida e que eu seria avó. Não foi exatamente como eu pensei. A grávida não é você e você não tem um marido. Mas agora eu tive a absoluta certeza de que você não será uma mãe como eu. Não será nem um pouco parecida. Nada, nada, nada... E sabe por quê, Paula? Porque você sim sabe o real significado da palavra amor. E eu fico feliz de, mesmo não sendo o modelo perfeito de mãe a ser seguido, consegui despertar em você essa consciência. Hoje você acendeu um ponto de luz na escuridão da minha vida. Eu só te peço uma coisa, filha. Seja feliz, independente de qualquer coisa. Seja feliz e ame muito o seu filho. Você, mais do que ninguém, saberá fazer isso.

TRILHA AUMENTA

Paula, emocionada, se agarra em Eliane. Tito se junta a elas. Os três, abraçados, emocionados, compartilhando do momento. Tempo e João chega da rua.

MUSIC OFF.

JOÃO: - O que tá acontecendo aqui? Quem morreu?

TITO:-  Ninguém morreu, pai.

JOÃO: - E estão todos chorando feito bezerros desmamados por que?

ELIANE: - São lágrimas de felicidade, João. É a renovação da vida.

JOÃO: - Ih... Estão loucos!!!

E vai caminhando rumo a dentro. Clima.

ELIANE: - Deixa o João pra lá. Não deixa nada atrapalhar a sua felicidade.

PAULA: - Eu preciso ir agora, tenho que fazer mercado antes de ir pra casa. A Nanda deve estar me esperando. Aliás, quando você vai nos visitar, mãe?

TITO: - O apartamento delas é muito bonito, mãe.

PAULA: - Isso! O Tito já foi, pode levar você lá também!

ELIANE: - Calma, Paula. Deixa eu no meu tempo, tá bem? Agora vai pra não perder sua hora.

Paula assente. Sorri, graciosa. Dá um abraço em Tito e sai.

TITO: - Hoje foi o dia mais feliz da minha vida. Ver vocês duas abraçadas, felizes.

ELIANE: - Hoje foi especial, Tito. Não sei por quanto tempo, mas o momento de hoje vai ser sempre lembrado como um momento especial.

CENA 12. APTO LISA. INT. DIA.

Campainha tocando. Helena abre a porta. É Bruno, que se surpreende em vê-la.

BRUNO: - A Lisa está?

HELENA: - Você é quem?

BRUNO: - Eu sou o Bruno.

HELENA: - Então é você o pai do filho que a Lisa está esperando.

BRUNO (constrangido): - Infelizmente a Lisa cometeu esse erro e/

HELENA: - Como é que é, rapaz?! A Lisa cometeu o erro? Pelo o que eu saiba, ao longo dos meus quase 60 anos de vida, um filho não se faz sozinho.

BRUNO: - Eu não tive culpa nessa história. Eu não posso ter esse filho.

HELENA: - E a Lisa muito menos! Vocês dois foram irresponsáveis!

BRUNO: - Eu vim aqui para falar com a Lisa. Ela está ou não?

HELENA: - Não, ela não está!

Lisa surge, secando os cabelos.

LISA: - Nossa, ensaio na praia é complicado a bessa! Cabelo fica cheio de areia e (vê Bruno) Bruno?

BRUNO: - A gente pode conversar?

LISA: - Pode deixar ele entrar, mãe.

Helena encara Bruno, dá passagem para ele que entra, troca olhares com Lisa.

HELENA: - Eu vou estar lá dentro.

LISA: - Obrigada.

Helena sai.

LISA: - E então?

BRUNO: - Como você está?

LISA: - Levando. Ainda me acostumando com essa ideia toda.

BRUNO: - Pois eu ainda não consegui me acostumar.

LISA: - Mas é a realidade, Bruno.

BRUNO: - A realidade pode ser outra, Lisa. Eu não posso ter filho, não quero isso pra mim agora.

LISA: - Isso?! Bruno, um filho não é um brinquedo, um objeto qualquer que você pega quando quiser. Um filho é pra sempre!

BRUNO: - Eu sei que é pra sempre. Mas ele não precisa ser para o agora!

LISA: - E você quer que eu faça o quê?

BRUNO: - Aborta!

Baque nela.

