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Estações da Vida - Capítulo 05

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CAPÍTULO 05
 
     
     
     
     
 
 
 

CENA 01. RUA. CARRO. EXT. DIA

Continuação do capítulo anterior. Pato gravando tudo enquanto Amanda o beija. Ela se vira e percebe o que está acontecendo.

AMANDA (séria): Ei, você está me filmando?

PATO (sério): Eu? Não, que isso, gata?!

Amanda acaricia os seios e encara o garoto.

AMANDA: Então liga essa câmera e filma tudo.

PATO (sorrindo): Sério?

AMANDA: Sim. Hoje será melhor do que a primeira vez.

PATO: Ah, Amanda, assim você me deixa louco.

Amanda sorri, desabotoa o sutiã e joga em Pato. Ela abre o short do garoto, passa as mãos nas partes íntimas. Pato delira de prazer. Amanda morde os lábios e sorri. Ele posiciona o celular e inicia a gravação.

CENA 02. MANSÃO DE PAULINHA. CORREDOR. INT. DIA

Mirtes e uma mulher com uniforme de empregada estão paradas na frente de uma porta. Mirtes gira a maçaneta insistente, está trancada. Bate na porta.

MIRTES: Paulinha, abra essa porta. Agora.

Silêncio. Ela volta a bater na porta.

MIRTES: Abre essa porta, Paulinha.

EMPREGADA: Eu já tentei, dona Mirtes. Ela não abre.

Para, bufa, impaciente.

MIRTES: Vai chamar o Túlio. Vamos arrombar essa porta.

EMPREGADA: Sim, senhora.

MIRTES: Rápido!

A empregada sai quase correndo. Mirtes passa a mão no rosto.

MIRTES: Que essa garota não tenha aprontado nada.

Na preocupação dela.

CENA 03. MÉIER. EXT. DIA.

MUSIC ON: (MEU ABRIGO – MELIM)

CAM passeia pelo lugar, vemos a movimentação de pessoas que moram no bairro. Um ônibus para no ponto. Caio e Diego descem, se cumprimentam e vão para lados opostos.

MUSIC OFF.

CENA 04. CASA CAIO. SALA. INT. DIA.

Heitor e Selma sentados no sofá. Caio entra.

SELMA: Por que não veio pro almoço, filho?

CAIO: Saí com a galera.

HEITOR: Você deveria ter nos avisado. Ficamos preocupados.

CAIO: Desculpe, pai. Na próxima eu aviso.

HEITOR: E o celular desligado? (insinua) Não queria ser incomodado, moleque? Você estava com alguma gatinha?

CAIO: Meu celular descarregou.

HEITOR: E você estava com quem?

CAIO (impaciente): No Seven Night, pai. Geral estava lá.

HEITOR: Ah, então quer dizer que a garota que você está afim também estava lá?

Caio fica sem graça, dá um risinho como resposta. Selma percebe.

SELMA: Você está com fome?

Caio confirma balançando a cabeça. Heitor olha para o relógio.

HEITOR: Preciso voltar pra academia. Caio, depois continuamos essa conversa.

Heitor pisca pro garoto e beija Selma, sai em seguida. Caio senta na mesa enquanto Selma coloca comida no prato pra ele.

SELMA: O que seu pai disse é verdade? Você está de paquera?

CAIO: Meu pai está com essa ideia fixa de namoro, mas na verdade eu estou solteiro. Não to gostando de ninguém no momento. Acho isso tão normal, não sei porque ele pega tanto no meu pé.

SELMA: Oh meu querido, fique tranquilo, seu pai é assim. Ele começou a namorar cedo e quer que você se espelhe nele, mas saiba que tudo tem o seu devido tempo.

CAIO: Será que ele entende isso?

SELMA: Eu vou conversar com ele.

CAIO: Acho melhor não, mãe. Não quero que ele fique chateado e essa conversa se estenda mais do que deve.

SELMA: Como quiser, então.

Selma põe o prato na frente do filho.

CAIO: Obrigado.

Ela sorri. Ele começa a comer.

CENA 05. MANSÃO PATO. EXT. DIA.

Pato caminha pelo jardim sorrindo. Ele abre os braços e olha pro céu.

PATO: Ah, Pato... Você é demais. Você conseguiu, cara.

Ele se aproxima da piscina, retira o tênis, senta e coloca os pés dentro da água. Pega o celular do bolso e assiste um vídeo.

PATO: Essa Amanda é muito gostosa. Já to no segundo round e nada do Diego levar a Nanda pra cama. Esse vídeo vai acabar com as esperanças ele. Essa aposta tu já perdeu, moleque!

Pato se levanta e perde o equilíbrio deixando o celular cair na piscina.

PATO: Merda.

Ele mergulha na piscina, tempo e ele emerge com o celular na mão, aperta um botão, mas o aparelho não liga.

PATO: Droga, droga, droga! Não acredito que isso está acontecendo.

Pato sai da água, tira a camisa molhada e vai caminhando rumo a dentro enquanto mexe no aparelho.

CENA 06. MANSÃO PATO. SALA. INT. DIA.

