
CENAS DO CAPÍTULO ANTERIOR:
Sérgio: Eu estou indo pra fora do país e queria que você fosse comigo, isso resolveria todos os meus problemas. Primeiro, o Julio iria sofrer sem você pelo resto da vida; segundo, eu te acho linda e te ter ao meu lado seria prazeroso e terceiro, minha esposa morreria de ciúmes e se arrependeria de ter aberto a boca e me denunciado.
Pérola: Você está louco? Eu não vou com você em lugar nenhum.
Sérgio: Vai sim, não seja teimosa!
Pérola: Dá pra você soltar o meu braço e parar de gritar, está assustando a menina!
Sérgio: Sua idiota, você vai se arrepender por esse desprezo!
No carrinho de bebê, Maria Lucia chora e Sérgio dá gargalhadas. Ele empurra Pérola que cai batendo a cabeça no chão e desmaiando. Maria Lucia chora cada vez mais assustada. Sérgio pega o bebê e coloca no seu carro saindo como um louco em alta velocidade, deixando Pérola lá caída e desacordada.
CENA 01 – CONDOMÍNIO / EXT. / NOITE.
Continuação do capítulo anterior. Pérola desacordada no chão, em frente ao condomínio do apartamento de Afonso. Ele, o filho, Cristine e Niurka chegam por ali e se assustam ao ver a cigana caída.
Afonso: Meu Deus, ela caiu, machucou a cabeça.
Niurka se desespera ao ver o carrinho de bebê vazio.
Niurka (desesperada): A menina! onde está a menina?
Cristine se abaixa e aproxima da filha, acariciando o rosto.
Cristine: Você não pode morrer agora que te encontrei.
Afonso: Temos que levá-la pro hospital.
Felipe (chora): Mataram a Pérola, papai.
Afonso: Não meu filho, ela só se machucou. Eu preciso que alguém fique com o Felipe.
Cristine: Você pode levá-lo até o meu apartamento. Alma cuida dele.
Afonso: Tia Niurka, leve o menino até o apartamento de Cristine. Tenho que levar Pérola ao hospital, denunciar o desaparecimento de Maria Lucia.
Niurka olha como se tivesse previsões.
Niurka: Tomem muito cuidado com Pérola. E você Cristine, também tome muito cuidado.
Afonso: Vá logo tia Niurka, e depois nos encontre no hospital.
Cristine: Avise a Alma que vou com ele. Deixe-me te explicar onde fica o apartamento.
CENA 02 – HOSPITAL REGIONAL / RECEPÇÃO / INT. / NOITE.
Enfermeiros passam com Pérola em uma maca ao tempo que Julio aparece.
Julio: O que aconteceu com ela? E a senhora tia Cristine, o que faz aqui?
Afonso: Nós não sabemos realmente o que aconteceu, rapaz. Encontramos Pérola desmaiada e roubaram a filhinha de vocês.
Julio: O que?
Afonso: Eu vou até a delegacia. Mas antes, quero dizer uma coisa. Você se enganou. Pérola sempre te amou e nunca esteve com outro homem. Eu sou o pai dela. Eu e Cristine somos os pais de Pérola.
Julio: O que é isso? Eu não estou entendendo nada!
Afonso: É melhor ir ver se ela está bem. Eu volto logo.
Afonso sai, Julio se aproxima de Cristine que está chorando.
Julio: Fique calma, Cristine. A Pérola vai ficar bem. Eu tenho uma carta pra entregar a você. Camila trouxe fazenda e estava endereçada a você. Venha comigo.
Julio vai indo enquanto Cristine o segue.
CENA 03 – HOSPITAL REGIONAL / CONSULTÓRIO / INT. / NOITE.
Julio procura entre uns documentos em sua mesa e entrega a carta a Cristine, que está sentada a sua frente.
Julio: Aqui está, leia depois.
Vitória entra.
Julio: Mãe? O que faz aqui?
Vitória: Alicia me pediu que viesse ver o pai dela. Eu pensei bem e não acho justo continuar com essa história de vingança e receio. Vou ver o Alberto. Mas, o que está acontecendo aqui?
Julio (nervoso): Sequestraram a minha filha, mamãe. E bateram na Pérola. Ela está aqui ferida, mas parece que não é nada grave.
Vitória: Meu Deus.
CENA 04 – RUAS DO MÉXICO / EXT. / NOITE
Nas proximidades do cortiço onde Niurka está morando, ela caminha por uma calçada. Ao virar a esquina dá de cara com Zamack.
Zamack: Agora te encontrei sozinha velha. Aonde está minha prometida?
Niurka: Está no hospital. Bateram na pobrezinha e ainda lhe roubaram a filha.
