Funerária Dois Irmãos: Capítulo 13 - WebTV - Compartilhar leitura está em nosso DNA

O que Procura?

HOT 3!

Funerária Dois Irmãos: Capítulo 13

Novela de Marcelo Caronesi
Compartilhe:




FUNERÁRIA DOIS IRMÃOS - CAPÍTULO 13




 

            Odilon está dormindo tranquilamente em sua cama, até despertar com alguém gritando pelo seu nome, pelo de Odílio e com batidas na porta. Olha para o relógio e vê que ainda são 5:18 da manhã. Ele se levanta e, ao abrir a porta do quarto, dá de encontro com Odílio. A voz continua a chamá-los.

         – Seu Odílio! Seu Odilon!

         – Quem  chamando? – pergunta para Odílio.

         – Ué. Sei lá.

         Os dois vão até a porta da sala. Odílio gira a chave na fechadura. Dão de cara com dois policiais.

         – Que que houve, homem? Que que aconteceu pra vocês virem aqui uma hora dessa? – pergunta irritado, Odílio.

         – Cêis nos perdoe, mas o delegado Ferreira pediu pra chamar ocêis. É uma urgência. O Tião Bigode tá lá estirado, morto, no meio da praça – explica um dos policiais.

         – Faz o seguinte: vocês vão indo na frente, que nós vamos trocar de roupa e já vamos pra lá – diz Odílio.

         Vinte minutos após os policiais retornarem para a praça, Odilon e Odílio chegam. Vários curiosos estão em volta do defunto próximo ao coreto, além do delegado Ferreira e alguns outros policiais.

         – E então, doutor Ferreira, o que houve aí com o Tião? – indaga Odílio, acendendo um cigarro.

         Ferreira coça o rosto. Depois mantém os dedos dobrados sobre o queixo e levanta o indicador na bochecha.

         – À primeira vista, eu diria que foi um ataque cardíaco.

         – Vai levar ele pro hospital pra fazerem algum exame nele pra confirmar? – questiona Odílio.

         Montado em seu cavalo, o fazendeiro Irineu Magalhães aparece na praça e ri, ao ver o cadáver de Tião.

         – Ih! Esse pingaiada morreu de tanto beber. Esses bebum terminam tudo assim.

         O delegado acena pro fazendeiro e logo se vira para os dois “irmãos”.

         – O que que vocês acham? Vocês acham que precisa de exame?

         Odílio começa a falar como que um especialista.

         – Olha, a gente sabe que o Tião bebia e fumava além da conta, né? Tem alguém da família que pode decidir se quer um exame, uma autópsia?

         – Não. Esse disgramado não tinha nem família. A mãe morreu, o pai morreu no álcool e no cigarro, e os outros dois irmãos também foram do mesmo jeito. Acho que todos eles tinham problema de coração – esclarece o delegado Ferreira.

         – Então, talvez não tenha necessidade, né? – diz Odílio.

         – Pois é. Eu vou lá na prefeitura pedir pra arranjarem um carro pra levar o corpo desse pobre coitado lá pra funerária docêis. Vocês fazem os procedimentos, que o prefeito Eurico acerta cocêis depois – explica Ferreira.

         – Certo. Então nós vamos lá abrir a funerária e começar a preparar tudo – diz Odílio.

         Odílio e Odilon saem do meio do grupo de pessoas que cercam o defunto do Tião Bigode. Algumas pessoas chegam, fazendo o sinal da cruz e dizendo coisas do tipo: “que Deus o guarde”, “que agora tenha a paz que nunca teve em vida”.

escrita por
Marcelo Caronesi

elenco
Odilon
Odílio
Tereza
delegado Ferreira
Onça-parda

tema
Canções de Assassinato 

intérprete
Confraria da Costa

direção
Carlos Mota

produção
Bruno Olsen
Cristina Ravela

Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


REALIZAÇÃO


Copyright © 2022 - WebTV
www.redewtv.com
Todos os direitos reservados
Proibida a cópia ou a reprodução



Compartilhe:

Capítulos de Funerária Dois Irmãos

Funerária Dois Irmãos

No Ar

Novela

Comentários:

0 comentários: