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New Stages - 2x17

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2x17
 
 
 
 
 

VOZ DE JOSH – Anteriormente em New Stages...

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MITCH – (passa a mão no rosto de Suzie) A verdade é que desde que chegou aqui, eu não consigo mais tirar os olhos de você...
 
SUZIE – (tirando a mão do garoto de seu rosto) Mitch, o que você está fazendo? Você é o meu aluno e eu sou a sua professora, então o mínimo que eu exijo é respeito!
 
MITCH – (ri) Respeito? Vá me dizer que você não gosta disso aqui?
 
E, sem pensar duas vezes, o garoto beija calorosamente a sua professora. Suzie, surpresa, demora um tempo para responder à atitude, mas assim que cai em si, empurra o garoto para longe.

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Chelsea desliza suas mãos sobre o corpo de Chad e começa a tirar sua camisa. Chad interrompe o beijo, espantado.
 
CHAD – Chelsea, eu não quero que você pense que eu vim até aqui com essa intenção... Aliás, também não era essa a minha intenção quando você teve a sua primeira vez.
 
CHELSEA – Sou eu que estou fazendo isso, Chad. Por vontade própria.
 
Enquanto os beijos de Chad vão se intensificando e mudando de lugar, não apenas na boca da garota, mas no resto do corpo, a excitação de Chelsea vai se transformando em pavor.
 
...
 
Chelsea olha para Chad e vê nele o rosto encapuzado do estuprador. A garota começa a se relutar na cama, tentando tirá-lo de cima dela.
 
CHAD – (esquiva-se) Chelsea, o que aconteceu?
 
CHELSEA – Como você pode ter feito isso comigo? Eu te fiz algo de mal? Por que você tirou de mim a minha dignidade? (começa a gritar) SAI DAQUI AGORA OU EU CHAMO A SEGURANÇA!

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Chelsea, sem pensar duas vezes, tira a arma de seu bolso e a saca em direção a Chad. Close no garoto, assustado. As pessoas presentes no refeitório começam a gritar, amedrontadas.
 
...
 
JOSH – Já imaginou o que vai acontecer com você caso atire no Chad? A sua vida vai se tornar um problema ainda maior, Chelsea. E se eu fosse você, tentaria evitá-lo. Eu não sei o que o Chad te fez, mas isso não se resolve com um tiro... Vocês precisam conversar!
 
CHELSEA – Não tente ditar o que eu devo fazer, Josh... Ou quer levar um tiro também?
 
AUSTIN – (se levanta da mesa apressadamente) Antes de atirar no Josh, você terá que atirar em mim.
 
...
 
JOSH – ...Se você largar essa arma agora, você ainda tem chance de fazer algo bom com a sua vida... Você ainda pode encontrar a pessoa ideal, formar uma família com ela, não importa de qual forma, ter uma carreira profissional de sucesso e ser feliz... Você quer ser feliz, não quer? Então abaixe essa arma... Faz o que eu tô te pedindo. Eu te amo, Chelsea... (olha para Austin) E eu não suportaria te perder.
 
Chelsea começa a chorar feito criança. Ela joga a arma no chão. Os seguranças se aproximam e algemam a garota, a tirando do local.
 
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Chelsea está em seu quarto no centro psiquiátrico.
 
ENFERMEIRA – (ajeitando o travesseiro na cama) Aqui é o seu novo lar, senhorita Harris...
 
CHELSEA – (diz em tom baixo) Eu vou ficar aqui por muito tempo?
 
ENFERMEIRA – (sorri) Só depende de você.

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CENA 01. CENTRO PSIQUIÁTRICO. SALA DO DR. EDWARDS. INT. DIA.

A imagem abre na sala do doutor Edwards, que está sentado à sua mesa, lendo alguns papeis. De repente, a porta do local é aberta, despertando a atenção do homem. Ele olha para cima e sorri ao ver quem está entrando. A câmera revela Chelsea, vestida de branco e com uma expressão bastante séria.

DR. EDWARDS – (se levanta com uma ficha em mãos e caminha até Chelsea) Olá! (olha para o relógio de pulso) Não é que a minha nova paciente é bastante pontual?

CHELSEA – (fria) Olá. Será que podemos começar isso logo? Nós dois já sabemos por que estamos aqui...

DR. EDWARDS – (sorri) Estamos aqui para conversar...

CHELSEA – (fingindo acreditar no que ele diz) Ok.

A câmera mostra duas cadeiras que estão no centro da sala. Uma de frente para a outra. O Dr. Edwards e Chelsea se sentam. Ele tira uma caneta do bolso do paletó e começa e encarar a garota.

CHELSEA – (incomodada) O que está olhando?

DR. EDWARDS – Você é uma garota muito bonita...

CHELSEA – (indiferente) Obrigada pela parte que me toca.