Zamack: Quem foi o desgraçado que bateu na minha prometida?
Niurka: Ainda não sabemos, Zamack. A encontramos jogada ao relento na rua.
Zamack: Se eu o encontrar o mato.
CENA 05 – HOSPITAL REGIONAL / RECEPÇÃO / INT. / NOITE.
Pouca movimentação no ambiente. Sérgio entra disfarçadamente no hospital.
Sérgio (pensa): Vocês me pagam. Eu vou te destruir, Julio. Vou destruir o que você mais ama na vida, ela, Pérola!
Vitória vem do corredor Sérgio se vira imediatamente para não ser reconhecido. Vitória olha desconfiada, mas segue seu rumo.
Ele pergunta no balcão.
Sérgio: Podem me dizer se Pérola Guimarães está aqui?
Enfermeira: Está sim, mas ainda não está recebendo visitas.
Sérgio: Obrigado pela informação.
Sergio sai discretamente. Quando não tem ninguém olhando, ele entra no
CORREDOR, dos quartos
Ele vai abrindo quarto por quarto até encontrar o dela.
CENA 06 – HOSPITAL REGIONAL / QUARTO PÉROLA / INT. / NOITE.
Sérgio se aproxima de Pérola. Ela dorme. Ele toca seu rosto.
Sérgio: Princesa me perdoe, eu não imaginei que ia te machucar assim com um simples empurrãozinho. Como você é linda! Aquele desgraçado do meu irmão tem muita sorte, por ter alguém como você apaixonada por ele.
Ela abre os olhos lentamente.
Pérola: Você aqui? Cadê minha filha? Onde ela está?
Sérgio: Venha buscá-la. Ela está lá fora, no meu carro.
Pérola: Por que você está fazendo isso, por quê?
Ele retira uma arma do bolso do casaco.
Sérgio: É melhor você falar baixo, ou então eu te mato aqui mesmo, e você nunca mais vai ver seu neném.
CENA 07 – HOSPITAL REGIONAL / CONSULTÓRIO / INT. / NOITE.
Cristine lê a carta destinada a ela.
FADE IN: Poesia de amor – Café Quijano
“Cristine,
Se escrevo esta carta é porque me arrependo de tudo que fiz, meu orgulho imbecil me impediu de fazer feliz a minha única filha. Você jovem, cheia de vida, descobriu seu primeiro amor. Se eu tivesse mais contato com você não teria acontecido nada do que aconteceu. Se eu permitisse que você namorasse o tal cigano, você não iria precisar fugir com ele, esconder sua gravidez de mim. Eu poderia ter ajudado vocês dois, poderia dar um emprego e fazer daquele rapaz um jovem descente, um pai de família, mas eu não o fiz. Eu menti, Cristine. Menti cruelmente por duas vezes. A primeira de minhas mentiras foi dizer que o cigano havia fugido, que não te amava, pura invenção minha, eu o matei, o matei para afastá-lo de você. Segunda mentira, fingi que Milena era sua filha, mas não era. Sua filha eu entreguei a minha amante Vitória, a enganei dizendo que se ela sumisse com a menina, quando voltasse eu me casaria com ela, também não o fiz. Mudamos de casa, você há de se lembrar. Não sei onde Vitória deixou sua filha, se está com ela ou a abandonou a própria sorte. Por isso Cristine, eu deixei no testamento essa história de que qual dos rapazes tivesse uma filha fruto de um casamento herdaria tudo o que é meu. Eu fiz isso porque me sinto dessa forma um pouco perdoado por Deus, por haver te separado de sua menina e também porque eu sinto que essa criança que irá nascer, pode ser pra você como uma filha, um consolo por sua dor, por minha maldade. Espero que um dia possa me perdoar por tudo que fiz, minha filha.
Franco.”
Cristine se desmancha em lágrimas.
FADE OUT: Poesia de amor – Café Quijano
CENA 08 – HOSPITAL REGIONAL / QUARTO PÉROLA / INT. / NOITE.
Sérgio puxa Pérola pelos cabelos, lhe apontando uma arma na cabeça.
Sérgio (ri): Vai começar o meu showzinho. Vou te tirar daqui, te levar pra bem longe, junto com sua menina e ninguém vai me impedir isso, muito menos o Julio. Porque se ele fizer isso, eu te mato na frente dele! Vem comigo!
Sérgio sai puxando a cigana pelo cabelo.
CENA 09 - HOSPITAL REGIONAL / FACHADA / EXT. / NOITE
Niurka e Vitória saem do hospital e conversam na calçada. Há uma fila de carros estacionados por ali.
Niurka: Roubaram a filha da minha menina.
Vitória: Como pode existir alguém tão cruel a esse ponto?
