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Terra da Garoa: Capítulo 03

Novela de Édy Dutra
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TERRA DA GAROA - CAPÍTULO 03
 


CENAS DO CAPÍTULO ANTERIOR


HENRIQUE
: - Só quero saber como vou me virar pra deixar as plantas vivas enquanto eu tiver fora... Você bem que poderia me dar essa mão, não acha?

HUMBERTO: - Desculpa, Henrique, mas você sabe que não levo o menor jeito com isso. Pede pra mamãe. Ela gosta dessas coisas.

Silêncio.

HENRIQUE: - Eu sei que você queria ir nessa viagem. Sabe que se eu pudesse, eu desistira e deixava você ir.

HUMBERTO: - Não, ta tudo bem.

HENRIQUE: - É sério, Humberto. Eu percebi que você ficou chateado com a escolha do papai.

HUMBERTO: - Eu já deveria até ter me acostumado com isso. Ele sempre escolheu você.

HENRIQUE: - Não é verdade.

HUMBERTO (firme): - É verdade sim!

Silêncio. Henrique encara Humberto.

HENRIQUE: - Me responde uma coisa, Humberto. Você sente inveja de mim?

HUMBERTO: - O quê?!

HENRIQUE: - Você sente inveja, raiva, ódio de mim por causa disso? Pelo fato de eu ter sido escolhido e você não?

Humberto encara Henrique.

HENRIQUE: - Vamos! Fala logo!



CENA 01. CASA HENRIQUE. SALA. INT. NOITE. 

Continuação do capítulo anterior. Henrique pressiona Humberto.

HENRIQUE: - Então, Humberto... Não vai falar se tem inveja, ódio de mim? Pode confessar cara!

HUMBERTO: - Henrique... Estou chocado com você. Sinceramente eu não esperava uma atitude dessas. 

Humberto se levanta, vai até a janela, fingindo chateação. Henrique sente-se culpado.

HENRIQUE: - Desculpa, Humberto. Não queria agir dessa forma.

HUMBERTO (vira-se): - Mas agiu. Poxa, cara! Eu sou seu irmão! Aconteça o que acontecer, eu jamais terei ódio, inveja, raiva de você, qualquer que seja o sentimento negativo...

Henrique abraça o irmão. Humberto com olhar irônico, disfarça.

HENRIQUE: - Foi mal cara. (afasta-se) Não sei onde estava com a cabeça quando perguntei aquilo. Desculpa mesmo.

HUMBERTO: - Não tem problema. Você deve é estar nervoso com essa viagem. Afinal, é uma responsabilidade tremenda ir lá pra Europa buscar os novos métodos de negócios.

HENRIQUE: - É, talvez seja. Mas vou tranquilo, sabendo que você e o papai estarão aqui, tomando conta de tudo. E da mamãe também.

HUMBERTO: - Com certeza... 

CENA 02. CASA CARLOS E DALVA. INT. NOITE.

Dalva e Carlos sentados no sofá da sala, degustando o vinho quando Cássio chega a casa. Carlos e Dalva se surpreendem com a chegada do filho. Cássio fica receoso ao ver os pais em casa.

DALVA (feliz): - Filho!

Dalva se aproxima de Cássio, o abraça fortemente. Ele pouco reage.

DALVA: - Onde você estava, Cássio? Que saudade de você!

CARLOS: - Pensamos que iria nos recepcionar no aeroporto pelo menos.

CÁSSIO: - É, não deu.

CARLOS: - Ocupado?

CÁSSIO: - Resolvendo uns assuntos.

CARLOS: - Que assuntos?

DALVA: - Isso não importa agora, Carlos. O que importa é que nosso filho está aqui, conosco. (beija Cássio) Mamãe trouxe tantas coisas pra você da Europa!

CÁSSIO: - Fizeram boa viagem?

DALVA: - Foi um passeio maravilhoso! Pena que você não pode ir...

CARLOS: - Ele não quis ir, Dalva. É diferente.

CÁSSIO: - Já vi que nada mudou. Você voltou de viagem disposto a pegar no pé, não é pai? Pô, me deixa mano!

DALVA: - Por favor, não briguem.

CARLOS: - Eu não pego no seu pé, Cássio. Eu apenas quero te mostrar o jeito mais correto de levar a vida.

CÁSSIO: - Da minha vida pode deixar que eu cuido.

Cássio se retira, vai para o andar de cima da casa.

DALVA: - Precisava falar assim com ele?

CARLOS: - Precisava. O Cássio precisa aprender que tem responsabilidades e principalmente, tem que ter respeito com os pais.

DALVA: - Respeitar como? Se vocês vivem brigando!

CARLOS: - Pare de olhar o Cássio como uma criança ainda, Dalva. Ele já tem 18 anos, já está bem vivido e se metendo em casa rolo que você sabe muito bem. Se a gente não pegar firme, pode ser pior...

