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Antologia Lendas Urbanas: E se forem reais? - 2x05

Conto de Matile Facó
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Sinopse: Um escritor curioso adentra um bar decadente e se depara com uma mulher misteriosa, desvendando lendas urbanas sobre o temido Espírito do Desfigurado. Juntos, eles embarcam em uma jornada sombria e perigosa para desvendar a verdade e encontrar a redenção.

2x05 - Redenção nas Trevas
de Matile Facó


Era uma noite escura e chuvosa em Fortaleza quando adentrei um bar decadente na periferia da cidade. Sentada em um canto, com uma taça de vinho na mão, uma mulher misteriosa me chamou a atenção. Seus olhos penetrantes pareciam esconder segredos profundos. Eu sabia que ela tinha uma história para contar, uma história envolta em lendas urbanas e horror.

Aproximei-me lentamente, sentindo o peso do ambiente carregado de tensão. Ela sorriu de forma enigmática e começou a falar. Contou-me sobre uma lenda sombria que assombrava aquela região. Dizia-se que um espírito vingativo vagava pelas ruas à procura de suas vítimas, sussurrando promessas de tormento em seus ouvidos antes de ceifar suas vidas.

Era conhecido como o Espírito do Desfigurado. Diziam que sua aparência era tão horrenda que a visão de seu rosto podia levar uma pessoa à loucura. Contava-se que ele fora vítima de uma tragédia terrível, tendo sido brutalmente desfigurado por um ato de vingança. Desde então, seu espírito atormentado vagava pelas ruas em busca de justiça, assombrando aqueles que cruzavam seu caminho. As lendas urbanas falavam de seu modus operandi cruel, sussurrando promessas de tormento aos ouvidos de suas vítimas antes de ceifarem suas vidas com uma frieza aterradora.

A curiosidade e o fascínio me envolveram. A mulher, cujo nome era Marianne, me convidou para uma expedição noturna pelos becos e vielas sinistras. Aceitei o desafio, impulsionada pelo desejo de explorar o desconhecido, de enfrentar meus medos mais profundos.

Caminhamos pelas ruas vazias, iluminadas apenas pela fraca luz dos postes. Os sons do vento e da chuva ecoavam, criando uma trilha sonora assustadora. Marianne conduzia a jornada com confiança, revelando histórias arrepiantes de vítimas que desapareceram sem deixar rastro, deixando apenas um rastro de pavor e lendas urbanas.

Era uma noite sombria e silenciosa quando seguimos Marianne pelas ruas escuras da cidade. O céu estava encoberto por densas nuvens negras, como se o próprio ambiente estivesse preparado para receber o malévolo Espírito do Desfigurado. Cada passo que dávamos ecoava uma mistura de excitação e apreensão. As histórias que ouvimos sobre a lenda urbana do espírito vingativo nos assombravam a cada esquina que virávamos.

À medida que avançávamos pelos becos estreitos e sombrios, Marianne compartilhava mais detalhes sobre o Espírito do Desfigurado. Dizia-se que ele era um homem comum, cuja vida foi tragicamente transformada por uma vingança implacável. Havia diferentes versões da história, mas todas convergiam para um mesmo ponto: ele foi brutalmente atacado por um grupo de pessoas cujas identidades permaneciam desconhecidas.

As lendas urbanas contavam que o ataque foi extremamente violento, deixando-o com ferimentos graves e uma aparência irreconhecível. Acredita-se que ele tenha sobrevivido ao ataque, mas sua vida nunca mais foi a mesma. Marcado pela dor física e emocional, seu espírito foi corrompido por um desejo insaciável de vingança contra aqueles que o desfiguraram. Desde então, ele vagava pelas ruas, aterrorizando os moradores da cidade e espalhando o medo por onde passava.

Marianne nos conduziu por vielas estreitas e becos abandonados, cada passo aumentando a sensação de perigo iminente. À medida que avançávamos, ela compartilhava histórias horripilantes de encontros com o Espírito do Desfigurado. Relatou como ele aparecia repentinamente diante de suas vítimas, emergindo das sombras com seu rosto mutilado e seus olhos brilhando com ódio.

Diziam que o Espírito do Desfigurado tinha a habilidade de sussurrar promessas de tormento nos ouvidos das pessoas, atormentando suas mentes e levando-as à beira da insanidade. Aqueles que ousavam olhar diretamente em seu rosto eram condenados a viver uma vida de pesadelos constantes, atormentados pela visão horrenda que os assombrava.