Kátia está lendo um livro, Lua no celular com um fone de ouvido. Pato entra.

KÁTIA: Olha só quem resolveu aparecer. Onde estava? Seu pai está a sua procura.

PATO (rindo): Quem vê pensa que você se preocupa comigo.

KÁTIA: Mas é claro que eu me preocupo, você faz parte da nossa família.

PATO: Eu preferiria que você não fizesse parte da minha família.

Pato vai subindo as escadas.

KÁTIA (finge): Porque você diz isso? Eu te considero como um filho.

Ele para de andar, volta. Lua segue mexendo no celular.

PATO (rindo): Jura? Espera mesmo que eu acredite nisso? Você consegue se superar a cada dia, sabia? Se eu não te conhecesse, até acreditaria nessas mentiras que está dizendo. Você nunca se importou comigo.

KÁTIA (provoca): E ao que parece, você não lida bem com isso.

PATO: To nem aí pra você!

KÁTIA: Pato, é claro que eu me importo com você. Eu sempre...

PATO: Se você se importasse comigo, e com a minha família, você teria deixado meu pai quando minha mãe entrou em depressão, mas não, o que você fez? Se aproveitou da situação pra ficar no lugar dela. Kátia, é desta maneira que você se importa?

Kátia encara Pato.

PATO: Vamos, me fala, é desta maneira?

KÁTIA: Isso não é conversa pra termos na frente da minha filha.

PATO: A Lua nem percebeu que a gente tá aqui. Quê que é? Tá com medo que ela se dê conta de quem você é de verdade?

Leonardo chega. Kátia vai pra perto.

KÁTIA: Ainda bem que você chegou, meu amor. Seu filho tá me desrespeitando.  

PATO (deboche): Ah coitadinha, tá se sentindo desrespeitada.

LEONARDO: Será possível que você é incapaz de tratar as pessoas de maneira decente? Nós precisamos conversar. Você me desobedeceu.

PATO: E fofoqueira da sua mulher já foi bater pra você né? (a Kátia) Tá vendo por que eu não te suporto ainda mais? Você é falsa!

LEONARDO: Eu exijo que você respeite a minha esposa dentro da minha casa.

PATO: Esse é o seu problema, sabia? Você exige, você manda, você ordena! E é incapaz de reconhecer um erro seu.

LEONARDO: Do que você está falando, afinal?

Na tensão entre eles.

CENA 07. APARTAMENTO DIEGO. SALA. INT. DIA

Dona Naná está no sofá fazendo tricô. Diego chega, vê a mulher e ignora, vai entrando.

NANÁ: Você almoçou, filho? Te esperei e acabei almoçando sozinha.

DIEGO: Comi na rua.

NANÁ: Vou esquentar o almoço pra você.

DIEGO: Você tá surda? Eu disse que já comi.

NANÁ: Não precisa falar desse jeito comigo. E na escola, como foi?

DIEGO (impaciente): Você sabe como foi, não tava lá hoje, ajudando aquela chata da Juliana a me castigar?

NANÁ: Tenha modos, rapaz. Isso não é jeito de se referir a diretora da sua escola e muito menos a sua avó.

DIEGO: Por que você não me deixa em paz?

NANÁ: Eu só to preocupada com você.

DIEGO: Eu dispenso a sua preocupação, beleza? Sei muito bem me cuidar sozinho, aliás, desde muito cedo eu tive que aprender né, já que meus pais sequer quiseram saber de mim!

NANÁ: Não é bem assim.

DIEGO: Ah não? E como é, então? Hein? Eu nunca vi a cara do meu pai, nem sei quem é. Minha mãe sumiu do mapa quando eu menos esperei.

NANÁ: A sua mãe teve os motivos dela.

DIEGO: Que motivo? Que motivo uma mãe tem pra abandonar o filho de uma hora pra outra? O que pode ser mais importante pra uma mãe que um filho?

Naná se cala, engole em seco.

NANÁ: Você tem a mim, filho.

DIEGO: Você não serve de nada! É uma velha esclerosada que tá fazendo hora extra aqui na terra. Faz um favor pra mim? Morre logo! E me deixa em paz com essa minha vida de merda!

Diego vai rumo a dentro. Naná sente o baque das palavras e chora. Vai caminhando até o sofá, se apoiando nos móveis, senta, soluça entre lágrimas.

CENA 08. CASA PAULINHA. CORREDOR. INT. DIA.

Túlio arromba a porta do quarto. Mirtes ENTRA e se choca. CAM mostra Paulinha desacordada no chão, ao lado um frasco de remédio. Mirtes se aproxima da filha e passa as mãos no rosto da jovem.

MIRTES (preocupada): Minha filha, o que você fez?

Mirtes guarda o frasco de remédio na bolsa.

MIRTES: Túlio, pegue a Paulinha. Vamos agora para o hospital.

Túlio pega Paulinha no colo e eles saem do quarto.  

CENA 09. MANSÃO PATO. SALA. INT. DIA.

Pato, Leonardo e Katia conversam. Lua, no celular, não percebe.

PATO: Eu to falando do maior erro que você cometeu na sua vida, que foi se envolver com essa mulher.