Dalva fica pensativa.

CENA 03. ESCOLA DE SAMBA UNIDOS DA ZONA LESTE. INT. NOITE.

O centro da quadra está reservado para a apresentação da escola de samba. A bateria já faz o seu aquece, animando o público presente.

Num dos camarotes, onde estão os jogadores do Itaclube, o clima é de animação. Daniel ainda é o alvo das fotos e gritos histéricos de fãs. Marcelo, invejando o sucesso de Daniel, chega ao lado dele e também acena para as fãs.

DANIEL: - Essas mulheres ainda vão me matar...

MARCELO: - Também estão gritando pra mim, você viu?

DANIEL: - Claro que vi.

Macedão se aproxima dos dois, levando copos.

MACEDÃO: - Está aqui a bebida de vocês hoje. Refrigerante.

DANIEL: - Ah, Macedão! Não rola nem uma cervejinha, ou um uísque com energético...?

MACEDÃO: - Tá louco né, Daniel? Competição chegando aí e você querendo beber?

DANIEL: - Pra curtir, Macedão! Olha só há quanto tempo a gente não sai! Só concentrado...

MACEDÃO: - Sem essa, Daniel. E se comporta.

Macedão se afasta.

MARCELO: - O jeito é ficar só no refrigerante mesmo...

DANIEL: - Se tivesse um jeito da pegar um copo, só um golinho de uma bebida pra dar aquela animada...

Marcelo fica pensativo.

MARCELO: - Deixa que eu dou um jeito.

DANIEL: - Você o quê?

MARCELO: - Deixa comigo...

Marcelo se afasta.

No centro da quadra, começa a apresentação da escola de samba. Candinho, no palco, canta o samba enredo, animando o público. Mestre-sala e porta-bandeira, baianas, passistas tomam conta do espaço da apresentação. Aymée é uma das passistas, e encanta a todos com seu samba. Keylla Mara fica ao lado do palco. Rosa se aproxima.

ROSA: - Não vai dançar, Keylla Mara? Você é a musa da escola! (risos)

KEYLLA MARA: - Hoje não, Rosa... Não trouxe nem minha fantasia. Hoje quero é curtir o show.

A bateria faz uma parada, e realiza coreografias. Numa das passadas ensaiadas, a bateria se abre ao meio, formando um corredor e revelando, ao fundo, Bárbara. Ricamente vestida com pedrarias e faisões, Bárbara cruza o meio da bateria até a frente, sambando e sendo ovacionada pela comunidade. Zuleica sorri, orgulhosa da filha. Bárbara samba, mas não tira os olhos do camarote de Daniel, pra quem ela manda um beijo e é correspondida com um sorriso.

Marcelo chega na entrada do camarote, faz sinal para o segurança, cochicha algo com o rapaz, que sai. Marcelo cuida para que Macedão não perceba nada. Alguns instantes, algumas moças entram no camarim, e uma delas entrega um copo para Marcelo, que lhe dá um beijo no rosto. As moças causam um alvoroço no camarote. Algumas abraçam Daniel, tiram foto com ele, que sorri, com o assédio. Lá em baixo, sambando, Bárbara faz cara de poucos amigos, vendo Daniel ser abraçado pelas mulheres. Macedão se aproxima.

MACEDÃO: - Ei, como é que essas mulheres entraram aqui?

DANIEL: - Deixa elas, Macedão! É festa, vamos curtir!

MACEDÃO: - Nada disso. Quer sair nos jornais depois como jogador que adora farra? Nem pensar... (chama o segurança) Tira aqui, podem saindo...

Os seguranças vão tirando as moças do camarote.

MARCELO: - Poxa, Macedão, deixa algumas aí, só pra alegrar o lugar! Vir pra festa e ficar só rodeado de homem não dá!

Os outros jogadores entram no coro.

MACEDÃO: - Tudo bem, tudo bem. Elas podem ficar, mas respeito hein! Olha lá!

Algumas mulheres ficam no camarote. Marcelo se aproxima de Daniel e lhe entrega o copo.

DANIEL: – O que é isso?

MARCELO: - Bebe.

Daniel toma um gole.

DANIEL: - Tu é o cara, Marcelo! (abraçando o amigo) Valeu mesmo!

MARCELO: - Pode tomar tranquilo que eu consigo mais...

Daniel bebe, logo é cercado por uma bela loira, que samba se insinuando para ele. Bárbara não gosta. Marcelo pega o copo de Daniel e coloca mais bebida alcoólica de outro copo.

MARCELO (a si mesmo): - Vai bebendo, Daniel... Perde a vaga no jogo e a chance fica comigo... Pode beber...

Marcelo entrega o copo para Daniel, que se diverte.

CENA 04. FAZENDA QUEIRÓS. QUARTO GURGEL. INT. NOITE.

Gurgel e Maria Alice conversam. Ele deitado na cama, ela na penteadeira, arrumando os cabelos.

GURGEL: - Fiquei tão feliz do Henrique ter aceitado viajar. Vai ser tão bom!

MARIA ALICE: - Eu também gostei... Mas, você não acha que o Humberto também não poderia ter ido no lugar no irmão? Ele é tão preparado quanto o Henrique.

GURGEL: - Humberto é um grande profissional, mas não tem visão. Henrique tem. Humberto pensa muito pertinho, quer resultados rápidos demais. Não sabe que mais pra frente tem mais coisas pra acontecer.

MARIA ALICE: - Ele ficou chateado por não ter sido escolhido. Justo ele que está do seu lado o tempo todo na empresa.

GURGEL: - Por isso mesmo que ele não foi escolhido. Eu quero o Humberto aqui, debaixo os meus olhos...

Maria Alice sai da penteadeira, deita-se na cama, ao lado de Gurgel.

MARIA ALICE: - Falando assim até parece que você desconfia do próprio filho.

Gurgel não responde. Maria Alice vira para o lado, dando as costas para Gurgel. Os dois ficam em silêncio.

CENA 05. APTO LENARA. INT. NOITE.

Lenara chega entra no apto e se surpreende ao ver Ulisses sentado no sofá.

LENARA: - O que você está fazendo aqui, de novo? Achei que já tivéssemos conversado sobre tudo e (pausa)

ULISSES (interrompe): - Calma, respira!... Eu só passei aqui pra dar um abraço no Tavinho. Acabei me empolgando, ele pediu pra eu ficar mais um pouco. Ele acabou de deitar.

LENARA: - Tarde, né, Ulisses? Amanhã de manhã quem precisa aturar as manhas dele pra sair da cama sou eu.

ULISSES: - Você não, né, Lenara? A Rita.

LENARA: - Dá no mesmo, porque a Rita nunca consegue fazer nada direito. Não sei nem porque eu continuo com ela aqui em casa. Não tem pulso firme com o Otávio! Deixa ele fazer tudo o que ele quer. Por isso que ele anda assim, terrível.

ULISSES: - A Rita é uma ótima pessoa e o Otávio gosta muito dela. Seria um erro terrível mandar ela embora.

LENARA: - Mas mandar você embora não é erro nenhum...

(sobe trilha “Saudade de Amar” – Nana Caymmi) Ulisses se aproxima de Lenara.

ULISSES: - Eu pensei que a gente poderia ter uma conversa mais calma, menos estressante...

LENARA: - Tá tarde, Ulisses...

ULISSES: - Uma conversa sobre nós dois, talvez.

LENARA: - Não tem mais nada pra falar sobre nós dois, Ulisses. E você sabe muito bem disso... Não vem com esse papo de ex-marido arrependido.

ULISSES: - Você não sente saudade da gente, não?

LENARA: - Sinceramente? Não.

ULISSES: - Como você é fria, Lenara!... Parece que nada do que a gente viveu valeu a pena pra você.

LENARA: - Me valeu nove meses de enjoo, algumas estrias que eu consegui eliminar a tempo e um belo apartamento. Ah, e um up na minha network. É, já valeu alguma coisa. Umas boas, outras nem tanto.

ULISSES: - Engraçado que nessa sua listinha, nem o nome do seu filho está presente. Ele não tem valor pra você?

LENARA: - Claro que tem. Mas será ainda mais valioso quando estiver trabalhando, deixando de ser chatinho às vezes e dando resultados. Quero dizer, resultados ele já me dá, né? A sua contribuição na pensão dele é muito bem-vinda.

ULISSES: - Já chega. Você consegue ser tão estúpida que termina com todo o romantismo... 

Ulisses segue em direção a porta do apto.

ULISSES: - Quero ver se um dia eu fico pobre... Como é que você vai se virar!

LENARA: - Eu nem me preocupo, sabe por quê? Porque isso nunca vai acontecer, Ulisses!

Ulisses vai embora.

LENARA: - Ele acha que me mete medo... (risos) Não escolhi um dos homens mais bem sucedidos de São Paulo à toa não. Um golpe da barriga, quero dizer, uma gravidez amorosa e feliz muito bem planejada.

Lenara ri, debochada. Do lado de fora, no corredor esperando o elevador, Ulisses fica pensativo.

ULISSES: - E depois de tudo isso, eu ainda consigo sentir um sentimento bom por essa mulher.

O elevador chega. Ulisses entra.

ULISSES: - Só pode ser loucura, Ulisses...

O elevador se fecha.

CENA 06. MANSÃO LAURINHA. JARDIM. EXT. NOITE.

A festa na mansão continua animada. Laurinha dança na pista, na beira da piscina, sentindo-se poderosa. Stefany, Carol e Nuno estão num canto, observando.

CAROL: - Essa festa ta um porre.

STEFANY: - E a Laurinha se achando um máximo. Meu Deus, ela precisa aprender a dar uma festa decente.

NUNO: - Eu to gostando. Pelo menos a bebida é boa.

STEFANY: - Mas nenhum carinha bonito.

CAROL: - Gente, aquele garoto novo do curso não para de olhar pra mim! Será que ele não se toca que não tem chance?

STEFANY: - Você já deu um fora nele lá na faculdade, mas ele continua insistindo? Credo! Semancol pra ele!

Igor se junta a eles, extasiado.

IGOR: - Cara, a casa dela é demais! Tem uma galera tomando sauna agora!

CAROL: - Sauna?! Meu Deus, mas isso já baixou até o nível.

STEFANY: - Bem ao estilo da Laurinha. Se finge de santa para os pais, mas na verdade (pausa)

IGOR (interrompe): - Ela é incrível!

Stefany para de falar e presta atenção em Igor, que olha Laurinha dançar sensualmente para ele.

STEFANY: - Eu não acredito!

CAROL: - O que foi?

STEFANY (cochicha): - Ela ta se oferecendo para o Igor!

CAROL: - E daí?

STEFANY: - Como assim, e daí? Ele não pode ficar com ela! Ela é um poço de chatice, brega, tudo de errado!

CAROL: - Iiih! Senti uma ponta de ciúme aí ou estou enganada?

STEFANY (desconversa): - Completamente enganada! Eu só não aceito que ela se dê bem em cima dos meus. Se você não me acompanha, eu vou sozinha.

Stefany se afasta.

NUNO: - Onde a minha irmã vai?

CAROL: - Não sei, mas pelo discurso, ela vai aprontar.

Stefany vai em direção à pista de dança. Laurinha percebe Stefany se aproximar. As duas ficam frente à frente.

LAURINHA (esnobe): - Veio ver meu show na pista mais de perto, Stefany?

STEFANY: - Ver seu show? Não... (firme) Eu vim aqui mostrar o meu show!

(sobe trilha “Fica Só Olhando” – Anitta) A música sobe na pista. Laurinha e Stefany, frente a frente, iniciam uma “disputa” de dança, em estileto. As pessoas se aproximam, formam uma roda em torno delas para assistir às performances. Stefany inicia, fazendo alguns passos e arrancando aplausos. Laurinha desafia, fazendo alguns passos provocativa. Stefany não deixa por menos, esbanjando charme na dança. Laurinha, por sua vez, se mostra um pouco mais vulgar na dança, nos gestos. Stefany então, decidida, atua numa coreografia para frente, indo em direção à Laurinha, que surpresa, recua. Stefany não para a dança, num estileto desafiador, fazendo Laurinha recuar ainda mais até cair na piscina. As pessoas riem de Laurinha e aplaudem Stefany, que para sua dança, poderosa, exibindo glamour e encarando Laurinha na piscina, toda molhada.

STEFANY: - Sua festa não tava muito boa não, mas só de ver você aí, pagando esse mico, já valeu por ter vindo. Feliz aniversário, Laurinha. Espero que tenha gostado do meu presente.

Stefany sai, ovacionada. Laurinha se mostra irritada dentro da piscina. (fade in “Fica Só Olhando” – Anitta).

CENA 07. APTO RAQUEL. QUARTO. INT. NOITE.

(fade out trilha “Fica Só Olhando” – Anitta) Raquel deita-se na cama para dormir, fica pensativa.

VOZ LENARA (OFF): “Deixa de ser boba, Raquel. Tem mais é que se jogar, amiga! Uma oportunidade de ouro dessas. Não só de estudar, mas de conhecer um lugar bonito, incrível... Até chance para arranjar um namorado você está tendo.”

FLASHBACK. CAPÍTULO 02. CENA 15.

RAQUEL: - Para, Lenara! Estou indo pra estudar e não arrumar um pretendente.

LENARA: - Uma coisa não anula a outra, Raquel. E para você com essa história de só pensar na carreira, no restaurante. Pensa mais em você, nesse coração aí. Há quanto tempo você não beija na boca?

RAQUEL: - Um tempinho já, viu...

LENARA: - Tá vendo só! Eu sempre tenho razão no que eu falo... Eu to sentindo que essa viagem vai mudar muita coisa na sua vida. Em todos os sentidos.

VOLTA À CENA ATUAL

Raquel fica pensativa.

RAQUEL: - Foco na carreira, Raquel. Nada de amores agora...

CENA 08. ESCOLA DE SAMBA UNIDOS DA ZONA LESTE. INT. NOITE.

A festa da escola de samba segue animada, com a apresentação dos destaques da escola. Daniel, um pouco bêbado, é beijado por uma das meninas no camarote. Marcelo observa tudo de longe, satisfeito com a situação. Bárbara, sambando a frente da bateria, vê o beijo entre Daniel e a moça. Ela não se controla e sai no meio do show, partindo apressadamente em direção ao camarote, fantasiada, passando por entre as pessoas, que não entendem a atitude dela.