DR. EDWARDS – (nota a frieza da garota e se concentra em sua ficha) Qual é o seu nome?

CHELSEA – Chelsea Harris...

DR. EDWARDS – Sua idade?

CHELSEA – 19 anos. (pausa rápida) Você não está anotando! Por que perguntar informações que já contêm em sua ficha?

DR. EDWARDS – (com bastante calma) Eu quero que você se apresente para mim, Chelsea.

CHELSEA – Mas você já sabe tudo sobre a minha vida. Ou vá me dizer que não procurou saber todos os detalhes do meu passado antes de receber uma garota com possíveis distúrbios psicológicos em seu belíssimo escritório? (sorri ironicamente)

DR. EDWARDS – Chelsea, eu estou tentando criar um vínculo entre a gente aqui... Uma conexão.

CHELSEA – Não, você está tentando me manipular! É o que todos têm feito ultimamente e é exatamente o que VOCÊ está fazendo agora. Mas eu vou te dizer uma coisa, Dr. Edwards, eu não sou maluca. Eu não sei o que eu estou fazendo neste lugar. E eu não sei por que você está perdendo o seu tempo comigo.

DR. EDWARDS – Chelsea, se acalme... Ninguém aqui está dizendo que você é maluca. Eu não quero te manipular de forma alguma. Pelo contrário, eu quero ser o seu amigo. Talvez seja o que você esteja precisando neste momento. Um amigo.

CHELSEA – Ótimo. Você tendo piedade.

DR. EDWARDS – Não, como seu amigo, eu estou aqui para te ajudar. Você não está neste centro psiquiátrico porque ficou maluca. Mas sim porque você está precisando ser ouvida.

Close no rosto de Chelsea. Sua expressão entediada desaparece rapidamente. A garota começa a se interessar pelo o que o Dr. Edwards está dizendo.

DR. EDWARDS – Eu sei que você passou por muitos problemas recentemente. E você tem razão, todos estão listados aqui na minha ficha. (pausa) Mas é muito simples eu ler palavras jogadas em uma folha. Eu quero ir além disso. Quero ouvir da sua boca tudo o que aconteceu com você.

CHELSEA – (comovida) Talvez eu queira dizer...

DR. EDWARDS – Então diga. (olha para o relógio de pulso) Ainda temos quarenta minutos de consulta. Você acha que é tempo suficiente para você se abrir comigo?

Chelsea acena positivamente com a cabeça.

DR. EDWARDS – Ótimo. Então desabafe comigo. E lembre-se sempre: você não veio parar neste lugar porque está com um parafuso a menos. (ri) Você está aqui, pois pessoas estão interessadas em te ouvir... Vamos te ouvir!

Chelsea sorri, agradecida.

CHELSEA – Tudo começou no início deste ano, quando eu me interessei por um garoto que estava comprometido com outra. Ok, isso parece ser um típico caso fútil de adolescente. Mas, acredite, eu sou muito diferente de todos os outros adolescentes...

A câmera se afasta, enquanto Chelsea continua a contar tudo o que lhe acontecera para o Dr. Edwards. Este, por sua vez, escuta a garota atentamente e faz algumas anotações quando necessário.

 
 
     
 
     
 


2x17 - LIMITES
 
     

CENA 02.

(música: Love Is Easy - McFly) 

Tomada da cidade de San Francisco com imagens dos principais pontos turísticos locais até chegar à fachada da San Francisco High School. A imagem corta rapidamente para:

CENA 03. SAN FRANCISCO HIGH SCHOOL. PÁTIO. INT. DIA.

(Música continua.)

Suzie está andando distraidamente organizando alguns livros em sua bolsa. De repente, a mulher é surpreendida com um braço que a puxa para dentro de uma sala de dispensa. A imagem corta para:

CENA 04. SAN FRANCISCO HIGH SCHOOL. SALA DE DISPENSA. INT. DIA.

(Música cessa.)

Continuação imediata da cena anterior.

SUZIE – (se assusta ao perceber que se trata de Mitch) O que você está fazendo aqui?

MITCH – (fechando a porta da sala de dispensa) Você não acha que precisamos conversar?

SUZIE – Mitch! Abra essa porta. Este lugar é reservado apenas para os funcionários da San Francisco High School.

MITCH – Chegou agora na escola e quer me ensinar todas as regras do local? Não sei se você sabe, professorinha Suzie, mas eu já estava aqui antes de você substituir o nosso professor de História.

SUZIE – Diga logo o que você quer comigo, Mitch, porque eu tenho uma aula em alguns minutos e não posso deixar os meus alunos esperando.

MITCH – (se aproximando de Suzie) Pode ficar tranquila, o que temos para fazer é bem rapidinho. Eu só preciso da sua colaboração, claro...