KÁTIA: Leonardo, eu não vou ficar sendo destratada por esse garoto na sua frente.

PATO: Que que foi? A verdade dói, não é?

LEONARDO: Você não tem limites.

PATO: Mas não era você quem queria conversar? Então vamos conversar! Acabar de uma vez por todas com a mentira que é essa família.

KÁTIA: Já que você me deu a oportunidade para falar sobre esse assunto, vamos conversar.

LEONARDO: Kátia...

KÁTIA: Deixa, Leonardo. Se ele insiste saber a verdade, vamos conta-la. Quando eu e seu pai nos conhecemos, o casamento com a sua mãe estava distante, frio. Foi então que nos aproximamos e nos apaixonamos. Um tempo depois, eu descobri que estava grávida, e o Leonardo pediu o divórcio. Aconteceu. Não é da forma como você confabula, eu não sou uma bruxa que roubou o marido da sua mãe e destruiu o seu sonho de família perfeita. Simplesmente as coisas foram acontecendo.

PATO (triste): Durante essa traição, minha mãe entrou em depressão.

LEONARDO: Eu vivia um casamento de aparências, Patrício. Nada era como você achava que fosse, na sua frente, nós bancávamos o casal feliz porque sua mãe não queria que você fosse afetado pelo fiasco estava se tornando nosso casamento. Depois ela mesma começou a se dar conta da mentira que vivia. E mesmo assim, eu paguei os melhores médicos pra evitar o pior.

PATO: Você tá tentando me culpar pela morte da mamãe?

LEONARDO: Não. Mas você não queria saber da verdade? Aí está!

KÁTIA: Nós tentamos salvá-la, Patrício.

Lua percebe a família reunida no ambiente e retira o fone e presta atenção na conversa.

PATO: Antes dessa mulher entrar na nossa vida, nós éramos uma família feliz. Eu amava tudo o que eu tinha. Hoje, eu odeio o meu pai. Sabe por quê? Porque vocês foram egoístas. Só se importaram com vocês.

KÁTIA (séria): O que você quer dizer com isso?

PATO: Você destruiu minha família. Você MATOU a minha MÃE.

Lua coloca as mãos na boca, chocada.

LEONARDO: Patrício, olha como você fala com a Kátia.

PATO: Ela não merece o meu respeito. Eu a odeio. Ela MATOU a MINHA MÃE. E o pior é que essa maldita não sente um pingo de remorso.

Leonardo e Kátia ficam em silêncio.

PATO (debocha): E quanto a você, papai, que belo exemplo me deu hein. Colocar para dentro de casa a amante.

KÁTIA (séria): Eu exijo respeito.

PATO (rindo): Mulheres que se deitam com homens casados não são dignas de respeito. Não passam de vagabundas!

Leonardo se aproxima de Pato e ergue o braço. Pato enfrenta, bate no peitoral. Leonardo hesita.

PATO: Vai me bater pra defender essa vagabunda? Quer dizer que vou ser punido por estar falando a verdade?

Leonardo encara Pato.

CENA 10. GOURMET CARIOCA. INT. DIA.

Alguns garçons organizam o restaurante. Lulu anda de um lado para o outro, orientando a equipe. Um homem entra.

HOMEM: Boa tarde, a Mirtes está?

LULU: Boa tarde, senhor. Ela precisou se ausentar, mas me deixou responsável pela coordenação do comercial. Eu sou a Lulu e vou auxiliar no que for preciso.

HOMEM: Prazer, Lulu. Me chamo Lúcio.

Os dois se cumprimentam. Duas mulheres elegantes e dois homens, um carregando o tripé e câmera e o outro a iluminação, entram no local.

LÚCIO: Essas são Adelaide e Agatha, as garotas propagandas. Noah e Aroldo, minha equipe.

LULU: Sejam bem-vindos ao Gourmet Carioca. Vamos caprichar nessa campanha pois o restaurante está precisando de visibilidade.

LÚCIO: No que depender de nosso trabalho, o retorno virá!

LULU: Fiquem à vontade.

A equipe começa a se organizar. Lulu se afasta, pega um leque no balcão e se abana.

LULU: Senhor, me abençoe. Que tudo dê certo. Não posso desapontar a dona Mirtes.

Lúcio orienta as meninas e os rapazes com a iluminação e câmera. Lulu acompanha.

CENA 11. HOSPITAL. SALA DE ESPERA. INT. DIA

Mirtes está sentada em um sofá branco, mexe no celular. Põe no ouvido.

MIRTES: Rubens, estou no hospital.

RUBENS (off): O que houve?

MIRTES: A Paulinha, ao que parece tentou se matar ingerindo antidepressivos.

RUBENS (off): Essa garota não tem mais o que fazer? Isso é resultado dos mimos que você oferece.

Ela se levanta.

MIRTES: Como é que é? Você está me culpando?

RUBEUS (off): Já avisei diversas vezes para sermos mais rigorosos, mas você sempre faz as vontades dela. Olha no que deu.

MIRTES: Eu me recuso a acreditar no que estou ouvindo. Nossa filha está internada em um hospital e tudo o que você tem pra dizer é que a culpa é minha? Que tipo de pai é você?

RUBENS (off): Eu faço o que posso. Não tenho como ficar vigiando essa irresponsável 24 horas por dia. Você deveria dar mais atenção a nossa filha, visto que eu sou um homem extremamente ocupado.

MIRTES: Eu também tenho as minhas obrigações com o restaurante, você sabe disso. Além do mais, sou eu quem libero cartão de crédito pra ela gastar com o que quiser?

RUBENS (off): Continuamos essa conversa depois. Vou entrar em uma reunião.

MIRTES: É sempre assim, quando eu coloco o que você faz na mesa, a solução é correr. Não é Rubens? Rubens?

Ela encara o celular

MIRTES: Desligou na minha cara!

Um médico surge. Mirtes apreensiva.

MIRTES: Doutor, e minha filha como está?

MÉDICO: Felizmente a quantidade de comprimidos ingerida não foi significativa. Ela está fora de perigo.

MIRTES: Graças a Deus!

MÉDICO: Me chama a atenção o fato de que é a segunda vez que a paciente da entrada no hospital em menos de uma semana. Está tudo bem, senhora?

MIRTES (constrangida): Ela está passando por uma fase difícil, adolescência, você sabe como é.

MÉDICO: Bom, eu não sou psicólogo, mas, geralmente quando os filhos tomam medidas extremas nessa fase da vida, sem uma razão aparente, é uma tentativa de chamar atenção. Não sei como anda o relacionamento de vocês, mas, não se pode negar o óbvio, a Paula precisa ser melhor assistida.

MIRTES: Já entendi, doutor. Agradeço a preocupação.  

MÉDICO: Com licença.

O médico sai. Close em Mirtes, digerindo o que acabara de ouvir.

CENA 12. MANSÃO PATO. SALA. INT. DIA.

Lua se levanta do sofá.

LUA: Isso que o Pato disse é verdade, mamãe?

Todos olham pra garota.

KÁTIA: Não, minha filha. O Pato tá de cabeça quente.

LEONARDO: Essa conversa acaba aqui.

KÁTIA: Filha, vamos.

Lua encara Pato.

LUA: Pato, não vai falar nada?

PATO: Vai com ela, é melhor.

Kátia e Lua se retiram. Pato vai em direção ao sofá, senta, cruza os braços.

PATO: Vamos lá, pode começar o sermão. Eu saí da escola e fui com a galera por aí, depois encontrei minha namorada e agora vou ficar de castigo. Que mais, pode falar, to escutando.

LEONARDO: Por que você me odeia tanto?

PATO: Você sabe a resposta. Eu nem sei porque ainda fico nessa casa. Quer dizer, sei, é pela Lua. E alguém precisa me sustentar, pelo menos isso você consegue fazer.

LEONARDO: Quando você deixará de ser mimado e vai se comportar como um homem?

PATO: Talvez quando eu tiver um exemplo a ser seguido dentro de casa. Quando é que você vai encarar seus erros e tentar corrigi-los?

Leonardo sente o baque das palavras.

PATO: Imaginei que essa seria sua reação.

Ele se prepara pra sair.

LEONARDO (sentido): Espere, filho.

PATO: Você me chamando de filho? Quantos anos eu não escuto essa palavra? (sentido) Da última vez minha mãe ainda estava viva. Você pode não perceber, mas a Kátia foi a pior coisa que aconteceu a nossa família.

Pato sai e Leonardo fica sozinho. Ele senta no sofá e observa o aquário de peixes na sala. CAM mostra Kátia, escondida, ouvindo toda a conversa.

CENA 13. CASA DE NANDA. QUARTO. INT. DIA

MUSIC ON: (WINGS – BIRDY)

Nanda deitada, pensativa.

Enquanto Nanda fala, inserir compilação de cenas:

NANDA (off): Numa hora dessas o Pato deve estar se aventurando com a oferecida da Amanda. Eu não a suporto. O que ele viu nela? Será que ele nunca vai corresponder ao que eu sinto?

   1. Dentro do carro, Amanda observa a mansão do Pato. Ela mexe no celular, vê uma foto do Leonardo. Sorri.

NANDA (off): E a Paulinha? Até quando vamos ficar brigadas? As coisas só têm desandado ultimamente. Me sinto tão só. Eu sinto falta dela.

   2. Paulinha deitada na cama do hospital, inconsciente.

NANDA (off): Eu preciso ser forte, mas ao mesmo tempo eu fico sem forças. Essa vida é engraçada, as vezes estamos no topo e quando menos esperamos, algo nos derruba e somos lançados num abismo profundo.

3. Diego, em seu quarto, vai até uma cômoda, abre uma gaveta. Procura algo, retira uma foto de dentro, observa por um tempo, há uma mulher bonita, sorrindo. Ele rasga a fotografia, com raiva.

4. Pato deitado na cama chorando.

5. Na varanda do quarto, Leonardo olha o jardim. Uma lágrima escorre do seu rosto. Kátia chega por trás, pega no ombro dele, que limpa o rosto. No olhar enigmático dela.

NANDA (off): As dúvidas nos colocam em um labirinto, tentando encontrar as respostas para os desafios diários, mas precisamos nos permitir que a cada estação a evolução seja alcançada.

CENA 14. CASA DE CAIO. QUARTO. INT. NOITE.

MUSIC FADE.

Caio se olha no espelho, pensamento longe. Alguém bate na porta, ele desperta dos pensamentos.

CAIO: Entra.

Caminha para a cama. Heitor adentra.

HEITOR: Oi, filhão.

CAIO: E aí.

HEITOR: Tem um tempinho?

CAIO: Claro.

Heitor senta ao lado de Caio na cama.

HEITOR: Não tem nada pra me contar, não?

Caio o encara, faz o desentendido.

CAIO: Deveria?

HEITOR: Sobre a garota, hoje, na hora do almoço.

CAIO: Ah, tá.

HEITOR: Espero que o investimento tenha valido a pena.

Ele ri da própria piada, esmurra o ombro do garoto.

CAIO: É, valeu sim.

HEITOR: Ela é bonita?

CAIO: Aham. É sim.

HEITOR: Esse é meu garoto. E quando você vai trazê-la aqui pra gente conhecer?

CAIO: Trazer quem?

HEITOR: Como trazer quem, Caio? A garota que você tá namorando.

CAIO: Ah, claro. Hm, vamo com calma né, pai. Tá meio cedo.

Heitor afirma com a cabeça.

HEITOR: Entendi, entendi qual é a sua, moleque. Tá querendo saber se é algo sério ou só coisa de momento né? Vou te dar um conselho de homem pra homem. Seja honesto.

CAIO: Como assim?

HEITOR: Sempre fale a verdade, seja sincero, é o que quero dizer. Tenha cuidado pra não magoar a garota. Entendeu?

CAIO: Entendi. Obrigado pelo conselho.

HEITOR: Imagina. To feliz por você.

Caio concorda com a cabeça.

HEITOR: Agora deixa eu ir que sua mãe está me esperando.

CAIO: Ok.

Heitor bagunça o cabelo de Caio, se retira logo em seguida. Caio se encosta na cama, pega sua carteira no criado-mudo. Retira o dinheiro que ganhou do pai mais cedo.

CAIO: Seja honesto, Caio.

Ele ri, balança a cabeça negativamente.

CENA 15. MANSÃO DE PATO. QUARTO DE LUA. INT. NOITE.

Lua surge enrolada em uma toalha. O celular emite um som. Ela se apressa para ver.

LUA: Mensagem do Iago. O que será que ele quer?

Lua se espanta com a mensagem.

LUA: Mais uma foto. Quer que eu retribua. (pensa) Será que eu mando?

Ela vai para frente do espelho.

LUA: E se ele não gostar? Melhor não. Vou ligar pra Andréia.

Ela volta pra cama, pega o celular e liga.

ANDRÉIA (off): Oi.

LUA: Miga, você não vai acreditar. O Iago mandou uma foto das pernas!

CENA 16. MÉIER. SORVETERIA. NOITE.

Andréia e Ricardo estão sentados em uma mesa, na parte externa do estabelecimento. Cada um com sorvete em mãos.

ANDRÉIA: Sério? E você?

LUA (off): Fiquei chocada, claro. Sei lá, miga. To achando esse garoto muito saidinho.

ANDRÉIA: Garotos SÃO saidinhos né!

Ricardo estranha, faz careta pra ela.

LUA (off): O que faço?

ANDREIA: Você sabe o que eu penso sobre isso.

LUA: É, sei. Então tá. Liguei só pra contar mesmo.

ANDRÉIA: A gente se vê amanhã. Tchau.

LUA (off): Beijo.

Andreia desliga.

RICARDO: Era a Lua?

ANDRÉIA: Sim. Tá de rolo com um carinha da internet. Ele não para de mandar foto pra ela.

RICARDO: Que tipo de foto?

ANDRÉIA: Ah, Ricardo, foto ué. Do tipo que pessoas que estão se conhecendo mandam hoje em dia.

RICARDO: Nudes?

ANDRÉIA: Mais ou menos.

RICARDO (brinca): Por isso garotos são saidinhos...?

ANDRÉIA: É e eu já avisei pra Lua tomar cuidado.

RICARDO: É bom mesmo, não dá pra confiar. Mas e aí, você me acha saidinho também?

Ela ri.

ANDRÉIA: Não.

RICARDO: Isso é bom ou ruim?

ANDRÉIA: Eu gosto. Adoro o seu jeito de ser.

Eles trocam uma bitoca.

RICARDO: Tá ficando meio tarde, o motorista já deve tá vindo me buscar.

ANDRÉIA: Então vamos esperar na pracinha.

RICARDO: Vamos.

Eles se levantam da mesa, cada um com seu sorvete, e SAEM da sorveteria indo em direção a praça.

ANDRÉIA: Adoro quando você vem me ver.

RICARDO: Na escola não dá pra gente ficar à vontade, o Ramiro fica no nosso pé.

Eles riem.

ANDRÉIA: É. Mas, são ordens da diretora né. Ele é legal.

RICARDO: Posso te perguntar uma coisa?

ANDRÉIA: Claro.

RICARDO: Quando você vai na minha casa?

ANDRÉIA: Na sua casa?

RICARDO: É, ué. Eu já conheço sua família, seu bairro. Mas você não conhece a minha.

ANDRÉIA: Não acho uma boa ideia.

RICARDO: Por que não?

ANDRÉIA: Seus pais não gostam de mim.

RICARDO: De onde você tirou isso?

ANDRÉIA: Daquela vez que nos encontramos no shopping. Sua mãe me olhou com uma cara que até hoje eu não esqueci. Aposto que aquele dia vocês brigaram. To mentindo?

RICARDO: Não.

ANDRÉIA: Sua família deve achar que eu só estou com você porque é rico. Bem coisa de novela sabe? Eu vejo o jeito que seu motorista me olha toda vez que vem te buscar, como se desconfiasse, sei lá. E tudo isso é porque eu sou negra.

RICARDO: Eu não me importo com a sua cor.

ANDRÉIA: Eu sei que não. Mas você é o único, de resto todo mundo me olha torto.

RICARDO: Você tá exagerando, não acha?

ANDRÉIA: Não. E você sabe que não. O mundo tá cheio de gente preconceituosa, Ricardo. E eu não quero passar por nada constrangedor com a sua família por causa da minha cor.

RICARDO: Isso não vai acontecer.

ANDRÉIA: Não se continuarmos como está, você vindo me ver. A menos que você também não goste de vir aqui no bairro.

RICARDO: Estando do seu lado, o lugar é o que menos importa.

MUSIC ON: (QUE SEJA PRA FICAR – MARIANA NOLASCO)

Ela abre um sorriso de orelha a orelha.

ANDRÉIA: Seu fofo!

Eles se abraçam.

RICARDO: Amo você.

ANDRÉIA: Amo você.

Beijam-se. Ouve-se a buzina de um carro. Eles se afastam.

RICARDO: Tenho que ir.

Ela consente. Ele a beija.

ANDRÉIA: Vai logo!

Eles riem. Ele se afasta, dando tchauzinho. Ela observa, sorrindo. Ele entra no carro, que segue caminho. Andréia suspira.

MUSIC OFF.

CENA 17. MANSÃO DE PATO. QUARTO. INT. NOITE.

Katia está passando hidratante no corpo. Veste apenas uma camisola de seda. Leonardo está na cama, lendo um livro. Ela guarda o creme na penteadeira e vai se deitar.

KÁTIA: Essa discussão com o Pato mexeu mesmo com você, não é?

Leonardo coloca o livro no criado-mudo.

LEONARDO: Por que diz isso?

KÁTIA: Você tá estranho desde então. Ficou evitando todo mundo durante o jantar.

LEONARDO: As coisas que o Pato disse... Acho que ele tem razão.

KÁTIA: Do que está falando?

LEONARDO: Eu fracassei como pai.

KÁTIA: Não diz bobagem, Léo. Você é o melhor pai que os meninos poderiam ter. Veja a Lua, teve a mesma criação do Patrício e não é revoltada.

LEONARDO: É diferente. A Luana não passou por nenhum evento traumático como o Patrício. Ele perdeu a mãe, teve que ver uma estranha ocupando o que seria o lugar dela.

KÁTIA: Entendo completamente, acredite. Sou capaz de compreender como ele se sente. Mas, o Patrício não é mais uma criança. Ele precisa superar o passado e digo mais, esse garoto precisa te respeitar, Leonardo. Ele disse as maiores atrocidades hoje pra mim, e você não fez nada.

LEONARDO: Tenta entender o meu lado, meu amor.

KÁTIA (chora): Eu nunca me senti tão humilhada na minha vida.

LEONARDO: Vou conversar com ele.

KÁTIA: Você já viu que não adianta.

LEONARDO: E o que você sugere?

KÁTIA: O Patrício precisa de um ultimato.

LEONARDO: Como assim?

KÁTIA: Vamos manda-lo pra fora do país!

CLOSE em Leonardo, surpreso com a proposta.

CENA 18. RIO DE JANEIRO. EXT. NOITE.

MUSIC ON: (NEVER LET ME GO – ALOK, BRUNO MARTINI, ZEEBA)

Takes gerais. Trânsito noturno. Fluxo de carros percorrendo pelas principais avenidas. Pessoas caminhando pela orla. A noite passa rápida dando lugar a um novo dia.

MUSIC OFF.

CENA 19. MANSÃO DE PAULINHA. QUARTO. INT. DIA.

Mirtes abre a porta. Paulinha dormindo.

MIRTES: Paulinha, está na hora.

Paulinha abre os olhos.

PAULINHA: Hoje eu não vou para a escola.

MIRTES: Você não pode faltar. As provas estão se aproximando.

PAULINHA: Eu reprovo, não da nada.

MIRTES: Nunca te vi falando assim. Você sempre teve uma autoestima boa.

PAULINHA: As pessoas mudam.

MIRTES: Filha! Eu sei que a gente não anda se entendo muito bem, mas, eu to aqui viu. Me conte, o que está acontecendo?

PAULINHA: Nada, só estou cansada de tudo.

MIRTES: De tudo o quê?

PAULINHA: Ai mãe, to com sono. Eu só quero voltar a dormir.

MIRTES: Paulinha, além de ser a sua mãe, também sou sua amiga. Eu só quero o seu bem. Você pode contar comigo para o que precisar. Se abre comigo, filha. O que está acontecendo?

MUSIC ON: (AMORES IMPERFEITOS – ANAVITORIA)

PAULINHA: Por que ser adolescente é tão complicado? Quando eu era criança a minha maior vontade era crescer, me tornar adulta. Mas agora eu não penso assim. As crianças são puras. Não tem corações feridos. Porque temos que amar e não ser correspondida?

MIRTES: Oh meu amor, me conte, quem feriu o seu coração?

Paulinha e Mirtes conversam fora do áudio.

CENA 20. ESTAÇÃO MÉIER. EXT. DIA.

Diego e Caio se encontram na estação. Eles se cumprimentam, entram no ônibus. O motorista fecha a porta e segue o trajeto. Caio pensativo, Diego mexe no celular.

MUSIC OFF.

CENA 21. CASA DE CAIO. INT. DIA.

Selma e Heitor tomam café.

SELMA: Heitor, nós precisamos conversar sobre o Caio.

HEITOR (animado): Sim, claro. Parece que nosso garoto finalmente se arranjou com uma garota.

Selma estranha.

SELMA: O que?

HEITOR: É. Tive uma conversa com ele ontem à noite.

SELMA: E ele disse que tem uma garota?

HEITOR: Claro, ué. Já até disse que podia trazer pra gente conhecer, mas o garoto é esperto, quer saber primeiro se o namoro tem futuro.  

SELMA: Estranho. Ontem no almoço você perguntou exaustivamente sobre a garota e ele não disse nada.

HEITOR: Talvez não quisesse falar na sua frente. Sabe como é né, papo de homem!

SELMA: Eu acho que você pressiona demais o garoto. Na hora certa ele vai se interessar por alguma garota e vai nos apresentar a sua namorada.

HEITOR: Parece que já aconteceu. E passou da hora né, Selma, eu, na idade dele, já tinha tido várias.

SELMA: Heitor, cada pessoa tem o seu tempo. Precisamos respeitar.

HEITOR: Oh louco mulher, aonde você leu isso? Tá falando bonito.

SELMA (ri): Eu leio bastante.

Heitor sorri e abraça a mulher.

HEITOR: Talvez você tenha razão. Prometo que serei mais paciente.

SELMA: Obrigada, querido.

Ele a beija e sai logo em seguida. Selma fica sentada, pensativa.

CENA 22. MANSÃO DE PATO. CORREDOR. INT. DIA.

Pato anda pelo corredor com a mochila nas costas. Leonardo cruza o caminho. Eles se encaram.

LEONARDO: Eu te levo pra escola.

PATO: Não precisa se incomodar. Eu pego um táxi.

LEONARDO: Não, pegue o carro na garagem e vá.

PATO (estranha): Não pense que vai me comprar devolvendo a minha liberdade. Isso não muda nada. É uma pena que você tenha escolhido a amante ao invés da mulher que dedicou a vida dela a você. Eu duvido que a Kátia te ame, como a minha mãe te amou. Eu nunca vou te perdoar por isso. Tenha um péssimo dia, papai.

Pato sai. Leonardo fica ali paralisado. Katia surge no corredor.

KÁTIA: Estou indo levar a Lua no colégio. Você vai levar o Pato?

LEONARDO: Ele já foi.

KÁTIA: Você o levou?

LEONARDO: Não, ele foi com o carro.

KÁTIA: Eu não acredito que você está devolvendo a ele tudo o que havia proibido.

LEONARDO: Sim, eu devolvi. Ele é meu filho, minha responsabilidade.

KÁTIA: Esse garoto te manipula. Não percebe?

LEONARDO: Kátia, não vamos discutir a essa hora da manhã, tá bem? Estou indo para a empresa. Tenha um bom dia.

Ele se prepara pra ir.

KÁTIA: Espera.

Ele volta.

KÁTIA: Você pensou no que falamos ontem à noite?

LEONARDO: Depois conversamos sobre isso, meu amor.

Ele se aproxima dela, a beija. Caminha pelo corredor até sumir. Kátia pega um pequeno vaso na mesinha encostada a parede e lança com raiva. O vaso se estilhaça.

KÁTIA: Esse moleque não vai ficar atrapalhando a minha vida por muito tempo.

Na expressão maquiavélica dela.

CORTA PARA...

CENA 23. RUA. EXT. DIA.

Dentro do carro, Kátia dirige. Lua no banco do passageiro mexe no celular. Ela guarda o aparelho no bolso.

LUA: Mãe, podemos conversar?

KÁTIA: Sim.

LUA: Ontem você não quis tocar no assunto, mas eu preciso saber. O que o Pato disse era verdade?

KÁTIA: Ele me acusou injustamente. A mamãe vai te contar a verdade.

O celular de Lua emite um som.

