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Estações da Vida - Capítulo 12

Novela de Gabo Olsen e Diogo de Castro
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NO CAPÍTULO ANTERIOR DE "ESTAÇÕES DA VIDA":

POLICIAL 2:
A festa começou aqui e vai terminar na delegacia.

LARISSA: Isso quer dizer que?

ANDRÉIA: Vamos pra delegacia?

POLICIAL 1: Positivo.

POLICIAL 2: Começando pelo Patrício e Diego.

PAULINHA: E agora, Nanda, o que vai acontecer?

NANDA: Não sei amiga, to com tanto medo que a bebida já saiu do meu corpo.

POLICIAL 1: Pessoal, peguem os celulares de vocês e liguem para seus pais agora.

Em Nanda.

 
     
     
     
     

CAPÍTULO 12
 
     
 
 
 

CENA 1. MANSÃO DE PATO. SALA DE ESTAR. INT. NOITE.

Continuação do capítulo anterior. Nanda aparece com o celular na mão, enquanto digita um número. Ela põe no ouvido e espera alguém atender.

NANDA (nervosa): Mãe?

ESTELA (V.O): Nanda? O que houve? Sua voz tá estranha.

NANDA (nervosa): Mãe, por favor, vem aqui na casa do Pato urgente.

ESTELA (V.O): O que aconteceu, minha filha? Não me deixe preocupada!

Nanda respira fundo.

NANDA: A polícia ta aqui e vai levar todo mundo pra delegacia. Me ajuda, mãe!!! Eu não quero ser presa!!!

ESTELA (V.O): Estou indo agora para aí com o seu pai! Aguenta firme! Depois conversaremos melhor sobre isso.

Nanda desliga o celular e senta no chão.

NANDA: Meus pais vão me matar.

PAULINHA (senta também): Nem me fale. Desta vez acho que vou pro internato.

CAM procura por Pato e Diego.

PATO: Cara, precisamos urgente de um plano B. Não posso ligar pro meu pai.

DIEGO: Tu acha mesmo que teus pais não vão ficar sabendo? Ferrou, cara. já era.

PATO: Se a gente resolver antes dele chegar, sim. Liga pra sua avó, pra marte ou qualquer lugar que tu quiser, alguém precisa salvar a gente antes que essa história chegue aos ouvidos do meu velho.

CAM procura pelos policiais que revistam todo mundo. Um deles se pronuncia.

POLICIAL 1: Atenção, molecada. As viaturas chegaram. Vai todo mundo pro xilindró!

POLICIAL 2: Acho bom começarem a ligar pros pais de vocês. A noite vai ser longa.

A galera se alvoroça.

LARISSA: Ferrou, gente.

CLOSE em Ricardo e Andreia.

CENA 2. MANSÃO DE PATO. QUARTO LEONARDO. INT. NOITE.

Caio e Grego estão encostados à porta, tentando ouvir o que está acontecendo no andar de baixo.

CAIO: É melhor a gente trancar essa porta. Assim ninguém fica sabendo que a gente tá aqui.

GREGO: Tem razão.

CAIO: Ainda bem que ela fecha por dentro.

Ele tranca.

GREGO: E agora, o que vamos fazer?

CAIO: Não sei, cara. Acho que só nos resta esperar e torcer pra que ninguém venha aqui em cima.

Grego concorda com a cabeça.

CENA 3. CASA DE NANDA. SALA. INT. NOITE.

Celo vestido de pijama anda de um lado para o outro. Estela surge também de pijama.

CELO: Estela, festa, adolescentes, bebidas, será que nossa filha bebeu?

ESTELA: Não, Celo. Nossa filha não bebe. Ela está preocupada e precisa da gente.

CELO: Pegou a chave da van?

ESTELA (mexe na bolsa): Aqui. Vamos?

CELO: Vamos.

Eles saem.

CENA 4. APARTAMENTO DE DIEGO. QUARTO DE DIEGO. INT. NOITE.

Naná entra, acende a luz e encontra o quarto bagunçado.

NANÁ: Como já era de se esperar, ele não tá aqui. Ai, que Deus proteja esse garoto a essa hora da noite!

Ela vê algumas roupas jogadas na mesa do computador e se aproxima tentando dar um jeito na bagunça. Ao retirar as roupas encontra uma folha impressa.

NANÁ: O que é isso? (lê) Como conquistar uma garota à moda antiga.

Naná sorri.