À medida que avançávamos pela escuridão, podíamos sentir o peso do medo pairando sobre nós. O ar parecia carregado de energia sombria, como se estivéssemos nos aproximando do epicentro da lenda urbana. A atmosfera se tornava cada vez mais densa, envolvendo-nos em uma aura de suspense e terror.

Chegamos a um antigo casarão abandonado, o lugar onde se acreditava que o Espírito do Desfigurado tinha se refugiado após sua desfiguração. O ambiente era assustador, com paredes descascadas e móveis empoeirados.

Marianne apontou para uma porta enferrujada. Diziam que por trás dela, um assassino desfigurado se escondia, pronto para atacar qualquer um que se aventurasse em seu território. A pulsação acelerada em meu peito não era apenas o resultado da tensão do momento, mas sim o reflexo do medo que percorria minhas veias.

No início de nossa jornada, caminhamos pelas ruas vazias, iluminadas apenas pela luz fraca dos postes que pareciam ecoar uma aura de mistério e medo. Cada passo era cauteloso, como se adentrássemos um território proibido e desconhecido. Marianne compartilhou comigo histórias arrepiantes de encontros com o espírito vingativo, detalhes horripilantes sobre as vítimas que haviam cruzado seu caminho.

Em um beco sombrio, Marianne apontou para uma porta enferrujada. Diziam que por trás dela, um assassino desfigurado se escondia, pronto para atacar qualquer um que se aventurasse em seu território. A pulsação acelerada em meu peito não era apenas o resultado da tensão do momento, mas sim o reflexo do medo que percorria minhas veias.

Com coragem, abri a porta rangente e adentrei um ambiente sombrio e decadente. Minha mente estava repleta de lendas urbanas, histórias que se misturavam com a realidade distorcida. A cada passo, sentia o olhar atento do assassino invisível, sua presença nefasta sussurrando em meus ouvidos.

A cada cômodo explorado, deparávamo-nos com símbolos macabros e vestígios sangrentos. Manchas escuras no chão, móveis quebrados, objetos deixados pelo assassino como troféus sinistros. Aquela atmosfera permeada por terror e suspense me envolvia como uma teia, desafiando meus sentidos e minha sanidade.

Ao longo da noite, mergulhamos em uma jornada que desafiava os limites da realidade. Nosso objetivo era desvendar o mistério por trás das lendas urbanas, desvendar a identidade do assassino desfigurado. A cada pista encontrada, meu fascínio pelo terror se intensificava, enquanto meu medo se mesclava com uma estranha excitação.

No entanto, à medida que adentrávamos ainda mais nos segredos ocultos, percebíamos que a fronteira entre o real e o sobrenatural se tornava cada vez mais tênue. A sombra do assassino parecia se estender além do espaço físico, infiltrando-se em nossas mentes e alimentando nossos medos mais profundos.

Enfrentamos pesadelos vivos, visões distorcidas que desafiavam nossa percepção da realidade. A linha que separava o sobrenatural do psicológico começou a desaparecer, deixando-nos imersos em um turbilhão de terror e suspense. Através de corredores escuros e salas abandonadas, nos aproximávamos cada vez mais da verdade assustadora que estava prestes a ser revelada.

A escuridão era densa e opressiva, preenchendo o ambiente com uma atmosfera macabra. A luz fraca de uma vela tremeluzia em um canto, revelando sombras dançantes nas paredes deterioradas. Meus passos ecoavam pelo local, criando um ruído perturbador. O ar estava carregado com o cheiro de mofo e decadência, como se a própria alma do assassino desfigurado impregnasse o lugar.

Cada ranger de madeira e cada sussurro do vento alimentavam minha imaginação, fazendo-me questionar se aquela figura sinistra realmente existia ou se era apenas uma criação da mente atormentada pelas lendas urbanas. No entanto, a sensação gélida que percorria minha espinha me lembrava que, naquele momento, estava imersa em uma realidade assustadora.

Avancei mais fundo no interior sombrio, meus olhos atentos a qualquer movimento suspeito. Entrei em um aposento pequeno e empoeirado, onde uma única cadeira estava posicionada de frente para um espelho quebrado. A figura do assassino se refletia nas partes remanescentes, uma visão distorcida e assustadora.