ZULEICA: - Meu Deus, o que aconteceu com a Bárbara?!

KEYLLA MARA: - Alguma coisa ela viu, dona Zuleica. E pelo o que posso deduzir, é lá no camarote dos jogadores.

ZULEICA: - Essa não! Vem comigo Keylla Mara!

No camarote, Marcelo vê Bárbara chegar feito um furacão e disfarça.

BÁRBARA: - Sai de perto dele, sua oferecida!

Bárbara parte para cima da moça ao lado de Daniel, causando o maior fuzuê dentro do camarote. Macedão e os outros jogadores partem para separar a briga, enquanto Daniel fica sem entender o que acontece. Marcelo pega Daniel pelo braço e o coloca sentado numa cadeira.

Zuleica e Keylla Mara chegam ao camarote. Macedão segura Bárbara.

ZULEICA: - Bárbara, o que significa isso?!

MACEDÃO: - Ela está enlouquecida!

BÁRBARA: - Eu quero acabar com essa sem vergonha que deu um beijo na boca do Daniel! Safada!

MOÇA: - E daí? Ele não é nada seu, é livre e desimpedido!

BÁRBARA: - E você é uma mulher morta porque eu vou unhar tanto a tua cara e arrancar seu mega hair horroroso fio por fio, sua bruxa! Pra aprender a não se meter com o Daniel, ta ouvindo?!

KEYLLA MARA: - Para Bárbara! Chega de brigas!

ZULEICA: - Vem, filha, vamos embora.

BÁRBARA: - E onde está o Daniel?! Cadê ele?! Eu quero falar com ele!

Bárbara é retirada do camarote por Zuleica e Keylla Mara. Macedão procura por Daniel e o encontra, sentado numa cadeira. Macedão se aproxima.

MACEDÃO: - Viu só o que você fez, Daniel? Eu sabia que não era pra ter mulher aqui dentro... Só ia dar rolo.

MARCELO (aproximando-se): - Não só mulher, como isso também.

Marcelo entrega o copo de Daniel para Macedão, que cheira e percebe que há bebida alcoólica no copo.

MARCELO: - Pelo visto ele conseguiu colocar bebida aqui dentro.

Macedão encara Daniel, desapontado.

MACEDÃO: - Amanhã conversamos sobre isso...

MARCELO: - Ele vai ficar fora do treino?!

MACEDÃO: - Amanhã eu decido.

MARCELO: - É bom pensar, porque ele descumpriu uma regra, causou essa confusão toda e (pausa)

MACEDÃO (interrompe): - Amanhã.

Macedão se afasta. Marcelo abre um sorriso cínico, satisfeito por prejudicar o amigo.

CENA 09. FAZENDA QUEIRÓS. QUARTO GURGEL. INT. NOITE.

Maria Alice e Gurgel deitados na cama, dormindo já. De repente, Gurgel acorda, sentindo-se mal, com dores no peito. Maria Alice desperta, um tanto assustada.

MARIA ALICE: - O que foi, Gurgel?

GURGEL: - Não sei! Tá doendo!

Gurgel com a mão no peito, firme. Maria Alice se mostra apreensiva.

CENA 10. ESCOLA DE SAMBA UNIDOS DA ZONA LESTE. INT. NOITE.

Em uma das mesas na quadra, Bárbara (já sem fantasia) conversa com Aymée, Zuleica e Keylla Mara.

AYMÉE: - Eu fiquei totalmente sem reação quando vi você sair daquele jeito no meio do show!

KEYLLA MARA: - Olha amiga, eu nunca te vi desse jeito, por mulher nenhuma.

BÁRBARA: - Mas eu não faço nada por mulher não. Faço pelo Daniel. É por ele.

ZULEICA: - E de que adianta, se ele não é nada seu? Você bem ouviu a moça dizer que ele é livre e desimpedido. Fica com quem ele quiser.

BÁRBARA: - Mas não é assim, mãe!

ZULEICA: - É assim, sim!... Você com essa mania de achar que o Daniel é seu homem. Ele não é seu homem. O namorico de juventude que vocês tiveram já acabou, é passado. Esquece esse rapaz e parte pra outra minha filha. Escuta sua mãe...

BÁRBARA: - A senhora não entende, mãe. O Daniel não foi um simples namorico não. Ele é o meu homem, o homem da minha vida!

KEYLLA MARA: - Só falta ele saber disso né?

AYMÉE: - E ele querer também.

BÁRBARA: - Ele vai saber e vai querer, porque eu vou fazer isso. Escrevam o que eu estou dizendo, gente... O Daniel ainda vai estar aqui, comendo na minha mão.

ZULEICA: - Gente, vai começar o show!

AYMÉE: - Seu Jair vai apresentar!

ZULEICA: - Ele não desiste de tentar chamar a atenção. A estrela hoje não é ele. Aliás, ele nunca foi estrela em lugar nenhum...