NANÁ: Olha só… A história que eu contei está servindo de inspiração. Será que ele está namorando?

O telefone toca.

NANÁ: A essa hora? Quem será?

CORTA PARA

CENA 5. APARTAMENTO DE DIEGO. SALA. INT. NOITE.

Naná em pé, com o telefone fixo ao ouvido.

NANÁ (assustada): Na delegacia? Estou indo praí agora mesmo.

Em Naná.

CENA 6. MANSÃO DE PAULINHA. QUARTO. INT. NOITE.

Rubens e Mirtes dormem quando um celular emite um som. Mirtes acorda no susto já pegando o aparelho, Rubens acorda também.

RUBENS: Quem será a essa hora da noite?

MIRTES: É a Paulinha.

RUBENS: Lá vem a surpresa da noite. O que a encrenqueira aprontou desta vez?

MIRTES (atende): Paulinha?

PAULINHA (V.O): Mãe, eu preciso da sua ajuda. Eu to na delegacia.

MIRTES: O que? Como assim?

PAULINHA (V.O): Eu preciso da sua ajuda. Não conta nada pro papai.

MIRTES: Mas, Paulinha...

RUBENS: Mirtes, o que está acontecendo?

Em Mirtes, sem saber o que fazer.

CENA 7. MANSÃO DE PATO. SALA DE ESTAR. INT. NOITE.

Caio e Grego descem as escadas cuidadosamente. Não há mais ninguém na casa.

CAIO: Não tem ninguém.

GREGO: Pelo visto foi todo mundo preso.

CAIO: Menos a gente.

GREGO: É pra comemorar?

CAIO: A gente precisa fazer alguma coisa.

GREGO: O que? Ir lá e ser preso também? Não dá, Caio.

CAIO: Como eu queria que esses policiais fossem streapers contratados pelo Pato.

GREGO: Que?

CAIO: É que na outra festa o Pato deu um susto em todo mundo contratando dois streapres disfarçados de polícia. Aí quando eles chegaram ficou todo mundo tremendo na base, achando que íamos ser presos. Só que não.

GREGO: Esses seus amigos são meio malucos.

CAIO: Mas bem que poderia ser só uma brincadeira de mau gosto do Pato de novo.

GREGO: Dessa vez, não. Foi todo mundo em cana. Será que pode piorar?

A porta se abre bruscamente e os dois olham para trás assustados ao verem duas pessoas. CAM revela os pais de Nanda.

CAIO (sem graça): Senhor Marcelo e senhora Estela? O que fazem aqui e vestidos assim?

ESTELA (olhando para sua roupa): O que tem nossa roupa?

CAIO: Vocês estão de pijama.

Estela e Celo começam a rir.

ESTELA: Eu não acredito. Celo e esse pijama de bolinha?

CELO: O seu está pior. São guarda-chuvas.

ESTELA: Saímos correndo e nem percebemos. Agora já foi.

CELO: É o que temos pra hoje. Mas cadê todo mundo?

ESTELA (preocupada): A Nanda ligou pedindo ajuda pra fugir da polícia.

GREGO: Como é que é?

CELO: Fugir não, Estela. Ajudar! (bravo) O que vocês andaram aprontando hein, seus moleques inconsequentes?

CAIO: Alguém denunciou a gente pra polícia.

ESTELA: E denunciaram por que?

CAIO: Por que… Porque…

GREGO: O som! O som tava muito alto e o horário um pouco excedido. sabe como é né, a lei do silêncio. Deve ter sido algum vizinho.

CELO (preocupado): E onde é que ta a Nanda? Me digam!

CAIO: Eu não sei.

Celo fica nervoso e encara Caio o segurando pela gola da camisa.

CELO (nervoso): Moleque! Me diz onde ela ta agora!

CAIO: Senhor, eu já disse que não sei! A essa hora deve estar na delegacia.

Estela se aproxima do marido e coloca as mãos sobre as costas dele.

ESTELA: Amor, se acalme. Vamos lá resgatar a nossa filhinha. Já vimos que aqui ela não está mesmo.

Marcelo solta Caio e se acalma.

CELO: Tudo bem. Desculpe por isso.

Celo e Estela saem da sala e vão embora. Caio respira aliviado e Grego fica preocupado.

GREGO: Tudo bem aí?

CAIO: Sim.

GREGO: Esses são os pais da Nanda?

CAIO: Aham.

GREGO: Meio maluquinhos eles, não?

CAIO: Com um tempo você acostuma.

GREGO: Bom, se não resta nada a fazer. Vamos pelo menos arrumar essa bagunça né.

Caio concorda com a cabeça.

CENA 8. DELEGACIA. RECEPÇÃO. INT. NOITE.

Pato anda de um lado para o outro. Diego folheia uma revista.

PATO: Cadê a sua avó? Eu quero ir pra casa.

DIEGO: Já disse que está vindo.

PATO: Ela precisa vir rápido.

DIEGO: Relaxa. A coroa vai nos salvar. Apesar de que não vai adiantar de nada. Seu pai vai descobrir o que aconteceu.

PATO: É. Já tô até vendo! Vou ficar de castigo, o clima lá em casa vai ser o inferno que eu vivo todo dia.

DIEGO: Que barra.

PATO: Mas aquele vizinho não perde por esperar. Eu vou aprontar uma que ele jamais esquecerá quem é Patrício Lambertini.

DIEGO: É isso aí! Tamo junto.

CENA 9. DELEGACIA. SALA DE ESPERA. INT. NOITE.

Vários adolescentes que estavam na festa estão por ali a espera. Alguns já estão indo embora junto com os pais. Entre eles estão Nanda e Paulinha sentadas num banco.

PAULINHA: Toda essa confusão valeria a pena se algo tivesse acontecido.

NANDA: O que?

PAULINHA: O desafio da Larissa. Ia rolar o beijo entre você e o Pato. Não acredito que deu errado.

NANDA: Nem me fale. Eu fiquei muito nervosa.

PAULINHA: Você tem que cobrar. Não pode perder a oportunidade.

NANDA: Cê ta louca? Pirou de vez? Eu jamais vou fazer isso. O Pato vai achar que eu to desesperada pra ficar com ele.

PAULINHA: E não tá, miga?

NANDA: Cala essa boca!

PAULINHA: Eu acho que devia aproveitar essa oportunidade. Vai que ele curte e começa a rolar algo entre vocês.

NANDA: Melhor você acordar desse sonho. O Pato só tem olhos pr’aquela aliciadora de menores. Nem olha pra mim. Já aceitei que vida não é um conto de fadas. Vamos aceitando a realidade que é o melhor a se fazer.

PAULINHA: Por falar em realidade, to com medo do que possa acontecer com a gente depois de hoje.

NANDA: O que você acha que seus pais vão dizer?

PAULINHA: Prefiro nem saber por enquanto.

Um adolescente sai chorando da sala do delegado.

PAULINHA (medo): Vendo os que já saíram da sala do delegado está me deixando com medo. Nunca passei por isso antes. Não sei o que fazer lá dentro.

NANDA: Você acha que não estou com medo também? Mas tente se acalmar e ser você mesma na hora do depoimento.

PAULINHA: Não sei se vou conseguir. Vou me ver como uma assassina que ta sendo interrogada pelo delegado.

NANDA: Por favor, tente relaxar por que se eu ver você nervosa, aí eu que vou ficar mais ainda.

PAULINHA: Tudo bem. Vou tentar me relaxar.

As duas ficam caladas observando o movimento. Paulinha percebe que o policial que vigia a saída se distraiu e a passagem está livre. Ela se levanta e começa a ir em direção.

NANDA: Tá indo aonde, sua doida?

PAULINHA: Vou fugir! Não dá pra mim isso aqui.

NANDA: Tá maluca? Isso só vai piorar pra você, amiga!

Nanda se levanta e tenta impedir Paulinha, mas um policial aparece no meio do caminho dela. Paulinha fica sem saber o que fazer.

Paulinha: Ferrou.

Paulinha levanta os braços e coloca as mãos na frente do policial.

PAULINHA: Vai! Pode me prender. Eu sei que...

POLICIAL: Calma, menina. Não vou te prender.

PAULINHA (desentendida): Não?

POLICIAL: Não. Só quero lhe pedir para me acompanhar até a sala do delegado. É a sua vez de depor.

Paulinha encara Nanda, que a incentiva a entrar. O policial a acompanha sob o olhar de Nanda.

NANDA: Boa sorte, amiga.

CENA 10. MANSÃO LAMBERTINI. SALA DE ESTAR. INT. NOITE.

Grego e Caio conversam enquanto limpam a sala.

GREGO: Cara! Isso aqui ta uma bagunça.

CAIO: Nem me fale. O pai do Pato chega no domingo. Não sei se vai dar para arrumar tudo a tempo.

GREGO: Isso é verdade. Só um milagre mesmo.

Caio digita no celular.

CAIO: A Nanda me respondeu. A Paulinha está sendo interrogada.

GREGO: Ces brigaram?

CAIO: Quem?

GREGO: Você e sua namorada?

CAIO: Ah, sim. Por que ta perguntando?

GREGO: É que eu vi um clima pesado entre vocês num dado momento da festa, e aí depois tu sumiu do mapa. Rolou alguma coisa?

CAIO: Pior que rolou. Ela e o Diego se beijaram.

GREGO: Sério, cara? Que mancada!

CAIO: Às vezes eu acho que a mancada foi eu que dei.

GREGO: Não entendi.

CAIO: A Paulinha e o Diego sempre tiveram um rolo meio complicado. Ela gosta muito dele.

GREGO: E ele?

CAIO: To começando a achar que o Diego não gosta de ninguém, a não ser dele mesmo. O fato é que independente dele ser um vacilão, eu meio que entrei no meio disso tudo, entende? Eles já tinham um lance antes de mim.

GREGO: Entendi. Mas, se você gosta dela, acho que tem que insistir.

CAIO: É complicado.

GREGO: Vocês terminaram?

CAIO: Não. Ela vai almoçar lá em casa amanhã. Vou apresentá-la aos meus pais.

GREGO: Legal. Espero que fique tudo bem depois desse almoço de vocês. Agora, se me permite uma opinião sobre o Diego, acho que você deveria escolher melhor seus amigos. Você é um cara legal.

CAIO: Vou pensar nisso. Valeu.

GREGO: Bora voltar ao trabalho.

CAIO: Demorou.

Eles recomeçam a arrumação.

CENA 11. DELEGACIA. SALA DE ESPERA. INT. NOITE.

Nanda está sentada no banco quando Marcelo e Estela chegam.

ESTELA E CELO: Filha!!!

Todo mundo se assusta com a chegada espalhafatosa do casal.

NANDA (chocada): Mãe! Pai!

Estela e Celo correm na direção de Nanda para abraçá-la e ela faz sinal pra eles pararem. O casal congela.

NANDA (pausadamente): O que - significa - isso?

CELO: Filhinha, do que você tá falando?

NANDA: Vocês querem acabar com a minha reputação na escola mesmo né, só pode.

ESTELA (brava): Qual o problema com você, garota?

NANDA: Qual o problema comigo? Qual o problema com vocês!!! Olha só isso!!! Vocês estão de pijama numa delegacia!

As pessoas em volta comentam, riem da situação. Estela e Celo se olham.

CELO (cochicha): Eu disse pra gente passar em casa e trocar de roupa.

ESTELA: É né, eu devia ter vestido aquele terninho preto dá mais um ar de seriedade…

CELO: E eu devia ter/

NANDA: Ai, tá, gente, agora já foi. Foca aqui tá? Vocês vieram porque eu liguei pedindo ajuda, lembra?

ESTELA (preocupada): Claro, filha! Que bom ver que tá tudo bem com você, meu amor. Quase morri de preocupação.

Estela fica paparicando Nanda. Celo mostra-se bravo.

CELO (bravo): Chega disso, mulher. Temos que assumir a postura adequada neste momento. A Fernanda precisa de uma lição de moral.

ESTELA (afasta-se): Isso mesmo. O que você fez foi inadmissível, espera, o que foi mesmo que você fez?

Nanda revira os olhos.

CELO (a Estela): Ela precisa nos contar primeiro. (a Nanda) Conte-nos tudo que aconteceu naquela festa. Não esconda nada ouviu bem, mocinha?

NANDA: Então, não aconteceu nada demais. A festa estava tranquila com a galera dançando e alguns bebendo. Tava tudo indo muito bem até a polícia baixar lá e todo mundo vir parar aqui. Agora o delegado tá chamando um por um na sala dele.

ESTELA: Espere aí, mocinha, por acaso você não bebeu, né?

NANDA (finge): Euuu? Jamais faria isso! Vocês sabem o que penso sobre bebida. Nunca vou por uma gota de álcool na boca.

CELO (desconfia): É mesmo? Então deixa eu sentir o seu hálito!

NANDA: Que?

CELO: É isso mesmo que você ouviu.

NANDA: Você só pode tá brincando né?