O coração batia forte em meu peito enquanto a voz de Marianne ecoava em minha mente, encorajando-me a enfrentar meus medos mais profundos. Era como se ela estivesse ali, mesmo não sendo visível. A coragem crescia dentro de mim, impulsionada pelo mistério que envolvia aquela lenda urbana.

A medida que prosseguíamos, o ambiente se tornava mais sinistro, as paredes pareciam fechar-se ao nosso redor. Um ar gelado soprava, trazendo consigo um sussurro suave, quase inaudível. Era como se o próprio lugar estivesse nos desafiando, nos testando em relação à nossa coragem e resistência mental.

Chegamos a um corredor estreito e mal iluminado. As sombras pareciam se contorcer, criando figuras grotescas que dançavam ao nosso redor. Cada passo que dávamos ecoava de forma ensurdecedora, como se estivéssemos perturbando o descanso dos espíritos que habitavam aquele lugar amaldiçoado.

Enquanto avançávamos, fomos confrontados por visões assustadoras e ilusões perturbadoras. A voz do assassino desfigurado sussurrava em nossos ouvidos, nos instigando a abandonar toda esperança. Mas, contra todas as probabilidades, continuamos avançando, armados com uma determinação ferrenha e uma coragem que beirava a insanidade.

Finalmente, chegamos à sala central, onde as lendas urbanas apontavam como o epicentro da atividade do espírito vingativo. Ali, deparamo-nos com uma cena que nos deixou sem palavras. No centro da sala, havia um altar macabro, adornado com velas negras e símbolos misteriosos. Era como se estivéssemos adentrando um culto sombrio, uma celebração da escuridão.

O ar estava pesado com uma energia sinistra, como se estivéssemos na presença de algo sobrenatural. Marianne, com sua voz trêmula, começou a recitar uma antiga invocação, uma tentativa desesperada de interagir com o espírito desfigurado. As palavras pareciam ganhar vida, ecoando pelo ambiente com uma força indescritível.

De repente, um ruído estranho ecoou pelo aposento, quebrando o silêncio tenso. Virei-me bruscamente, buscando a fonte do som. Meus olhos encontraram o vulto sombrio do assassino, sua figura deformada emoldurada pela escuridão. O horror dominou meu ser, mas algo dentro de mim me impulsionou a não ceder ao desespero.

Foi então que notei algo peculiar. O olhar do assassino era vazio, desprovido de vida. Seus movimentos eram mecânicos, como se estivesse preso em uma repetição interminável. A verdade surgiu em minha mente: aquela não era apenas uma lenda urbana, era uma entidade aprisionada naquele lugar.

A figura do assassino se aproximou lentamente, seus passos arrastados ecoando pelo ambiente. Sem pensar, instintivamente, estendi a mão em sua direção. Senti uma energia estranha pulsando entre nós, uma conexão inexplicável. E, naquele instante, percebi que o assassino desfigurado não era um ser malévolo, mas uma alma perdida em busca de redenção.

Conduzi o assassino desfigurado através de um caminho tortuoso, revelando-lhe cada detalhe obscuro de sua própria história. A lenda urbana começou a ganhar forma diante de nós, como um quadro macabro que se desdobrava a cada revelação. Descobri que ele havia sido vítima de uma terrível injustiça, acusado erroneamente de um crime hediondo que jamais cometera. Sua aparência deformada era resultado de uma punição brutal, uma marca física de sua desgraça.

Armados com a verdade, embarcamos em uma busca implacável por justiça. Cada pista que descobríamos nos levava a um novo véu de corrupção que envolvia a cidade. Era como se cada caminho que desvendávamos nos lançasse mais profundamente em um abismo de mentiras e traições. A cada obstáculo superado, a determinação do assassino desfigurado aumentava, alimentada por uma ira justificada. No entanto, eu sabia que a vingança não seria a solução para a sua redenção. Eu me tornara sua guia, sua guardiã, e meu papel era lembrá-lo da importância de encontrar a paz em vez de perpetuar um ciclo interminável de violência.

Enfrentamos inúmeras ameaças ao longo do nosso caminho. Figuras sombrias se erguiam para nos deter, protegendo os segredos que mantinham ocultos. Traições surgiam de todos os lados, revelando que a teia de conspirações era ainda mais intrincada do que imaginávamos. Cada embate exigia não apenas força física, mas também uma habilidade aguçada para navegar nas águas traiçoeiras da política e da influência.