Jair sobe ao palco, para anunciar o show de Eliana de Lima.

JAIR (ao microfone): - Boa noite minha comunidade da Zona Leste!

As pessoas aplaudem, vibram.

JAIR: - É com muito orgulho que, depois deste show maravilhoso da nossa escola de samba, eu anuncio aqui, a presença deste ícone do samba paulistano. Com vocês, Eliana de Lima!

A cantora adentra o palco, ovacionada. Jair a cumprimenta, eufórico e sai do palco. Eliana de Lima começa o show na quadra, cantando “Badabauê”, um de seus maiores sucessos, animando o público presente. 

CANDINHO (aproxima-se de Keylla Mara): - Me concede o prazer desta dança?

KEYLLA MARA: - Agora sim, um cavalheiro. (sorri, simpática) Aceito sim. Com licença, meninas.

Keylla Mara e Candinho dançam ao som de Eliana de Lima.

BÁRBARA: - Você não vai dançar não, mãe?

ZULEICA: - Eu não, não tem nenhum homem aqui que me desperte essa vontade de dançar.

Zuleica percebe Jair, do outro lado da quadra, olhando para ela. Os dois ficam a se observar, disfarçando os olhares.

BÁRBARA: - Se o Daniel estive aqui embaixo, com certeza era com ele que eu estaria dançando agora.

AYMÉE: - Eu vou lá pra frente do palco, dançar bem pertinho de tudo!

CENA 11. APTO BARRETO E TARSILA. SALA. INT. NOITE.

(fade out trilha “Badabauê” – Eliana de Lima) Stefany e Nuno chegam em casa.

NUNO: - Eu ainda não consigo acreditar que você fez aquilo com a Laurinha...

STEFANY: - Pra ela aprender que não é a dona do mundo não. Garota chata.

NUNO; - Mas foi engraçado ver ela caindo na piscina, pagando aquele mico. (mexe no celular) A cena já ta correndo facebook da galera! Altos acessos de fotos, até vídeo tem!

STEFANY: - Sério?! (ri) Pode confessar, Nuno. Tua irmã aqui é a melhor. Não tem pra ninguém!

Os dois riem, enquanto Tarsila e Barreto chegam à sala, apreensivos.

NUNO: - Acordados? Aonde vocês vão à essa hora?

BARRETO: - Estamos indo para o hospital.

STEFANY: - Aconteceu alguma coisa?

TARSILA: - A Maria Alice ligou. Gurgel passou mal agora à noite e está sendo internado aqui em São Paulo.

STEFANY: - Que horror!

BARRETO: - Estamos indo pra lá agora.

NUNO: - Mandem abraços nossos pra eles!

TARSILA: - Claro. Vamos Barreto. Na volta, eu quero saber da festa.

STEFANY: - Pode deixar que te conto tudo mãe.

Tarsila e Barreto saem.

STEFANY: - Espero que não seja nada grave.

NUNO: - Eu também.

STEFANY: - Agora o que eu mais quero é um banho quente e minha cama. E tirar esses saltos. São lindos, mas acabam com os meus pés.

NUNO: - Não pareciam doer enquanto você dançava.

STEFANY: - Eu queria era andar com as mãos durante a festa inteira pra falar a verdade, mas não podia mostrar fraqueza né? (risos) Stefany nunca desce do salto, meu querido...

Stefany sai, Nuno ri.

CENA 12. HOSPITAL. SALA DE ESPERA. INT. NOITE.

Maria Alice está aguardando na sala de espera. Humberto e Henrique chegam juntos ao local. Henrique abraça a mãe, a confortando.

MARIA ALICE: - Que bom que chegaram!

HUMBERTO: - Como está o papai? O que aconteceu?

MARIA ALICE: - Ele está sendo examinado pelos médicos. Foi tudo muito rápido. Ele acordou no meio da noite, sentindo fortes dores no peito... A primeira coisa que fiz foi ligar para o serviço de emergência. Eles foram rápido, nos buscaram de helicóptero na fazenda.

HENRIQUE: - Papai sempre se descuidando da saúde...

MARIA ALICE: - Eu estou com muito medo.

HENRIQUE: - Calma, mamãe. Vai ficar tudo bem.

HUMBERTO: - Ou não, né? Papai já é velho e não se cuida. Vai que aconteça algo pior.

HENRIQUE: - Humberto, por favor não diga uma coisa dessas na frente da mamãe! Ela precisa de apoio, aliás, todos precisamos!... 

Tarsila e Barreto chegam à sala de espera. Tarsila abraça Maria Alice.

TARSILA: - Viemos o mais rápido possível.

MARIA ALICE: - Obrigada minha amiga.

BARRETO: - Como ele está?

HENRIQUE: - Chegamos a pouco também, ainda não temos notícias. Mamãe disse que os médicos estão examinando ele.

HUMBERTO: - Ficar sem notícias nessas horas é horrível.