LISA: - Como é que é?

BRUNO: - É a solução para nós dois. Você não prejudica a sua carreira, eu também não sacrifico a minha vida.

LISA: - Você só pode estar ficando louco. Já chega! Chega dessa história! Você acha mesmo que eu vou sacrificar a minha vida, Bruno? Eu vou ter esse filho sim! Você querendo ou não!

BRUNO: - Então você está decidida em acabar com a nossa vida, seguindo em frente com essa ideia.

LISA: - Eu estou decidida em acabar com a nossa relação isso sim!

BRUNO: - Ponto final, então?

LISA: - Ponto final!

BRUNO: - Lisa/

LISA: - Ponto final, Bruno. Acabou. Essa sua atitude foi a gota d’água.

BRUNO: - Você está sendo egoísta.

LISA: - Eu estou sendo egoísta?! Então vai embora e me deixa sozinha no meu egoísmo. Vai! Sai daqui!

Lisa chora. Bruno hesita em consolá-la, mas decide ir embora. Lisa chora deitada no sofá. Helena entra, se aproxima da filha.

HELENA: - Impossível não ouvir a discussão de vocês.

LISA: - O Bruno não entende, mãe.

HELENA: - Vocês não se entendem. Mas não pense que aqui é o fim. Um filho é o elo eterno entre o homem e a mulher, mesmo estando separados.

LISA: - Esse filho vai ser meu, mãe. Só meu.

Helena consola Lisa.

CENA 13. RIO DE JANEIRO. EXT. DIA

MUSIC ON: Vida real - Engenheiros do Hawaii

Takes da cidade ao anoitecer, os prédios, as avenidas e a movimentação costumeira do lugar. Corta para o bairro da Lapa. Takes de sua arquitetura peculiar, os arcos históricos e os bares nas proximidades.

MUSIC OFF.

CENA 14. BAR. INT. NOITE.

As mesas na calçada. Em uma delas, Illana conversa com Gustavo e Tomás.

ILLANA: - Que bom que vocês me chamaram para tomar um chopinho hoje. Eu realmente estava precisando.

TOMÁS: - Muito trabalho na agência?

ILLANA: - Graças a Deus! A R3 não para! Mas to falando mais da minha vida pessoal mesmo. Vou dizer aqui que às vezes eu invejo vocês dois, sabia?

GUSTAVO (acha graça): - Nós dois? Mas por quê?

ILLANA: - Ah, Gustavo, vocês dois são homens bem resolvidos na carreira, na vida. Um casal lindo, tem um ao outro, a parceria, o amor, o respeito.

TOMÁS: - Mas não pensa que é mar de rosas não, minha amiga. Como todo casal, nós também temos nossas briguinhas, desacertos.

ILLANA: - Mas é disso que eu falo, Tomás. Eu não tenho nem com quem ter desacerto! Na verdade tenho. Lembram que eu falei pra vocês, uma vez lá atrás, que eu tive um cara que mexeu comigo, deixou minha vida de cabeça pra baixo e depois sumiu?

GUSTAVO: - Sim. Você disse que tinha ficado bem abalada.

ILLANA: - Pois então, esse boy magia voltou e abalou de novo as minhas estruturas.

TOMÁS: - Mas gente, esse homem é poderoso hein!

ILLANA: - Vocês não sabem o quanto. Ele me deixa louca!

E toma um gole da cerveja no copo.

GUSTAVO: - E não estão juntos por quê?

ILLANA: - Culpa dos dois. Na época, eu estava focada na carreira. Acabei me envolvendo com o falecido e eu precisava da grana que o testamento me deixou no final. Da parte dele, a sombra do passado.

TOMÁS: - Sombra do passado? Parece filme de terror.

ILLANA: - E é mesmo. Ele tem a ex-mulher, mãe do filho dele. Essa daí é uma sonsa. Se faz de vítima, vira e mexe fica rondando ele, e homem não pensa, é essa a verdade. Agora a gente tá aí, distantes.

GUSTAVO: - Mas então é questão de sentar e conversar. Ajustar esses pontos que vocês deixaram pra trás para construir um novo começo.

TOMÁS: - E se ele gosta mesmo de você, ele vai estar disposto a deixar a ex-mulher no passado e não se importar se ela quiser aparecer no presente.