Descobrimos que os verdadeiros culpados eram indivíduos poderosos, cujas ações malignas eram encobertas por uma fachada respeitável. Eles tinham ligações profundas com as mais altas esferas de poder na cidade, manipulando tudo em busca de seus interesses egoístas. Confrontá-los era como mergulhar em um mundo de sombras e escuridão, onde as regras normais não se aplicavam.

Ao nos prepararmos para o confronto final, nossos corações estavam cheios de uma mistura de medo e determinação. Sabíamos que estávamos prestes a enfrentar uma batalha que poderia decidir o destino de muitas vidas inocentes, além do próprio assassino desfigurado. Nossas habilidades e experiências se uniram em uma dança mortal, em que cada movimento era calculado e cada decisão tomada poderia significar a diferença entre a vitória e a derrota.

Adentrar o covil dos responsáveis foi uma experiência arrepiante. Corredores sombrios se estendiam diante de nós, e cada passo era acompanhado pelo ranger de portas enferrujadas. Armadilhas meticulosamente elaboradas testavam nossa destreza e atenção, mas nosso objetivo era claro: encontrar aqueles que haviam condenado o assassino desfigurado a uma vida de tormento e injustiça.

Finalmente, chegou o momento do confronto épico. Nós nos encontramos cara a cara com os responsáveis pelo destino trágico do assassino desfigurado. O ambiente estava carregado de tensão, uma mistura palpável de desespero e determinação. Era como se o próprio destino da cidade estivesse em jogo naquela batalha. Lutamos com todas as nossas forças, mesclando habilidades sobre-humanas com astúcia e estratégia.

Os adversários eram fortes e implacáveis, usando todos os meios ao seu alcance para nos destruir. Empregaram magia negra, tecnologia avançada e seus lacaios mais leais para nos deter. Cada golpe trocado deixava sua marca em nossos corpos, mas nossa determinação se mantinha inabalável. Não podíamos recuar. O assassino desfigurado lutava com uma ferocidade que vinha do mais profundo de sua alma atormentada, canalizando a raiva e o desejo de justiça.

A batalha se desdobrou em uma coreografia sangrenta, com cada movimento calculado em busca de vantagem. Lançamos feitiços poderosos, desviamos de ataques mortais e contra-atacamos com golpes precisos. O ar estava impregnado com a energia mágica que se chocava contra as paredes, deixando rastros de destruição em seu caminho.

O embate final se aproximava, e a tensão atingia seu ápice. Olhares determinados se encontraram no centro do salão, onde a verdade e a mentira duelavam. O assassino desfigurado encarou seus opressores com olhos cheios de uma mistura de dor e fúria. Cada golpe desferido era um grito por justiça, uma busca por redenção.

Apesar de todas as adversidades, perseveramos. A força interior que nos impulsionava, aliada à revelação da verdade, nos deu um poder inabalável. Nossos inimigos começaram a recuar, conscientes de que suas ações tinham sido expostas para todos verem. A justiça estava ao nosso lado, e eles não poderiam mais escondê-la.

Quando o último inimigo caiu, a sala estava mergulhada em silêncio. A poeira dançava no ar, e nossos corpos estavam cobertos de feridas e cansaço. Mas também havia uma sensação de triunfo, de que o mal havia sido derrotado. O assassino desfigurado olhou para seus algozes derrotados, e nos olhos dele, vi um misto de dor, alívio e gratidão.

Quando os últimos vestígios da batalha se dissiparam, o assassino desfigurado se viu diante de uma escolha crucial. Os olhos lacrimejantes refletiam a dor e o peso de uma vida marcada pela vingança. Mas algo dentro dele mudou. Ele compreendeu que a vingança só perpetuaria seu próprio sofrimento, que o perdão era o caminho para a libertação de sua alma atormentada.

Diante de mim, ele encontrou a força necessária para perdoar. Não apenas aos que o haviam prejudicado, mas também a si mesmo. Em um momento de profunda catarse, ele se permitiu soltar o peso que carregava por tanto tempo. As lágrimas misturaram-se às marcas de sua jornada, e um sorriso trêmulo iluminou seu rosto desfigurado. Naquele instante, ele transcendeu a mera vingança e encontrou a verdadeira redenção.

Em uma noite estrelada, conduzi o assassino desfigurado até o topo de uma colina isolada. O céu noturno estava repleto de estrelas brilhantes, como se o universo inteiro estivesse testemunhando aquele momento transcendental. Um vento suave acariciava nossos rostos enquanto nos aproximávamos de um antigo altar, que se erguia majestosamente diante de nós. Sua presença imponente e antiquada conferia um ar solene e místico ao ambiente.