HENRIQUE: - Não há o que fazer. Só esperar mesmo.

Neste instante, o médico se aproxima deles.

MÉDICO: - Vocês são os familiares do senhor Gurgel Queiroz?

HUMBERTO: - Sim, somos nós.

MÉDICO: - Ele já está no quarto. Está acordado. Precisa de repouso imediatamente, mas ele insistiu para ver a família antes de receber a medicação e dormir.

CENA 13. HOSPITAL. QUARTO. INT. NOITE.

Na cama, no quarto, Gurgel segura a mão de Maria Alice, sentada ao seu lado. Henrique e Humberto estão aos pés da cama, de pé.

GURGEL: - Bom ter vocês aqui do meu lado agora, neste momento difícil.

MARIA ALICE: - Não fale assim, Gurgel. Parece até que (PAUSA) Não quero que fale desse jeito... Barreto e Tarsila também estão lá fora, dando apoio. Torcendo por você. Então não fale mais assim...

GURGEL: - Tudo bem, tudo bem. Eu já estou fora de perigo.

HENRIQUE: - Você precisa cuidar mais da sua saúde, papai.

HUMBERTO; - O médico falou que seu problema é delicado. Recomendou tratamento com cardiologista.

GURGEL: - Esses médicos só querem faturar em cima da gente.

MARIA ALICE: - Eles só querem que você se cuide. Não basta nós, sua família, dizermos o que precisa ser feito.

HENRIQUE: - E, enquanto o senhor não melhorar, eu não vou viajar, pai.

GURGEL (firme): - Mas isso nunca!

MARIA ALICE: - Gurgel!

HENRIQUE: - Papai, é impossível eu me afastar com o senhor assim! Eu vou ficar e está decidido.

Humberto se mostra surpreso.

HENRIQUE: - O Humberto, se quiser, pode ir no meu lugar.

GURGEL: - Escute aqui, Henrique. Foi você quem eu escolhi para ir nesta viagem. E é você quem vai. O Humberto ficará aqui comigo, do meu lado na empresa.

Humberto tenta disfarçar sua inquietação.

MARIA ALICE: - Chega gente. Aqui não é lugar de discussão, principalmente sobre esse assunto... Rapazes, podem ir pra casa, descansar. Eu fico aqui com o seu pai.

HENRIQUE: - Tem certeza, mamãe?

GURGEL: - Vão, podem ir. Eu ficarei bem.

HUMBERTO: - Não vai nos dar outro susto, pai.

GURGEL: - Não vai ser desta vez, Humberto. Não chegou minha hora ainda.

Henrique se aproxima de Gurgel, o beija no rosto.

HENRIQUE: - Amo você.

GURGEL: - Eu escolhi você... Também te amo meu filho.

Humberto beija Maria Alice rapidamente e sai do quarto, apressado. Henrique se despede da mãe com um abraço carinhoso e sai.

MARIA ALICE: - E você, trata de descansar.

GURGEL: - Não deixe o Henrique desistir, Maria Alice. Essa viagem é muito importante.

MARIA ALICE: - Importante agora é a sua saúde, Gurgel. Chega de se preocupar com isso.

CENA 14. ESCOLA DE SAMBA UNIDOS DA ZONA LESTE. INT. NOITE.

(fade in “Badabauê” – Eliana de Lima) O show de Eliana de Lima acaba e ela é ovacionada pelo público. Já é final de festa. (fade out “Badabauê” – Eliana de Lima)

CANDINHO: - Gostou do show, princesa?

KEYLLA MARA: - Foi lindo! Eliana de Lima canta samba pra mexer com o coração da gente.

CANDINHO: - Ela canta muito, mas o que mexe com meu coração não é a música dela não...

KEYLLA MARA: - Ah não é?

CANDINHO: - Você não tem nem ideia do que seja?

KEYLLA MARA (saindo): - Não, não tenho nem noção do que faz mexer o seu coração, Candinho... Agora eu preciso achar a Bárbara.

Keylla Mara se afasta.

CANDINHO: - Ah, minha musa... Um dia você vai dar valor ao Candinho aqui...

No camarote, Macedão vai saindo do camarote com os jogadores. Daniel um tanto cansado, sai ao lado de Marcelo.

DANIEL: - Cara, que loucura essa noite.

MARCELO: - Você causou o maior frisson na quadra, no camarote... Mas acabou pisando na bola legal.

DANIEL: - Será que o Macedão vai complicar comigo?

MARCELO: - Você mesmo deu a oportunidade pra isso. Pena, meu amigo, mas acho que tua batata com o técnico ta assando...

MACEDÃO (aproxima-se deles): - Vamos indo rapazes.

DANIEL: - Macedão, eu (pausa)

MACEDÃO (interrompe): - Amanhã conversamos, Daniel. Amanhã. Agora vamos indo pro alojamento, vamos.