E Mitch empurra Suzie em direção a parede e começa a beijá-la calorosamente. Close na mulher, que tenta se esquivar do garoto. Sem saber o que fazer, ela o empurra fortemente e corre até a porta, mas o garoto volta a puxá-la.

MITCH – (irritado) Você não vai fugir de mim mais uma vez sem antes fazermos o serviço completo. Eu apostei com um amigo que conseguiria te pegar até o fim do ano. Você não vai embora daqui até eu ganhar esta aposta.

SUZIE – Então quer dizer que tudo isso se trata de uma aposta? Sinto muito em lhe informar, Mitch, mas eu não vou participar desta palhaçada.

MITCH – Vai negar que está louca para ser tratada como uma mulher de verdade? Porque eu posso fazer isso por você. Duvido muito que o treinador ainda esteja dando conta de um mulherão como você.

SUZIE – Eu não acredito que estou ouvindo tanta estupidez. Onde está o seu cérebro, garoto? Eu sou a sua professora e o mínimo que peço de você é educação. Será que eu não fui clara o suficiente em nossa última conversa?

MITCH – Sim, você foi bastante clara, mas quem disse que eu dou ouvidos para tudo o que me dizem? (passando a mão no corpo de Suzie) Você atravessou o meu caminho... Apostas são feitas para serem cumpridas... E eu sou um homem de palavra!

Suzie, sem pensar duas vezes, dá um tapa no rosto do garoto, que leva sua mão até ele para esconder a dor. Suzie abre a porta do quartinho e ameaça a sair, mas volta.

SUZIE – Eu deixei bem esclarecido que caso isso jamais voltasse a ocorrer, eu não contaria nada ao diretor do colégio. Mas você ultrapassou todos os limites, Mitch. E esta é uma escola. Talvez seja o último lugar onde você possa aprender algo de bom.

Suzie sai, apressada. Close em Mitch, que tira a sua mão do rosto. Ele bufa, enfurecido.

MITCH – Isso não vai ficar assim!!!

A imagem corta rapidamente para:

CENA 05. SAN FRANCISCO HIGH SCHOOL. PÁTIO. INT. DIA.

Mitch caminha em direção a um grupo de garotos que está sentado em um banco do pátio.

MITCH – Olá, galera. Tudo em cima?

O grupo de garotos cumprimenta Mitch.

MITCH – Eu estou precisando de uma informação muito valiosa... Será que vocês podem me ajudar?

GAROTO 1 – Se estiver ao nosso alcance... Por que não?

MITCH – Conhecem a professora nova?

GAROTO 2 – A gostosa da Suzie?

GAROTO 3 – Impossível não conhecer, né?

MITCH – Ela mesmo. Ouvi a galera comentando outro dia que ela tem um filho gay. Vocês sabem se isso é verdade?

GAROTO 1 – É verdade sim. E esses boatos são espalhados desde o ano passado, quando ele ainda estudava aqui. Dizem que o garoto até circulava com o namorado pelos pátios da escola.

MITCH – (sorri maliciosamente) Interessante. E vocês sabem o nome dele?

GAROTO 2 – Hum... Eu sei o primeiro. Ryan!

GAROTO 3 – Ryan Jordan!

GAROTO 1 – (olha para o terceiro garoto) Como você sabe o último nome dele? (tira sarro) Por acaso, já o conheceu de perto? (gargalha)

GAROTO 3 – Babaca, claro que não! Eu conheço o nome do cara, porque ele era o melhor jogador de basquete do treinador Eric no ano passado. O cara mandava muito bem em quadra. Cheguei a ver alguns jogos onde ele participou.

MITCH – Ryan Jordan! Era tudo o que eu precisava saber...

GAROTO 2 – Podemos saber por que você está tão interessado neste garoto, Mitch? Não vá me dizer que resolveu mudar de time?

MITCH – Tá me estranhando? Eu gosto de mulheres. E quando uma delas resolve me dispensar, eu preciso fazer com que ela se arrependa disso... Enfim, não posso dar muitos detalhes agora. Em questão de tempo, vocês irão ver o que estou planejando!

Mitch sai, rindo. Close no grupo de garotos, sem entender.

CENA 06. SAN FRANCISCO HIGH SCHOOL. SALA DE INFORMÁTICA. INT. DIA.

Mitch entra na sala de informática da escola e caminha em direção a um dos computadores. O garoto se senta na cadeira e digita algum site na barra de endereços do navegador. Vemos que o Facebook é aberto. Mitch faz o seu login e digita na barra de buscas o nome “Ryan Jordan”. Notamos que o primeiro perfil encontrado é o de Ryan. Mitch o abre e fica encarando a foto do garoto.

MITCH – (para si mesmo) Quem mandou a sua mamãe brincar comigo... (ri)

A câmera se afasta, enquanto o garoto continua vasculhando o perfil de Ryan.

CENA 07. CENTRO PSIQUIÁTRICO. ÁREA DE LAZER. EXT. DIA.

(música: All In All - Lifehouse) 

Keith anda lentamente pelo campo verdejante do local. Ao seu redor, vários pacientes vestidos de branco aproveitam o belo dia que faz em San Francisco. Keith fica observando o comportamento estranho de cada um. Um deles corre até a garota. É um jovem que aparenta ter 25 anos.

PACIENTE – Olá...

KEITH – (sorri) Olá... Tudo bem com você?

PACIENTE – Mais ou menos. O meu coelho morreu hoje.

KEITH – (tira o sorriso do rosto) Que pena... Você tinha um coelho?

PACIENTE – Sim, mas ele era invisível, porque não permitem a entrada de animais aqui.

KEITH – (ri) Ah sim... Aposto que ele era um ótimo amigo.

O jovem assente positivamente com a cabeça.

PACIENTE – Você também veio passar um tempo aqui?

KEITH – Não, eu vim visitar uma amiga...

PACIENTE – Ah, ela também estava precisando de férias...

KEITH – Sim, mas ela sairá daqui em pouco tempo. Ela não é lou... (percebe que está falando com um paciente) Ela também está fazendo apenas uma visita.

PACIENTE – O seu cabelo é engraçado...

KEITH – (ri) Você acha?

PACIENTE – Sim, ele é vermelho...

KEITH – Eu gosto de ser diferente.

PACIENTE – Eu também sou diferente. É por isso que estou aqui.

KEITH – Mas é legal ser diferente, não é mesmo? Já imaginou como o mundo seria sem graça se todos fossem iguais? Blargh. Eu não queria ser igual a ninguém.

PACIENTE – (sorri) Você é legal. Posso te dar uma coisa?

KEITH – Não se incomode comigo.

PACIENTE – Não é incômodo nenhum. Eu poderia até fazer uma mágica para ela surgir, mas como não sou mágico... (tira uma flor de dentro do paletó) Eu colhi hoje pela manhã.

KEITH – (pegando a flor) É muito bonita... (close em seus olhos marejados) Muito obrigada, eu nunca recebi um presente tão especial como este de ninguém... (sorri) Agora eu preciso ir ver a minha amiga.

PACIENTE – Claro. Mas antes, posso saber qual é o seu nome?

KEITH – Keith. (sorri)

PACIENTE – Prazer em te conhecer.

O jovem sorri e dá as costas para Keith. Ela ameaça sair, mas estaciona no mesmo lugar onde está.

KEITH – (gritando) Hey!

O paciente volta a se virar para Keith.

PACIENTE – Sim?

KEITH – Você não me disse o seu nome...

PACIENTE – O meu nome é Jacob.

KEITH – Boa sorte, Jacob!

Keith sorri e sai andando em direção a sede do centro psiquiátrico. Ela olha para a flor, admirada.

CENA 08. CENTRO PSIQUIÁTRICO. SALA DO DR. EDWARDS. INT. DIA.

(Música cessa.)

O Dr. Edwards está concentrado na leitura de alguns papeis. Alguém bate a porta.

DR. EDWARDS – (levantando a cabeça) Entre!

A porta é aberta. Keith entra.

KEITH – Olá! Eu atrapalho?

DR. EDWARDS – Claro que não... Mas você não me parece ser alguma paciente.

KEITH – Não. Na verdade, eu estou aqui para ouvir sobre outra paciente. Chelsea Harris. Minha melhor amiga.

DR. EDWARDS – Ah sim... Ela me falou sobre você.

KEITH – Espero que tenha falado bem...

DR. EDWARDS – E por que não falaria?

KEITH – Porque eu e a Chelsea tivemos alguns desentendimentos recentemente. Eu estava com muito medo de vir até aqui, porque eu receava que ela se recusasse a me ver. Mas chega um momento que temos que encarar...

DR. EDWARDS – A Chelsea só falou coisas boas sobre você, Keith. Independente do que aconteceu entre vocês, ela não guarda nenhuma mágoa. E aposto que vai adorar te ver. (sorri) Você veio em um bom momento. A Chelsea está se sentindo muito sozinha. Ela precisava ser visitada por alguém.

KEITH – (surpresa) O que? A família dela não veio vê-la?

DR. EDWARDS – Até agora, não. E pelo o que a Chelsea me contou, ela não tem um bom relacionamento com os pais...

KEITH – Mas isso não justifica eles não se preocuparem com a saúde da filha. A Chelsea está passando por um momento complicado. É obrigação deles a apoiarem.

DR. EDWARDS – Não foi à toa que a Chelsea disse que você era a única família que ela tinha...

KEITH – (deixa uma lágrima rolar sobre o seu rosto) Ela disse isso?

O Dr. Edwards confirma com a cabeça.

KEITH – Doutor, será que você pode me dizer se a Chelsea está bem?

DR. EDWARDS – Ela está bem sim, Keith. A Chelsea não é louca. Ela só está sobrecarregada com todo o estresse emocional que sofreu nos últimos tempos. Em pouco tempo, ela poderá voltar para a casa...

KEITH – Que bom. Mas você sabe me dizer o que fez com que ela ameaçasse alguém com um revólver?

DR. EDWARDS – (surpreso) Keith, eu achei que você soubesse...

Keith se aproxima da mesa de Dr. Edwards e se senta em uma cadeira.

KEITH – (assustada) O que?

DR. EDWARDS – A Chelsea foi estuprada impiedosamente...

Close em Keith, sem reação com a notícia.

KEITH – (gaguejando) Pe..pelo Chad? Porque era nele que ela queria atirar...

DR. EDWARDS – Não foi pelo Chad. Foi por algum covarde que ela encontrou na rua. Mas duas semanas após o Natal, o Chad foi até o quarto da Chelsea com a intenção de se reconciliar com ela. Os dois acabaram tendo um momento íntimo e a Chelsea enxergou no Chad o estuprador. É normal que pacientes de estupro tenham essas visões...

KEITH – Daí, descontrolada, a Chelsea pensou que colocando a culpa no Chad...

DR. EDWARDS – (complementa) ...Ela estaria se vingando do estuprador.

KEITH – Meu Deus... Agora tudo faz sentido. Eu só não consigo acreditar que alguém foi capaz de fazer isso com a minha amiga.

DR. EDWARDS – Tem muita gente covarde nesse mundo, Keith.

Close em Keith, que concorda com a cabeça. A imagem corta rapidamente para:

CENA 09. SAN FRANCISCO HIGH SCHOOL. CORREDOR DE SALAS DE AULA. INT. DIA.

A sineta toca, anunciando o fim da última aula do dia na San Francisco High School. Os alunos saem de suas respectivas salas de aula, eufóricos e apressados. Por fim, vemos Suzie andando no corredor. Ela se despede de alguns alunos. O treinador Eric vem apressado em sua direção.

SUZIE – (surpresa) Amor, aconteceu alguma coisa?

ERIC – (ignora a pergunta de Suzie) Para onde você está indo agora?

SUZIE – Eu vou até a sala da direção. Tenho uma queixa a prestar ao diretor Davis.

ERIC – Não sem antes ver isso...

O treinador Eric puxa o braço de Suzie, levando-a para fora do corredor das salas de aula.

SUZIE – Para onde estamos indo, Eric?

Close em Suzie, confusa.

CENA 10. SAN FRANCISCO HIGH SCHOOL. PÁTIO. INT. DIA.

Suzie e Eric chegam ao pátio do colégio. Vemos que os alunos, que estavam eufóricos para ir embora, agora estão parados no pátio, encarando as paredes da escola e trocando cochichos entre si.

SUZIE – (tirando um dos papeis que estão colados na parede) Mas o que está acontecendo aqui?

A câmera revela o local por completo, mostrando as paredes lotadas de papeis estampados com a foto de Ryan e os seguintes dizeres: “O FILHO DA PROFESSORA SUZIE É GAY”.

Suzie olha para os alunos, constrangida. Entre eles, está Mitch, que ri maliciosamente. Suzie encara o garoto, enfurecida, e resolve tomar uma atitude.

ERIC – (segura o braço de Suzie) Aonde pensa que vai?

SUZIE – Eu preciso tirar satisfações com um dos meus alunos, Eric. Me solte!

Eric obedece a namorada. Suzie caminha até Mitch e o segura pelo braço.

SUZIE – Venha até a minha sala! Eu achei que você tinha ultrapassado todos os limites quando me prendeu naquela sala de dispensa. Mas agora percebi que não há limites para você!

Suzie e Mitch se encaram.

CENA 11. SAN FRANCISCO HIGH SCHOOL. SALA DA PROFESSORA SUZIE. INT. DIA.

Suzie está sentada sobre a sua mesa. Mitch está de frente para ela.

SUZIE – Então, o que você tem a me dizer?

MITCH – Eu não tenho mais nada para te dizer. Tudo o que eu tinha já foi posto em prática naquele pátio.

SUZIE – (grita) Mitch, você se dá conta da besteira que acabou de fazer?

MITCH – Ninguém mandou você não contribuir com a minha aposta. (sorri sarcasticamente) Você me ameaçou dizendo que ia contar tudo para o diretor. Eu me vinguei colocando fotos do seu filho em todas as paredes do colégio.

SUZIE – Mitch, o que eu não consigo entender é o que o meu filho tem a ver com toda essa situação. Esse era um problema restrito a nós dois. E eu estava resolvendo isso. Agora, você expôs a minha família para todo o colégio. Como você quer que eu me sinta?

MITCH – Eu quero que você se sinta arrependida, professora Suzie. Você me recusou e eu não quis deixar barato. Agora, se quiser que eu tire todos aqueles papeis do colégio, diga que não vai contar nada ao diretor e que vai cumprir a aposta comigo.

SUZIE – Eu não vou cumprir nada com você. E acho que nem preciso contar ao diretor tudo o que aconteceu, porque depois dessa baderna que você aprontou na escola, não restam dúvidas de que você será expulso. Eu só espero que, ao sair daqui, você repense todas as suas atitudes e pelo menos crie um pouco de vergonha na sua cara, Mitch.

MITCH – É, parece que eu consegui cutucar o ponto fraco da professora Suzie... A sua família! Não deve ser nada fácil ter um filho gay, não é mesmo?

SUZIE – (puxa o braço do garoto bruscamente) Escuta aqui, seu moleque... Não envolva mais a minha família nisso tudo. Eu não te dou esse direito. O meu filho é gay sim, mas isso não o torna menor que ninguém. Pelo contrário, o Ryan é um garoto maravilhoso e o meu maior orgulho...

MITCH – Não, esse papo ridículo não, por favor...

SUZIE – E sem dúvidas, ele tem muito mais caráter do que você. Sabe por quê? Porque ele nunca precisou fazer mal a ninguém para chegar aonde chegou. Ao contrário de você, que para se tornar o garoto mais popular do colégio, precisa ficar fazendo apostinhas ridículas com seus amigos...

Close em Mitch, que começa a se sentir ofendido com o que a professora Suzie diz.

SUZIE – E digo mais... A partir do momento que você coloca a família de outra pessoa no jogo, lembre-se que a sua família também está sujeita a isso. O mundo dá voltas, Mitch. Um dia, você ri do problema alheio. No outro, você está passando por ele.

MITCH – O que você quer dizer com isso?

De repente, o diretor Davis entra na sala de aula.

DIRETOR MARK DAVIS – Com licença, dona Suzie... Será que posso conversar com o Mitch?

Close em Mitch, assustado.

CENA 12. CENTRO PSIQUIÁTRICO. QUARTO DE CHELSEA. INT. DIA.

Chelsea está deitada em sua cama lendo um livro. A porta abre lentamente. Keith coloca sua cabeça para dentro do local.

KEITH – Será que posso entrar?

CHELSEA – (sorrindo) Keith!

Keith entra no quarto e fecha a porta. Chelsea se senta na cama.

(música: Can't Fall Down - Natasha Bedingfield)
 

CHELSEA – (fechando o livro) Que bom que você se lembrou de mim!

KEITH – Eu jamais me esqueceria de você, Chelsea...

CHELSEA – Não sei. Ainda mais depois do que eu aprontei na universidade. Eu apontei uma arma para os alunos.

KEITH – Você estava fora de si, Chelsea. Agora, está sendo tratada. Em breve você poderá voltar para a universidade...

CHELSEA – (fica cabisbaixa) Não sei se me aceitarão de volta. (levanta a cabeça) Mas eu preciso arcar com as minhas consequências, não é mesmo? Independente do que acontecer no futuro, eu já me sinto feliz por não ter feito mal a ninguém...

KEITH – Até parece que você seria louca de disparar aquela arma... (ri) Você não é capaz de fazer mal até a uma mosca.

Chelsea também ri.

CHELSEA – Keith, me desculpa por ter desdenhado a nossa amizade... Desde que eu cheguei aqui, eu tenho pensado muito em tudo o que me aconteceu... Pudera, eu fico presa entre quatro paredes brancas praticamente o dia inteiro... (ri) E eu percebi que eu fui ridícula em agir daquela forma com você.

KEITH – Esqueça isso, Chelsea...

CHELSEA – Não dá para esquecer, Keith... Eu nunca tive nada com o Matt, logo, eu não tinha o direito de querer te proibir de se envolver com ele. A verdade é que eu andava muito vulnerável. Eu estava muito triste e me incomodava ver alguém tendo a oportunidade de ser feliz. (pausa) Eu fui muito egoísta em querer te incluir nos meus problemas, Keith...

KEITH – Tudo bem. Não se preocupe com isso. Mesmo tendo a sua aprovação, nunca vai rolar nada entre eu e o Matt...

CHELSEA – Por que não? Eu acho que vocês dois dariam um ótimo casal. (sorri)

Keith também sorri, confusa.

KEITH – Mas eu também tenho que te pedir desculpas... No dia em que discutimos, eu não deveria ter falado daquela forma com você. Pelo contrário, eu precisava ter sido compreensível.

CHELSEA – Você não falou nada mais do que a verdade, Keith... (sorri) E aproveitando que estamos nesse momento de pedir desculpas, eu preciso que você me perdoe por eu ter te escondido algo tão importante que aconteceu nos últimos dias, bagunçou a minha vida e provocou aquele espetáculo estúpido no refeitório da universidade.

KEITH – Não, não diga nada... O doutor Edwards já me contou sobre isso. E eu lamento muito por você, Chelsea. Tudo isso poderia ter sido evitado se eu não tivesse correspondido ao beijo do Matt naquela noite.

CHELSEA – Tudo isso poderia ter sido evitado se eu não tivesse sido tão infantil a ponto de fugir da universidade por pensar apenas em mim mesma. Acredite, a culpa não foi sua.

KEITH – Talvez a culpa tenha sido daquele maldito blecaute...

CHELSEA – (ri) Totalmente!

Chelsea estende a mão para Keith.

KEITH – (segurando a mão de Chelsea) Você sempre vai ser a minha melhor amiga...

CHELSEA – Você também sempre será a minha melhor amiga. Obrigada por estar aqui.

KEITH – Amigas nunca abandonam uma a outra.

Chelsea e Keith trocam sorrisos entre si.

CENA 13. DASHER COMPANY. ELEVADOR. INT. DIA.

(Música cessa.)

Mitch entra no elevador da empresa de seu pai e aperta um botão do painel eletrônico para subir ao segundo andar. O celular do garoto começa a tocar.

MITCH – (tirando o aparelho do bolso e atendendo a ligação) Oi, mãe. (pausa) Eu estou aqui na empresa do meu pai. Preciso conversar com ele. (pausa) Ok, logo estou indo para a casa.

Mitch encerra a ligação e volta a colocar o celular no bolso. As portas do elevador se abrem e o garoto sai de dentro da cabine, caminhando em direção ao escritório do pai. A imagem corta rapidamente para:

CENA 14. DASHER COMPANY. ESCRITÓRIO DO SR. DASHER. INT. DIA.

Mitch abre a porta do escritório do pai e entra sem pedir licença.

MITCH – (distraído) Oi, pai... Eu...

As palavras do garoto são substituídas pela sua reação de susto. Ele está surpreso com o que vê. A câmera revela o seu pai beijando outro homem. Seus paletós estão jogados no chão, sugerindo que estavam prestes a tirar suas roupas. O pai de Mitch interrompe o beijo e se esquiva, assustado, ao perceber que o filho está ali.

SR. DASHER – Mitch... O que você está fazendo aqui?

Close em Mitch, ainda sem palavras. De repente, a voz de Suzie começa a ecoar em sua cabeça.

VOZ DE SUZIE - A partir do momento que você coloca a família de outra pessoa no jogo, lembre-se que a sua família também está sujeita a isso. O mundo dá voltas, Mitch. Um dia, você ri do problema alheio. No outro, você está passando por ele.

Perturbado, o garoto sai correndo do local. Close no pai de Mitch, que passa a mão em sua cabeça, desesperado. E depois no homem que estava o beijando. Ele volta a vestir o seu paletó. A imagem corta rapidamente para:

CENA 15. UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA. DORMITÓRIO DE RYAN E EVAN. INT. DIA.

Ryan está se vestindo para o seu treino de basquete. Sem camisa, o garoto procura por algo em seu armário.

RYAN – (para si mesmo) Onde será que o Evan guardou o meu uniforme? Bom, ele deve ter se confundido e guardado no armário dele...

Ryan fecha o seu armário e caminha até o de Evan. Ele abre uma das gavetas e começa a procurar por sua camiseta. De repente, o garoto se assusta com algo que encontra. Ainda confuso, Ryan tira para fora da gaveta um saquinho com um pó branco dentro dele.

RYAN – (surpreso) Mas o que é isso? O Evan está guardando cocaína dentro do nosso dormitório?

Close em Ryan, espantado.

CENA 16. UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA. DORMITÓRIO DE JOSH E MATT. INT. DIA.

Josh está deitado em sua cama fazendo a leitura de um livro. O garoto ouve alguém batendo a porta.

JOSH – (gritando) Quem é?

Josh não ouve nenhuma resposta. Então, fecha o livro e se levanta da cama, caminhando em direção a porta.

JOSH – (abrindo-a) O que você está fazendo aqui?

A câmera revela Austin, que está com o seu corpo apoiado no batente da porta.

(música: The Scientist - Avril Lavigne)

AUSTIN – Foi complicado tomar essa atitude, mas acho que já estava na hora de eu vir te procurar.

JOSH – (sorridente) Austin! Você não sabe como eu estou feliz em te ver!

AUSTIN – Será que eu posso entrar?

JOSH – Claro, que cabeça a minha! Entre, fique à vontade!

Austin entra no dormitório. Josh fecha a porta e coloca suas mãos no bolso, sem saber o que dizer ou fazer.