CELO: Tenho cara de palhaço por acaso?

ESTELA (brinca): Eu posso responder essa?

CELO (sério): Você não se meta.

NANDA: Eu não vou pagar esse mico aqui na frente de todo mundo. Já não basta vocês terem aparecido aqui de pijama? Eu vou ser a piada da escola o resto do ano! Eu ainda não acredito que vocês fizeram isso comigo. Logo comigo que sou uma filha maravilhosa, eu não merecia isso, ouviu?

ESTELA (sentido): Celo... Ela tem razão.

CELO: Ok.

ESTELA: Menos mal.

CELO: Mas isso não impede de você levar um corretivo.

ESTELA: Nisso concordo.

NANDA: O que vocês estão pensando em fazer?

CELO: Em breve você saberá...

Celo e Estela se entreolham, cúmplices.

NANDA (indignada): Mas pai...

CELO: É isso e ponto final! Você estava no meio de uma parada errada, então merece aprender. Depois a gente conversa sobre o castigo.

Nanda fecha a cara e senta no banco de braços. Celo e Estela ficam ali, confabulando.

CENA 12. DELEGACIA. RECEPÇÃO. INT. NOITE.

Pato sentado. Diego concentrado olhando para tv.

PATO: A essa hora era pra eu estar no bem bom com a Amanda.

DIEGO: E eu com a Nanda.

PATO (repreende): Mas pelo visto quem tomou a droga foi a Lua, seu mané.

DIEGO: Cara, não é possível. Ela nem chegou perto da bebida.

PATO: É claro que foi ela. Quem além da Lua desmaiou? Quem?

DIEGO: Pode ter sido o Caio que sumiu durante a festa.

PATO: Será que foi ele?

DIEGO: Claro, cara.

PATO: Mas peraí, na hora que você se confundiu ele não estava presente.

DIEGO: Bom, além da gente estava a Nanda e o Grego. Pode ter sido o nerd frangote.

Pato cutuca Diego fazendo-o olhar em direção a entrada.

PATO: Olha só quem tá chegando.

CAM revela Rubens e Mirtes. Pato se aproxima deles.

PATO (sonso): Doutor, Rubens! O senhor por aqui?

RUBENS: Onde está minha filha?

PATO: Na sala do delegado.

RUBENS: Imagino que seu pai não esteja sabendo a algazarra que você armou na ausência dele.

Pato não responde.

MIRTES: Vamos logo atrás da Paulinha, Rubens!

Rubens e Mirtes vão em direção a sala do delegado.

PATO: Droga!

DIEGO: E nada daquela velha aparecer!

CENA 13. DELEGACIA. SALA DO DELEGADO. INT. NOITE.

Paulinha e o delegado, um homem careca e barrigudo (40 anos) estão frente a frente.

DELEGADO: Então você está me dizendo que não havia bebida alcoólica e drogas ilícitas nessa festinha de adolescente?

PAULINHA: Não, senhor. Juro!

A porta da sala é aberta. Entram um policial, Rubens e Mirtes.

POLICIAL: Senhor, os pais da garota interrogada. Com licença.

DELEGADO (ao policial): Você fica aí.

MIRTES (aproxima-se): Filha! O que você fez?

PAULINHA: Só tava me divertindo na casa do Pato.

DELEGADO: Numa festa regada a álcool e drogas, diga-se de passagem. Os senhores deveriam cuidar melhor de sua prole.

RUBENS: Eu sabia que mais cedo ou mais tarde acabaríamos tendo que buscá-la numa delegacia. Quantas vezes eu disse pra você, Mirtes? O que você andou cheirando nessa festa hein?

PAULINHA: Eu não usei nada!

RUBENS: Você só me traz desgostos.

MIRTES: Rubens, agora não é hora pra isso. Delegado, o que temos que fazer pra tirar nossa filha daqui?

DELEGADO: Só me prometam que vão dá um corretivo bem dado nessa mentirosa que estava até agora negando o inegável. Agora, se me dão licença, vou acabar de uma vez por todas com esse furdunço na minha delegacia. Tenho coisas mais relevantes pra me preocupar com um bando de adolescente irresponsáveis.

MIRTES: Obrigada, delegado.

RUBENS: Até mais ver.

O delegado faz sinal com a cabeça.

DELEGADO: Quanto a você, pega os nomes de todos os jovens detidos nessa festa e vai liberando à medida que os pais vierem buscar.

POLICIAL: Sim, senhor.