Do lado de fora, Aymée vai saindo, apressada para casa quando é abordada por Leopardo. Ela se assusta.

AYMÉE: - O que você está fazendo aqui?

LEOPARDO: - Calma, nega... Não precisa se assustar não. Eu me chamo Leopardo, mas eu não vou te fazer nenhum mal. A não ser que você queira...

AYMÉE: - Eu só quero ir embora daqui. Pode me dar licença, por favor?

LEOPARDO: - Tá com pressa é? Mas eu não estou. Eu tava louco pra entrar na quadra e te ver sambando no show da escola. Mas não consegui. Na verdade eu não quis invadir né? Porque você sabe que, se eu quiser, eu coloco toda essa quadra abaixo no estalar dos meus dedos!... Mas eu preferi não acabar com a festa e também porque sou fã da Eliana de Lima.

AYMÉE: - Deixa eu ir embora, Leopardo! Sai! Senão eu vou gritar!

Neste instante, Leopardo mostra para Aymée a faca que traz guardada na cintura. Aymée se surpreende e fica apreensiva.

AYMÉE: - O que você vai fazer comigo?

LEOPARDO: - Eu nada, já falei que não quero te fazer mal. A não ser que você queira. (aproxima-se dela) Eu só quero te levar para um lugar mais reservado. Só eu e você. O que acha?

Leopardo encara Aymée, intimidando a moça, que se mostra amedrontada.

CENA 15. APTO HUMBERTO. INT. NOITE.

Humberto chega em casa com raiva, batendo a porta do apartamento com força.

HUMBERTO (imitando Gurgel): - “Também te amo meu filho”!... Aaaah! Vai pro inferno!

Ele procura se controlar. Vai até a copa, serve-se de uísque, puro. Toma um gole, afoito.

HUMBERTO: - O filho preferido, eu, o filho preterido, o outro o tudo, eu, o nada! Inferno! Inferno!... Era pra eu estar nessa viagem! Europa! Era eu!

Bebe mais uns goles. Respira fundo, procura se controlar. Senta-se no sofá, pensativo.

HUMBERTO: - Mas, pensando bem... Humberto! Pensando bem mesmo, é até bom que o Henrique seja mesmo o escolhido para ir viajar... (levanta-se) Mas é claro!

Bebe mais um gole. (sobe trilha “Turtango Instrumental”)

HUMBERTO: - É melhor mesmo que o Henrique vá para Portugal. Longe daqui, bem longe... A presidência fica nas minhas mãos enquanto o papai estiver adoentado.

Caminha de um lado a outro, pensativo, visionário.

HUMBERTO: - Ou melhor! Eu fico com a presidência definitivamente... Quando o papai partir desta para melhor. (ri, debochado) O que não vai demorar muito, se depender... De mim!

Humberto ri, maléfico.

HUMBERTO: - Essa viagem foi a melhor coisa que poderia ter acontecido na minha vida! (ri)

Humberto se joga no sofá, bebendo o uísque e rindo, sádico. (fade in trilha “Turtango Instrumental”)

novela de
Édy Dutra
 
elenco
Juliana Alves como Raquel
Guilherme Winter como Henrique
Christine Fernandes como Lenara
Júlio Rocha como Humberto
 
Daniele Suzuki como Jaqueline
Jonathan Haagensen como Daniel
Cláudio Lins como Ulisses
Rodrigo Hilbert como Robson
Cinara Leal como Bárbara
Carlos Casagrande como Claude
Diego Cristo como Joaquim
 
Erika Januza como Aimée
Liliana Castro como Fernanda
Léo Rosa como Marcelo
Aline Dias como Stefany
Cecília Dassi como Carol
Luiz Otávio Fernandes como Nuno
Renata Castro Barbosa como Salete
Bernardo Mesquita como Cássio
Jonatas Faro como Igor
Odilon Wagner como Carlos
 
Rodrigo dos Santos como Barreto
Patrícia Werneck como Monique
Karina Bacchi como Keylla Mara
Nando Cunha como Candinho
Sérgio Guindane como Leopardo
Letícia Colin como Rita
Luiz Felipe Mello como Otávio
Maria Pinna como Lisa
 
atrizes convidadas
Carolina Ferraz como Paula
Regina Braga como Maria Alice
Aída Leiner como Tarsíla
Tânia Alves como Zuleica
Zezé Motta como Rosa

atores convidados
Zé Carlos Machado como Donato
Aílton Graça como Macedão
Nuno Leal Maia como Jair
Jean Pierre Noher como Santiago
 
Malu Galli como Dalva
Sônia Braga como Vilma
Reginaldo Faria como Gurgel
 
trilha sonora
Saudade de Amar – Nana Caymmi
Fica Só Olhando – Anitta
Badabauê – Eliana de Lima
Turtango Instrumental
 
produção
 Bruno Olsen
 Diogo de Castro
 Israel Lima
        

Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.



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