ILLANA: - Até porque na próxima vez que eu encontrar aquela cretina, ela vai ver só uma coisa. Vou dizer umas poucas e boas.

GUSTAVO: - Calma, Illana. Vamos de mais um chope, para acalmar os ânimos! (risos)

ILLANA: - Ai, Gus! Você sempre tão sensato!

(Ela acaricia o rosto dele.)

TOMÁS: - Não chega muito perto senão fico com ciúmes!

(mais risos)

Gustavo chama o garçom. Illana bebe seu chope, tentando relaxar. Tomás acha graça.

CENA 15. APTO FERNANDA E PAULA. INT. NOITE.

Paula assiste TV, sem muito interesse. Ela olha a hora no relógio.

PAULA: - Já anoiteceu e a Nanda ainda não voltou.

Ela pega o celular, liga.

PAULA: - Caixa postal. Onde será que ela se meteu? Vou ver se o porteiro sabe alguma coisa.

Paula sai do apto.

CENA 16. JOQUER. INT. NOITE.

Bruno e Vini conversam em uma das mesas do salão da Joquer, perto da copa e do caixa. A danceteria ainda está fechada, apenas alguns funcionários arrumando o local para mais tarde.

VINI: - Calma, cara! Esfria a cabeça.

BRUNO: - Como é que eu vou ficar calmo, Vini? Ela quer levar adiante essa história de filho, cara! Eu não posso criar uma criança! Eu mal consigo me virar aqui!

VINI: - Você tem que deixar ela pensar melhor, não pode ficar pressionando!

BRUNO: - Agora ela vai ter bastante tempo pra pensar. A gente terminou.

VINI: - Vocês terminaram?! Puxa vida!

BRUNO: - Não deu mais pra continuar.

Bruno observa Rick se aproximar do caixa, abrir a gaveta e pegar certa quantia em dinheiro e guardar no bolso.

BRUNO: - Cara, não pode ser.

VINI: - O que?

Rick se afasta, disfarçando.

BRUNO (chama): - Rick!

Rick para no chamado de Bruno, o encara desconfiado.

BRUNO: - Tá tudo bem, cara?

RICK: - Sim. Tudo em ordem. Aliás, acho que a hora da conversa já passou, Bruno. Melhor ajudar o pessoal a organizar a casa porque a noite vai ser longa!

Rick sai.

VINI: - O que tá pegando, Bruno?

BRUNO: - Tem uma coisa muito estranha rolando por aqui. Mas eu não quero nem pensar se minhas suspeitas se confirmarem.

VINI: - E o que você tá pensando?

BRUNO: - Deixa pra lá. Eu preciso trabalhar.

VINI: - Tá certo. A gente se fala. Vou indo nessa. Marquei um encontro com uma loirinha de Ipanema. Vou levar ela pra ver um show no Circo Voador.

BRUNO: - Aproveita, mano!

VINI: - Deixa comigo!

Vini se despede de Bruno e sai. Em Bruno, com expressão de desconfiança

CENA 17. CARRO DIOGO. INT. NOITE.

Diogo estaciona em uma rua próxima do prédio de Fernanda, com ela no carona.

DIOGO: - Eu poderia deixar você na frente do prédio, sem problemas.

FERNANDA: - Melhor aqui mesmo. Eu não falei para a Paula que iria me encontrar com você. Ela não sabe da gente.

DIOGO: - Você, aliás, foi muito ousada. O sigilo é uma das principais premissas nesses processos de doação de material genético.

FERNANDA: - Eu sei que foi arriscado. Mas sei lá, quando eu vi que era você, o mesmo cara daquele dia da danceteria, eu senti que não teria problemas em te chamar. E hoje então, durante a nossa conversa, só fui confirmando as minhas expectativas quanto a pessoa que você é.

DIOGO: - Olha que eu poderia estar fingindo!

FERNANDA: - Então você é um ótimo ator! Mas eu sei que estava falando a verdade. Ninguém finge com brilho nos olhos.

Os dois trocam olhares.

CENA 18. APTO LISA. QUARTO. INT. NOITE.

Ela está deitada na cama, entristecida. Pedro bate à porta, vai entrando.

LISA: - Pedro.