DELEGADO: Pode sair.

O policial sai. O delegado acomoda-se em sua cadeira. Põe os pés na mesa, acende um cigarro.

DELEGADO: Essa garotada não tem jeito.

Fuma o cigarro, solta a fumaça.

CENA 14. MANSÃO LAMBERTINI. JARDIM. INT. NOITE.

Grego segue limpando a sujeira da festa colocando o lixo em um saco preto. Caio vem de dentro da casa com duas garrafas de cerveja.

CAIO: Pausa pro lanche.

GREGO: Mas isso é cerveja.

CAIO: Foi o que sobrou na geladeira.

Eles riem. Grego pega a cerveja. Sentam-se na grama perto da piscina.

CAIO: Olha isso tudo!

GREGO: Ta falando do que?

CAIO: Essa mansão. É muito maneira. Já tinha vindo outras vezes, mas nunca reparei no quão grande ela é.

GREGO: É. O Pato tem sorte de ter tudo isso aqui.

CAIO: Com certeza.

GREGO: Por isso ele é tão metido.

CAIO: Não fala assim.

GREGO: Só to falando a verdade. Tanto ele, quanto o Diego, são dois babacas que se acham donos do mundo.

CAIO: Pelo menos as meninas são legais, vai.

GREGO: É, elas são legais. A Nanda tava super simpática hoje, muito por conta da bebida, é claro, mas ela nunca foi estúpida comigo como os outros.

CAIO: A Nanda é uma grande amiga.

GREGO: Queria ter amigos como ela.

CAIO: Bom, você tem a mim.

GREGO: Legal que o professor de Literatura nos aproximou né. Ele não faz ideia do quanto isso foi bom.

CAIO: Acho que a vida é meio assim mesmo. Aparecem pessoas que aproximam outras e nem fazem ideia do bem que estão fazendo.

GREGO: Conversar contigo me faz muito bem.

CAIO: Sinto a mesma coisa.

MUSIC ON: (FLASHLIGHT - JESSIE J)

Eles ficam se olhando por um tempo.

CAIO: Bora cair na água?

GREGO: Na piscina?

CAIO: Onde mais seria!

GREGO: A essa hora?

CAIO: Sim, ué.

Caio vai tirando a camisa.

GREGO: Mas eu nem trouxe sunga, cara.

CAIO: Quem precisa de sunga! (tira a calça ficando apenas de cueca)

Caio pula na piscina soltando um grito.

GREGO (motivado): Demorou!

Grego também tira as roupas. Caio emerge após o mergulho, fica a observar Grego que toma distância, preparando-se pra pular.

CAIO: Vai ficar aí só olhando?

GREGO: #partiu

Grego corre e salta mergulhando na piscina. Os dois ficam jogando água um no outro, brincando.

CENA 15. CASA ISMAEL. QUARTO. INT. NOITE.

MUSIC OFF.

Ismael na janela, enquanto DJ está deitado na cama mexendo no celular.

DJ: Pelo visto você conseguiu acabar com a festinha do vizinho.

ISMAEL: É, o barulho acabou. Mas tem gente lá ainda, não tá ouvindo?

DJ: Ouvindo o que, cara?

ISMAEL: As vozes. Acho que tem gente na piscina.

DJ: Você vai implicar com isso também?

ISMAEL: Não. Tô só comentando. Será que a morena do olho claro ainda tá lá?

DJ: Ah agora to entendendo a sua falta de sono. Tá afim da morena de olho claro!

ISMAEL: Ela é bonita, sim, e daí?

DJ: Ce tem razão. Ela é bonita mesmo. Mas caso tu não tenha percebido, a gente meio que atrapalhou o lance entre ela e o mauricinho dono da casa. Quando eles estavam prestes a se beijar, a gente entrou.

ISMAEL: Isso quer dizer que chegamos na hora certa.

MUSIC ON: LINHA DE FRENTE - CPM 22

Ismael ri para o irmão, que retribui.

CENA 16. SEQUÊNCIA DE CENAS 

1. Nanda, Celo e Estela assinam um livro na recepção da delegacia, sob a vigilância do policial encarregado. Antes de sair com os pais, Nanda olha para Pato e Diego, ainda esperando por seus responsáveis;

2. Rubens e Mirtes discutem na sala de maneira agressiva;

3. Paulinha está em seu quarto, deitada na cama, encolhida, ouvindo tudo. Ela pega o celular no criado-mudo. CAM detalha ela digitando uma mensagem para alguém.

