ESTA TERRA
Luís Amorim
MATA ATLÂNTICA
Carlos Duarte
TERRA
Neilton Mulim
Luís Amorim
Esta terra é nossa
Desde tempos por gerações
Longínquas nas suas adições
Como aldeia também vossa.
O rural por belo ambiente
Não dá qualquer espaço
Para alguém jogar mau laço
Seu alcance nada condizente.
Queremos continuar respirando
O melhor ar que purificado
Ainda se mantém envolvente.
Esta terra vai caminhando
Nossa por longo predicado
E vossa como bem assente.
MATA ATLÂNTICA
Carlos Duarte
O tronco no chão
O cheiro de terra
O vento na folha
A chuva na serra
O pássaro cantando
O musgo na pedra
O riacho chorando
Vai levando a terra
Bem-te-vi grita longe
O Colibri beija a flor
Maritaca tem de monte
Sabiá é o cantor
No fundo estridulam grilos
A cigarra a acompanhar
As formigas roçadeiras
Louva-a-deus a observar
Caninana rastejando
O bugio dá o seu berro
Lá no alto da Copaíba
Solitário o Trinca-ferro
A noite chega cedo
Agora o som é diferente
Primeiro vem os morcegos
E a coruja parece gente
O sol queima ao amanhecer
Orvalho das folhas a pingar
O tatu passa ligeiro
Nem dá pra observar
O vento está mais forte
Põe as árvores a envergar
O trovão já anuncia
Que a chuva vai chegar
O som agora é da chuva
O frio se faz presente
Lamaçal em todo canto
E o sol aparece de repente
E nesse ciclo segue a natureza
Numa orquestra bem romântica
Observem a beleza
Que nos traz a mata atlântica.
POBRE NATUREZA
Nôra de NoretaPobre natureza viva
Que aos poucos é morta
E assim, ninguém se importa, quanto tempo vai durar
Quando abrimos nossa porta e saímos pelo parque, somente a passear
Sem nos darmos conta, de que essa conta está a nos cobrar
Tudo é tão bonito, e parece infinito
Nunca há de se acabar!
É apenas pessimismo, ou até mesmo vitimismo
De algum alarmista, com certeza anarquista
Que quer nos assombrar
Condenar a presunção, de acharmos que tudo está em nossas mãos
Porque pincelamos com verniz
Suas lágrimas potentes, desaguando sob enchentes
Sufocando a toda gente, porque não está feliz
Desgastada, exaurida, paga com a própria vida
Os erros de todos os cegos, presos aos próprios egos
Ocupados em lapidar o patrimônio natureza
Não de sua exclusiva propriedade, mas de toda coletividade
De toda essa exuberante beleza
Restará somente a saudade
Não só dela, mas também, de toda a extinta humanidade.
TERRA
Neilton Mulim
Terra que acolhe os viventes
Que viram sementes
E brotam lembranças no coração;
Terra planetária que faz dos homens mãos fertilizantes
Que plantam o alimento
Abrindo horizontes
E sacia a fome da multidão;
Terra que guarda história
No íntimo da memória
E traz alento à imaginação;
Terra, diminuta diante dos mares
Mistério em meio a olhares
Que a ermos se perdem na imensidão;
Terra milenar, cenários de sonhos
Que humildemente repousa
E abre os braços à população...
NOSSO VERDADEIRO HABITAR
Aline Bischoff
Sábia e complacente mãe natureza,
Verdes braços que são o nosso lar,
Ventre farto de inesgotável beleza,
Que a vida emergente está a regar.
Nas tuas águas de sublime pureza,
Devemos toda esperança renovar,
Protegendo-a como real fortaleza,
Que a hereditariedade irá abrigar.
Cultivando em nós com delicadeza,
Valiosos ensinamentos a preservar,
Como a maior e verdadeira riqueza,
Da qual todos iremos nos beneficiar.
É cuidando da Terra com gentileza,
Que ela irá sempre nos resguardar.
Uma consciência que, com certeza,
O futuro da humanidade irá salvar!
Poema escrito por
Luís Amorim
Carlos Duarte
Nôra de Noreta
Neilton Mulim
Aline Bischoff
CAL - Comissão de Autores Literários
Agnes Izumi Nagashima
Francisco Caetano
Gisela Lopes Peçanha
Mercia Viana
Pedro Panhoca
Rossidê Rodrigues Machado
Bruno Olsen
Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.
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