PEDRO: - Fiquei surpreso de ver sua mãe aqui na sua casa. Ela disse que eu poderia entrar.

LISA: - Ela chegou tem pouco tempo. Pode entrar.

PEDRO: - Ela me disse que o Bruno esteve aqui.

LISA: - A gente terminou.

Pedro deita-se ao lado de Lisa na cama, a abraça. Lisa se reconforta nos braços dele.

PEDRO: - Eu sempre soube que o Bruno não era homem pra você, Lisa. Mas você não quis me ouvir!

LISA: - Não, Pedro, por favor/

PEDRO: - Tá certo, desculpa. Agora eu estou aqui, está tudo bem. Nada de mal vai acontecer com você. Fica bem.

Pedro conforta Lisa.

CENA 19. BOATE GLS. EXT. NOITE.

Matheus e Roberta na fila para entrar no estabelecimento. Tem muita gente esperando. Um carro, com alguns rapazes dentro, passa na rua. Alguns caras falam grosserias para as pessoas na fila.

MATHEUS: - Nossa, que babacas!

RAPAZ NO CARRO: - Bando de viadinhos! Tem que levar ferro mesmo!

ROBERTA: - Ridículos! Impossível acreditar que ainda hoje existam caras como esses andando pelas ruas!

MATHEUS: - Eles se acham!

ROBERTA: - Bando de covardes, esses pitboys!

MATHEUS (grita): - Covardes!

RAPAZ NO CARRO: - Chamaram a gente de covarde! Para o carro!

O carro para na rua. Descem 4 rapazes, grande porte físico, expressão séria.

RAPAZ 01: - Quem aí chamou a gente de covarde?

MATHEUS: - Eu mesmo. Vocês não tem vergonha não? Ficar ofendendo as pessoas de graça na rua?

RAPAZ 02: - Olha só! O Bambi ficou valentão!

RAPAZ 03: - E tu, hein, meu irmão? Não tem medo da morte não?!

ROBERTA: - Matheus, esses caras são perigosos!

MATHEUS: - Eles precisam é parar de ficar mexendo com quem tá quieto. As pessoas só querem se divertir.

RAPAZ 01: - A gente também quer se divertir. Mas a nossa diversão é dar jeito em viadinho como você!

RAPAZ 04: - Verme! Aberração!

ROBERTA: - Eu vou ligar pra polícia.

Ela pega o celular.

MATHEUS: - Vermes são vocês! Bando de ignorantes! Acho que o excesso de musculação amassou o cérebro de vocês!

RAPAZ 03: - Você vai ver o que vai ficar amassado agora, seu merda.

O rapaz 03 puxa Matheus pela camisa e o empurra. Matheus fica cercado pelos 4 pitboys.

ROBERTA (assustada): - Matheus!

Matheus se mostra apreensivo. Um dos rapazes acerta um soco em Matheus, que cai no chão. Em seguida, os demais começam a bater nele. Roberta se assusta, grita por socorro. Alguns seguranças da boate saem, tentam apartar a briga. Começam a brigar com os rapzes. Um dos pitboys chuta Matheus – ainda caído no chão - e em seguida lhe acerta um soco na cabeça.

A polícia vai se aproximando do local. Os pitboys correm para o carro e fogem. Roberta se aproxima de Matheus. Ele está desacordado e muito ferido.

ROBERTA (assustada): - Matheus?! Fala comigo! Matheus! Alguém ajuda aqui!

A polícia chega em duas viaturas. Uma delas vai atrás do carro dos pitboys. Os outros policiais ajudam a socorrer Matheus. Roberta muito abalada.

CENA 20. APTO FERNANDA E PAULA. EXT. INT. NOITE.

Paula fala com o porteiro do prédio, na calçada.

PAULA: - Você não viu a Nanda mesmo?

PORTEIRO: - Desde que eu cheguei aqui, eu não vi a dona Fernanda passar não.

PAULA: - Tudo bem. Eu já estou um pouco preocupada, porque nem o celular ela atende. Eu vou dar uma volta aqui pelo quarteirão. Talvez ela esteja fazendo um lanche aqui por perto.

Paula se afasta, caminha em direção à outra rua.

CENA 21. APTO OSVALDO. INT. NOITE.

Mariana ansiosa para o jantar.

OSVALDO: - Calma, minha filha. É só um jantar.

MARIANA: - Eu sei, pai. Mas não é qualquer jantar! Você e a mamãe vão conhecer o homem que está me fazendo muito feliz.

OSVALDO: - Olha que você falando assim, eu vou ficar com ciúmes!

MARIANA: - Ah, papai! O seu amor é insubstituível!

Regina chega na sala.

REGINA: - Eu também estou ansiosa para conhecer meu genro.

MARIANA: - Você vai adorar ele, mãe.

REGINA: - Aliás, qual o nome desse moço, Mariana?

A campainha toca. Mariana se alerta.

MARIANA: - É ele! Eu vou atender.

Mariana se afasta para atender a porta. Osvaldo e Regina aguardam.

OSVALDO: - Ela está empolgada! Esse rapaz realmente tem poderes sobre nossa filha.

REGINA: - Se é lá da agência, deve ser um rapaz muito bem relacionado e/

Regina não consegue concluir a frase. No mesmo instante, Mariana se aproxima acompanhada de Alex.

MARIANA: - Pai, mãe. Esse aqui é o Alex.

Alex fica sem reação diante de Osvaldo, mas principalmente de Regina, que também está surpresa com a situação.

CENA 22. CARRO DIOGO. INT. NOITE.

Fernanda e Diogo no carro.

FERNANDA: - Eu fiquei sem bateria, não sei nem que horas são!

DIOGO (olha no relógio): - Oito horas.

FERNANDA: - Nossa, o tempo voa! A Paula deve estar me procurando feito louca! Obrigada, Diogo.

DIOGO: - Eu que agradeço a você pela companhia maravilhosa, pela notícia mais incrível que eu poderia ter na vida. Obrigado por você estar na minha vida a partir de agora.

Os dois trocam olhares. Diogo acaricia o rosto de Fernanda.

CAM – do banco de trás do carro - pega a carícia de Diogo em Fernanda e ao fundo – pelo para-brisa – flagra Paula surgindo na esquina, procurando por Fernanda.

CENA 23. RUA. EXT. NOITE.

CAM vai buscar Paula que surge na esquina a procura de Fernanda, há alguns metros de distância do carro de Diogo. CORTA PARA o interior do carro, onde Diogo acaricia o rosto de Fernanda.

 
     
     
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autor
Édy Dutra

colaboração
Diogo de Castro

elenco
Rafaela Mandelli como Fernanda
Andrea Horta como Paula
Henri Castelli como Diogo
Francisca Queiroz como Carla
Caetano O’Maihlan como Rick
Gabriela Durlo como Roberta
Sidney Sampaio como Matheus
Marcello Melo Jr como Bruno
Aisha Jambo como Lisa
Paulo Gorgulho como Arthur
Sônia Braga como Norma
Maria Ceiça como Isaura
Milton Gonçalves como Solano
Maurício Gonçalves como Lauro
Eliete Cigarini como Eliane
Léo Rosa como Gabriel
Bernardo Mesquita como Tito
Juliana Lohmamm como Bia
Roberto Bomtempo como João
Giuseppe Oristânio como Walter
Cinara Leal como Laisla
Felipe Folgosi como Danilo
Fernanda Nobre como Ivete
Eduardo Lago como Dr. Túlio
Aline Borges como Olívia
Cissa Guimarães como Verônica
Jonas Bloch como Milton
Gisele Fróes como Selma
Odilon Wagner como Humberto
Totia Meirelles como Tereza
Zecarlos Machado como Cristóvão
Zezé Motta como Helena
João Gabriel Vasconcellos como Pedro
Daniel Erthal como Vini
Maria Maya como Illana
José de Abreu como Osvaldo
Malu Galli como Regina
Luma Costa como Mariana
Jonathan Haagensen como Alex
Antônio Pitanga como Dionísio
Guilherme Winter como Gustavo
Pierre Baitelli como Tomás

trilha sonora
Amanhã ou Depois - Nenhum de Nós (Abertura)
Eu não domino essa paixão – Alcione
Beaultiful – Christina Aguilera
Vida real - Engenheiros do Hawaii

produção
Bruno Olsen
Cristina Ravela


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


REALIZAÇÃO


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