AUSTIN – Depois do que aconteceu com a Chelsea no refeitório, eu fiquei pensando muito sobre a gente... E eu cheguei a uma conclusão, Josh.

JOSH – (tirando sarro) Resolveu apontar uma arma para mim assim como a Chelsea fez com você e comigo naquele dia? (ri)

AUSTIN – Não, não é isso! Eu fiquei muito orgulhoso em ver como você lidou com a situação. Você enfrentou a Chelsea de frente e conseguiu convencê-la a abandonar a arma. Sem falar que foi linda a forma como você me defendeu. Eu pensei muito sobre isso e acho que eu devo acreditar em você...

JOSH – (surpreso) Austin, quer dizer que...

AUSTIN – (interrompe) Eu vou esquecer aquele momento embaraçoso onde você disse o nome do... Você sabe. E vou acreditar que foi apenas uma confusão da sua parte. Mas eu preciso que você me prometa, Josh, que tudo o que aconteceu entre você e o Ryan ficou no passado...

JOSH – (se aproximando de Austin) Eu prometo! O Ryan é uma página virada na minha vida. Você é o meu presente. E eu te juro que nunca mais vou deixar que qualquer deslize meu atrapalhe o nosso relacionamento. Eu te amo de verdade, Austin... E eu não quero que você duvide disso nunca.

AUSTIN – Eu também te amo, Josh. (sorri)

JOSH – Eu também fiquei muito orgulhoso por você ter entrado na minha frente no momento em que a Chelsea apontava a arma para mim. Você arriscou a sua vida por minha causa.

AUSTIN – Só fiz isso porque eu tinha a absoluta certeza de que ela não iria atirar... (ri)

JOSH – (rindo também) Bobo!

AUSTIN – (fica sério) Eu seria louco sim de arriscar a minha vida por você.

JOSH – Não diga isso, Austin...

AUSTIN – Eu estou sendo sincero com você, ué...

JOSH – Mas você nunca precisará arriscar a sua vida por mim. Estaremos sempre juntos.

Josh sorri e aproxima seus lábios aos de Austin. Os dois garotos se beijam, apaixonados.

AUSTIN – (interrompe o beijo) Sabe o que deveríamos fazer? Visitar a Chelsea. Acho que ela está precisando do apoio de amigos em um momento como este.

JOSH – Não se esqueça que ela quis atirar em você!

AUSTIN – Ela estava descontrolada, Josh... Agora ela está em lugar onde receberá cuidados especiais.

JOSH – Pois eu acho uma ótima ideia. Deveríamos também levar um presente.

AUSTIN – Que tipo de presente?

Involuntariamente, Josh olha para o criado-mudo onde está um porta-retrato com uma foto dele ao lado de Chelsea.

JOSH – Acho que já tive uma ideia...

Os garotos voltam a se beijar, muito felizes.

CENA 17. CENTRO PSIQUIÁTRICO. QUARTO DE CHELSEA. INT. DIA.

(música: Better Days – Goo Goo Dolls) 

Josh e Austin entram no quarto de Chelsea carregando um grande mural de fotos nas mãos. Chelsea, surpresa com a visita deles, se levanta da cama e olha admirada para o presente. Os garotos colocam o mural na parede e a abraçam. Chelsea retribui, emocionada. Ela volta a se sentar na cama. Os garotos fazem o mesmo, sentando um de cada lado da garota. Eles conversam, riem e se divertem. A câmera se afasta e explora todo o local, indo em direção ao mural de fotos pregado na parede. Nele, vemos várias fotos de Chelsea e de seus amigos. Amigos, o maior bem que ela conseguiu preservar em meio a todos os problemas pelos quais passou.

A imagem escurece.

 



AUTOR
André Esteves

ELENCO

Graham Phillips como Josh Parker
Sterling Knight como Ryan Jordan
Jean-Luc Bilodeau como Austin Davis
Victoria Justice como Chelsea Harris
Ariana Grande como Keith Hurly
Natasha Henstridge como Suzie Gregson

ATORES CONVIDADOS
Nick Roux como Mitch Dasher
Skeet Ulrich como Eric Smith
 
PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS
Edward Herrmann como Dr. Edwards
Dane DeHaan como Paciente Jacob
Alec Baldwin como Mark Davis
 
Pequenas aparições que não constam na listagem acima (Garotos 1, 2 e 3; Sr. Dasher; e Amante do Sr. Dasher, neste episódio) são interpretadas por atores contratados pela produtora.

TRILHA SONORA
So Small - Carrie Underwood
Love Is Easy - McFly
All In All - Lifehouse
Can't Fall Down - Natasha Bedingfield
The Scientist - Avril Lavigne
Better Days – Goo Goo Dolls

PRODUÇÃO
Bruno Olsen
Diogo de Castro


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


REALIZAÇÃO

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Todos os direitos reservados
Proibida a cópia ou a reprodução

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