KÁTIA: Quando eu e seu pai/

Outro som é emitido.

KÁTIA: Quando a gente se conheceu/

Novamente o celular emite um som.

KÁTIA: Quem está te mandando tantas mensagens?

Kátia encara a filha.

LUA: Deve ser a Andréia.

KÁTIA: Mas vocês não vão se encontrar daqui a pouco, na escola?

LUA: É. Ela é meio impaciente. Mas, não me enrola, me conta o porquê daquela briga toda ontem à noite.

KÁTIA: Então desliga isso aí que detesto ficar sendo interrompida.

Lua desbloqueia o aparelho, visualiza rápido, desliga.

LUA: Pronto.

KÁTIA: Como eu tava dizendo.

Kátia fala fora do áudio, enquanto Lua fica atenta.

CENA 24. COLÉGIO FRAN VICENTINI. BIBLIOTECA. INT. DIA

Grego caminha entre as prateleiras de livro, escolhe um, pega. Caio surge por trás.

CAIO: Ei, cara, beleza?

GREGO: E aí.

CAIO: Ontem eu não consegui falar contigo. Quero te parabenizar.

GREGO: Parabenizar? Pelo que?

CAIO (ri): Pela atitude de ontem. Você fez toda a diferença.

GREGO: Se eu não fizesse aquilo você me mataria.

CAIO: Que bom que você não teve medo. Se eu não tivesse falado daquela maneira, talvez hoje a Nanda estaria suspensa.

GREGO: Isso é verdade, você me encorajou.

Caio estende a mão.

CAIO: Amigos?

GREGO: Tem certeza que quer ser amigo do nerd da turma?

CAIO: Mas é claro. Quem não quer tirar vantagem da inteligência de um nerd?

GREGO: Qual é, até parece que você precisa disso.

CAIO: Exato.

Eles riem.

GREGO: Mas não vai dar ruim com o Pato e o Diego? Vocês são melhores amigos.

CAIO: Relaxa. Aqueles dois ali não me metem medo.

Grego aperta a mão de Caio.

GREGO: Amigos!

Eles sorriem.

CENA 25. COLÉGIO FRAN VICENTINI. HAAL DE ENTRADA. EXT. DIA.

A van do Seven Night estaciona. Nanda sai correndo. Estela e Celo acenam para filha.

ESTELA: Tenha um excelente dia.

NANDA: Obrigada.

CELO: No fim da aula voltaremos para te buscar.

NANDA: Eu posso ir a pé. Não se preocupem.

ESTELA: Fazemos questão. No fim da aula estaremos aqui.

NANDA: Tudo bem, estarei aguardando.

Celo buzina. Nanda acena com vergonha e sai. O carro de Paulinha para na calçada. Ela sai e percebe Nanda mais a frente. Hesita, mas dá um corridinha até chegar na outra.

PAULINHA: Nanda.

Nanda se vira.

NANDA (surpresa): Paulinha!

Paulinha se aproxima.

PAULINHA: Preciso falar com você.

NANDA: Comigo?

PAULINHA: Sim, a conversa é séria.

Em Nanda.

   

 

     

autores
GABO OLSEN
DIOGO DE CASTRO


colaboração
IGOR FEIJÃO

elenco
NICOLAS PRATTES como PATO
ALICE WEGMANN como NANDA
JOSÉ VICTOR PIRES como DIEGO
LETÍCIA NAVAS como PAULINHA
JOÃO VITHOR OLIVEIRA como CAIO
LARISSA MANOELA como LUA
ERIBERTO LEÃO como LEONARDO
TALITA CASTRO como KÁTIA
JUAN ALBA como HEITOR
CAROLINA FERRAZ como SELMA
ÂNGELA LEAL como NANÁ
JANDIR FERRARI como MARCELO
ÂNGELA DIP como ESTELA
DALTON VIGH como RUBENS
LUCIANA VENDRAMINI como MIRTES
FILIPE BRAGANÇA como GREGO
LUCAS COTRIM como DJ
RAISSA CHADDAD como LARISSA
NICHOLAS TORRES como RICARDO
HESLAINE VIEIRA como ANDRÉIA
GABRIEL SANTANA como ISMAEL
CARLA FIORONI como JULIANA
MARCELLO AIROLDI como ARNALDO
VERA ZIMMERMANN como LÚCIA
SANDRA PÊRA como VANICE
WAGNER SANTISTEBAN como ALFREDO
MARISOL RIBEIRO como MILENA
JIDDÚ PINHEIRO como RAMIRO
FERNANDO PAVÃO como EMÍLIO


trilha sonora
SIPPIN' ON SUNSHINE - AVRIL LAVIGNE (ABERTURA)
MEU ABRIGO - MELIN
WINGS - BIRDY
QUE SEJA PRA FICAR – MARIANA NOLASCO
NEVER LET ME GO – ALOK, BRUNO MARTINI, ZEEBA
AMORES IMPERFEITOS – ANAVITORIA

produção
CRISTINA RAVELA


Esta é uma obra de ficção virtual sem fins lucrativos. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.


REALIZAÇÃO


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Proibida a cópia ou a reprodução
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