4. Na mansão, Caio e Grego estão sentados à beira da piscina quando Caio percebe que chegou notificação em seu celular. Ele verifica. CAM detalha o conteúdo da mensagem recebida: “me desculpa”.

5. Caio não responde a mensagem, guarda o celular.

6. Selma abre a porta do quarto de Caio, liga a luz e se preocupa ao ver que o filho ainda não chegou.

7. Naná chega a delegacia para o alívio de Pato e Diego, que são os únicos ali.


CENA 17. MANSÃO LAMBERTINI. RUA. EXT. NOITE.

MUSIC OFF.

O táxi para. Naná no banco do carona. Pato e Diego no banco de trás. Pato retira a carteira do bolso.

NANÁ: Pato, não se incomode. Deixe que eu pago.

PATO: Imagina, dona Naná. É o mínimo que eu posso fazer depois do que você fez por mim. Faço questão de pagar, como forma de agradecimento.

NANÁ: Não precisa, filho.

DIEGO: Precisa sim. Aceita logo, vó.

NANÁ: Se é assim. Tudo bem.

Pato entrega o dinheiro ao taxista e sai logo em seguida.

PATO (para Diego): Vamos?

DIEGO: Bora.

NANÁ: Filho, você não vai pra casa?

DIEGO: Fiquei de ajudar o Pato organizar a bagunça que fizemos.

PATO: Ele pode dormir aqui, se não quiser voltar de busão.

DIEGO: Demorô.

PATO (a Naná): Tudo bem por você?

NANÁ: Tudo sim. É melhor. Bom, se cuidem e nada de bagunça.

CENA 18. MANSÃO LAMBERTINI. JARDIM. EXT. NOITE.

Grego e Caio se enxugam com toalhas à beira da piscina.

GREGO: Eu nunca fiz tanta coisa "errada" na minha vida numa única noite.

CAIO: Se bem que a parte mais legal a gente perdeu.

GREGO: Por hoje já valeu.

Pato e Diego se aproximam.

DIEGO: Ih olha só quem ainda tá por aqui.

PATO: Esse pela saco ainda na minha  casa? Já não passou da hora  de vazar?

DIEGO: E você hein, Caio... Enquanto a gente tava lá na pior na delegacia tu aqui de lanchinho com o nerd. Mui amigo você.

CAIO: Engraçado você falar de amizade depois do que aprontou comigo.

PATO: Ei que que tá pegando aqui?

CAIO: Pergunta pro seu amiguinho aí.

PATO: Do que ele tá falando Diego? O que foi que você fez?

Close em Diego, encurralado com a pergunta.

 
     

 

     

autores
GABO OLSEN
DIOGO DE CASTRO


colaboração
IGOR FEIJÃO

elenco
NICOLAS PRATTES como PATO
ALICE WEGMANN como NANDA
JOSÉ VICTOR PIRES como DIEGO
LETÍCIA NAVAS como PAULINHA
JOÃO VITHOR OLIVEIRA como CAIO
LARISSA MANOELA como LUA
ERIBERTO LEÃO como LEONARDO
TALITA CASTRO como KÁTIA
JUAN ALBA como HEITOR
CAROLINA FERRAZ como SELMA
ÂNGELA LEAL como NANÁ
JANDIR FERRARI como MARCELO
ÂNGELA DIP como ESTELA
DALTON VIGH como RUBENS
LUCIANA VENDRAMINI como MIRTES
FILIPE BRAGANÇA como GREGO
LUCAS COTRIM como DJ
RAISSA CHADDAD como LARISSA
NICHOLAS TORRES como RICARDO
HESLAINE VIEIRA como ANDRÉIA
GABRIEL SANTANA como ISMAEL
CARLA FIORONI como JULIANA
MARCELLO AIROLDI como ARNALDO
VERA ZIMMERMANN como LÚCIA
SANDRA PÊRA como VANICE
WAGNER SANTISTEBAN como ALFREDO
MARISOL RIBEIRO como MILENA
JIDDÚ PINHEIRO como RAMIRO


trilha sonora
SIPPIN' ON SUNSHINE - AVRIL LAVIGNE (ABERTURA)
FLASHLIGHT - JESSIE j
LINHA DE FRENTE - CPM 22

produção

BRUNO OLSEN
CRISTINA RAVELA


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


REALIZAÇÃO


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