Niurka: O pior é que eu sinto que Maria Lucia está muito próxima de mim. Mas não sei, não sei aonde ela pode estar.
As duas ouvem um choro de bebê.
Niurka: Aquele carro, esse choro vem daquele carro.
As duas tentam abrir o carro, Niurka quebra o vidro da frente com uma pedra. Elas olham assustadas.
Niurka: É a Maria Lucia!
O bebê chora desesperadamente.
Niurka pega a menina com cuidado, ninando-a.
Niurka: Acalme-se anjinho, tia Niurka está aqui pra cuidar de você.
Vitória (emocionada): Deixe-me vê-la, é está minha neta?
Niurka: Sim, se chama Maria Lucia, é a filha de Pérola e Julio.
Vitória: Quem pode ter deixado ela aqui? Espera... Sérgio! Eu tive a impressão de ter visto o Sérgio. Ele está fugindo da polícia. O Julio me pediu que tivesse cuidado. Vá Niurka, leve essa menina pra bem longe, tire-a daqui, pois ela corre perigo.
Niurka: Vou levá-la onde está o filho do Cristian, na casa da mulher que ajudou tanto minha sobrinha. E você Vitória, avise ao Julio que esse monstro está aqui.
CENA 10 – HOSPITAL REGIONAL / SALA DE ESPERA / INT. / NOITE.
Julio atende uma paciente.
Julio: Então é só isso senhora, não se preocupe que seu filho está muito bem.
A mulher agradece e sai com seu filho, Vitória entra na sala.
Vitória: Filho, você tem que ir ver a Pérola.
Julio: Por que mãe? O que foi?
Vitória: Eu acho que o Sérgio está aqui. Ele pode matá-la a qualquer momento.
Ambos escutam gritos das enfermeiras e gritos de Sérgio vindos de outro cômodo do hospital.
Sérgio (off): Não se aproximem ou então eu a mato.
Pérola (chora/off): Me solta, Sérgio!
Eles aparecem na sala assustando Julio e Vitória ao ver a arma apontada para Pérola.
Sérgio: Olha só quem tá aqui, meu querido irmãozinho... Olha quem está comigo? Vou levar a Pérola comigo. Ninguém vai me impedir.
Julio: Solta ela seu idiota!
Sérgio: Ninguém se mexe! Ou então eu estouro os miolos dela aqui na frente de todos. Seria ótimo não?!
Ele sai carregando Pérola com a arma apontada. Os outros vão atrás.
CENA 11 – HOSPITAL REGIONAL / EXT. / NOITE.
Sérgio sai do hospital fazendo Pérola de refém, seguidos por Julio e Vitória.
Julio (desesperado): Vamos conversar, Sérgio!
Vitória: Não faça isso, meu filho.
Sérgio: Não me chame assim. Eu estou com ela nas minhas mãos e também estou com sua filha, Julio. Sim, porque a menininha é sua filha! Nunca poderia ser minha. Eu não posso ter filhos! Mesmo eu tendo estuprado sua esposa, jamais poderia fazer um filho na sua princesa.
Pérola chora desesperada, Julio se aproxima aos poucos contendo a raiva. Sérgio aponta a arma em direção a ele e vai arrastando Pérola pra fora do hospital.
Sérgio: Não se aproximem! Eu vou matá-la!
Cristine surge ali, nervosa.
Cristine: Não faça isso! Não mate a minha filha!
Cristine pula pra cima de Sérgio. Ele, completamente louco empurra Cristine no chão e atira.
elenco
Thalia como Pérola
Jorge Salinas como Julio
Victoria Ruffo como Cristine
Alberto Estrella como Zamack
Sabine Moussier como Esmeralda
Margarita Rosa de Francisco como Turquesa
Rosa Maria Bianchi como Niurka
Jaime Camil como Sergei
Belinda como Dalila
Fabián Robles como Escobar
Eduardo Verástegui como Tito
Danna Paola como Luana
Alejandro Ávila como Sérgio
Yadhira Carrillo como Camila
Carlos Ponce como Luis Carlos
César Evora como Afonso
Eugenia Cauduro como Roberta
Christopher Uckermann como Paulo
Jesús Zavala como Felipe
Jacqueline Andere como Vitória
Jacqueline García como Alicia
Manuel Ojeda como Alberto
Kika Edgar como Milena
Magda Guzmán como Tia Alma
primeira fase
Aracely Arámbula como Cristine
Enrique Rocha como Franco
Valentino Lanús como Christian
Chantal Andere como Vitória
Julio Bracho como Alberto
David Ostrosky como Jourdan
trilha sonora
Regresa a mi – Thalia (abertura)
Bruno Olsen
Diogo de Castro
Renata Lopes
Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.

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