Ali, sob o céu iluminado pela lua, o assassino despiu-se de suas vestes ensanguentadas, deixando-as cair ao chão como símbolo de sua transformação. Seu corpo, marcado pelas cicatrizes do passado, parecia brilhar à luz da lua, como se uma energia radiante estivesse emergindo dele. Com os olhos fixos no horizonte, ele ergueu os braços, como se quisesse tocar o próprio destino.

Com um gesto solene, ele lançou sua maldição ao vento, liberando o peso de seu passado para o universo. As palavras ecoaram pela colina, misturando-se ao vento noturno, levando consigo os anos de dor e angústia que o atormentaram. Foi um ato de purificação, de renascimento espiritual, em que o assassino desfigurado finalmente se libertou das amarras que o prendiam ao passado sombrio.

A medida em que a maldição deixava seu corpo, uma aura de luminosidade começou a envolvê-lo. Um brilho suave emanava de sua pele, iluminando seu rosto outrora marcado pela tragédia. Uma nova expressão de esperança e serenidade tomou conta de seus olhos. Ele parecia mais alto, mais forte, como se tivesse se tornado uma versão aprimorada de si mesmo.

Foi um momento de intensa emoção e transformação. O assassino desfigurado, agora liberto das correntes do passado, encarou o horizonte com um misto de gratidão e determinação. Era como se, naquele instante, ele tivesse finalmente encontrado a paz que tanto ansiava. Os fantasmas do passado haviam sido exorcizados, e ele estava pronto para abraçar um novo caminho, repleto de oportunidades para redimir-se e encontrar seu propósito.

Enquanto o vento sussurrava melodias suaves e as estrelas brilhavam com um fulgor intenso, o assassino desfigurado olhou para trás, para as ruínas de seu passado distorcido. Era uma despedida simbólica, um adeus às sombras que o aprisionaram por tanto tempo. Com um sorriso trêmulo nos lábios, ele deu um passo em direção ao novo horizonte, livre das correntes que o mantiveram cativo. Através de sua jornada de redenção, ele havia encontrado a força para perdoar os outros e a si mesmo, e estava determinado a construir um futuro melhor.

Naquela noite, uma lenda urbana se desfez diante dos nossos olhos. Testemunhei a transformação do horror em redenção, e a experiência deixou uma marca indelével em minha alma. A história do assassino desfigurado ficou gravada em minha memória como uma poderosa lição de compaixão e esperança. Aprendi que, por trás das aparências e das histórias assustadoras, há sempre a possibilidade de renovação e transformação.

Senti uma estranha mistura de gratidão e tristeza. A jornada pelas lendas urbanas havia chegado ao fim, mas as marcas daquele encontro permaneceriam comigo para sempre. E assim, continuo a vagar pelo mundo, sempre em busca de histórias escondidas, de lendas urbanas que desafiam nossa compreensão da realidade, revelando o horror e a beleza que habitam nas sombras.

Compreendi que as lendas urbanas muitas vezes escondem verdades profundas e complexas. Por trás da fachada do horror, há histórias de sofrimento, injustiça e dor. Enquanto todos temiam o assassino, eu vi além da aparência grotesca, enxerguei a humanidade que ainda habitava em sua essência distorcida.

E assim, estendi minha mão para o assassino desfigurado, oferecendo-lhe compaixão e esperança. Naquele gesto, pude sentir uma transformação no ar, como se a maldição que o aprisionava começasse a se dissipar. Agradeci às lendas urbanas por terem me guiado até ali, por terem me mostrado que nem tudo é o que parece, que o terror pode esconder uma profunda empatia e compreensão.

Senti um peso se libertando de meus ombros. O assassino desfigurado, agora livre das correntes do passado, seguiu seu caminho em busca de redenção. E eu, com um novo olhar sobre as lendas urbanas, carregava a história daquela noite em meu coração, um lembrete de que o terror e a compaixão podem coexistir, que os limites entre o bem e o mal nem sempre são tão nítidos como parecem.


Conto escrito por
Matile Facó

CAL - Comissão de Autores Literários
Agnes Izumi Nagashima
Gisela Lopes Peçanha
Pedro Panhoca
Rossidê Rodrigues Machado

Produção
Bruno Olsen


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


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